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Caderno de Direito Civil Família e Sucessões

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1 
 
 
DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES 
DIREITO DE FAMÍLIA .................................................................................................................. 16 
 ABORDAGEM CRÍTICA E CONSTITUCIONAL, COM ÊNFASE NA DIMENSÃO 
SOCIOAFETIVA DO CONCEITO DE FAMÍLIA. ............................................................................ 16 
1. INTRODUÇÃO CONSTITUCIONAL AO DIREITO DE FAMÍLIA ............................................. 16 
1.1. A FAMÍLIA E A CF .......................................................................................................... 16 
1.2. CONCEITO DE FAMÍLIA ................................................................................................ 17 
1.3. CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA .................................................................................. 17 
1.3.1. Socioafetiva ............................................................................................................. 17 
1.3.2. Eudemonista ............................................................................................................ 17 
1.3.3. Anaparental ............................................................................................................. 17 
 NOVOS RUMOS DO DIREITO DE FAMÍLIA ......................................................................... 17 
2. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA ....................................................................... 17 
2.1. CONCEITO E EVOLUÇÃO ............................................................................................. 17 
2.1.1. Afeto ........................................................................................................................ 18 
2.1.2. Ética ........................................................................................................................ 18 
2.1.3. Dignidade ................................................................................................................ 19 
2.1.4. Solidariedade recíproca ........................................................................................... 19 
2.2. PERÍODO PRÉ CF/88 .................................................................................................... 19 
2.2.1. Família matrimonializada ......................................................................................... 20 
2.2.2. Família Patriarcal ..................................................................................................... 20 
2.2.3. Família Hierarquizada .............................................................................................. 20 
2.2.4. Família Biológica ..................................................................................................... 20 
2.2.5. Família Heteroparental ............................................................................................ 20 
2.2.6. Família Institucional ................................................................................................. 20 
2.3. PERÍODO PÓS CF/88 .................................................................................................... 21 
2.3.1. Família Múltipla........................................................................................................ 22 
2.3.2. Família Democrática ................................................................................................ 23 
2.3.3. Família Igualitária .................................................................................................... 23 
2.3.4. Família Socioafetiva ................................................................................................ 23 
2.3.5. Família heteroparental e homoparental ................................................................... 23 
2.3.6. Família Instrumental ................................................................................................ 23 
3. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA (ART. 226 E 227 DA CF) ...... 25 
4. PRINCÍPIO DA MULTIPLICIDADE/PLURALIDADE DE ENTIDADES FAMILIARES .............. 25 
4.1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL ..................................................................................... 25 
 
2 
 
4.2. QUESTÕES POLÊMICAS RELATIVAS À PLURALIDADE DE ENTIDADES FAMILIARES
 27 
4.2.1. Família reconstituída/recomposta ou “ensamblada” (misturada) .............................. 27 
4.2.2. Família homoafetiva ................................................................................................ 29 
4.2.3. Família concubinária ................................................................................................ 30 
5. PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE HOMEM E MULHER .................................................. 31 
5.1. A IGUALDADE NA CF .................................................................................................... 32 
5.2. PROBLEMAS ................................................................................................................. 32 
6. PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS FILHOS ................................................................ 33 
6.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................... 33 
6.2. CRITÉRIOS FILIATÓRIOS ............................................................................................. 34 
6.2.1. Filiação biológica ..................................................................................................... 34 
6.2.2. Filiação socioafetiva ................................................................................................ 34 
6.2.3. Presunção legal (art. 1.597, “patter is est”) .............................................................. 34 
6.3. CASOS ESPECIAIS ....................................................................................................... 35 
6.3.1. Paternidade alimentar .............................................................................................. 35 
6.3.2. Ação de investigação de paternidade X investigação de ancestralidade ................. 35 
6.3.3. Multiparentalidade (teoria tridimensional do direito de família) ................................. 35 
7. PRINCÍPIO DA FACILITAÇÃO DA DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO ................................... 35 
8. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PARENTAL .............................................................. 36 
8.1. 1ª CORRENTE: O ABANDONO AFETIVO NÃO É INDENIZÁVEL (4ªT DO STJ) ........... 36 
8.2. 2ª CORRENTE: O ABANDONO AFETIVO É INDENIZÁVEL (3ªT STJ) .......................... 36 
8.3. ENTENDIMENTO DO STF ............................................................................................. 37 
8.4. PRAZO PRESCRICIONAL ............................................................................................. 37 
 CASAMENTO .................................................................................................................... 39 
1. CONCEITO ............................................................................................................................ 39 
2. TEORIAS EXPLICATIVAS DA NATUREZA JURÍDICA DO CASAMENTO ............................ 39 
2.1. CORRENTE DE DIREITO PÚBLICO .............................................................................. 39 
2.2. CORRENTE DE DIREITO PRIVADO ............................................................................. 39 
3. PROCEDIMENTO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO .............................................. 39 
4. PLANO DE EXISTÊNCIA DO CASAMENTO ......................................................................... 43 
4.1. CELEBRAÇÃO POR AUTORIDADE MATERIALMENTE COMPETENTE ...................... 43 
4.2. CONSENTIMENTO (ART. 1.538) ...................................................................................43 
4.3. DIVERSIDADE DE SEXOS ............................................................................................ 44 
5. PLANOS DE VALIDADE E EFICÁCIA DO CASAMENTO: CONSIDERAÇÕES ..................... 45 
6. PLANO DA VALIDADE DO CASAMENTO ............................................................................ 45 
6.1. CASAMENTO NULO (IMPEDIMENTOS) ........................................................................ 45 
 
3 
 
6.1.1. Legitimidade para a ação de nulidade ..................................................................... 47 
6.2. CASAMENTO ANULÁVEL (ART. 1.550) ........................................................................ 47 
6.2.1. Artigo 1.550: quando é anulável o casamento ......................................................... 47 
6.2.2. Vícios da vontade que podem anular o casamento (causas de anulação: 1556 a 
1558 CC) ............................................................................................................................... 49 
6.2.3. Legitimidade para a ação de anulação .................................................................... 51 
6.2.4. Natureza da sentença que anula o casamento ........................................................ 52 
6.2.5. Prazo para a ANULAÇÃO do casamento................................................................. 52 
7. PLANO DA EFICÁCIA DO CASAMENTO .............................................................................. 52 
7.1. CAUSAS SUSPENSIVAS (Art. 1.523) ............................................................................ 52 
7.2. MOMENTO E LEGITIMIDADE DE OPOSIÇÃO DOS IMPEDIMENTOS E CAUSAS 
SUSPENSIVAS ......................................................................................................................... 54 
8. NOIVADO (PROMESSA DE CASAMENTO OU ESPONSAIS) .............................................. 54 
9. FORMAS ESPECIAIS DE CASAMENTO .............................................................................. 54 
9.1. CASAMENTO POR PROCURAÇÃO (ART. 1.242) ......................................................... 55 
9.2. CASAMENTO NUNCUPATIVO (IN EXTREMIS OU IN ARTICULO MORTIS) ................ 55 
9.3. CASAMENTO EM CASO DE MOLÉSTIA GRAVE (ART. 1.539)..................................... 56 
10. “CASAMENTO PUTATIVO” ............................................................................................... 56 
11. CAPACIDADE PARA O CASAMENTO .............................................................................. 56 
12. REGIME DE BENS ............................................................................................................ 57 
12.1. CONCEITO ................................................................................................................. 57 
12.2. REGIME DE SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS (SEPARAÇÃO LEGAL) ......... 58 
12.3. REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS ............................................. 59 
12.4. REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS ......................................................... 60 
12.5. REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS ..................................................... 63 
12.6. REGIME DE SEPARAÇÃO CONVENCIONAL DE BENS ........................................... 64 
12.7. RESUMO DOS REGIMES .......................................................................................... 64 
12.8. AUTORIZAÇÃO CONJUGAL ...................................................................................... 65 
12.8.1. Atos que NECESSITAM da vênia conjugal .............................................................. 65 
12.8.2. Atos que PRESCINDEM da vênia conjugal ............................................................. 67 
13. DEVERES DO CASAMENTO ............................................................................................ 67 
 DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO ...................................................................................... 69 
1. SISTEMA DUALISTA DE DISSOLUÇÃO ............................................................................... 69 
1.1. DEFINIÇÃO .................................................................................................................... 69 
1.2. CAUSAS TERMINATIVAS .............................................................................................. 69 
1.3. CAUSAS DISSOLUTIVAS .............................................................................................. 69 
2. PONTOS POLÊMICOS DA DISSOLUÇÃO............................................................................ 70 
 
4 
 
2.1. SOMENTE A MORTE REAL DISSOLVE O CASAMENTO? ........................................... 70 
2.2. ADMITE-SE A CUMULAÇÃO DE PEDIDOS NA AÇÃO ONDE SE BUSCA A 
DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO? ........................................................................................... 71 
2.3. INTERESSE DE AGIR NA AÇÃO DE ANULAÇÃO/NULIDADE DO CASAMENTO ........ 72 
3. SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO: CARACTERÍSTICAS MATERIAIS E PROCESSUAIS COMUNS
 72 
3.1. NATUREZA PERSONALÍSSIMA DA MEDIDA................................................................ 72 
3.2. POSSIBILIDADE DE DISPENSA DA PARTILHA DOS BENS (ART. 1.581 DO CC E 
SÚMULA 197 DO STJ). ............................................................................................................. 72 
3.3. REVELIA NA SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO (ART. 345, II DO CPC/2015) ........................ 73 
3.4. COMPETÊNCIA JUDICIAL PARA AS AÇÕES ............................................................... 73 
3.5. USO DO SOBRENOME ................................................................................................. 74 
3.6. DIVISÃO DE FRUTOS DECORRENTES DE COISA COMUM ....................................... 74 
3.7. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ............................................. 75 
3.8. PARTILHA DE BENS ...................................................................................................... 75 
3.9. GUARDA UNILATERAL E COMPARTILHADA (ART. 1.583 E 1.584) ............................ 75 
3.9.1. Espécies de guarda ................................................................................................. 75 
3.9.2. Como é definida a espécie de guarda que será aplicada? ....................................... 77 
3.9.3. Sempre que possível, deve ser tentada a conciliação ............................................. 77 
3.9.4. Caso não tenha havido acordo, qual é a espécie de guarda que o juiz deverá 
preferencialmente determinar? .............................................................................................. 78 
3.9.5. Posição da doutrina ................................................................................................. 78 
3.9.6. Regras sobre a guarda compartilhada trazidas pela lei............................................ 79 
3.9.7. E se os pais morarem em cidades diferentes? ........................................................ 79 
3.9.8. Dever de os estabelecimentos públicos e privados prestarem informações aos pais
 79 
3.9.9. Descumprimento das regras .................................................................................... 80 
3.9.10. A guarda pode ser deferida para outra pessoa que não seja o pai ou a mãe? ......... 80 
3.9.11. Poder familiar .......................................................................................................... 80 
3.10. RESPONSABILIDADE CIVIL ENTRE CÔNJUGES ..................................................... 81 
4. SEPARAÇÃO DE CORPOS .................................................................................................. 82 
5. SEPARAÇÃO DE FATO ........................................................................................................ 83 
5.1. CONCEITO..................................................................................................................... 83 
5.2. EFEITOS DA SEPARAÇÃO DE FATO ........................................................................... 83 
5.2.1. Contagem do prazo para o divórcio direto ............................................................... 83 
5.2.2. Permissão para caracterização da união estável (uma pessoa casada, embora 
separada de fato, pode constituir união estável - art. 1.723, §1º). .......................................... 83 
5.2.3. Cessação do regime de bens  POLÊMICA. .......................................................... 84 
 
5 
 
5.2.4. Perda do direito sucessório (art. 1.830)  POLÊMICA ............................................ 84 
6. DIVÓRCIO ............................................................................................................................. 86 
6.1. EVOLUÇÃO E CONCEITO ............................................................................................. 86 
6.2. DIVÓRCIO LITIGIOSO ................................................................................................... 87 
6.3. DIVÓRCIO CONSENSUAL ............................................................................................. 88 
6.4. DIVÓRCIO CONSENSUAL EM CARTÓRIO ................................................................... 90 
7. SEPARAÇÃO DE DIREITO ................................................................................................... 90 
7.1. CONCEITO ..................................................................................................................... 90 
7.2. ESPÉCIES DE SEPARAÇÃO ......................................................................................... 91 
7.3. SEPARAÇÃO CONSENSUAL ........................................................................................ 92 
7.4. SEPARAÇÃO LITIGIOSA (SANÇÃO, FALÊNCIA, REMÉDIO) ....................................... 93 
7.4.1. Separação sanção (ver abaixo sobre a EC/66) ........................................................ 93 
7.4.2. Separação falência .................................................................................................. 94 
7.4.3. Separação remédio ................................................................................................. 95 
8. PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA DE SEPARAÇAO OU DIVÓRCIO 
CONSENSUAIS ............................................................................................................................ 95 
9. SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO CONSENSUAIS NO CARTÓRIO .............................................. 96 
10. GUARDA DE FILHOS ........................................................................................................ 97 
11. DIVÓRCIO: IMPACTO DA EC/66 (AINDA POR PABLO STOLZE)..................................... 97 
11.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 97 
11.2. EFEITOS DA EC 66/2010 ........................................................................................... 98 
11.3. EMENDA 66/2010 E SEPARAÇÃO DE CORPOS ....................................................... 98 
11.4. EMENDA 66/2010 E GUARDA DE FILHO .................................................................. 99 
11.5. EMENDA 66/2010 E SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL ................................. 99 
11.6. EMENDA DO DIVÓRCIO E USO DO NOME .............................................................. 99 
11.7. EMENDA 66/2010 E ALIMENTOS .............................................................................. 99 
11.8. EMENDA 66/2010 E REGIME DE BENS .................................................................... 99 
11.9. ASPECTOS PROCESSUAIS DA NOVA EMENDA ................................................... 100 
12. USUFRUTO E ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DOS FILHOS .......................................... 101 
 UNIÃO ESTÁVEL ................................................................................................................ 101 
1. INTRODUÇÃO HISTÓRICA À UNIÃO ESTÁVEL ................................................................ 101 
2. CONCEITO .......................................................................................................................... 102 
3. DEVERES (OU EFEITOS) DECORRENTES DA UNIÃO ESTÁVEL (ART. 1.724) ............... 103 
4. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO E DE DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL
 104 
4.1. NOÇÕES GERAIS ........................................................................................................ 104 
4.2. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DA UNIÃO 
ESTÁVEL E DIREITO DE HERANÇA ..................................................................................... 104 
 
6 
 
4.3. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DA UNIÃO 
ESTÁVEL E ALIMENTOS ....................................................................................................... 105 
4.3.1. Situação 1: Inexiste o reconhecimento prévio do dever de assistência .................. 105 
4.3.2. Prova pré-constituída da relação de convivência ................................................... 105 
4.4. LEGITIMIDADE PARA A AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL ........ 106 
4.4.1. Ativa ...................................................................................................................... 106 
4.4.2. Legitimidade passiva ............................................................................................. 106 
5. DIREITOS DA (O) CONCUBINA (O) – DIREITOS DOS AMANTES .................................... 106 
5.1. PREVISÃO LEGAL E ENTENDIMENTOS .................................................................... 106 
5.2. É POSSÍVEL A EXISTÊNCIA DE DUAS FAMÍLIAS SIMULTÂNEAS (FAMÍLIAS 
PARALELAS)? ........................................................................................................................ 107 
5.3. CONCLUSÕES JURISPRUDENCIAIS E DOUTRINÁRIAS .......................................... 108 
5.4. VEDAÇÕES AO CONCUBINATO ................................................................................. 109 
5.5. “CONCUBINATO PURO” E “CONCUBINATO IMPURO” .............................................. 109 
 PARENTESCO ................................................................................................................ 110 
1. CONCEITO .......................................................................................................................... 110 
2. PARENTESCO CONSANGUÍNEO (OU NATURAL) ............................................................ 110 
2.1. PARENTESCO POR AFINIDADE ................................................................................. 111 
2.2. DISTINÇÕES ENTRE PARENTESCO NA LINHA RETA, COLATERAL E POR 
AFINIDADE ............................................................................................................................. 111 
 FILIAÇÃO (PARTE I) ........................................................................................................ 112 
1. CONCEITO .......................................................................................................................... 112 
2. PRINCÍPIO DA ISONOMIA .................................................................................................. 112 
3. RECONHECIMENTO DE FILHOS ....................................................................................... 113 
3.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 113 
3.2. FORMAS DE RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO DE FILHO (CC, ART. 1.609). 
PERFILHAÇÃO. ......................................................................................................................113 
3.2.1. Regras ................................................................................................................... 113 
3.2.2. Natureza jurídica do ato de reconhecimento de filhos ............................................ 114 
3.2.3. Unilateralidade e bilateralidade do reconhecimento de filho .................................. 114 
3.2.4. Características do reconhecimento voluntário de filho ........................................... 114 
3.2.5. Impugnação do reconhecimento de paternidade pelo filho .................................... 115 
3.2.6. Ação negatória de paternidade x Ação de impugnação de paternidade ................. 115 
3.3. RECONHECIMENTO JUDICIAL DOS FILHOS ............................................................ 115 
3.3.1. Ação investigatória de paternidade ........................................................................ 116 
4. CRITÉRIOS DE FILIAÇÃO .................................................................................................. 120 
4.1. CRITÉRIO DE FILIAÇÃO POR PRESUNÇÃO LEGAL. ART. 1.597: PRESUNÇÃO 
RELATIVA DE FILIAÇÃO (“pater is est”) ................................................................................. 120 
 
7 
 
4.2. CRITÉRIO DE FILIAÇÃO SOCIOAFETIVO: PATERNIDADE SOCIOAFETIVA ............ 120 
4.3. CRITÉRIO BIOLÓGICO ................................................................................................ 121 
 FILIAÇÃO (PARTE II) ....................................................................................................... 121 
1. ISONOMIA ENTRE OS FILHOS – CF/88 ............................................................................ 121 
2. FORMAS (CRITÉRIOS) DE FILIAÇÃO ................................................................................ 122 
2.1. ESPÉCIES .................................................................................................................... 122 
2.2. CRITÉRIO DA PRESUNÇÃO LEGAL (PRESUNÇÃO PATER IS EST) ........................ 122 
2.2.1. Conceitos............................................................................................................... 122 
2.2.2. A presunção legal pelo casamento ........................................................................ 123 
2.2.3. Questionamentos importantes (retirados do Livro do Tartuce) ............................... 124 
2.3. CRITÉRIO BIOLÓGICO ................................................................................................ 126 
2.3.1. Conceitos............................................................................................................... 126 
2.3.2. DNA gratuito x Presunção ..................................................................................... 127 
2.4. CRITÉRIO DA FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA .................................................................. 127 
2.4.1. Conceitos............................................................................................................... 127 
2.4.2. Investigação de Origem Genética X Investigação de Parentalidade ...................... 128 
2.4.3. Outros reflexos da socioafetividade no direito de família ....................................... 129 
3. AÇÕES DE FAMÍLIA ........................................................................................................... 132 
3.1. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO – OU AÇÃO DE PROVA DA FILIAÇÃO
 132 
3.2. AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE OU DE IMPUGNAÇÃO DE PATERNIDADE – 
OU AÇÃO CONTESTATÓRIA DE PATERNIDADE ................................................................. 132 
3.3. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE (já vimos acima) ............................... 133 
3.4. IMPUGNAÇÃO AO RECONHECIMENTO .................................................................... 134 
3.5. IMPUGNAÇÃO DA MATERNIDADE PELA SUPOSTA MÃE ........................................ 134 
 ALIMENTOS .................................................................................................................... 134 
1. CONCEITO .......................................................................................................................... 134 
2. FUNDAMENTO ................................................................................................................... 135 
3. ESPÉCIES DE ALIMENTOS (CLASSIFICAÇÃO) ................................................................ 136 
3.1. QUANTO À NATUREZA DOS ALIMENTOS ................................................................. 136 
3.1.1. Alimentos Civis ou Côngruos ................................................................................. 137 
3.1.2. Alimentos necessários/Indispensáveis ................................................................... 137 
3.2. QUANTO À CAUSA (ORIGEM) DOS ALIMENTOS ...................................................... 138 
3.2.1. Alimentos Legítimos ou Legais .............................................................................. 139 
3.2.2. Alimentos Convencionais ou Voluntários ............................................................... 139 
3.2.3. Alimentos Ressarcitórios ou Reparatórios ............................................................. 139 
3.3. QUANTO AO MOMENTO DA EXIGIBILIDADE ............................................................ 140 
 
8 
 
3.3.1. Pretéritos ............................................................................................................... 140 
3.3.2. Presentes .............................................................................................................. 140 
3.3.3. Futuros .................................................................................................................. 140 
3.4. QUANTO A FINALIDADE ............................................................................................. 141 
3.4.1. Alimentos Provisórios ............................................................................................ 141 
3.4.2. Alimentos Provisionais (antigo art. 852 CPC) ........................................................ 141 
3.4.3. Definitivos .............................................................................................................. 143 
3.5. OBSERVAÇÕES .......................................................................................................... 143 
4. CARACTERÍSTICAS DA OBRIGAÇÃO ALIMENTÍCIA ........................................................ 145 
4.1. PERSONALÍSSIMA (INTUITO PERSONA) .................................................................. 145 
4.2. INTRANSMISSIBILIDADE ............................................................................................ 145 
4.3. IRRENUNCIÁVEIS (ART.1707, CC) ............................................................................. 148 
4.4. IMPRESCRITÍVEIS ...................................................................................................... 148 
4.5. IMPENHORÁVEIS E INCOMPENSÁVEIS .................................................................... 149 
4.6. IRREPETÍVEIS ............................................................................................................. 149 
4.7. FUTURIDADE (ALIMENTOS SÃO FUTUROS) ............................................................ 151 
5. SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO ALIMENTÍCIA ........................................................................ 151 
5.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 151 
5.2. CÔNJUGE OU COMPANHEIROS ................................................................................ 151 
5.3. PARENTES .................................................................................................................. 152 
5.3.1. Regras gerais ........................................................................................................152 
5.3.2. Fundamentos dos alimentos entre ASCENDENTES e DESCENDENTES ............. 152 
5.4. ALIMENTOS GRAVÍDICOS: NASCITURO OU MÃE? .................................................. 153 
6. ASPECTOS PROCESSUAIS (ALIMENTOS: LEI 5478/68) .................................................. 154 
6.1. NOTAS INICIAIS .......................................................................................................... 154 
6.2. PROCEDIMENTO DA AÇÃO DE ALIMENTOS ............................................................ 154 
6.2.1. Petição Inicial ........................................................................................................ 154 
6.2.2. Competência ......................................................................................................... 155 
6.2.3. Fixação dos alimentos provisórios e despacho inicial ............................................ 155 
6.2.4. Citação .................................................................................................................. 155 
6.2.5. Audiência una de conciliação, instrução e julgamento ........................................... 155 
6.2.6. Sentença e Recurso .............................................................................................. 156 
6.2.7. Execução ............................................................................................................... 157 
6.3. JURISPRUDÊNCIA DO STJ ......................................................................................... 158 
6.4. A COBRANÇA DOS ALIMENTOS NO NCPC (MARIA BERENICE DIAS) .................... 159 
6.4.1. Cumprimento da sentença ..................................................................................... 162 
6.4.2. Execução de título extrajudicial .............................................................................. 164 
 
9 
 
6.4.3. Rito da coação pessoal .......................................................................................... 165 
6.4.4. Rito da expropriação .............................................................................................. 166 
 TUTELA E CURATELA ........................................................................................................ 168 
1. DIREITO DE FAMÍLIA ASSISTENCIAL ............................................................................... 168 
2. TUTELA ............................................................................................................................... 169 
2.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 169 
2.2. ESPÉCIES DE TUTELA ............................................................................................... 170 
2.2.1. Tutela documental ................................................................................................. 170 
2.2.2. Tutela testamentária .............................................................................................. 170 
2.2.3. Tutela legítima ....................................................................................................... 170 
2.2.4. Tutela dativa .......................................................................................................... 171 
2.3. DOS INCAPAZES DE EXERCER TUTELA .................................................................. 172 
2.4. DAS ESCUSAS DOS TUTORES .................................................................................. 172 
2.5. CONSENTIMENTO DO TUTELADO ............................................................................ 172 
2.6. DISPENSA DE ESPECIALIAÇÃO DE HIPOTECA LEGAL ........................................... 173 
2.7. RESPONSABILIDADE DO MAGISTRADO ................................................................... 173 
2.8. REMUNERAÇÃO, REPONSABILIDADE E PRESTAÇÃO DE CONTAS PELO TUTOR 174 
2.8.1. Incumbências ........................................................................................................ 174 
2.8.2. Remuneração ........................................................................................................ 174 
2.8.3. Responsabilidade do Tutor .................................................................................... 174 
2.8.4. Prestação de contas .............................................................................................. 174 
2.9. DOS BENS DO TUTELADO ......................................................................................... 176 
2.10. DA CESSAÇÃO DA TUTELA .................................................................................... 177 
3. CURATELA.......................................................................................................................... 177 
3.1. TEORIA DA INCAPACIDADE JURÍDICA ...................................................................... 177 
3.2. CURATELA DOS INTERDITOS ................................................................................... 178 
3.2.1. Por enfermidade ou deficiência mental, não tivessem o necessário discernimento 
para os atos da vida civil ...................................................................................................... 178 
3.2.2. Hébrios habituais e os vicidos em tôxico ............................................................... 179 
3.2.3. Pródigos ................................................................................................................ 179 
3.3. CURATELA X CURADORIA ......................................................................................... 179 
3.4. CURATELAS PECULIARES ......................................................................................... 179 
3.4.1. Curador especial do nascituro ............................................................................... 179 
3.4.2. Curatelas especiais* .............................................................................................. 180 
3.5. TOMADA DE DECISÃO APOIADA ............................................................................... 180 
4. INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA VOLUNTÁRIA E INVOLUNTÁRIA...................................... 182 
DIREITO DAS SUCESSÕES ...................................................................................................... 183 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS SUCESSÕES ................................................................ 183 
1.1. CONCEITO ................................................................................................................... 183 
1.2. ESPÉCIES DE SUCESSÃO HEREDITÁRIA ................................................................ 183 
1.2.1. Testamentária ........................................................................................................ 184 
1.2.2. Legítima ................................................................................................................. 184 
1.3. LEI SUCESSÓRIA NO TEMPO E NO ESPAÇO ........................................................... 184 
1.4. PRINCÍPIO DA SAISINE .............................................................................................. 184 
1.5. ACEITAÇÃO E CESSÃO DA HERANÇA ...................................................................... 185 
1.6. RENÚNCIA DA HERANÇA ........................................................................................... 186 
1.7. LEGITIMIDADE PARA SUCEDER (ART. 1.798 E 1.799) ............................................. 187 
2. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O DIREITO DAS SUCESSÕES ................... 189 
3. TERMINOLOGIA DO DIREITO DAS SUCESSÕES ............................................................. 190 
3.1. “AUTOR DA HERANÇA” ..............................................................................................190 
3.2. “SUCESSOR” ............................................................................................................... 190 
3.2.1. “Herdeiro” .............................................................................................................. 190 
3.2.2. “Legatário” ............................................................................................................. 191 
3.3. “LEGÍTIMA” .................................................................................................................. 191 
3.4. “ABERTURA” DA SUCESSÃO ..................................................................................... 191 
3.5. “DELAÇÃO” E “ADIÇÃO” (CC/16) ................................................................................. 191 
3.6. “EREPÇÃO” (CC/16) .................................................................................................... 192 
3.7. DIFERENÇA: HERANÇA X ESPÓLIO .......................................................................... 192 
3.7.1. “Herança”............................................................................................................... 192 
3.7.2. “Espólio” ................................................................................................................ 192 
4. CONTEÚDO DO DIREITO DAS SUCESSÕES ................................................................... 193 
 SUCESSÃO EM GERAL: REGRAS GERAIS SUCESSÓRIAS ........................................ 193 
1. MOMENTO DE ABERTURA DA SUCESSÃO (CC, ART. 1.784) ......................................... 193 
1.1. TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA DAS RELAÇÕES JURÍDICAS: SAISINE .................... 193 
1.2. ABERTURA DA SUCESSÃO X ABERTURA DO INVENTÁRIO ................................... 194 
1.3. OUTROS EFEITOS JURÍDICOS QUE DECORREM DO PRINCÍPIO DA “SAISINE” .... 194 
1.3.1. Fixação da norma legal que regerá a sucessão ..................................................... 194 
1.3.2. Verificação da capacidade para suceder ............................................................... 194 
1.3.3. Cálculo da legítima ................................................................................................ 194 
1.3.4. Fixa o lugar da sucessão (art. 1.785) ..................................................................... 195 
2. CAPACIDADE SUCESSÓRIA ............................................................................................. 195 
2.1. CONCEITO ................................................................................................................... 195 
2.1.1. Elementos que compõem a capacidade sucessória (ou capacidade para suceder)
 196 
 
11 
 
3. INDIGNIDADE E DESERDAÇÃO ........................................................................................ 197 
3.1. ASPECTOS GERAIS .................................................................................................... 197 
3.2. ASPECTOS DISTINTIVOS: DIGNIDADE x DESERDAÇÃO ......................................... 197 
3.3. CAUSAS DE INDIGNIDADE (ART. 1.814) .................................................................... 198 
3.4. CAUSAS DE DESERDAÇÃO (1.814, 1.962 E 1.963) ................................................... 199 
4. CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS (ART. 1.793)...................................................... 199 
4.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 199 
4.2. REQUISITOS DA CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS ....................................... 200 
4.2.1. Requisito temporal ................................................................................................. 200 
4.2.2. Requisito subjetivo ................................................................................................. 200 
4.2.3. Requisito formal ..................................................................................................... 201 
4.2.4. Requisito objetivo .................................................................................................. 201 
4.2.5. Observância do direito de preferência dos demais herdeiros ................................. 201 
4.3. POSIÇÃO DO CESSIONÁRIO E ESPÉCIE DE NEGÓCIO JURÍDICO QUE CONFIGURA 
A CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS ........................................................................... 202 
5. ACEITAÇÃO DA HERANÇA ................................................................................................ 202 
5.1. PREVISÃO LEGAL ....................................................................................................... 203 
5.2. CLASSIFICAÇÃO DA ACEITAÇÃO DA HERANÇA ...................................................... 203 
5.2.1. Quanto à pessoa que aceita .................................................................................. 203 
5.2.2. Quanto à manifestação de vontade ....................................................................... 203 
6. RENÚNCIA À HERANÇA .................................................................................................... 204 
6.1. PREVISÃO LEGAL ....................................................................................................... 204 
6.2. REQUISITOS DA RENÚNCIA À HERANÇA ................................................................. 205 
6.2.1. Capacidade do renunciante ................................................................................... 205 
6.2.2. Consentimento do cônjuge .................................................................................... 205 
6.3. RENÚNCIA ABDICATIVA OU TRANSLATIVA OU IN FAVOREM ................................ 206 
 SUCESSÃO LEGÍTIMA (DECORRE DA LEI) ................................................................... 206 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 206 
2. SUCESSÃO DOS DESCENDENTES .................................................................................. 207 
3. SUCESSÃO DOS ASCENDENTES ..................................................................................... 208 
4. SUCESSÃO DO CÔNJUGE ................................................................................................ 208 
4.1. CONCORRÊNCIA CÔNJUGE X DESCENDENTE ....................................................... 208 
4.1.1. Existência de descendentes .................................................................................. 209 
4.1.2. Depende do regime de bens (e da existência de bens particulares) ...................... 209 
4.1.3. Obediência ao percentual legal .............................................................................. 211 
4.2. CONCORRÊNCIA CÔNJUGE X ASCENDENTE .......................................................... 212 
4.2.1. Inexistência de descendentes ................................................................................ 212 
 
12 
 
4.2.2. Independe do regime de bens ............................................................................... 212 
4.2.3. Concorrência incide sobre todo patrimônio ............................................................ 212 
4.2.4. Percentual de ½; 1/3 quando concorre com pai E mãe .......................................... 213 
4.3. SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOZINHO ........................................................................ 213 
4.3.1. Falta de ascendentes e descendentes ................................................................... 213 
4.3.2. Independe do regime de bens ............................................................................... 213 
4.3.3. O cônjuge no momento do óbito precisa estar convivendo para ter direito a herança.
 213 
4.3.4. Direito real de habitação: Art. 1.831. ......................................................................215 
5. SUCESSÃO DO COMPANHEIRO (art. 1790) ...................................................................... 216 
5.1. PREVISÃO LEGAL E REGRAS GERAIS ..................................................................... 216 
5.1.1. O direito sucessório do companheiro incide sobre os bens adquiridos onerosamente 
na constância da união estável. ........................................................................................... 218 
5.1.2. O companheiro tem direito à herança E meação sobre os bens COMUNS. .......... 218 
5.2. CONCORRÊNCIA COMPANHEIRO X DESCENDENTES ........................................... 218 
5.3. CONCORRÊNCIA COMPANHEIRO X ASCENDENTES .............................................. 219 
5.4. CONCORRÊNCIA COMPANHEIRO X COLATERAIS .................................................. 219 
5.5. SUCESSÃO COMPANHEIRO SOZINHO ..................................................................... 219 
5.6. DA SUCESSÃO DO COMPANHEIRO. O POLÊMICO ART. 1.790 DO CC E SUAS 
CONTROVÉRSIAS PRINCIPAIS (POR FLÁVIO TARTUCE) .................................................. 220 
6. COMPARATIVO: SUCESSÃO/CONCORRÊNCIA CÔNJUGE x COMPANHEIRO .............. 224 
7. SUCESSÃO DOS COLATERAIS ......................................................................................... 224 
8. AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA .................................................................................... 225 
8.1. CONCEITO ................................................................................................................... 225 
8.2. LEGITIMIDADE ATIVA ................................................................................................. 226 
8.3. LEGITIMIDADE PASSIVA ............................................................................................ 226 
8.4. NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA .................................. 227 
8.5. PROCEDIMENTO ........................................................................................................ 227 
8.6. PRAZO PRESCRICIONAL ........................................................................................... 227 
8.7. HERDEIRO PUTATIVO E TERCEIRO DE BOA-FÉ...................................................... 228 
 SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA ....................................................................................... 228 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 228 
2. TESTAMENTO .................................................................................................................... 229 
3. CLASSIFICAÇÃO DO TESTAMENTO ................................................................................. 229 
3.1. NATUREZA NEGOCIAL ............................................................................................... 229 
3.2. CARÁTER PERSONALÍSSIMO .................................................................................... 229 
3.3. UNILATERALIDADE ..................................................................................................... 229 
3.4. GRATUIDADE .............................................................................................................. 229 
 
13 
 
3.5. REVOGABILIDADE ...................................................................................................... 229 
3.6. SOLENE ....................................................................................................................... 230 
3.7. EFICÁCIA CAUSA MORTIS ......................................................................................... 230 
4. PRESSUPOSTOS DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA ...................................................... 230 
4.1. OBSERVÂNCIA DO LIMITE DA LEGÍTIMA .................................................................. 230 
4.2. PESSOA CAPAZ DE DISPOR POR MEIO DE TESTAMENTO (CAPACIDADE 
TESTAMENTÁRIA ATIVA) ...................................................................................................... 232 
4.3. PESSOA CAPAZ DE RECEBER HERANÇA OU LEGADO (CAPACIDADE 
TESTAMENTÁRIA PASSIVA) ................................................................................................. 232 
4.4. PROIBIDOS DE RECEBER HERANÇA OU LEGADO .................................................. 233 
4.5. CUMPRIMENTO DA FORMA PRESCRITA EM LEI ..................................................... 234 
4.5.1. Testamentos comuns............................................................................................. 235 
4.5.2. Testamentos excepcionais .................................................................................... 237 
4.6. CODICILO .................................................................................................................... 239 
4.6.1. Conceito ................................................................................................................ 239 
4.6.2. Problemática do codicilo: o que é pequeno legado? .............................................. 239 
4.6.3. Objeto do codicilo .................................................................................................. 239 
5. CLÁSULAS TESTAMENTÁRIAS ......................................................................................... 240 
5.1. CONCEITO ................................................................................................................... 240 
5.2. REGRAS INTERPRETATIVAS DAS CLÁUSULAS TESTAMENTÁRIAS ...................... 241 
5.3. REGRAS PROIBITIVAS ............................................................................................... 242 
5.4. REGRAS PERMISSIVAS ............................................................................................. 243 
5.4.1. Redução de cláusula testamentária ....................................................................... 245 
5.5. DIREITO DE ACRESCER............................................................................................. 246 
6. EXECUÇÃO DOS TESTAMENTOS..................................................................................... 247 
7. FIGURA DO TESTAMENTEIRO .......................................................................................... 247 
8. DA REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO ................................................................................ 248 
8.1. FORMAS DE REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO ......................................................... 249 
8.1.1. Quanto à extensão da revogação de testamento ................................................... 249 
8.1.2. Quanto à forma da revogação de testamento ........................................................ 249 
8.2. REVOGAÇÃO POR TESTAMENTO ANULADO ........................................................... 249 
8.3. REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO REVOGATÓRIO .................................................... 250 
9. ROMPIMENTO DO TESTAMENTO ..................................................................................... 250 
9.1. SUPERVENIÊNCIA DE DESCENDENTE SUCESSÍVEL ............................................. 250 
9.2. SURGIMENTO DE HERDEIROS NECESSÁRIOS IGNORADOS, DEPOIS DO 
TESTAMENTO ........................................................................................................................ 251 
9.3. SUBSISTÊNCIA DO TESTAMENTO SE CONHECIDA A EXISTÊNCIA DE HERDEIROS 
NECESSÁRIOS ...................................................................................................................... 251 
 
14 
 
 INVENTÁRIO E PARTILHA .............................................................................................. 251 
1. CONCEITO .......................................................................................................................... 2512. PROCEDIMENTO DE INVENTÁRIO ................................................................................... 252 
2.1. INVENTÁRIO TRADICIONAL OU SOLENE ................................................................. 252 
2.2. ARROLAMENTO COMUM (ART. 664, NCPC) ............................................................. 252 
2.3. ARROLAMENTO SUMÁRIO (ARTS. 659 E 660, NCPC) .............................................. 253 
2.4. “INVENTÁRIO NEGATIVO” .......................................................................................... 254 
3. EXCEÇÕES PROCEDIMENTAIS ........................................................................................ 254 
3.1. ALVARÁ JUDICIAL (LEI 6.858/80 E DL 85.845/81) ...................................................... 255 
3.2. INVENTÁRIO ADMINISTRATIVO OU CARTORÁRIO (LEI 11.441/07) ......................... 255 
4. REGRAS DO INVENTÁRIO SOLENE ................................................................................. 255 
4.1. COMPETÊNCIA ........................................................................................................... 256 
4.2. PRAZO DE ABERTURA DO INVENTÁRIO .................................................................. 256 
4.3. LEGITIMIDADE PARA O REQUERIMENTO DE INVENTÁRIO E PARTILHA .............. 257 
4.4. A FIGURA DO INVENTARIANTE ................................................................................. 258 
4.4.1. Noções gerais ........................................................................................................ 258 
4.4.2. Nomeação do Inventariante ................................................................................... 258 
4.4.3. Atribuições do inventariante ................................................................................... 259 
4.4.4. Remoção e Destituição do inventariante ................................................................ 260 
4.5. PROCEDIMENTO DO INVENTÁRIO SOLENE ............................................................ 261 
4.5.1. Petição inicial ......................................................................................................... 261 
4.5.2. Decisão de nomeação do inventariante ................................................................. 261 
4.5.3. Compromisso do inventariante no prazo de 5 dias ................................................ 261 
4.5.4. Apresentação das primeiras declarações .............................................................. 261 
4.5.5. Citações ................................................................................................................ 261 
4.5.6. Fase de impugnações............................................................................................ 262 
4.5.7. Fase de avaliações ................................................................................................ 263 
4.5.8. Últimas declarações (art. 637, NCPC) ................................................................... 263 
4.5.9. Pagamento de dívidas e recolhimento fiscal .......................................................... 264 
4.5.10. Decisão de Partilha ................................................................................................ 264 
 DIREITO SUCESSÓRIO E O PODER PÚBLICO ............................................................. 265 
1. HERANÇA JACENTE .......................................................................................................... 265 
1.1. CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA .......................................................................... 265 
2. HERANÇA VACANTE: VACÂNCIA – ARRECADAÇÃO DOS BENS VAGOS ...................... 266 
3. PROCEDIMENTO................................................................................................................ 267 
3.1. REGRAS ...................................................................................................................... 267 
3.2. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL .................................................................................. 268 
 
15 
 
4. NATUREZA DA SENTENÇA DE VACÂNCIA ...................................................................... 269 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
DIREITO DE FAMÍLIA 
 ABORDAGEM CRÍTICA E CONSTITUCIONAL, COM ÊNFASE NA DIMENSÃO 
SOCIOAFETIVA DO CONCEITO DE FAMÍLIA. 
*Pablo Stolze 
1. INTRODUÇÃO CONSTITUCIONAL AO DIREITO DE FAMÍLIA 
1.1. A FAMÍLIA E A CF 
A CF/88, em seu art. 226, rompendo com o paradigma clássico de família, abriu a sua noção. 
Ao adotar um sistema aberto, não discriminatório, a CF rompeu com o paradigma único do 
casamento, reconhecendo também a união estável e o chamado núcleo monoparental como 
instituições familiares. 
Em razão disso, o STF, em uma interpretação conforme à CF, reconheceu a possibilidade 
de união estável às relações homoafetivas. 
CF Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração. 
§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre 
o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua 
conversão em casamento. Em uma interpretação conforme a CF, o STF 
reconheceu (ampliando) a união estável às relações homoafetivas. 
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada 
por qualquer dos pais e seus descendentes. 
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos 
igualmente pelo homem e pela mulher. 
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. 
§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da 
paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, 
competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o 
exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de 
instituições oficiais ou privadas. 
§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos 
que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas 
relações. 
 
A doutrina moderna diz, no entanto, que o conceito de família não se esgota nesse tripé 
(casamento, união estável hetero e homoafetiva e núcleo monoparental). Sustentam que a CF 
consagrou uma cláusula geral inclusiva de todo e qualquer arranjo familiar, não apenas aqueles 
explicitamente previstos. Em razão disso, o STF reconheceu a união estável homoafetiva. 
O sistema constitucional de família é inclusivo, aberto e não discriminatório. O conceito de 
família não pode ser definido pela Lei; deve ser reconhecido pela Lei. A família deve ser definida 
pelo afeto e não pelo Direito. 
A doutrina brasileira, reconhecendo não caber ao Estado estabelecer paradigmas e 
conceitos fechados de família, a exemplo do pensamento de Rodrigo da Cunha Pereira, tem 
reafirmado o “princípio da intervenção mínima do Direito de Família”. Segundo este princípio, 
 
17 
 
não cabe ao Estado invadir e sufocar a seara do afeto e da família, como observamos na 
facultatividade do planejamento familiar. 
1.2. CONCEITO DE FAMÍLIA 
 Já houve quem defendesse (Savatier) que a família seria uma pessoa jurídica, posição que 
não prevaleceu. Trata-se, em verdade, de um ente despersonalizado, base da sociedade, moldado 
pelo vínculo da afetividade, não cabendo ao Estado defini-lo, mas apenas reconhecê-lo. 
1.3. CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA 
Para a doutrina moderna a noção jurídica de família tem três características: 
1) Socioafetiva; 
2) Eudemonista; 
3) Anaparental. 
1.3.1. Socioafetiva 
A noção defamília é moldada pela afetividade. 
Inclusive é pacífico no STJ que a paternidade socioafetiva prevalece sobre a genética. 
1.3.2. Eudemonista 
Eudemonismo é uma filosofia grega que prega que o homem vem a Terra para buscar a 
felicidade. A família é eudemonista, uma vez que deve servir como ambiência para que cada um 
dos seus membros busque a sua felicidade individual, realizando-se como pessoa. Todos os 
membros, sem discriminação, como ocorria com a mulher no CC/16, por exemplo. Diz-se que essa 
é a função social da família: buscar a felicidade de cada membro. 
1.3.3. Anaparental 
Significa admitir e reconhecer família mesmo quando não exista vínculo parental técnico 
entre os seus integrantes. 
 NOVOS RUMOS DO DIREITO DE FAMÍLIA 
*Cristiano Chaves 
2. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA 
2.1. CONCEITO E EVOLUÇÃO 
A família é o lugar ideal onde o ser humano nasce inserido e desenvolve sua personalidade. 
É por isso que o Direito Privado se preocupa com a família, dado o seu importante papel no 
desenvolvimento da personalidade humana. 
 
18 
 
IMPORTANTE: Paradigmas contemporâneos da família: A família contemporânea é 
permeada por quatro valores: 
1) Afeto; 
2) Ética; 
3) Dignidade; 
4) Solidariedade recíproca. 
 
Vejamos: 
2.1.1. Afeto 
Possibilidade de acréscimo do sobrenome do padrasto ou madrasta, Lei 11.924 (Lei 
Clodovil). 
Filiação socioafetiva. 
STJ entende, inclusive, a possibilidade de reconhecimento de paternidade socioafetiva post 
mortem, ou seja, mesmo após a morte do suposto pai socioafetivo. (Info. 581) 
2.1.2. Ética 
Cessação do regime de bens pela simples separação, independente de prazo. REsp 
555771/SP 
OBS: o Art. 1642, V, diz que a separação de fato só extingue o regime de bens após 05 
anos. STJ, nesse REsp, desconsiderou o prazo legal. 
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a 
mulher podem livremente: 
V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos 
pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram 
adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato 
por mais de cinco anos; 
 
DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. SUCESSÃO. COMUNHÃO UNIVERSAL DE 
BENS. INCLUSÃO DA ESPOSA DE HERDEIRO, NOS AUTOS DE 
INVENTÁRIO, NA DEFESA DE SUA MEAÇÃO. SUCESSÃO ABERTA 
QUANDO HAVIA SEPARAÇÃO DE FATO. IMPOSSIBILIDADE DE 
COMUNICAÇÃO DOS BENS ADQUIRIDOS APÓS A RUPTURA DA VIDA 
CONJUGAL. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Em regra, o recurso 
especial originário de decisão interlocutória proferida em inventário não pode 
ficar retido nos autos, uma vez que o procedimento se encerra sem que haja, 
propriamente, decisão final de mérito, o que impossibilitaria a reiteração 
futura das razões recursais. 2. Não faz jus à meação dos bens havidos pelo 
marido na qualidade de herdeiro do irmão, o cônjuge que encontrava-se 
separado de fato quando transmitida a herança. 3. Tal fato ocasionaria 
enriquecimento sem causa, porquanto o patrimônio foi adquirido 
individualmente, sem qualquer colaboração do cônjuge. 4. A preservação do 
condomínio patrimonial entre cônjuges após a separação de fato é 
incompatível com orientação do novo Código Civil, que reconhece a 
união estável estabelecida nesse período, regulada pelo regime da 
comunhão parcial de bens (CC 1.725) 5. Assim, em regime de comunhão 
universal, a comunicação de bens e dívidas deve cessar com a ruptura 
da vida comum, respeitado o direito de meação do patrimônio adquirido 
na constância da vida conjugal. 6. Recurso especial provido. (REsp 
 
19 
 
555771/SP, Rel. MIN. LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado 
em 05/05/2009, DJe 18/05/2009) 
 
Ressalta-se que para o STJ inexiste lapso temporal de separação de fato exigido para que 
o consorte possa contrair união estável, como, aliás, reconheceu o §1º do art. 1.723 do CC. 
CC - Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre 
o homem e a mulher (homoafetiva também), configurada na convivência 
pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição 
de família. 
§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 
1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada 
se achar separada de fato ou judicialmente. 
 
Art. 1.521. Não podem casar: 
VI - as pessoas casadas; 
2.1.3. Dignidade 
A possibilidade de escolha do regime de bens para o maior de 70 anos. A doutrina entende 
que o art. 1.641 é inconstitucional (fere a dignidade da pessoa humana), não sendo legítima a 
imposição de regime a pessoa maior de 70 anos. Mesmo com a alteração feita pela Lei 12.344/2010 
(antes era para o maior de 60 anos). 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas 
da celebração do casamento; 
II - da pessoa maior de sessenta anos; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Lei nº 12.344, de 2010) 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
 
Ressalta-se que se trata de separação legal obrigatória, ou seja, por força de lei. Assim, 
entende a doutrina e a jurisprudência que os bens adquiridos na constância, com esforço comum, 
comunicam-se. 
2.1.4. Solidariedade recíproca 
Possibilidade de recusar alimentos ao parente que se negou injustificadamente a prestá-los 
anteriormente. 
LIBERALIDADE SOLIDARIEDADE 
É mera liberalidade, por isso é unilateral Solidariedade é bilateral, recíproca. Por 
isso, as obrigações decorrentes do direito 
de família quando favorecem um membro, 
também acarretam obrigação em seu 
desfavor. 
 
No Direito Brasileiro existem dois diferentes instantes de compreensão da família. Vejamos 
as características da entidade familiar em cada um dos momentos: 
2.2. PERÍODO PRÉ CF/88 
 
20 
 
Aqui a família era: 
1) Matrimonializada; 
2) Patriarcal; 
3) Hierarquizada; 
4) Biológica; 
5) Heteroparental; 
6) Institucional. 
2.2.1. Família matrimonializada 
Toda família deveria se constituir pelo casamento. Até mesmo os filhos fora do casamento 
eram considerados ilegítimos. A união de homem e mulher sem casamento era chamada de 
concubinato, que constituía mera sociedade de fato (campo obrigacional). 
2.2.2. Família Patriarcal 
O homem era o chefe da família. 
2.2.3. Família Hierarquizada 
A família era baseada no pátrio poder. Todos deviam obediência ao patriarca. 
2.2.4. Família Biológica 
O filho adotivo não tinha os mesmos direitos do filho biológico. Se os pais adotivos 
falecessem, extinguia-se a adoção. 
Havia uma trilogia casamento  sexo  reprodução. A reprodução dependia do sexo, que 
por sua vez dependia do casamento (só havia possibilidade de reconhecimento de filhos havidos 
no casamento). Somente em 1949, os filhos havidos fora do casamento puderam ser reconhecidos. 
2.2.5. Família Heteroparental 
Sexos diferentes, obrigatoriamente. 
2.2.6. Família Institucional 
A família era tida como uma instituição a ser protegida pelo Direito. Exemplos: 
a) Casamento era indissolúvel; 
b) A esterilidade do cônjuge poderia ensejar anulação do casamento (pois frustraria a 
procriação); 
c) As ações de anulação do casamento contavam com o “curador ao vínculo”, que era o 
responsável pela defesa obrigatória do casamento (CC/1916, art. 222). 
CC/16 - Art. 222. A nulidade do casamento processar-se-á por ação ordinária, 
na qual será nomeado curador que o defenda. 
 
21 
 
 
OBS: o art. 34 da Lei do divórcio permitia que o juiz indeferisse o divórcio consensual. Preserva-se 
a família, inclusive com o sacrifício das pessoas. 
2.3. PERÍODO PÓS CF/88 
Além da incidência dos direitos e garantias fundamentais (tábua axiológica:dignidade da 
pessoa humana, solidariedade social e erradicação da pobreza, liberdade, igualdade substancial) 
no direito de família, o constituinte dedicou dois artigos (art. 226 e 227) específicos para o Direito 
de Família. Modificou-se, assim, a antiga concepção segundo a qual somente as leis 
infraconstitucionais regulavam o direito de família (incidência do Direito Civil Constitucional). 
 
CF - Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração. 
§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre 
o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua 
conversão em casamento. 
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada 
por qualquer dos pais e seus descendentes. 
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos 
igualmente pelo homem e pela mulher. 
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (EC n 66, de 2010) 
§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da 
paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, 
competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o 
exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de 
instituições oficiais ou privadas. 
§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos 
que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas 
relações. 
 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, 
ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. (EC nº 65, de 2010) 
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da 
criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não 
governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes 
preceitos: (EC nº 65, de 2010) 
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na 
assistência materno-infantil; 
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as 
pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de 
integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, 
mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do 
acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos 
arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. (EC nº 65, de 2010) 
§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos 
edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a 
fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. 
§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: 
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o 
disposto no art. 7º, XXXIII; 
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; 
 
22 
 
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, 
igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, 
segundo dispuser a legislação tutelar específica; 
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à 
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de 
qualquer medida privativa da liberdade; 
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos 
fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, 
de criança ou adolescente órfão ou abandonado; 
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao 
adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins. 
§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da 
criança e do adolescente. 
§ 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que 
estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros. 
§ 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, 
terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações 
discriminatórias relativas à filiação. 
§ 7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em 
consideração o disposto no art. 204. 
 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão 
realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no 
art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes 
diretrizes: 
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as 
normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos 
programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades 
beneficentes e de assistência social; 
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na 
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. 
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a 
programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento 
de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no 
pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos 
investimentos ou ações apoiados. 
§ 8º A lei estabelecerá: 
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; 
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação 
das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas. 
 
Aqui as características são as seguintes: 
1) Família múltipla; 
2) Família democrática; 
3) Família igualitária; 
4) Família socioafetiva; 
5) Família heteroparental e homoparental; 
6) Família instrumental; 
2.3.1. Família Múltipla 
Existem diferentes formas de família: casamento, união estável (hetero e homoafetiva) e 
família monoparental (comunidade de ascendentes e descendentes). 
 
23 
 
2.3.2. Família Democrática 
Homem e mulher iguais em direitos e deveres. 
2.3.3. Família Igualitária 
Igualdade substancial, tratando desigualmente os desiguais e buscando a igualdade fática 
entre os componentes familiares. Exemplo: Estatuto do idoso; ECA; Maria da Penha. 
2.3.4. Família Socioafetiva 
O filho adotivo tem os mesmos direitos do biológico. 
2.3.5. Família heteroparental e homoparental 
A família homoparental não necessariamente decorre de relações homossexuais. A 
homoparentalidade pode decorrer da monoparentalidade. Exemplo: família composta de Mãe 
solteira e sua filha. Existe uma homoparentalidade. 
2.3.6. Família Instrumental 
A família agora é um instrumento de proteção da pessoa humana. O fundamento do direito 
de família é proteger as pessoas que compõem os núcleos familiares, e não a proteção da instituição 
família. A família é meio; e não um fim. 
Exemplo dessa nova forma de família instrumental: Súmula 364 do STJ. 
Súmula: 364 - O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange 
também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. 
 
FCC 2016 – DPE/BA 
 
 
 
Exemplo2: O juiz pode indeferir pedido de separação consensual, se este se demonstrar 
prejudicial aos cônjuges ou aos filhos (art. 34, §2º da Lei do Divórcio). 
Lei do Divórcio - Art 34 - A separação judicial consensual se fará pelo 
procedimento previsto nos arts. 1.120 e 1.124 do Código de Processo

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