Buscar

Políticas Públicas de Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

POLÍTICAS PUBLICAS DE SAÚDE
Políticas Públicas de Saúde: Uma viagem no tempo
A princípio em uma visão leiga do conceito “políticas públicas” já vem à mente corrupção, marginalidade, eleições, candidatos, voto obrigatório, políticos que não cumprem com seus deveres, dentre outras coisas. O termo e assunto “políticas públicas” não é, a princípio, de agrado da maioria. Todavia, em uma análise mais crítica e embasada em conhecimentos –recém adquiridos, entender sobre tal assunto é compreender a sociedade a qual estamos inseridos. 
As políticas públicas objetivam causar impactos na realidade social, política e até mesmo econômica. Além disso, se hoje a temos direitos estabelecidos constitucionalmente é graças a essa política. Esse termo surgiu do grego “polis” que se refere a cidades-estados da época. Em estudo desse ponto percebe-se que o surgimento da mesma está inteiramente ligado ao convívio em sociedade, é por meio dela que expomos nossas opinião e diferenças individuais, porém sem que aja caos social. 
Em um exemplo mais prático é só observarmos uma sala de aula quando um professor sai por alguéns minutos. Nesses minutos a sala vira um caos, vários alunos conversando ao mesmo tempo, sem regras e vivendo em conflito. A política pode ser associada a professora que coloca ordem, regras e permite que todos os alunos expressem livremente e garantido por lei sua opinião. Com isso, nota-se que, temos uma sociedade justa e democrática regida por leis que garante direitos e deveres. 
Para garantir uma sociedade política, temos como órgão máximo o Estado. Esse por sua vez pode utilizar de meios para garantir a política, dentre estes estão: uso da força para resolver conflitos e tomar decisões; tomada de decisões coletivas e uso de poder. Assim, para garantir os interesses da sociedade em geral, o Estado pode, de forma única, utilizar a forma coercitiva, para a finalidade da ordem, soberania e bem-estar social, o Estado poderia usar a força física de forma legítima.
Em suma, nota-se que as políticas públicas são desenvolvidas pelo Estado em prol de resolver problemas de áreas especificas, garantindo assim atender o interesse público. Para tal façanha o Estado utiliza de decisões, projetos, objetivos e metas.
Em análise dos principais tipos de políticas públicas temos que são divididas em três: distributivas; redistributiva e regulatória. 
A políticos distributiva relaciona-se com oferecimento de serviços e equipamentos para grupos da sociedade. Esse tipo de política não é universal pois abrange pequenos e distintos grupos da sociedade, como por exemplo a doação de cadeira de rodas para deficientes físicos. Essa ação não é universal pois abrejem apenas um restrito grupo. 
Como o próprio nome dessa política indica, ela remete-se a ações tomadas pelo governo em “distribuir” para determinados grupos, levando em conta que essa é uma ação limitada por conta da falta de recursos para atender um número maiores de grupos. Privilegiando assim, certas classes e regiões.
Esse tipo de política se tornou mais igualitária quando criado em 1988 as Lei Orgânica de Assistência Social, que foi através dela de direitos de ter acesso a programas de assistência social.
O segundo tipo de política que temos é a redistributiva. Esta por sua vez atinge um maior número de pessoas e podem ser entendidas como políticas sociais “universais”. 
Essa política, como o próprio nome sugere, como por exemplo, o sistema tributário, o sistema previdenciário, a reforma agrária. Exemplo: “A instituição de um novo imposto sobre grandes fortunas, que transfira renda de classes abastadas para um programa de distribuição de renda para famílias carentes [...] Problema: concentração de renda” (SECCHI, 2012, p. 08). Essas por sua vez buscam um meio mais igualitário, redistribuindo riquezas que estão aglomeradas e impregnadas nas mãos de uma pequena parcela da população.
Por último temos a políticas regulatórias, que por sua vez tem a finalidade de implantar ou criar normas de serviços e equipamentos. Ou melhor explicando, é através dessa que as outras duas políticas são normatizadas e legisladas. 
Além disso, elas lidam com procedimentos, definem competências, regras de disputa política e da elaboração de políticas públicas. Como exemplo prático temos a lei que proíbe que veículos automotores emitam mais que 3% de monóxido de carbono, levando em conta que este é um gás altamente toxico. 
Sendo assim conclui-se em um primeiro momento que é preciso entender de um determinado assunto para o classifica-lo como importante ou não. E ao estudar políticas públicas nota-se a abrangência da sua importância, pois se temos um Sistema Único de Saúde é porque grupos lutaram por isso, como por exemplo o movimento reformista, da Reforma Sanitária. 
Em acrescendo de tudo o que foi dito anteriormente para entendemos e compreendermos o atua sistema de saúde púbica no Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde) é necessário adentrarmos na história do país, desde 1500 até datas mais atuais. Pois, sabe-se que o caminho para chegar ao que temos hoje não foi fácil e para entendermos isso é necessário ir a fundo nos principais marcos históricos das políticas públicas de saúde. 
Em um primeiro momento, antes de viajarmos no tempo e voltarmos a época antes da colonização do país, analisemos o nosso atual quadro de saúde pública. Hoje, o sistema de saúde encontra-se com falta constante de leitos e pacientes ficam submetidos e filas enormes que podem demorar até anos. Além disso, a escassez de matérias e recursos é quase cotidiano dos profissionais da saúde. Temos também problemas com baixos salários pagos para os profissionais, aumento da incidência e surgimento de diversas doenças transmissíveis dentre outros problemas. Todavia, não se pode olhar apenas por esse ângulo é preciso ser maleável e reconhecer que mesmo com todas as iniquidades é preciso admitir também que o Brasil é destaque em Saúde Pública. Isso levando em conta que a saúde não é tratada como segura e sim uma seguridade social, ao contrário de outros países como os Estados Unidos, onde apenas com contribui e pana por um plano de saúde tem direito a usufrui-la. A política pública é uma política social, mas antes de tratarmos mais especificamente desse ponto retomemos a contextualização do período histórico em que surgiu as políticas públicas de saúde.
Por volta do o sistema de saúde era por base em conhecimentos empíricos passados de geração em geração os recursos para Saúde limitava-se em Recursos provenientes da natureza como ervas e plantas medicinais. Nesse período existiu os curandeiros e não havia no Brasil
Nenhuma estrutura sanitária e de saúde. Nota-se que até 1789 no país só existia quatro médicos, e estes por sua vez eram para atender a classe mais alta. Os pobres ficavam por conta de curandeiros e os boticários, que hoje conhecemos como farmacêuticos. Os boticários prescreviam e receitavam remédios para a população. 
No ano de 1808, com a vinda da família real para o Brasil foi necessário a organização de uma estrutura sanitária mínima. Nessa época Dom João VI fundou o Colégio Medico-Cirúrgico no Real Hospital Militar do Rio de Janeiro, anexo ao Real Hospital Militar. 
Até o ano de 1850 as questões de saúde limitavam-se a controle dos portos e navios e uma estrutura sanitária mínima. O controle dos portos não era visando a saúde da população, mas sim dos produtos exportados do país. Pois, por conta da grande ocorrência de endemias os países que importavam os produtos brasileiros não os queriam mais. 
Em 1889 com a Proclamação da República sinalizou uma esperança de progresso para o povo brasileiro. Porem a realidade da cidade do Rio de Janeiro era outra. O quadro sanitário encontrava-se em estado caótico. Ocorria nessa época epidemias de varíola, malária, febre amarela e a peste. Não se havia nessa época um modelo de saúde e a população ficava a mercê dessas doenças. Nesse mesmo ano, o então Presidente, Rodrigo Alves, nomeou Oswaldo Cruz como direto do Departamento Federal deSaúde Pública. Oswaldo cruz por sua vez propôs um modelo de irradiação da febre amarela através da erradicação do vetor. 
Oswaldo Cruz, com um exército de cerca de 1500 pessoas saíram nas ruas fazendo uma “limpeza” na cidade no Rio de Janeiro. Essas pessoas entravam nas casas da população e queimavam colchões e as expulsavam para os morros. O objetivo de tal façanha era conter e erradicar os princípios causadores de doenças. Nessa época, a saúde, era vista como caso de polícia e as ações eram realizadas e explicadas pela seguinte frase: “os fins justificam os meios”. 
No ano de 1904, Oswaldo Cruz impôs por meio da Lei Federal n° 1261, a vacinação contra varíola sendo obrigatória. Surge então um grande movimento popular conhecido como a revolta da vacina, porque a população não tinha conhecimento da importância da vacinação e porque o governo não esclareceria e dava informe aos brasileiros. Além disso, nesse período Oswaldo Cruz criou uma seção demográfica, um laboratório bacteriófago, um serviço de engenharia sanitária e de profilaxia de febre-amarela, a inspetoria de isolamento e desinfecção e o instituto soroterápico federal. 
Além disso, em 1904, Carlos Chagas assume o lugar de Oswaldo Cruz e inova o modelo campanhista (modelo utilizado por Oswaldo Cruz que era baseado em campanhas). Ele começou a passar informações para a população sobre a importância da vacinação, da higienização sanitária, dentre outros. 
Nos anos de 1017 e 1919 aconteceu no Brasil duas grandes greves dos trabalhadores industriais. O motivo de tais greves é que vários trabalhadores europeus (italianos e portugueses principalmente) estavam vindo para o Brasil para trabalhar e traziam consigo conhecimento sobre lutas de trabalhadores por melhores condições de trabalho. Os trabalhadores não tinham nenhum direito trabalhista, a jornada de trabalho era de cerca de 16 horas por dia, as condições de trabalho eram precárias e insalubres. 
E, por conta de reinvindicações dos movimentos operários foi aprovado pelo Congresso Nacional a Lei Elói Chaves de 1923, que cria então as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPS). Essas por sua vez visavam a garantia de pensão em caso de acidente ou afastamento do trabalho por doença e uma futura aposentadoria. As CAP’s eram sustentadas por empregados (3% do salário) e empregadores (1% da renda). Além disso, eram representadas por um conselho com 3 empregadores e 2 empregados, logo em caso de qualquer votação os empregadores sempre ganhavam levando em conta que sempre teriam um voto a mais. Enfim, essas CAP’s não tinham participação da União, e outros direitos deles eram também assistência à saúde, desconto de remédios e pensão. 
Em 1930 rompe-se a oligarquia “café com leite” e Vargas assume a Presidência da República. Nessa época foi criado o Ministério do Trabalho”, o da “Industria e Comercio”, O “Ministério da Educação e Saúde”. Este último por sua vez era vinculado ao Ministério da Justiça porque como dito anteriormente, saúde era visto como questão de polícia.
A partir de 1933 foram surgindo os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP’s), que foram gradativamente substituindo as CAP’s. Esses Institutos surgiram em resposta, por parte do Estado, às lutas e reinvindicações dos trabalhadores. 
A diferença entre as caixas de aposentadoria e pensão e os institutos de aposentadoria e pensão é que nesse último o Estado passou a contribuir tendo assim uma contribuição tripartite. Além disse os IAP’s eram organizados por categorias profissionais e não mais por empresas como nas CAP’s. 
Em 1941 instituiu-se a Reforma Barros Barreto em que criou-se órgãos destinados a orientar a assistência sanitária e hospitalar e com ação contra malária, febre amarela e peste. Também destacou o programa de abastecimento de esgoto além de dar atenção ao Instituto Nacional do Câncer.
No ano de 1949 foi criado o Sistema de Assistência Medica Domiciliar e Urgência (SAMDU), está por sua vez era vinculado a previdência social e servia para tender seus contribuintes. Em 1953 foi criado no Brasil o Ministério da Saúde, desvinculando assim do Ministério da Educação. 
Em 1956, para combater endemias rurais foi criado o Departamento de Endemias Rurais (DNERU). Já em 1960, com a Lei Orgânica da Previdência, Lei 3807, foi instituído a unificação dos IAP’s. Porém eles só foram realmente unificados em 1967 com a criação do INPS (Instituto Nacional da Previdência Social). 
Do período correspondente de 1964 à 1985 foi o período correspondente a ditadura militar no país. Durante esse período ouve um grande desenvolvimento econômico, acelerado, desordenado, com baixos salários. Isso favoreceu os trabalhadores especializados, os técnicos e os empregados de ponta da economia. 
Nesse período ouve também pesquisar na área da suade e da ciência. Além disso ocorreu um forte êxodo rural em busca de melhores condições. A miséria, número de acidentes de trabalho, mortalidade infantil, varíola e poliomielite cresceram durante o período militar. 
Antes o atendimento médico era setorizado por categoria profissional, quem não tinha carteira assinada recorria a instituições filantrópicas. No governo militar, ocorre a unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensão em Instituto Nacional da Previdência Social e os seguradores passaram a usar os serviços médicos do Instituto Nacional de Assistência Medica da Previdência Social (INAMPS). 
Nessa época também foi construído muitos hospitais por conta do “milagre econômico”. proveniente de capital estrangeiro. Em 1976 inicia-se o Programa de Interiorização das Ações e Saneamento (PIASS). Ele foi um programa que buscava oferecer a possibilidade da prestação de serviços de saúde de forma integral e integrada a densidade da população. Eles convocavam pacientes para consultas periódicas, aplicação de vacinas, assistência a partos normais, visitações domiciliares de rotina, coleta e registro de dados bioestatísticos e também faziam ações voltadas para o saneamento. 
Em 1983 foi criado, durante esse governo, as Ações Integradas de Saúde (AIS), visando um novo modelo assistencial que incorporava o setor público, procurando integrar ações curativas, preventivas e educacionais ao mesmo tempo. 
Conhecer a histórias das políticas públicas de saúde é entender o quão ardo e longe foi o caminho para se chegar ao que temos hoje. Saber e estudar a história da saúde desde 1500 até os dias atuais é tender como um seguro social se transformou em seguridade e deu origem ao Sistema Único de Saúde. Para temos acesso, hoje, a serviços universais, equânime, descentralizado, grupos e pessoas precisaram lutar para termos esse direito. 
Politicas Pulicas é mais que uma política, ele é uma política social. Pois ele traz impactos para a sociedade. As políticas sociais estão relacionadas a prover o exercício de direitos sociais como educação, seguridade social (saúde, previdência e assistência), habitação.
A política social vem como um meio de suprir as necessidades básicas das pessoas e garantir diretos mesmo que não estejamos inseridos nem um mercado de trabalho. Levanto em conta a política social, inicialmente, no Brasil, somente os trabalhadores assalariados seriam beneficiários dos direitos sociais. Por isso a história das políticas públicas de saúde condiz e nasce junto com a criação e desenvolvimento da previdência social. E é por isso que é de suma importância o seu estudo. Com o passar do tempo as políticas sociais foram abrangendo mais classes sociais e mais pessoas, até mesmo os não assalariados. Isso é política publica de saúde e isso traz impactos para a sociedade, pois conhecer sobre tal assunto é fazer uma viagem no tempo e pontuar os principais pontos que levaram a nossa atual realidade. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRUZ, V.V. Repensando o Conceito de Políticas Públicas. Disponível em: http://www.artigonal.com.print/756674.
JÚNIOR, A.P.; JÚNIOR, L.C. Políticas Públicas de Saúde no Brasil. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.1, p.13-18, dez. 2006.
POLIGNAMO, Marcus Vinicius.História das políticas de saúde no brasil: uma pequena revisão. (Online). Disponível em: www.saude.mt.gov.br/arquivo/2226.
SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análises, casos práticos. São Paulo: CENGAGE Learning, 2012.
SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura, Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul/dez 2006, p. 20-45.

Outros materiais