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2018327 155451 Cont. Básica Princípios Contábeis

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1 
 
1. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 
 Os Princípios de Contabilidade foram estatuídos pela Resolução do CFC n° 750, 
de 29 de dezembro de 1993. Mais recentemente, em 2010, a Resolução n° 1.282 
promoveu algumas importantes alterações. 
 Princípio é toda proposição diretora, à qual toda norma subsequente deve estar 
subordinada. 
Atualmente, após a Resolução n° 1.282, são seis os princípios contábeis, 
conforme segue: 
Resolução n° 750/1993 Resolução n° 1.282/2010 
- Princípio da Entidade - Princípio da Entidade 
- Princípio da Continuidade - Princípio da Continuidade 
- Princípio da Oportunidade - Princípio da Oportunidade 
- Princípio do Registro pelo Valor 
Original 
- Princípio do Registro pelo Valor 
Original 
- Princípio da Atualização Monetária - 
- Princípio da Competência - Princípio da Competência 
- Princípio da Prudência - Princípio da Prudência 
 
Observem que existiam 7 (sete) Princípios Contábeis e, após a última Resolução, esta 
quantidade foi reduzida para 6 (seis). O antigo princípio da Atualização Monetária 
perdeu este status e agora integra o hall de características do princípio do Registro pelo 
Valor Original. 
Vamos agora comentar, passo-a-passo, a Resolução n° 750/93, já atualizada pela 
Resolução n° 1.282/10. 
CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 
Art. 1° Constituem Princípios de Contabilidade (PC) os enunciados por esta Resolução. 
§1° A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da 
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade 
(NBC). 
 
 
2 
 
Logo no art. 1° já encontramos a primeira modificação provocada pela Resolução 
n° 1.282. Antes, os princípios eram chamados de Princípios Fundamentais da 
Contabilidade. Atualmente, são tratados apenas como Princípios de Contabilidade. 
 Conforme estabelecido no §1°, os Princípios são de observância obrigatória no 
exercício da profissão, ou seja, tanto quem a exerce, quanto quem a regula, elaborando 
leis e normatizações, não podem ignorá-los. 
§2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência 
das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
 Este é o conceito da “essência sobre a forma”, onde em uma situação concreta, 
ou seja, real/prática, devemos analisar a essência da transação para verificar se o fato 
administrativo em questão é objeto de registro contábil. 
 Um exemplo típico é a operação de leasing (arrendamento mercantil). O leasing 
pode ser operacional ou financeiro. Caso transfira, além do controle, os riscos e 
benefícios inerentes à propriedade, será financeiro, caso contrário, será operacional. 
 O que é transferir os riscos e benefícios? Bem resumidamente, podemos definir 
como os atributos da propriedade. A entidade que possui o controle do bem, apesar de 
juridicamente não possuir a propriedade, é responsável por todos os riscos que o 
envolvem, como, por exemplo, o custo da manutenção e outros. Por conseguinte, é 
também responsável pelos benefícios que pode vir a obter, inclusive sendo altamente 
provável que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato. Quando isso ocorrer, a 
essência da transação é um financiamento, sendo assim, o bem deverá ser alvo de 
registro contábil. 
 Em oposição, o leasing operacional funciona com um aluguel, e o locador detém 
todos os riscos e benefícios daquele bem. Logo, para a entidade locatária, o bem não 
deve ser registrado no patrimônio e o desembolso mensal é tratado como uma mera 
despesa. 
 Concluindo, em virtude do conceito de essência sobre a forma, esta é uma 
exceção à regra da contabilidade de registrar apenas os bens, direitos e obrigações 
(patrimônio) da entidade. 
 Como curiosidade, este assunto é tratado pelo CPC 06 – Operações de 
Arrendamento Mercantil. 
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
 
3 
 
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias 
relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos 
universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no 
seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. 
Veja que neste artigo, o patrimônio das entidades é reconhecido como sendo o 
objeto da contabilidade. 
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
I) o da Entidade; 
II) o da Continuidade; 
III) o da Oportunidade; 
IV) o do Registro pelo Valor Original; 
V) o da Atualização Monetária; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
VI) o da Competência; e 
VII) o da Prudência. 
Está fácil demais... Lembram que já vimos as informações deste artigo no início deste 
tópico? 
Continuemos o estudo e vamos ver o que significa cada princípio... 
SEÇÃO I – O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade 
e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio 
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a 
uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer 
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o 
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de 
sociedade ou instituição. 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em 
nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 
Vamos por partes. Como se inicia uma sociedade? 
 
 
4 
 
Inicialmente, existe uma reunião de intenções entre os futuros sócios. O assunto 
é debatido e após a verificação da viabilidade da sociedade dá-se o registro na Junta 
Comercial do Estado, para as sociedades empresárias, ou, no caso das sociedades 
simples, através do registro no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas. 
Calma gente, essas informações são a título de informação e para facilitar o 
entendimento, por esse motivo estão apresentadas de forma bem sucinta, sem adentrar 
muito em detalhes sobre as características de uma sociedade. 
Com esse registro, cada sócio se compromete a integralizar um montante para o 
início das operações da nova entidade e, a partir deste momento, começa a valer o 
Princípio da Entidade. O patrimônio para constituição da empresa seja ele em dinheiro, 
veículos, equipamentos ou quaisquer outros, pertence agora à empresa, pessoa jurídica, 
e não mais aos seus sócios, pessoas físicas. 
Este é o pilar do Princípio da Entidade: a autonomia patrimonial da pessoa 
jurídica, ou seja, a separação do patrimônio dos sócios do patrimônio da pessoa jurídica. 
Se João das Couves integralizou um caminhão, no valor de R$80.000,00, para a 
empresa utilizar em suas operações de transporte de mercadoria, não pode mais a 
pessoa física João das Couves utilizar este bem para suas atividades particulares em 
determinados dias da semana. O bem não mais o pertence. Do mesmo modo, apesar de 
recorrente, o empresário individual não deve utilizar o dinheiro da empresa com a 
finalidade de efetuar o pagamento de contas pessoais. 
Com relação ao parágrafo único deste artigo, vamos dividi-lo em duas partes: 
1) “O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira.” 
Essa é de fácil interpretação: O patrimônio pertence à entidade, mas a entidade 
não pertence ao patrimônio, ou seja, o caixa da empresa pertence à entidade, 
mas a entidade não pertence ao caixa da empresa. Caso contrário, ao liquidar o 
caixa da empresa estaríamos também liquidando a empresa, certo?2) “A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em 
nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.” 
Esta segunda parte é mais avançadas e vocês estudaram no avançar dos 
períodos. Trata-se do CPC 36 – Demonstrações Consolidadas, como veremos 
mais à frente, em alguns casos a legislação manda que sejam elaboradas 
demonstrações consolidadas entre determinadas entidades, como empresas 
controladas e coligadas. Assim, as várias demonstrações contábeis, do mesmo 
tipo, de várias entidades são reunidas em apenas uma demonstração. Nesse 
 
 
5 
 
caso, não teremos uma nova entidade, mas somente uma unidade de natureza 
econômico-contábil. Não se preocupem com isso neste momento. É um 
assunto mais avançado. 
 
(ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2006) João Aniceto comprou um caminhão e, com 
muito esforço pessoal, pagou as prestações até a quitação final. Ao adquirir quotas de 
capital do Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto aceitou entregar o caminhão para 
integralizá-las, mas combinou com os outros sócios que queria usar o caminhão sempre 
que dele precisasse, já que foi ele, João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e 
pagando-o até a quitação. O desejo de João Aniceto não pode ser atendido, porque o 
Mercadinho é uma sociedade empresária e tem que observar os princípios fundamentais 
de contabilidade. A regra que determina que o caminhão não é mais do João, mesmo 
que ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da: 
a) continuidade. 
b) competência. 
c) oportunidade. 
d) prudência. 
e) entidade. 
Comentários: 
O pilar do Princípio da Entidade é a autonomia patrimonial da pessoa jurídica, ou seja, a 
separação do patrimônio dos sócios do patrimônio da pessoa jurídica. 
Assim, a partir do momento que o caminhão foi integralizado à entidade, ele deixou de 
ser do João, mesmo que ele seja o dono da empresa. 
Gabarito: letra “e”. 
 
SEÇÃO II – O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação 
no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio 
 
 
6 
 
levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos 
(conjunto de bens e direitos) e dos passivos (obrigações) da empresa. 
Resumidamente, registramos o ativo pelos valores de entradas dos bens ou 
direitos. Por exemplo, se a empresa adquiriu um imóvel no valor de R$100.000,00, esse 
será o valor de seu registro no balanço patrimonial, subtraído da depreciação acumulada 
e eventuais ajustes. Isto ocorre tendo em vista que a empresa irá continuar com suas 
operações normais. 
A partir do momento que é sabida a não continuidade (extinção da empresa), não 
mais interessa saber quanto a empresa pagou por seus bens, e sim por quanto ela os 
venderá para quitar suas obrigações (passivos). 
Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade a preços de 
entrada para uma contabilidade a preços de saída. 
Com relação às dívidas de longo prazo (passivo), se não há continuidade, elas 
possuem seus vencimentos antecipados. Quem esperará mais 10 anos, por exemplo, 
para cobrar uma dívida de uma empresa que está falida? 
 
(CEPERJ/Contador/IPAM/RJ/2010) Ao ser constituída, os administradores de uma 
determinada empresa esperam que ela opere por um período de tempo indeterminado 
até que surjam fortes evidências em contrário. Essa afirmação está baseada no 
seguinte princípio fundamental. 
a) entidade. 
b) oportunidade. 
c) prudência. 
d) continuidade. 
e) materialidade. 
Comentários: 
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação 
no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio 
 
 
7 
 
levam em conta esta circunstância. 
Gabarito: letra “d”. 
 
SEÇÃO III – O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e 
tempestivas. 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação 
da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário 
ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação 
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
O conceito de TEMPESTIVIDADE está relacionado ao de velocidade, rapidez. Do 
mesmo modo, INTEGRIDADE, se relaciona com confiabilidade. 
Assim, ao mesmo tempo que uma informação deve ser rápida (tempestividade), 
também deve ser completa (íntegra). Isso é importante para que a informação seja 
prestada corretamente, facilitando a tomada de decisão de determinado grupo. 
 A ponderação exigida no parágrafo único é fundamental. De nada adianta a 
informação ser produzida rapidamente, porém sem objetividade, sem todas as 
informações necessários, podendo acarretar em uma má decisão tomada. Traçando um 
paralelo, quantas vezes em nosso dia-a-dia tomamos uma má decisão em virtude da 
falta de informação? 
 De igual forma, continua não adiantando uma informação completa, 
extremamente detalhada, porém, sem rapidez, muito tempo após a ocorrência do fato. 
Por isso é fundamental a ponderação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação prestada. 
Exemplo, adianta cobrar uma dívida de uma empresa que já está falida? 
 
(FCC/Analista Contábil/TRE-SE/2007) De acordo com a Resolução CFC 750/93, o 
 
 
8 
 
Princípio Fundamental de Contabilidade, que se refere simultaneamente à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, 
determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram, é o da: 
(A) Entidade. 
(B) Competência. 
(C) Integridade. 
(D) Oportunidade. 
(E) Continuidade. 
Comentários: 
Atentem que esta é uma questão de 2007, sendo assim, o enunciado retrata 
exatamente o que o Art. 6° da Resolução n° 750 de 1993 dispunha. A Resolução n ° 
1.282 de 2010 atualizou os Princípios Contábeis e o citado artigo passou a vigorar com 
o seguinte texto: 
“Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e 
tempestivas.” 
De todo modo, as palavras chaves permanecem as mesmas: integridade e 
tempestividade. Falou nelas, falou no princípio da oportunidade. 
Gabarito: letra “d”. 
 
SEÇÃO IV – O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do 
patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, 
expressos em moeda nacional. 
 Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original. É o chamado custo 
histórico. Conforme exemplo recente, se um imóvel é adquirido pelo valor de 
R$100.000,00, este é o valor que deverá ser registrado. 
 Além disso, os valores deverão ser expressos em moeda nacional. Assim, se 
existe uma dívida ou uma aquisição negociada em moeda estrangeira, deve ser feita a 
conversão para moeda nacional. 
 
 
9 
 
 E, adivinhem, existe um pronunciamento técnico a esse respeito. É o CPC 02 – 
Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis. 
(Calma gente, essa informação é apenas a título de conhecimento. Não estudaremos 
este CPC em Contabilidade Básica). 
Na resolução, existem ainda as bases de mensuração (avaliação) e as variações 
do custo histórico, porém, este é um assunto que os alunos de contabilidadeestudarão 
na matéria “Teoria da Contabilidade”. No momento, paremos por aqui. É o conhecimento 
suficiente para a matéria. 
 Além disso, não custa repetir para fixar: A atualização monetária, antes da 
Resolução 1.282/2010 era considerada um Princípio de Contabilidade. Após, houve uma 
mudança e a tornou uma “espécie”, uma variação do custo histórico, do Princípio do 
Registro pelo Valor Original. 
SEÇÃO VI – PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros 
eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do 
recebimento ou pagamento. 
O princípio da competência estabelece que as receitas e despesas devem ser 
reconhecidas de acordo com o seu fato gerador (momento em que são realizadas). 
Na contabilidade existem dois regimes: o de caixa e o de competência. Em 
regra, o regime que deve ser utilizado é o de competência, que é o que pressupõe 
o princípio de mesmo nome. 
No regime de competência, as receitas e despesas são apropriadas no momento 
em que são realizadas, de acordo com o período a que se referem. Assim, se uma 
empresa possui despesas com salários que vencem em fevereiro de 2015, porém, se 
referem ao mês de janeiro, essas despesas devem ser registradas como já ocorridas, 
independentemente do seu efetivo pagamento, que pode se dar com atraso. O mesmo 
ocorre com relação às receitas. 
Da mesma forma, se realizarmos a antecipação de pagamento de funcionários 
em setembro de 2015, por serviços que eles somente prestarão em outubro do mesmo 
ano, a despesa com salário somente será lançada em outubro. Em setembro, no ato do 
pagamento antecipado, deverá ser registrado um direito da entidade, que não mais 
existirá no momento do reconhecimento da despesa que se dará em outubro. 
 
 
10 
 
Assim, o foco do regime de competência se dá sob o período em que a despesa 
incorreu, independentemente de seu efetivo pagamento ou não. 
 O regime de caixa funciona inversamente, importando a data do pagamento ou 
recebimento, independente se a despesa já foi realizada ou não. Assim, se o salário do 
ano de 2015 for integralmente pago pela empresa em dezembro de 2014, esse é o mês 
que este regime considera realizada a despesa, não tendo o que se falar de um direito a 
ser registrado em decorrência da antecipação salarial. O mesmo raciocínio é aplicado 
com relação as receitas, logo, se a receita de venda é recebida, antecipadamente, em 
janeiro, este é o mês de reconhecimento, sem importar quando se dará a efetiva 
entrega do material. 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da 
confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC 
nº. 1.282/10) 
O parágrafo único do mesmo artigo estabelece que as receitas e despesas 
correlatas, ou seja, que ocorrerem ao mesmo tempo, devem ser assim registradas. 
Exemplificando, no momento da venda de mercadorias, a entidade deve registrar, 
simultaneamente, a receita da venda realizada e a despesa do custo de mercadorias 
vendidas. 
Por último, apesar de, em regra, a Contabilidade adotar o regime de 
competência, é possível que as micros ou pequenas empresas adotem o regime de 
caixa, conforme dispõe o Art. 61 da Resolução n° 94 do Comitê Gestor do Simples 
Nacional: 
“ Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar 
para os registros e controles das operações e prestações por ela 
realizadas, observado o disposto no art. 61-A: (Lei Complementar 
nº 123, de 2006, art. 26, §§ 2º, 4º, 4º-A, 4º-B, 4º-C, 10 e 11) 
(Redação dada pela Resolução CGSN/SE nº 115, de 4 de setembro 
de 2014) 
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua 
movimentação financeira e bancária; 
§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro 
Diário e do Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa. 
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2 º, inciso I e § 6 º). ”. 
 
 
11 
 
 O livro caixa escritura as receitas e despesas conforme ocorrem os seus 
pagamentos. Já os livros diário e razão coadunam com o princípio da competência. 
Como dito, é uma exceção à regra do Princípio de Competência e serve para “simplificar 
a vida” do micro ou pequeno empresário, que, por sua essência, possui uma estrutura 
muito reduzida, como por exemplo, a padaria do Seu João. 
 
(CEPERJ/Agente Legislativo/Volta Redonda/2006) Ao fazer o registro no Balanço 
Patrimonial de Provisão para Férias e 13o Salário, o Contador observa o Princípio 
Fundamental da Contabilidade denominado: 
A) Competência 
B) Entidade 
C) Prudência 
D) Registro pelo valor original 
Comentários: 
Os registros contábeis devem obediência ao Princípio da Competência, que reza que os 
fatos devem ser registrados de acordo com a sua realização, independente do efetivo 
pagamento. 
Assim, o fato gerador tanto das Férias, quanto do 13º salários são os meses 
trabalhados pelos funcionários. Se trabalhou, tem direito. Logo, os registros das 
provisões devem ocorrer mensalmente, independente que o pagamento só se dará em 
meses subsequentes. 
Gabarito: letra “a”. 
 
SEÇÃO VII – O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que 
alterem o patrimônio líquido. 
 
 
12 
 
 O entendimento é simples: quando se apresentam alternativas igualmente 
válidas para o valor de um mesmo ativo (bens e direitos) ou passivo (obrigações), 
deve-se escolher sempre o menor para o ativo e o maior para o passivo. Por 
exemplo, se a entidade é réu em uma ação judicial e o setor jurídico dê como certa a 
sua perda, estimando a indenização a ser paga entre R$10.000,00 e R$15.000,00, o 
Princípio da Prudência estabelece que, por se tratar de um passivo, seja registrado o 
maior dentre os valores. 
 Por outro lado, se a entidade possui o montante de R$50.000,00 de duplicatas a 
receber, mas estima seguramente que 10% desse valor não será recebido, deveremos 
provisionar o valor referente à R$5.000,00 em perdas, em respeito ao princípio da 
prudência. 
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de 
precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições 
de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que 
passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao 
processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 Deve ser retratada a realizada da empresa. O exercício da Prudência não permite, 
por exemplo, a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação 
deliberada de ativos ou receitas, a superavaliação deliberada de passivos ou despesas. O 
emprego da Prudência pressupõe certo grau de certeza e confiança, não podendo os 
valores serem aplicados ao bel prazer da entidade. 
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas alíneas 
“c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando 
aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação dada pela Resolução 
CFC nº. 1.282/10) 
 Dispus este artigo apenas para demonstrar que a observância dos Princípios de 
Contabilidade é obrigatória e, caso ignorados, trarão consequências ao contabilista. 
 
(CEPERJ/Contador/Vassouras/2009) O princípio fundamental de contabilidade que, ao 
 
 
13 
 
ser aplicado, busca o menor valor para o patrimônio líquidoda organização, é 
denominado: 
A) contingência 
B) competência 
C) atualização monetária 
D) prudência 
Comentários: 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que 
alterem o patrimônio líquido. 
Como veremos na próxima aula, o Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo Exigível, logo, 
se optamos pelo menor valor possível para o Ativo e o maior possível para o Passivo, 
entre opções igualmente válidas, estaremos buscando o menor valor para o patrimônio 
líquido. 
Gabarito: letra “d”.

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