Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA – CD0328 PRÁTICA 05 EQUILÍBRIO Breno Oliveira da Silva 359580 Turma 04A Professor: Adailton Filho Prática realizada no dia 06/06/2017 às 08:00 h. Fortaleza – Ceará Junho de 2017 OBJETIVOS - Determinar o peso de um corpo através da resolução de um sistema de forças; - Medir as reações nos apoios de uma viga bi-apoiada, quando uma carga móvel é deslocada sobre a mesma; - Verificar as condições de equilíbrio. MATERIAL (1ª Parte) - Massa aferida de 100g; - Estrutura de madeira; - Massa desconhecida; - Balança digital; - Transferidor montado em suporte; - Material para desenho (papel, régua, esquadro e transferidor). (2ª Parte) - Massa aferida de 50g; - Dinamômetros de 2N (dois); - Estrutura de suporte; - Barra de 100 cm de comprimento. INTRODUÇÃO EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA Uma partícula está em equilíbrio quando as forças que atuam sobre ela têm resultante de soma igual a 0. Imagem 1. Partícula A e as forças que atuam sobre ela. No exemplo acima a partícula A sofre a atuação de 4 forças. Somando essas forças geometricamente, encontramos: Imagem 2. Soma das forças que atuam sobre a partícula A. Então, FR = T1 + T2 + T3 + T4 = 0, ou seja, a partícula A está em equilíbrio. EQUILÍBRIO DE UM CORPO RÍGIDO Um corpo rígido está em equilíbrio quando: - A força resultante que atua sobre o corpo for nula e; - A soma dos momentos das forças que atuam sobre o corpo for nula. Imagem 3. Forças sobre uma viga bi-apoiada. Como as forças que atuam sobre esse sistema devem ter resultante igual a 0 para manter o equilíbrio, temos que: RA + RB – P1 – P2 = 0 Alterando a posição do corpo rígido fazendo com que ele percorra a barra, as forças se anularão de forma que o sistema permaneça em equilíbrio. Então: P1.x + P2.L/2 – RA.xA – RB.xB = 0 Onde, P2 é o peso da barra, L o comprimento da mesma e A e B os apoios. PRÉ-LABORATÓRIO 1- Construa um paralelogramo com um dos vértices no nó da Figura abaixo e cuja diagonal seja igual a -T1 2- Determine os valores das tensões T2 e T3, nos Fios 2 e 3 da Figura acima. Supondo que a tensão T1 = 200 gf. Considere que a partícula (nó) está em equilíbrio. T1 = 2 cm 200 gf T2 = 2,3 cm T2 2.T2 = 460 T2 = 230 gf T1 = 2 cm 200 gf T3 = 1,6 cm T3 2.T3 = 320 T3 = 160 gf PROCEDIMENTO (1ª Parte) 1- Colocamos o peso P1= 100 gf no nó A à esquerda e o peso desconhecido, Pd, no nó B à direita; 2- Medimos os ângulos descritos e reproduzimos abaixo a geometria para cada nó; (usamos 5,0 cm para representar 100 gf). 3- Aplicamos o método descrito na 1ª parte – EQULÍBRIO DE UMA PARTÍCULA e determinamos o peso desconhecido, Pd. T1 = 5 cm 100 gf T6 = 3,5 cm T6 5. T6 = 350 T6 = 70 gf = Pd = 70 g 4- Informamos ao professor o peso Pd determinado e em seguida verificamos, utilizando uma balança digital, que o erro foi menor que 10%. PREAL = 72,3 g PROCEDIMENTO (2ª Parte) 1- Fizemos a montagem da figura abaixo. O dinamômetro A foi colocado à 20 cm da extremidade esquerda da barra e o dinamômetro B à 20 cm da extremidade direita; Imagem 4. Viga bi-apoiada com um peso sobre a mesma. 2- Determinamos o peso da barra a partir das leituras dos dinamômetros. P2 = 1,98 N. 3- Fizemos a massa de 50 g percorrer a barra (régua) de 10 cm em 10 cm, a partir do 0 (extremidade), anotando os valores das reações RA e RB (leitura dos dinamômetros). x (cm) RA (N) RB (N) RA + RB (N) 0 1,63 0,83 2,46 10 1,54 0,92 2,46 20 1,46 1,00 2,46 30 1,38 1,08 2,46 40 1,30 1,16 2,46 50 1,22 1,24 2,46 60 1,14 1,32 2,46 70 1,06 1,40 2,46 80 0,98 1,48 2,46 90 0,88 1,58 2,46 100 0,80 1,66 2,46 4- Traçamos, abaixo, em um mesmo gráfico, as reações RA e RB em função da posição x (cm); 5- No mesmo gráfico abaixo, traçamos os valores de RA + RB em função de x; QUESTIONÁRIO 1- Qual o peso desconhecido obtido com a balança? Qual o valor obtido pelo método descrito na 1ª Parte desta prática? Qual o erro percentual do valor experimental em relação ao obtido com a balança? PREAL = 72,3 g Pd = 70 g E = ((Pd – PREAL) / PREAL) . 100 E = (70 – 72,3) / 72,3) . 100 E = -0,03 . 100 E = - 3 % 2- Some graficamente T1, T2 e T3 (use 5,0 cm para representar 100 gf). 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Le it u ra d o s D in am ô m et ro s (N ) x (cm) RA (N) RB (N) RA + RB (N) 3- Qual o peso da régua (barra) utilizada na 2ª Parte? Em N e em gf. P2 = 1,98 N (Leitura dos dinamômetros) P2 (N) = P2 (kg) . g 1,98 = P2 (kg) . 9,8 P2 (kg) = 0,20204 = 202,04 g = 202,04 gf 4- Verifique, para os dados obtidos com o peso na posição 70 cm sobre a régua, se as condições de equilíbrio são satisfeitas. Comente os resultados. P1 (N) = P1 (kg) . g P1 (N) = 0,05 . 9,8 P1 (N) = 0,49 N RA + RB – P1 – P2 = 0 1,06 + 1,40 – 0,49 – 1,98 = 0 - 0,01 = 0 P1.x + P2.L/2 – RA.xA – RB.xB = 0 (0,49 . 70) + (1,98 . 100/2) – (1,06 . 20) – (1,40 . 80) = 0 34,3 + 99 -21,2 – 112 = 0 0,1 = 0 Os valores encontrados não foram iguais a 0, o que demostraria o equilíbrio do sistema, contudo essa diferença pode ter sido motivada por erros de leitura dos dinamômetros ou ainda pela imprecisão dos aparelhos. 5- Calcule os valores esperados para as reações RA e RB (em gf) medidas nos dinamômetros, para uma régua de 80 cm e 60 gf e um peso de 40 gf colocado sobre a posição x = 50 cm). Considere que um dos dinamômetros foi colocado na posição 10 cm e o outro na posição 60 cm. RA + RB – P1 – P2 = 0 RA + RB – 40 – 60 = 0 RA = 100 - RB P1.x + P2.L/2 – RA.xA – RB.xB = 0 (40 . 50) + (60 . 80/2) – (RA . 10) – (RB . 60) = 0 2000 + 2400 – 10.RA – 60.RB = 0 RA + 6.RB = 440 100 - RB + 6.RB = 440 5.RB = 340 RB = 68 gf RA = 100 - RB RA = 100 – 68 RA = 32 gf CONCLUSÃO Esta atividade nos permitiu constatar de forma prática que para um corpo permanecer em equilíbrio a soma das forças que atuam sobre ele deve ser igual a 0. Vimos ainda que qualquer que fosse a posição do corpo sobre a barra o sistema permanecia em equilíbrio. O erro encontrado entre o peso que encontramos da massa desconhecida e o peso real aferido na balança pode ser justificado pela imprecisão dos equipamentos de desenho que utilizamos, como o transferidor e a régua. Os erros encontrados no questionário, quando, diante da aplicação das equações não encontramos o resultado igual a 0, podem ser explicados pela imprecisão dos dinamômetros ou pela imperícia do aluno ao fazer a leitura do aparelho. Por fim, ressaltamos a importância do conhecimento e do estudo do equilíbrio para o aluno de engenharia. BIBLIOGRAFIA Primeira lei de Newton Disponível em: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/mecanica/primeira-lei-de-newton.html Acessado em 17/06/2017 às 22:00h. Condições de equilíbrio de um corpo rígido. Disponível em: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/EstaticaeHidrostatica/estdecorpo2.php Acessado em 17/06/2017 às 22:20h. DIAS, Nildo Loiola. Roteiro de aulas práticas de física. 2017
Compartilhar