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SISTEMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCEITO mecanismo processual de salvaguarda da supremacia da Constituição; verificação da compatibilidade da lei ou ato normativo com a Constituição. SISTEMAS controle judicial ou jurisdicional (Poder Judiciário), controle político (órgão não integrante do Poder Judiciário) ou controle misto ou híbrido (órgão político e órgão judicial). CRITÉRIOS E MODOS DE EXERCÍCIO DO CONTROLE JUDICIAL Critérios Concentrado: somente o órgão de cúpula do Poder Judiciário realiza o controle. Difuso: todos os órgãos do Poder Judiciário realizam o controle. CRITÉRIOS E MODOS DE EXERCÍCIO DO CONTROLE JUDICIAL Modos de exercício Via de exceção ou incidental: é instaurado diante de uma controvérsia, com a finalidade de afastar a aplicação da lei ao caso concreto. Via principal ou via de ação direta de inconstitucionalidade: é instaurado em tese, na defesa do ordenamento jurídico. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE Adotado no Brasil desde a Constituição de 1891 e mantido em sua plenitude pela Constituição de 1988, consiste no reconhecimento da inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo por qualquer órgão do Poder Judiciário (juiz ou tribunal) em face de um caso concreto (de qualquer natureza) submetido à sua apreciação. A controvérsia sobre a constitucionalidade representa uma questão acessória (incidente de arguição de inconstitucionalidade). Ao examinar a questão constitucional, como antecedente necessário e indispensável ao julgamento do mérito da ação, o juiz ou tribunal estará realizando o controle difuso. Daí por que o controle difuso é também denominado incidental, incidenter tantum, por via de exceção, por via de defesa ou concreto. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE As partes do processo Terceiros admitidos como intervenientes no processo O representante do Ministério Público atuante no processo O juiz ou tribunal, de ofício. LEGITIMAÇÃO ATIVA CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE Qualquer órgão do Poder Judiciário (juiz ou tribunal) Os tribunais só poderão declarar a inconstitucionalidade das leis e atos normativos apenas pelo voto da maioria absoluta dos seus membros ou pela maioria absoluta dos membros do respectivo órgão especial (art. 97, da CF; cláusula de reserva de plenário). A controvérsia constitucional poderá ser levada, em última instância, ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal, por meio da interposição de recurso extraordinário. COMPETÊNCIA CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE EFICÁCIA DA DECISÃO DO CONTROLE DIFUSO NO PODER JUDICIÁRIO NO SENADO FEDERAL “INTER PARTES” “ EX TUNC” “ERGA OMNES” “EX NUNC” (EM REGRA) CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE EFICÁCIA DA DECISÃO DO CONTROLE DIFUSO NO PODER JUDICIÁRIO Só alcança as partes do processo (eficácia “inter partes”), com efeitos retroativos (“ex tunc”). CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE EFICÁCIA DA DECISÃO DO CONTROLE DIFUSO NO SENADO FEDERAL Somente em face de decisão definitiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal. A suspensão da execução, no todo em parte, da lei ou ato normativo por resolução do Senado Federal confere eficácia “erga omnes” à decisão da Corte Suprema (art. 52, X, da CF) No âmbito da Administração Pública Federal, a resolução do Senado Federal produz eficácia “ex tunc”, conforme prevê o art. 1º, § 2º, do Decreto nº 2.346/1997. A competência do Senado Federal alcança leis e atos normativos federais, estaduais, distritais e municipais. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE ABSTRATIVIZAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO Consiste na ampliação dos efeitos da decisão proferida em sede de controle difuso, para fins de atribuir-lhe eficácia erga omnes, independente da decisão do Senado Federal, tal qual se deu nos julgamentos do RE nº 197.917/SP, da relatoria do ministro Maurício Correia, onde restou declarada a constitucionalidade da Resolução do TSE que fixou o número de vereadores, e do HC nº 82.959/SP, relatado pelo ministro Marco Aurélio, onde houve a declaração incidental de inconstitucionalidade da norma que estabelecia a vedação da progressão do regime de cumprimento da pena nos crimes hediondos. Nesses julgamentos, entendeu o STF que deveria apenas informar o Senado Federal sobre a declaração de inconstitucionalidade para que o órgão legislativo desse divulgação de suas decisões. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE ABSTRATIVIZAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO Segundo essa interpretação do STF, o Senado Federal só possuiria o ônus da publicidade, tendo apenas o dever de divulgar a suspensão da execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. No entanto, existem vozes discordantes dessa postura da Corte Suprema. Alegam que, a prevalecer esse entendimento, além de o tribunal assumir o papel de legislador constituinte derivado, haveria uma concentração de poder no STF, comprometendo a harmonia e o equilíbrio expressamente estabelecidos no Texto Constitucional (sistema dos freios e contrapesos). BIBLIOGRAFIA LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 21ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 40ª ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
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