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CASO CONCRETO 07 Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA). Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas. R: Tendo em vista que Astolfo cometeu a conduta de traficância sob coação moral irresistível (art. 22, CP) e também sob inegibilidade de conduta diversa, uma vez que na circunstância que se encontrava (idade avançada, moradia fixa a mais de 05 anos, com a possibilidade de ser expulso da mesma, e demais represaria), não seria possível outra conduta de sua parte, teria excluída sua culpabilidade, elevando a absolvição do crime de tráfico. À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? R: Poderia ser levantada a possibilidade de desclassificação para o crime de uso, devendo alegar que além das circunstancias de apreensão da droga, é pouca a quantidade e seria para consumo pessoal. Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? R: A última tese a ser levantada seria no sentido da aplicação do” tráfico privilegiado”, uma vez que o indivíduo é primário, teve bons antecedentes e não integra associação a organização criminal, assim, é possível a diminuição de pena (art. 33, §4º, L.A / Lei ante drogas), bem como aplicação da pena no mínimo legal e atenuante mais de 70 anos na data da sentença e acrescentado o crime (art. 65, I e III, “d”, CP). QUESTÃO OBJETIVA: Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s): a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006. b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006 c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006. d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006. e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006
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