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01/10/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO
A Ciência Política é uma disciplina das Ciências Sociais que estuda os sistemas de
governo, analisa o comportamento político e as atividades políticas em geral.
Cuida, principalmente, dos atos e dos atores que participam de atividades
políticas, considerando suas ações e o cenário em que essas ações são tomadas. 
É função da Ciência Política debruçar-se sobre o estudo dos processos de disputa
política, Recorrendo, inclusive, a diversas outras áreas do conhecimento humano,
tais como a economia, o direito, a sociologia, a história, a antropologia, a
administração pública, entre outras.
A Ciência Política baseia-se em documentos históricos, em registros oficiais, na
produção de pesquisa por questionário, análises estatísticas, estudos de caso e na
construção de modelos. 
Já a Teoria Geral do Estado estuda os fenômenos do Estado, desde sua origem,
formação, estrutura, organização, funcionamento e suas finalidades,
compreendendo-se no seu âmbito tudo que considera existindo no Estado ou
sobre ele influindo. 
Em Portugal e no Brasil a Teoria geral do Estado vem, nos últimos tempos, se
identificando com a Ciência Política. Isso advém principalmente de um maior
intercâmbio com o meio acadêmico Estadunidense. Publicaram obras de Ciência
Política alguns mestres consagrados da TGE, como Paulo Bonavides e Darcy
Azambuja 
Debruçando-se sobre o conceito de Estado, podemos dizer que é uma sociedade
política e soberana, juridicamente organizada, que nasce por um ato de vontade
humana, objetivando o bem comum do povo situado em seu território.
Na Antiguidade, o Estado foi estudado por Aristóteles que, analisando as cidades-
estados gregas, sob o ponto de vista político, destacou as formas de governos
ideais. Já a Idade Média foi caracterizada, principalmente, pelos conflitos
existentes entre o poder papal, detentor do poder total, e o poder real e entre
esse e os senhores feudais. 
Nesta época, como o poder se encontrava descentralizado, ou seja, disperso nos
Feudos, não era possível falar em Estado na sua acepção estrita.
A partir de Maquiavel (1464 – 1527), com seu livro “O Príncipe”, é que o Estado
passou a ser estudado através do ponto de vista político, com a análise,
principalmente, de sua organização e sua atuação.
A respeito, Nelson Saldanha (Pequeno Dicionário de Teoria da Direito e Filosofia
Política, Sergio Antonio Fabris Editor, p.197) ensina que, segundo certos
pensadores, o Estado teria surgido apenas no mundo moderno, mas, em seu
sentido amplo, realmente “ele apareceu quando, nas culturas do Oriente Antigo,
estruturou-se o poder de forma monárquica, fortalecendo o centro decisório-
administrativo-militar sobre periferias urbanas e sociais”.
Acrescente-se que, para Miguel Reale, o Estado apresenta três faces: “O Estado
apresenta uma face social, relativa à sua formação e ao seu desenvolvimento em
razão de fatores sócio-econômicos; uma face jurídica, que é a que se relaciona
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com o Estado enquanto ordem jurídica; e uma face política, onde aparece o
problema das finalidades do governo em razão dos diversos sistemas de cultura”.
Assim sendo, a Teoria Geral do Estado estuda o Estado em seu tríplice aspecto
(social, jurídico e político) e a Ciência Política preocupa-se, principalmente, com o
aspecto prático relativo ao exercício do poder. Portanto, enquanto “...a Teoria
Geral do Estado preocupa-se em estudar o fenômeno político por excelência, qual
seja, o Estado, como pessoa jurídica dotada de um poder soberano e de um
ordenamento jurídico visando ao bem comum, a Ciência Política preocupa-se com
os aspectos práticos do exercício do referido poder” (José Geraldo Brito Filomeno.
Manual de Teoria Geral do Estado e Ciência Política. 4ª ed.: São Paulo: Forense
Universitária, p. 18).
Entretanto, não há como dissociar o Estado da política. De fato, Max Weber, em
uma Conferência publicada com o título “A Política como Vocação” conceitua
Política como sendo “o conjunto de esforços feitos com vistas a participar do
poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de
um único Estado”.
Segundo Paulo Bonavides (Ciência Política, 10ª ed.:São Paulo, Malheiros, p. 38)
“a Ciência Política, em sentido lato, tem como objeto o estudo dos
acontecimentos, das instituições e das idéias políticas, tanto em sentido teórico
(doutrina), como em sentido prático (arte), referido ao passado, ao presente e à
possibilidade futuras”.
Por outro lado, cumpre observar que o Direito Constitucional estuda a organização
de um Estado determinado, como fato histórico, singular e concreto. A Teoria
Geral do Estado, por sua vez, é considerada como o complemento teórico do
Direito Constitucional ou como sua parte geral.
Nesse contexto, Dalmo de Abreu Dallari demonstra que a Teoria Geral do Estado
tem como objeto o “...estudo do Estado sob todos os aspectos, incluindo a
origem, a organização e o funcionamento e as finalidades compreendendo-se no
seu âmbito tudo o que se considere existindo Estado e influindo sobre ele”
(Elementos de Teoria Geral do Estado. 25ª ed.: São Paulo: Saraiva, p. 6).
Origem do Estado
Segundo Dalmo de Abreu Dallari (Elementos de Teoria Geral do Estado. 25ª ed.:
São Paulo: Saraiva, p. 52) o estudo da origem do Estado leva a duas indagações:
a primeira a respeito da época do seu surgimento e a segunda relativa aos
motivos que levaram a seu surgimento.
1. Posições a respeito da época do surgimento do Estado
1.1) Primeira posição: alguns autores defendem que o Estado, assim como a
própria sociedade, sempre existiu, ou seja, “... desde que o homem vive sobre a
terra acha-se integrado numa organização social, dotada de poder e com
autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo” (Elementos de
Teoria Geral do Estado. 25ª ed.: São Paulo: Saraiva, p. 52).
1.2) Segunda posição: há outros autores que sustentam que a sociedade humana
já viveu sem o Estado durante um determinado período, sendo que este apenas
surgiu no momento em que houve a necessidade de atender as necessidades ou
as conveniências dos grupos sociais;
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1.3) Terceira posição: esta teoria é defendida pelos autores que apenas “...
admitem como Estado a sociedade política dotada de certas características muito
bem definidas”[1], relativas ao exercício da soberania.
Defensores: Karl Schmidt (a justificativa do Estado apareceu com o surgimento da
soberania) e Balladore Pallieri que indica a data de nascimento do Estado no ano
em que o mundo ocidental se apresenta organizado em Estados (1648, ano em
que foi assinada a paz de Westfália).
2. Teorias relativas as causas que levaram ao surgimento do Estado:
2.1.Teoria da formação originária do Estado
O Estado surge de agrupamentos humanos que ainda não se encontravam
integrados em qualquer Estado.
2.1.1. Teorias da formação natural ou espontânea do Estado
Os autores que defendem esta Teoria, apesar de divergirem entre si em relação
às causas, sustentam que o Estado se formou naturalmente, independentemente
de um ato voluntário.
a) origem familiar
Esta teoria sustenta que o Estado deriva do núcleo familiar, tendo surgido,
portanto, de um casal originário;
b) origem patriarcal
O Estado surgiu de um núcleo familiar, sendo que autoridade suprema pertenceria
ao ascendente varão mais velho (patriarca).
c) origem matriarcal
Sustentada pelos autores que defendem que o núcleo familiar tem a mãe comodirigente e autoridade suprema das primitivas famílias.
c) Origem em atos de força, violência ou conquista
Defendida Hobbes, que afirma que, em Estado de natureza, os homens, seriam
inimigos uns dos outros, vivendo em constante guerra, a qual termina com a
vitória dos mais fortes. Nesse contexto, o Estado teria surgido para organizar o
grupo dominante e lhe dar condições, portanto, em manter o poder sobre os
vencidos.
d) Origem em causas econômicas e patrimoniais ou econômicas
Sustentada, principalmente, por Marx e Engels. Para este último, o Estado não
teria surgido junto com a sociedade, sendo apenas um produto da sociedade,
quando ela chegasse a um determinado grau de desenvolvimento (impondo sua
força sobre a classe que não possuísse poder econômico).
e) Origem no desenvolvimento interno da sociedade
Sustentada por Robert Lowie que defende que toda sociedade humana prescinde
do Estado, enquanto aquela se mantém simples e pouco desenvolvida, sendo que
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o próprio desenvolvimento espontâneo da sociedade gera a necessidade do
Estado.
2.1.2. Teorias da formação contratual do Estado
Os autores que sustentam esta Teoria, apesar de também divergirem quanto às
causas, defendem a tese da criação contratualista do Estado.
2.2. Formação derivada do Estado
Os novos Estados se formam a partir de outros preexistentes, sendo este o
processo mais comum atualmente.
2.2.1. Fracionamento e união de Estados
Desmembramento de parte do território de um Estado, para a constituição de um
novo Estado que adquire ordenação jurídica própria, passando a agir com
independência (ex. territórios coloniais localizados na África que se
desmembraram, com a conquista da independência, para formar um novo Estado
por formação derivada).
2.2.2) União de Estados
Quando dois ou mais Estados unem-se para compor um novo Estado. “Todos os
componentes desaparecem como Estados, surgindo em seu lugar uma nova
entidade, que absorve todas as características de Estado que pertenciam àqueles
que se uniram para formá-lo.”[2]
[1] Dalmo de Abreu Dallari. Elementos de Teoria Geral do Estado. 25ª ed.: São Paulo: Saraiva, p. 53.
[2] Dalmo de Abreu Dallari. Elementos de Teoria Geral do Estado. 25ª ed.: São Paulo: Saraiva, p. 56.
Exercício 1:
Assinale a alternativa falsa:
A)
O Estado é uma sociedade apolítica, juridicamente organizada, sendo que o bem
comum do povo não constitui, necessariamente, o principal objetivo do Estado
B)
Segundo Miguel Reale, o Estado apresenta três faces: jurídica, social e política
C)
A face jurídica do Estado é a que se relaciona com o Estado enquanto ordem
jurídica
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D)
A face social do Estado é a que se relaciona com sua formação e seu
desenvolvimento em razão de fatores sócioeconômicos.
E)
A face política do Estado está relacionada com o problema das finalidades do
governo em razão dos diversas sistemas de cultura.
Comentários:
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Exercício 2:
Assinale a alternativa correta: 
A) O objeto da Teoria Geral do Estado é a filosofia política 
B) O Estado encontra-se dissociado da política 
C) A Ciência Política estuda a organização política e os comportamentos políticos
do Estado, assim considerado como um sujeito de direitos e obrigações ilimitados;
D) A Ciência Política não é uma disciplina autônoma 
E) A Teoria Geral do Estado é um dos ramos do Direito Público e a Ciência Política
do Direito Privado 
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Exercício 3:
Para alguns autores são elementos constitutivos do Estado:
I- população;
II- território;
III- soberania;
A)
apenas o item I está correto
B)
os itens I, II e III estão corretos
C)
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apenas os itens II e III estão corretos
D)
Apenas o item III está correto
E)
Os itens I, II e III são falsos
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Exercício 4:
Assinale a alternativa incorreta: 
A) O Estado, em sua acepção ampla, foi estudado por Aristóteles já na
Antiguidade; 
B) Na Idade Média o poder encontrava-se disperso nos feudos 
C) Em sentido estrito, o Estado teria surgido apenas no mundo moderno, mas em
sentido amplo, teria aparecido, quando, no Oriente antigo, estruturou-se o poder
de forma monárquica 
D) Em sua acepção estrita, o Estado surgiu apenas após a Primeira Guerra
Mundial 
E) Foi a partir de Maquiavel, em sua obra O príncipe, que o Estado passou a ser
estudado sob um ponto de vista mais político 
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