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01/10/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/7
SOBERANIA
Conceito de Soberania
O conceito de soberania, segundo Paulo Bonavides, não foi conhecido na
Antiguidade em suas formas de organização política, surgindo apenas com o
Estado moderno, a partir da Revolução Francesa.
O autor também lembra que se no Século XIX alguns juristas consideravam a
soberania como sendo um dos elementos essenciais do Estado. Na atualidade,
este não é o entendimento da maioria dos doutrinadores, sob o prima do direito
internacional. 
 
Teorias a respeito da Soberania 
Segundo Sahid Maluf, com relação à Fonte do Poder Soberano, existem várias
teorias: 
 
- Teoria da Soberania Absoluta do Rei 
Esta Teoria, segundo Sahid Maluf, começou a ser sistematizada na França, no
século XVI, tendo como um de seus mais destacados teóricos Jean Bodin, que
sustentava que: “a soberania do rei é originária, ilimitada, absoluta, perpétua e
irresponsável em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual”.
Segundo o autor esta teoria tem fundamento histórico e baseou-se nas antigas
monarquias fundadas no direito divino dos reis. O poder de soberania era o poder
pessoal do rei e não admitia limitações. Esta doutrina “(...) firmou-se nas
monarquias medievais, consolidando-se nas monarquias absolutistas e alcançando
a sua culminância na doutrina de Maquiavel”. 
 
- Teoria da Soberania Popular 
 
Sahid Maluf ensina que esta teoria teve como precursores, entre outros, Altuzio,
Marsilio de Padua, Francisco de Vitoria, Soto, Molina, Mariana, Suarez os quais
reformularam a doutrina do direito divino sobrenatural, com a criação da teoria do
direito divino providencial: “o poder público vem de Deus, sua causa eficiente, que
infunde a inclusão social do homem e a conseqüente necessidade de governo na
ordem temporal. Mas os reis não recebem o poder por ato de manifestação
sobrenatural da vontade de Deus, senão por uma determinação providencial da
onipotência divina. O poder civil corresponde com a vontade de Deus, mas
promana da vontade popular - omnis potestas a Deo per populum libere
consentientem-, conforme com a doutrinação do Apóstolo São Paulo e de São
Tomás de Aquino”.
Verifica-se que esta Teoria deixou de aceitar o poder soberano do rei, passando a
reconhecer um poder maior, exercido pelo povo, no sentido amplo, incluindo-se os
estrangeiros residentes no país, sendo reconhecida como soberania constitucional. 
 
- Teoria da Soberania Nacional 
 
Esta Teoria também deixou de aceitar o poder soberano do rei, passando a
reconhecer que a soberania provém da vontade da nação. 
01/10/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/7
Conforme Sahid Maluf, esta teoria pertence à Escola clássica da qual Rousseau foi
o mais destacado expoente e foi desenvolvida por Esmein, Harior, Paul Duez e
outros que sustentaram que “(...) a Nação é a fonte única do poder de soberania.
O órgão governamental só o exerce legitimamente mediante o consentimento
nacional”.
Verifica-se, portanto, que para esta teoria a soberania é originária da Nação, no
sentido estrito de população nacional ou povo nacional. 
Acrescente-se ainda que, as características da soberania, no conceito da Escola
Clássica Francesa são as seguintes: una, indivisível, inalienável e imprescritível. 
UNA: A Soberania é una, porque não existe mais de uma autoridade soberana na
mesma área de validez da ordem jurídica. 
INDIVISÍVEL: a soberania não se divide apesar de existir a delegação de funções
e a repartição de competências pelo poder soberano 
INALIENÁVEL: a soberania não pode ser transferida ou alienada a outrem. 
IMPRESCRITÍVEL: a soberania é imprescritível porque não existe soberania
temporária, ou por prazo determinado. 
 
- Teoria da Soberania do Estado 
 
Esta teoria pertence às escolas alemã e vienense apoiando-se na ideia de que a
soberania origina-se do Estado. Sahid Maluf ensina que seu maior expoente foi
Jellinek o qual sustentou que “(...) a soberania é a capacidade de
autodeterminação do Estado por direito próprio e exclusivo”. Segundo o autor,
Jellinek desenvolveu o pensamento de Von Ihering, segundo o qual a Soberania é
uma qualidade do Estado. 
 
Escola alemã e austríaca: Lideradas por Jellinek e Kelsen que defendem a
estatalidade integral do direito. Nesse contexto, eles sustentam que a soberania é
um direito do Estado, elaborado e promulgado pelo Estado de caráter absoluto e
ilimitado, nem mesmo do direito natural. Assim, “toda forma de coação estatal é
legítima, porque tende a realizar o direito como expressão da vontade soberana
do Estado”.
Em que pese o seu caráter absolutista e totalitário, as Teorias da soberania
absoluta do Estado acabaram por influenciar o pensamento político universal,
tendo justificado o totalitarismo, especialmente, os Estados nazista e fascista. 
 
- Teoria Negativista da Soberania 
 
Esta teoria também é absolutista, tendo sido formulada por Léon Duguit,
desenvolvendo o pensamento de Ludwig Gumplowicz, para os quais a soberania é
abstrata, não existe. O que existe é apenas a crença na soberania. 
 
- Teoria Realista ou Institucionalista 
 
Sahid Maluf ensina que, para a teoria realista ou institucionalista “(...) a soberania
é originária da Nação (quanto à fonte do poder), mas, juridicamente, do Estado
(quanto ao seu exercício)”. 
Para esta teoria a Soberania é um poder relativo que se sujeita a limitações. 
 
Limitações da Soberania
Segundo Sahid Maluf a soberania é limitada:
01/10/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/7
a) pelo princípio de direito natural, na medida em que “(...) o Estado é apenas
instrumento de coordenação do direito, e porque o direito positivo, que do Estado
emana, só encontra legitimidade quando se conforma com as leis eternas e
imutáveis da natureza”. 
b) pelos direitos dos grupos particulares que compõe o Estado;
c) pelos imperativos da coexistência pacífica dos povos na órbita internacional.
DIREITOS DA NACIONALIDADE
Conceito 
A nacionalidade pode ser definida como o vínculo jurídico-político que liga um
indivíduo a determinado Estado, fazendo com que este indivíduo passe a integrar
o povo daquele Estado e, por consequência, desfrute de direitos e submeta-se a
obrigações. [1]
Espécies 
A doutrina distinguiu a nacionalidade em duas espécies: a) originária; e b)
adquirida.
Originária
É aquela que independe da vontade do indivíduo, é imposta unilateralmente pelo
Estado no momento do nascimento. Há dois critérios estabelecidos: ius sanguinis
(o que interessa para a aquisição da nacionalidade é o sangue, a filiação, a
ascendência, pouco importando o local de nascimento), e o ius solis (também
conhecido como critério da territorialidade. Aqui, o que importa é o local do
nascimento e não a descendência).
Adquirida
É aquela que se adquire por vontade própria, depois do nascimento, normalmente
pela naturalização.
Quem é o brasileiro Nato?
Como regra o Brasil adotou o critério do ius solis, porém, a regra não é absoluta,
contemplando as seguintes exceções:
a) ius solis - qualquer pessoa que nascer no território brasileiro, salvo se os pais
estrangeiros estiverem no Brasil a serviço de seu país. (Art. 12 – I, a).
b) ius sanguinis + serviço do Brasil – filhos de pais brasileiros nascidos no
estrangeiro em serviço da República Federativa do Brasil (Art. 12, I, b).
c) ius sanguinis + registro – filhos de pais brasileiros nascidos no estrangeiro sem
estar a serviço da República Federativa do Brasil, desde que tenham seus
registros em repartições brasileiras competentes. (Art. 12, I, c).
d) ius sanguinis+ opção confirmativa - filhos de pais brasileiros nascidos no
estrangeiro sem estar a serviço da República Federativa do Brasil e que venham a
residir no Brasil e optem, após a maioridade, pela nacionalidade brasileira (Art.
12, I, c).
Brasileiro Naturalizado
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/7
Como forma de aquisição da nacionalidade secundária a nossa CF/88 prevê o
processo de naturalização que depende da vontade do interessado e da
autorização estatal (ato discricionário).
a) originários de países de Língua Portuguesa – residência por 1 ano ininterrupto e
idoneidade moral.
b) estrangeiros de qualquer nacionalidade – residência por mais de 15 anos
ininterruptos e sem condenação penal.
Nota: O Brasil mantém com Portugal o Tratado de Amizade, Cooperação e
Consulta, celebrado em Porto Seguro em 22.04.2000 (Decreto n.o 3.927/2001).
Neste caso, como os portugueses são originários de país de língua portuguesa, de
acordo com a regra acima podem naturalizar-se brasileiros desde que tenham
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. Na hipótese de português
com residência permanente no Brasil que não se naturalize brasileiro, por força do
Tratado retromencionado e havendo reciprocidade em favor de brasileiro em
Portugal, será atribuído ao português com residência permanente no Brasil, os
mesmos direitos inerentes aos brasileiros, salvo nos casos de expressa vedação
constitucional.
Tratamento
A CF/88 preconiza em seu artigo 5º, caput, o princípio da igualdade, não podendo
haver distinção de nenhuma natureza. Não obstante, o artigo 12, § 2º reza: A lei
não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo os
casos previstos nesta Constituição (rol taxativo de previsões).
Art. 5º, LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento
em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
Art. 12, § 3º - São privativos de brasileiros natos os cargos: 
I – de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II – de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III – de Presidente do Senado Federal; 
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V – da carreira diplomática; 
VI – de oficial das Forças Armadas; 
VII – de Ministro de Estado de Defesa.
Art. 12, § 4º, I – Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional.
Art. 89, VII – O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente
da República, e dele participam: 
[...] 
VII – seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade,
sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado
Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três
anos, vedada a recondução.
Art. 222 – A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de
sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10
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anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham
sede no País.
Perda na Nacionalidade
As causas de perda da nacionalidade estão previstas no artigo 12, parágrafo 4o, I
e II da CF/88, a saber: 
- cancelamento da naturalização por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional. 
- aquisição de outra nacionalidade. 
 
[1] LENZA. Pedro. Direito Constitucional esquematizado. Saraiva: São Paulo, 2008.
 
Exercício 1:
Não constitui uma das Teorias a respeito da soberania:
A)
a teoria da soberania relativa do rei
B)
teoria da soberania do Estado
C)
a teoria da soberania nacional
D)
a teoria da negativista da soberania
E)
a teoria da soberania popular
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Exercício 2:
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Assinale a alternativa incorreta:
A)
a teoria da soberania popular deixou de aceitar o poder soberano do rei e passou
a reconhecer um poder maior, exercido pelo povo
B)
a teoria da soberania nacional deixou de aceitar o poder soberano do rei,
passando a reconhecer que a soberania provém da vontade da nação
C)
a teoria da soberania nacional pertence à Escola clássica Francesa da qual
Rousseau foi o mais destacado expoente
D)
a teoria da soberania nacional apoia-se na ideia de que a soberania origina-se do
Estado
E)
a teoria da soberania do Estado pertence às escolas alemã e vienense
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Exercício 3:
Assinale a alternativa que não corresponde a uma das características da soberania
segundo a Escola Clássica Francesa:
A)
a soberania é una
B)
a soberania é indivisível
C)
a soberania é inalienável
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D)
a soberania é imprescritível
E)
a soberania é temporária
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Exercício 4:
Assinale a alternativa que não corresponde a teoria da soberania absoluta do rei:
A)
esta teoria baseou-se nas antigas monarquias fundadas no direito divino dos reis
B)
para esta teoria a soberania corresponde ao poder pessoal do rei
C)
para esta teoria o poder soberano não admite limitações
D)
esta teoria começou a ser sistematizada na França, no século XVI, tendo como
um de seus mais destacados teóricos Jean Bodin
E)
esta teoria também é conhecida como teoria da soberania constitucional
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