Buscar

RESUMO DIREITO EMPRESARIAL III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DIREITO EMPRESARIAL III
Dos Títulos de Crédito
 
TÍTULOS DE CRÉDITO = Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
IMPORTÂNCIA DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
- Simplificou a circulação de capitais
Aumentaram as garantias de crédito
Materializou a obrigação futura, entendido o crédito como a troca de um valor atual por um valor futuro
ATRIBUTOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
CARTULARIDADE – Documento necessário – representa o título de crédito
LITERALIDADE – Vale o que está escrito – o direito do título, nele está expresso
AUTONOMIA – O título vale por sí só
CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
NEGOCIABILIDADE – É a possibilidade de transferir o título de crédito através do ENDOSSO ou da TRADIÇÃO.
FORMALISMO – Deve apresentar os requisitos impostos pela lei.
EXECUTIVIDADE – O título de crédito pode ser executado, pois é considerado um título extrajudicial, independente de ação de conhecimento.
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
SACADOR – É o emitente. Emite a ordem de pagamento
SACADO – Recebe a ordem de pagamento
BENEFICIÁRIO – É o tomador
ORDEM DE PAGAMENTO – Trata-se de um título em que existem 3 elementos. O sacador que dá a ordem, o sacado que recebe e o beneficiário que vai receber do sacado o valor correspondente. LETRA DE CÂMBIO E CHEQUE!!
PROMESSA DE PAGAMENTO – Representa o título em que existem 2 elementos, o que faz a promessa e aquele que recebe a promessa, ou seja, o sacador e o beneficiário. NOTA PROMISSÓRIA.
TÍTULO AO PROTADOR – Trata-se de título de crédito que não nomeia beneficiário, presume-se que o portador do título é o seu beneficiário (ex: cheque de até R$ 100,00).
TÍTULO NOMINATIVO – É o título de crédito que contém o nome do beneficiário.
À ORDEM – Possibilita que se coloque o nome do beneficiário, mesmo após a sua emissão (cheque).
INDISPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES CAUTELARES – NÃO SE PODE PROPORA NENHUMA DEFESA CONTRA O PAGAMENTO DE BOA FÉ, MUITO MENOS NAS RELAÇÕES PESSOAIS COM OBRIGAÇÕES ANTERIORES.
LUG Art. 17. As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.
REQUISITOS ESSENCIAIS - A formalidade das letras de câmbio impõe que as transações sejam revestidas de requisitos essenciais:
PROVA!!
Art. 1º. A letra contém:
1. a palavra "letra" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título;
2. o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
3. o nome daquele que deve pagar (sacado);
4. a época do pagamento;
5. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
6. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
7. a indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
8. a assinatura de quem passa a letra (sacador).
REQUISITOS SUPRÍVEIS: As letras de câmbio com vício de forma, não seriam consideradas letras de câmbio e, portanto, não seriam reguladas pelo direito cambial, não sendo admito o endosso ou aval.
Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
O nosso direito não exige que o título de crédito saia completo das mãos do sacador no ato da sua emissão, no entanto, ele deverá estar completo no ato da apresentação para o pagamento. Caberá então ao portador preenche-lo, desde que atue de boa fé.
Art. 9º. O sacador é garante tanto da aceitação como do pagamento de letra. O sacador pode exonerar-se da garantia da aceitação; toda e qualquer cláusula pela qual ele se exonere da garantia do pagamento considera-se como não escrita.
ENDOSSO – É a transferência dos direitos creditícios. É um modo de transferir a outrem, por um ato unilateral do beneficiário os direitos correspondentes a um título de crédito à ordem, o que permite a sua circulabilidade infinita.
CLÁUSULA À ORDEM – É a menção lançada no título, indicativa de que, embora personalize determinado indivíduo, este poderá transferi-lo a outrem mediante endosso.
CLÁUSULA NÃO À ORDEM – É a menção lançada no título para impedir a sua circulação, através do endosso. Desta forma, ele somente poderá ser transmitido com efeito de uma cessão civil.
CARACTERÍSTICAS DO ENDOSSO:
Deverá ser puro e simples (não pode haver cláusulas)
O ENDOSSO PARCIAL É NULO.
ENDOSSO ao portador = endosso em branco
ENDOSSO nominativo = endosso em preto
O ENDOSSO é feito pela simples assinatura do beneficiário (endossante). 
Art. 13. O endosso deve ser escrito na letra ou numa folha ligada a esta (anexo). Deve ser assinado pelo endossante.
O endosso pode não designar o benefício, ou consistir simplesmente na assinatura do endossante (endosso em branco). Neste último caso, o endosso para ser válido deve ser escrito no verso da letra ou na folha anexa.
ENDOSSO ao portador = endosso em branco – é representado apenas pela assinatura do endossante, sem designar o nome do próximo beneficiário.
ENDOSSO nominativo = endosso em preto -é aquele em que o endossante coloca o nome do endossatário (NOVO BENEFICIÁRIO). 
BENEFICIÁRIO QUE ENDOSSA = ENDOSSANTE
BENEFICIÁRIO QUE RECEBE = ENDOSSATÁRIO (NOVO BENEFICIÁRIO)
OBJETIVO DO ENDOSSO = transferência de crédito. Garantir o reembolso da quantia. Tornar o endossante coobrigado solidário do cumprimento da obrigação nele contida.
ENDOSSO MANDATO - O endossante mandante transfere poderes ao endossatário mandatário para que ele atue em nome e por conta do endossante mandante. Dessa forma o endossante passa a ser representado pelo endossatário. Usada para a efetivação da cobrança do título. Confere poderes para que outra pessoa faça a cobrança em seu nome. 
ENDOSSO PENHOR / PIGNORATÍCIO - Posso conferir um título de crédito como garantia de uma dívida. O endossante pignoratício é devedor e ele está transferindo o penhor em favor do endossatário pignoratício que é credor. O endossante tem uma obrigação pendente em relação ao endossatário.
Endossante tem a propriedade e transfere apenas o penhor, para que fique como garantia do pagamento da dívida. O credor fica na posse do título para que se não houver o cumprimento da dívida ele satisfaça através do título de crédito. O penhor está recaindo sobre um título.
ENDOSSO PÓSTUMO - Tradicionalmente afirma-se que o título tem uma vida útil que começa com o saque e termina com o vencimento. Ele é realizado depois que a vida útil do título terminou, por isso póstumo.
É um endosso translativo e é regulado de forma diferenciada, pelo art. 20 da LUG. Esta lei considera endosso póstumo aquele que é realiza após o protesto ou depois do prazo para protesto necessário.
Aceite é a declaração pela qual o sacado compromete-se a realizar pagamento da soma indicada na letra no prazo especificado. Com o aceite este passa a ser responsável direto pela obrigação incondicional de pagar.
Consiste o aceite na simples assinatura do anverso do título ou no verso se acompanhada de expressão que indique aceitação. O aceite é facultativo porque nada obriga o sacado a assumir obrigação cambial.
A recusa do aceite, todavia permite ao portador cobrar o sacador imediatamente, posto que, neste caso ocorrerá o vencimento antecipado na forma do art. 43 da lei Uniforme. (DL 57.663 Anexo I). É possível, porém, que seja inserido na letra a cláusula “não aceitável” o que preservará o sacador do vencimento antecipado, mesmo dianteda recusa do aceite.
O ACEITE PARCIAL É VÁLIDO!! O SACADOR SE TORNA RESPONSÁVEL PELA DIFERENÇA!!
Entende-se como irretratável o aceite, porém pela regra incerta no art. 29 da Lei Uniforme, poderá o aceitante antes de restituir a letra riscar o aceite, em caso que interpretar-se-á como recusa. Presume-se feito antes da restituição salvo prova em contrário.
VENCIMENTO
O valor inscrito na letra realiza-se a qualquer momento pelo pagamento, mas só se torna exigível pelo vencimento, quando termina o prazo do crédito e a ordem de pagar deve ser cumprida.
O vencimento pode ser ordinário, quando há o término do prazo de crédito ou extraordinário quando há interrupção do prazo por fato anormal.
A Lei Uniforme estipula 4 modalidades de vencimento ordinário a saber:
1- À VISTA – aquela que ocorre no momento da apresentação ao sacado. Art. 34 da LU;
2- À DIA CERTO – tem o vencimento fixado em um determinado dia. Art. 37 da LU;
3- À CERTO TERMO DE DATA – o vencimento é fixado à dias, semanas, meses a partir da data do saque. O vencimento nestes casos ocorre no último dia do prazo sem contar o dia do saque. Ex.: saque em 02/05/2011 vencimento em 7 dias = 08/05/2011 – vencimento = 09/05/2011.
4- À CERTO TERMO DE VISTA – o prazo fixado para vencimento conta-se da vista (aceite), ou do protesto na falta dele.
VENCIMENTO EXTRAORDINÁRIO
Pode ocorrer o vencimento antecipado quando o beneficiário não consegue obter o aceite, salvo os casos da “Cláusula Não Aceitável”. Possibilita-se ainda o vencimento antecipado em casos de insolvência ou falência do vendedor.
PAGAMENTO
Via de regra extingue-se a obrigação cambiária pelo resgate da cambial, ou seja, presume-se paga a letra quando em poder de seu devedor.
AVAL
O Aval é um ato cambiário no qual terceiro garante o pagamento do título de crédito em prol de uma outra pessoa. Sendo esse terceiro o avalista e a outra pessoa o avalizado.
O aval é uma garantia pessoal dada por terceiro. Fazendo surgir a figura do avalista e avalizado, sendo o avalista o terceiro que mesmo não tendo vinculo com a relação inicial obriga-se a garanti-la e o avalizado que tem  sua dívida avalizada pelo avalista. 
Não é incomum o não pagamento de dívidas; e um dos meios para evitar o não pagamento é através do aval. O aval dá uma credibilidade maior ao devedor e uma segurança maior ao credor. 
Formalização:
O Aval se configura com a simples assinatura do avalista na face ou anverso do título, ou ainda no verso desde que acompanhada de expressão que identifique a vontade de avalizar ou não a contrarie. O aval deve sempre constar no próprio título de crédito.
Assim simples assinatura no anverso ou face do título sem qualquer indicação será aval. E simples assinatura no verso do título sem qualquer indicação valerá como endosso.
Espécies:
Simultâneo ou Sucessivo: Inicialmente faz-se necessário entender que para se entrar nessa vertente é preciso ter no mínimo duas pessoas como avalistas.
Simultâneo : Quando duas pessoas avalizam ao mesmo tempo uma única pessoa, ou seja, um devedor tem dois avalistas que garantirão o pagamento do título de crédito cada um respondendo por parte da dívida.
Avais em branco e superpostos conforme decisão do supremo tribunal federal também serão considerados simultâneos. Súmula 189 STF.
Sucessivo: Nesse caso configura-se aval do aval. Um avalita garante outro avalista para garantir o pagamento do título de crédito, cada um sendo responsável pelo todo. 
                                                     AVAL x FIANÇA
1. Aval: é uma Garantia cambial está diretamente ligado aos títulos de crédito e só poderá existir em títulos de crédito. 
1. Fiança: é uma Garantia contratual e está ligada aos contratos. 
2. Aval: é Autônomo, a obrigação do avalista não se desfaz se houver morte ou concordata do avalizado. 
2. Fiança: é Acessório, o credor volta-se ao devedor e se este não pagar é que poderá cobrar do fiador. 
3. Aval: responsabilidade solidária, ou seja, o credor pode requerer direto do avalista o que lhe é devido.
3. Fiança: Benefício de ordem o fiador pode expressar em cláusula contratual se sua responsabilidade será solidária ou subsidiária, sendo a última o modo mais comum, onde cobra-se primeiro do afiançado e no caso de não pagamento cobra-se do fiador. 
4. Aval: Deve constar no próprio título ou instrumento da obrigação principal. 
4. Fiança: Pode ser feita em instrumento separado. 
CC
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente.
§ 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento.
§ 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente.
§ 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.
Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados.
Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.
Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado.
Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes.
Art. 894. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega do título devidamente quitado.
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa.
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação.
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista.
§ 2o Considera-se não escrito o aval cancelado.
Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final.
§ 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores.
§ 2o Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.
Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo portador, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé.
Parágrafo único. Pagando, pode o devedor exigir do credor, além da entrega do título, quitação regular.
Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e aquele que o paga, antesdo vencimento, fica responsável pela validade do pagamento.
§ 1o No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial.
§ 2o No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em separado, outra deverá ser firmada no próprio título.
Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código.
EXECUTIVIDADE = CPC, Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
 CAPÍTULO II
Do Título ao Portador
Art. 904. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição.
Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor.
Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente.
Art. 906. O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal, ou em nulidade de sua obrigação.
Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial.
Art. 908. O possuidor de título dilacerado, porém identificável, tem direito a obter do emitente a substituição do anterior, mediante a restituição do primeiro e o pagamento das despesas.
Art. 909. O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for injustamente desapossado dele, poderá obter novo título em juízo, bem como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos.
Parágrafo único. O pagamento, feito antes de ter ciência da ação referida neste artigo, exonera o devedor, salvo se se provar que ele tinha conhecimento do fato.
 
Do Título À Ordem
Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título.
§ 1o Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante.
§ 2o A transferência por endosso completa-se com a tradição do título.
§ 3o Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente.
Art. 911. Considera-se legítimo possuidor o portador do título à ordem com série regular e ininterrupta de endossos, ainda que o último seja em branco.
Parágrafo único. Aquele que paga o título está obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas.
Art. 912. Considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o endossante.
Parágrafo único. É nulo o endosso parcial.
Art. 913. O endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto, completando-o com o seu nome ou de terceiro; pode endossar novamente o título, em branco ou em preto; ou pode transferi-lo sem novo endosso.
Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título.
§ 1o Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se torna devedor solidário.
§ 2o Pagando o título, tem o endossante ação de regresso contra os coobrigados anteriores.
Art. 915. O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que tiver com o portador, só poderá opor a este as exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura, a defeito de capacidade ou de representação no momento da subscrição, e à falta de requisito necessário ao exercício da ação.
Art. 916. As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.
Art. 917. A cláusula constitutiva de mandato, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título, salvo restrição expressamente estatuída.
§ 1o O endossatário de endosso-mandato só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador, com os mesmos poderes que recebeu.
§ 2o Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, não perde eficácia o endosso-mandato.
§ 3o Pode o devedor opor ao endossatário de endosso-mandato somente as exceções que tiver contra o endossante.
Art. 918. A cláusula constitutiva de penhor, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título.
§ 1o O endossatário de endosso-penhor só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador.
§ 2o Não pode o devedor opor ao endossatário de endosso-penhor as exceções que tinha contra o endossante, salvo se aquele tiver agido de má-fé.
Art. 919. A aquisição de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil.
Art. 920. O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior.
Do Título Nominativo
Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente.
Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente.
Art. 923. O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatário.
§ 1o A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o emitente, uma vez feita a competente averbação em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatário que comprove a autenticidade da assinatura do endossante.
§ 2o O endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de endossos, tem o direito de obter a averbação no registro do emitente, comprovada a autenticidade das assinaturas de todos os endossantes.
§ 3o Caso o título original contenha o nome do primitivo proprietário, tem direito o adquirente a obter do emitente novo título, em seu nome, devendo a emissão do novo título constar no registro do emitente.
Art. 924. Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua custa.
Art. 925. Fica desonerado de responsabilidade o emitente que de boa-fé fizer a transferência pelos modos indicados nos artigos antecedentes.
Art. 926. Qualquer negócio ou medida judicial, que tenha por objeto o título, só produz efeito perante o emitente ou terceiros, uma vez feita a competente averbação no registro do emitente.
DECRETO 57.663/66
Art. 17 - As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador as exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.
Súmula 387
A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
C/C
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados.
Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.
DO CHEQUE
É uma ordem de pagamento à vista, emitida por pessoa física ou jurídica, em benefício próprio ou de terceiros, contra instituição bancária ou financeira, com suficiente provisão de fundos, pelo sacador em mãos do sacado ou decorrente do contrato de abertura de crédito.
O Sacado (instituição financeira) não tem nenhuma obrigação cambial, uma vez que não há a figura do aceite, não podendo ser sujeito de ação cambial, nem ser responsabilizado pelo credor por ausência ou insuficiência de fundos.
Quanto a forma: visado, cruzado e para depósito em conta
VISADO – O sacado reserva a quantia da conta corrente do sacador em benefício do credor. Caso não seja apresentado dentro do prazo, o banco devolverá a quantia para a conta corrente do sacador em 30 dias se no mesmo domicílio ou 60 dias se o domicílio for diferente.
ACEITE - Art . 6º O cheque não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido.
ENDOSSO – A regra é que o endosso ocorra constando ou não a cláusula à ordem. O endosso deve ser puroe simples. O ENDOSSO PARCIAL É NULO.
AVAL – Pode ser dad de forma total ou parcial. O avalista se responsabiliza pelo pagamento do cheque.
APRESENTAÇÃO DE PAGAMENTO E USO INDEVIDO 
PRAZO – NA MESMA PRAÇA 30 DIAS E EM PRAÇAS DIFERENTES 60 DIAS.
QUANDO O CHEQUE FOR APRESENTADO E NÃO HOUVER PROVISÃO DE FUNDOS NO PRAZO DE APRESENTAÇÃO OCORRE O CRIME DE ESTELIONATO.
SUMULA 600 STF: Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária.
PORÉM, se o sacador dispuser de fundos no prazo para a apresentação e o cheque não for apresentado e, após o prazo é apresentado e não tiver fundos, não disporá o portador da execução para receber o valor do título.
VALE RESSALTAR QUE o título do cheque PRESCREVE EM 6 MESES À PARTIR DO PRAZO DA ÚLTIMA APRESENTAÇÃO.
SE O EMITENTE PAGAR O CHEQUE ANTES DA DENÚNCIA, NÃO FICARÁ CONFIGURADO O ESTELIONATO. MAS, APÓS A DENÚNCIA, RESTARA TIPIFICADO O CRIME.
SÚMULA 370 STJ - Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado
QUESTIONÁRIO:
O QUE SÃO TÍTULOS DE CRÉDITO?
São documentos necessários para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionados.
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO?
Formalismo, negociabilidade e executividade.
EM QUE CONSISTE A LITERALIDADE?
Vale o que está escrito. O direito contido no título deverá nele estra expresso.
O QUE É AUTONOMIA DO TÍTULO DE CRÉDITO?
Documento que tem o seu valor, independentemente da causa que lhe deu origem. 
O QUE NEGOCIABILIDADE DO TÍTULO DE CRÉDITO?
Representa a facilidade com que o crédito pode circular. O possuidor do título pode transferi-lo a terceiros, através do endosso ou da tradição.
QUANTO A NATUREZA JURÍDICA, OS TÍTULOS PODERÃO SSER ABSTRATOS OU CAUAIS. EXPLIQUE CADA UM DELES.
ABSTRATOS – Nascem em qualquer tipo e espécie de negócio jurídico. Ex: cheque.
CASUAIS – São emitidos em decorrência de uma transação específica. Ex: duplicata = compra e venda mercantil
UMA DAS CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO SÃO A FORÇA EXECUTIVA. EXPLIQUE:
Significa que o titular do crédito tem o direito de ingressar diretamente ao processo de execução, pois o título de crédito tem a força de uma sentença judicial transitada em julgado. 
DIFERENCIE TÍTULO DE CRÉDITO À ORDEM, AO PORTADOR E NOMINATIVO:
AO PORTADOR – não identifica o beneficiário. É transferível pela tradição.
NOMINATIVO – É emitido em favor de pessoa cujo o nome conste no registro do emitente. 
À ORDEM – traz a indicação do beneficiário de crédito, permitindo que o pagamento se faça a outrem, à ordem do beneficiário nomeado no documento.
O que vem a ser letra de câmbio?
É UMA ORDEM DE PAGAMENTO NO QUAL O SACADOR EMITE A ORDEM, PARA QUE O SACADO PAGUE E O TOMADOR RECEBA.
QUEM É O OBRIGADO PRINCIPAL NAS LETRAS DE CÂMBIO?
O SACADOR. 
QUAIS OS REQUISITOS ESSENCIAIS DA LETRA DE CÂMBIO?
1. a palavra "letra" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título;
2. o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
3. o nome daquele que deve pagar (sacado);
4. a época do pagamento;
5. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
6. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
7. a indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
8. a assinatura de quem passa a letra (sacador).
12) QUAIS OS REQUISITOS SUPRÍVEIS DA LETRA DE CÂMBIO?
Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
DE QUE MODO OS TÍTULOS DE CRÉDITO PODEM SER TRANSMITIDOS?
ENDOSSO, TRADIÇÃO OU CESSÃO DE CRÉDITO
QUAIS AS FINALIDADE DO ENDOSSO?
Transferência de crédito e a garantia do pagamento.
 QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DO ENDOSSO?
Transferência do direito literal e autônomo para terceiro, garantindo todos os coobrigados da cadeia.
 DIFERENCIA ENDOSSO EM BRANCO DO ENDOSSO EM PRETO.
ENDOSSO ao portador = endosso em branco – é representado apenas pela assinatura do endossante, sem designar o nome do próximo beneficiário.
ENDOSSO nominativo = endosso em preto -é aquele em que o endossante coloca o nome do endossatário (NOVO BENEFICIÁRIO). 
AS MODALIDADES ENDOSSO SÃO?
ENDOSSO mandato (feito por procuração); ENDOSSO garantia e ENDOSSO póstumo (feito após a data do vencimento).
 QUAL A FINALIDADE DO ACEITE?
Quando o sacado aceita cumprir a ordem de pagamento – ele aceita assinando o título.
EXISTE ACEITE OBRIGATÓRIO?
Em regra é facultativo. Porém, no caso do vencimento a certo termo de vista, o vencimento depende da data do aceite.
DO QUE SE TRATA O AVAL NOS TÍTULOS DE CREDITO?
É uma obrigação assumida por alguém, no intuito de garantir o pagamento de uma letra de câmbio.
QUAL A FINALIDADE DO AVAL?
Garantir o pagamento por um terceiro.
QUANDO O AVALISTA NÃO NOMEIA O AVALIZADO O SEU AVAL SE TORNA NULO?
SIM. Ele deve avalizar o sacador.

Outros materiais