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BIOTECNOLOGIA Interferencias de RNA Mecanismo e aplicações

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INTRODUÇÃO
A descoberta da interferência de RNA foi relatada em artigo publicado em fevereiro de 1998 na Nature, há pouco mais de 20 anos. Desde então, a RNAi se tornou uma ferramenta importante de pesquisa básica que permite identificar a função de genes específicos. Além disso, a técnica se anuncia como um campo promissor na pesquisa médica aplicada: já estão sendo testados tratamentos inspirados na RNAi para combater a infecção por vírus como o HIV e para silenciar a atividade de genes envolvidos em várias formas de câncer. 
Os pesquisadores Andrew Fire e Craig Mello, foram contemplados com o Nobel de medicina ou fisiologia em 2006. O anúncio do prêmio foi bem recebido por especialistas.
Esta é uma ferramenta que teve impacto muito grande sobre a biologia. O conhecimento desse processo é bastante novo, mas tem se desenvolvido intensamente nos últimos anos devido à enormidade de aplicações possíveis. De 2000 para cá, evoluiu muito o que sabemos sobre esse mecanismo, sobre os genes nele envolvidos e sobre os processos que acontecem naturalmente nas células envolvendo RNAi.
A descoberta ajudou a mostrar que as funções do RNA na célula vão muito além de simplesmente transportar as informações do DNA para o citoplasma da célula, como se acreditou durante décadas. A importância do mecanismo de RNAi é que ele permite a degradação do RNAm de um gene específico e, com isso, o silenciamento de sua expressão, mostrando-se um processo fundamental na regulação da informação genética.
OBJETIVOS
Entender os mecanismos de interferência de RNA e explorar algumas aplicações em terapia gênica humana para correções de genes mutados.
História
As primeiras observações de silenciamento da expressão genica como consequência da formação de moléculas de RNA de dupla fita apareceram no final da década de 1980 e no início de 1990, com experimento realizados em plantas. Com intuito de gerar petúnias de cores bem escuras, cientistas introduziram várias copias de um gene que codificava a cor roxa e obtiveram não a superexpressão, mas o silenciamento dessa cor, gerando flores brancas. Até este momento, modulava-se negativamente a expressão de um gene por meio da utilização de ASO (antisense oligonucleotides), moléculas de fita simples com sequencia complementar ao mRNA-alvo. No entanto, uma nova maneira de anular a expressão genica estava surgindo. As bases moleculares que levaram a esse fenômeno permaneceram obscuras por cerca de uma década, quando então se verificou que as plantas possuem uma enzima capaz de sintetizar uma segunda fita de RNA, quando está em grande quantidade na célula, e que esta dupla fita de RNA e capaz de silenciar seu mRNA correspondente.
 
Assim, como citamos acima, em 1998, A interferência de RNA foi descrita pelos norte-americanos Andrew Fire, da Universidade de Stanford, e Craig Mello, da Universidade de Massachusetts.
Ambos contemplados com o Nobel de medicina ou fisiologia em 2006. O anúncio do prêmio foi bem recebido por especialistas.
Interferência de RNA
A interferência de RNA se dá na presença de moléculas de RNA de dupla fita (o RNA mensageiro é uma molécula de fita simples, formada à imagem de um dos braços (ou fitas) da dupla hélice de DNA). O RNA de dupla fita ativa as estruturas responsáveis pela degradação do RNAm que tem aquela mesma seqüência genética. Com isso, a proteína que seria sintetizada a partir das informações desse RNAm deixa de ser produzida e o gene em questão fica silenciado.
Esse mecanismo foi coberto quando os pesquisadores Andrew Fire e Craig Mello estavam investigando a regulação da expressão gênica no verme nematóide Caenorhabditis elegans, um organismo modelo muito usado em estudos de biologia do desenvolvimento. Ao injetar nas células desse verme o RNAm responsável por comandar a síntese de uma proteína muscular, eles não notaram qualquer efeito. Ao injetar a mesma seqüência de RNAm com suas bases genéticas dispostas no sentido inverso ('anti-senso'), tampouco observaram qualquer mudança no comportamento do animal. No entanto, quando injetaram ambas as formas (senso e anti-senso) juntas, eles verificaram que o verme passou a exibir movimentos peculiares, observados apenas em animais que não tinham um gene responsável por codificar aquela proteína muscular. 
Ao se parearem, os RNAs senso e anti-senso se ligam um ao outro e formam o RNA de dupla fita. Os dois pesquisadores formularam então a hipótese de que esse RNA de dupla fita poderia estar ligado ao silenciamento do gene que tem a mesma sequência daquele RNA. Para testá-la, a dupla injetou RNAs de dupla fita contendo sequências responsáveis por comandar a síntese de diversas outras proteínas do C. elegans. Eles notaram que o método levava sistematicamente ao silenciamento do gene que tinha a mesma sequência do RNA e, com isso, a proteína associada a esse gene deixava de ser produzida.
Evolução no campo de pesquisas genéticas
O RNAi ajudou a explicar resultados experimentais contraditórios que vinham sendo obtidos desde o início dos anos 1990 e revelou um mecanismo natural para o controle do fluxo da informação genética, criando assim todo um novo campo de pesquisa na biologia celular. Um ano depois da publicação do artigo científico, a ocorrência da RNAi já havia sido registrada em moscas-das-frutas, tripanossomos, plantas, vermes, peixes e outros organismos. Logo a generalidade do fenômeno em organismos eucariotos foi provada e seus mecanismos elucidados, em estudos com células de moscas Drosophila em cultura. O desenvolvimento da RNAi motivou a criação de inúmeras linhas de pesquisa sobre o tema em todo o mundo, inclusive no Brasil.
A RNAi abre ainda perspectivas promissoras de aplicação na pesquisa médica aplicada e na biotecnologia. Já pode ser usada na regulação da atividade gênica com objetivos específicos. Na agricultura, por exemplo, ela poderia ser adotada para otimizar a expressão de genes específicos em organismos geneticamente modificados. Na pesquisa médica, avanços expressivos já foram obtidos. Relatos bem-sucedidos de silenciamento de genes em células de humanos e outros animais com o auxílio da RNAi foram publicados recentemente. Já foi possível, por exemplo, adotar a técnica para silenciar em animais de laboratório um gene ligado ao colesterol alto. Da mesma forma, já estão sendo desenvolvidos RNAs que permitem tratar de infecções virais, doenças cardiovasculares, câncer, distúrbios hormonais e outras enfermidades. A técnica já está sendo usada em pesquisas contra o HIV, HPV e vírus de hepatite C e levou a resultados impressionantes em pesquisas sobre câncer de células do fígado decorrente da hepatite em camundongos, relatam pesquisadores em vários artigos científicos publicados.
Mecanismo da interferência de RNA
Antes de falarmos sobre o funcionamento deste novo mecanismo, devemos entender como funciona a produção de proteínas em uma célula. O código genético de todos os seres vivos existentes no planeta é encontrado no DNA. O DNA é uma molécula gigante comparando o tamanho médio de uma molécula qualquer, é encontrada no núcleo da das células do corpo de um organismo. É composta por nucleotídeos e possui o formado de um espiral. Ao longo de cada uma dessas cadeias, comumente chamadas de fitas, existe uma sequência dos diferentes nucleotídeos (adenosina, timina, citosina e guanina) dispostos de forma aleatória, que conferem a cada molécula de DNA um código específico.
O objetivo do RNAi é impedir que o gene com alguma anomalia, seja traduzido, desta forma tem como objetivo silenciar ou clivar o RNAmensageiro. Este processo pode ocorrer atrás de dois mecanismos, sendo eles o prós-transcricional e o transcrional. Ambos mecanismos parte de um RNA dupla fita, conhecido como dsRNA que podem ser geradas como consequência de infecção virais, como expressão de transgenes ou por meio de transcrição de sequência repetitivas localizada em in tandem.
Silenciamento prós-transcricional 
Este mecanismo parte de umadupla fita de RNA (dsRNA), uma vez no citoplasma, as mesmas são reconhecida pela RNAse dirce, uma enzima responsável por clivar o dsRNA em pequenos fragmento que possui um tamanho entre 21 e 23 nucleoditios , denominado como siRNA. 
SiRNA, por sua vez, complexa-se com proteínas para formar o RISC, uma única fita do siRNA serve de molde para que o RISC identifique a sequência que deve clivar o RNAmensageiro. Quando a simples fita do siRNA complementa-se ao RNAmensageiro é reconhecido pelo RISC e clivado pela enzima argonaute 2, logo, RNAmensageiro clivado não pode ser traduzido. 
Silenciamento Transcricional 
O RNAi também pode reprimir a expressão genica, afim de inibir a produção do mRNA. Para isto é necessário a metilação do DNA. O RISC neste processo necessita de moléculas de dsRNA para reconhecer o DNA-alvo 
siRNA, também de forma simples , associa-se ao RNA polimerase dependente de RNA(RdRP). Essa enzima utiliza os siRNA como primers para gerar novas moléculas de dsRNA , que são também clivados gerando novas moléculas de siRNA . Este processo foi denomida como RNAi transcricional . 
O siRNA interagi com o complexo RITS, onde possui associado a SWi6 e Clr4(fatore ligante de cromatina), silenciando a região centromérica do genoma.
Abaixo um esquema de uns dos mecanismos citados acima.
Pesquisas
As pesquisas e aplicações cientificas são inúmeras tanto na biomedicina quanto na agricultura. 
A interferência por RNA (RNAi) é um mecanismo de silenciamento genético que está em fase inicial de estudos, mas tem grande potencial de controlar pragas e plantas daninhas.
Embora o potencial do uso da via de interferência por RNA em plantas já esteja bem estabelecido, ainda assim existe a necessidade de aprofundamento as pesquisas nesse campo.
Nessa perspectiva uma nova linha de pesquisa da Embrapa Hortaliças está em andamento, tendo como objetivo de desenvolver uma ferramenta para a aplicação tópica de dsRNA em tomateiro, visando a indução de resistência a viroses. Essa é uma estratégia de controle promissora, destacando-se por sua alta especificidade, eficiência e baixo custo ambiental.
Essa pesquisa citada a cima relata que moléculas de dsRNA são capazes de se mover entre as células e de forma sistêmica através do floema, incitando resistência por RNAi via aplicação foliar da planta aumentando muito a defesa contra vírus – organismos que por regra geral precisa introduzir seu RNA na célula do hospedeiro para se reproduzir.
Há 3 anos a cientista Iscia Lopes Cendes pesquisa RNAi no departamento de genética Médica da Universidade de Campinas (UNICAMP) o primeiro projeto foi com camundongos infectados pelo verme da esquistossomose, o schistosoma mansoni. A equipe desenvolveu uma molécula de RNAi especifica para interferir com o mRNA de um gene essencial para o metabolismo do parasita. Após injetada na corrente sanguínea dos camundongos, ela produziu uma redução média de 27%, no número de vermes dos animais.
No experimento atual, Iscia pretende silenciar genes dos próprios camundongos relacionados a doenças do sistema nervoso central, como a epilepsia.
Outro projeto brasileiro que está tirando proveito da interferência de RNA é o do médico Kleber Franchini, do departamento de clínicas médica da (UNICAMP). Iniciado há cerca de um ano, ele busca combater a insuficiência cardíaca, uma condição que é causada principalmente pela hipertensão arterial e atinge cerca de 500 mil pessoas por ano no país. Em camundongos, o silenciamento de genes relacionada a doença por meio de RNAi – impediu o desenvolvimento da hipertrofia (coração grande) e da falência cardíaca, características do problema.
“ A RNAi caiu como uma luva para nós”, comemora Franchini, que estuda a doença há sete anos. Antes para fazer um estudo desse tipo, era muito demorado, era preciso desenvolver animais transgênicos ou “nocautes”, com um ou mais genes desligados. Agora os cientistas podem injetar as moléculas de RNAi diretamente na corrente sanguínea, e o material é incorporado naturalmente pela as células. 
Apesar dos resultados descritos anteriormente apontarem para uma técnica extremamente viável e, mais que isto, bastante eficiente, os cientistas tem que se preocupar com a especificidade da molécula ou seja a garantia que as moléculas de RNAi só atuarão nas células de interesse terapêutico sem interferir sobre outros tecidos.
Portanto, Vale salientar que até o momento nenhuma aplicação usando a técnica de RNAi passou dos testes experimentais e foi liberada comercialmente. 
Entretanto, os pesquisadores acreditam que na agricultura seja apenas uma questão de tempo, enquanto a aplicação em seres humanos “ ainda há um longo caminho até que isso possa ser aplicada em um paciente” diz Iscia Lopes.
Terapia Gênica
Embasamento teórico
Terapia gênica é o tratamento baseado na introdução de genes sadios com uso de técnicas de DNA recombinante. O primeiro teste clínico bem-sucedido dessa técnica foi divulgado em 1990. Em que pese a ocorrência, em certos estudos clínicos, de efeitos adversos, alguns dos quais graves, laboratórios de pesquisa e empresas vêm continuamente desenvolvendo novos materiais e procedimentos mais seguros e eficazes. Embora ainda em estágio experimental, progressos recentes indicam oportunidades crescentes de investimento pela indústria, bem como justificam a expectativa de que, em alguns casos, essa tecnologia poderá chegar à prática clínica dentro de poucos anos segundo o dossiê biotecnologia do site www.scielo.br, tecnologia avançada. Descobertas e novas tecnologias tem enriquecido o arsenal de medicamentos disponíveis, abrindo perspectivas para o tratamento de doenças. Ao mesmo tempo em que equipam os médicos clínicos, as recentes descobertas tem permitido o entendimento da fisiopatologia de doenças e a proposição de novas modalidades terapêuticas. Desde o início da década de 1990, centenas de estudos clínicos de terapia gênica foram realizados, mas apenas um produto foi lançado oficialmente. Segundo o Prof. Dr. Sang Won Han, pesquisador de terapia gênica para isquemia crítica de membros, em 2003, a china aprovou a Adp53 (vetor adeno-viral com gene 53) para o tratamento de câncer de cabeça e pescoço. A demora para o lançamento de novas drogas baseadas em genes é resultante de um maior controle de fatores, como segurança, eficácia e custo, de forma bem mais severa do que é exigido para uma droga convencional. 
Conceito em terapia Gênica
Desde o primeiro experimento humano de transferência gênica, em 1990, com o gene bacteriano de resistência à neomicina para marcar os linfócitos infiltrastes de tumor (TIL, tumor infiltrating lynphocyte), e o primeiro ensaio de terapia gênica humana, em 1990, para tratar com o gene adenosina deaminase (ADA) a imunodeficiência severa combinante (IDSC), já foram propostos mais de 1.000 protocolos de terapia gênica clínica. Apesar da substituição precisa de gene defeituoso pelo gene normal ter sido inicialmente o objetivo no tratamento das doenças genéticas, na prática essa estratégia não deu muito certo. Em vez disto, o gene defeituoso é ignorado e um sistema de expressão independente é introduzido nas células-alvo para suprir essa função perdida. Ainda segundo o Prof. Dr. Sang Won Han Prof. Dr. Jane Zveiter de Moraes, a estratégia de adicionar um sistema de expressão gênica nas células-alvo no lugar da substituição gênica mudou a visão da terapia gênica, isto é, um geneou um simples fragmento de ácido desoxirribonucleico (DNA, desoxyribonucleic acid) pode ser introduzido nas células-alvo para tratar doenças. Assim, as estratégias de terapia gênica podem ser classificadas conforme a atividade do gene terapêutico.
Tipos de Terapia Gênica quanto á atividade do gene terapêutico
A terapia genica pode ser classifica em três sub categorias de acordo com a atividade com a atividade do gene introduzido.
Recuperação da Atividade Gênica Perdida pela Mutação
O que causa a doença e á mutação que o gene sofre, para que essegene seja corrigido é inserido um novo gene que as funções estão funcionando perfeitamente. Algumas doenças que se adequam a está categoria são a fibrose cística e a hemofilia.
As estratégias utilizadas neste método visam corrigir permanentemente as células doentes, mas essas estratégias são de difícil execução em virtude de alguns aspectos técnicos. Por exemplo, o vetor retroviral é excelente para modificar permanentemente uma célula in vivo, sendo genoma viral inserido no genoma da célula – alvo. No entanto a capacidade de controle do local onde ocorre a inserção gênica é um problema, entre outros casos.
Aumento de Atividade de Genes Ativos
Um bom exemplo para essa sub categoria é a terapia gênica para isquemia, quando ela ocorre o organismo reage de uma forma espontânea, elevando a produção de fatores angiogênicos para a formação de capilares ou remodelando os vasos já existentes. Se está tentativa não der certo, ás células entram em morte celular, o que pode comprometer o funcionamento dos órgãos. É quando isso ocorre que este método de terapia gênica entra em ação, é introduzido um gene nos locais adequados, onde ele irá ter a função de potencializar a atividade já existe. 
Introdução de Nova Atividade Gênica
As células tumorais podem ser eliminadas com a introdução de um gene “suicida”. A introdução do gene via vetor nas células tumorais e posterior administração leva a morte das células que expressam o gene. Ocorre a introdução de um gele que silencia o gene que foi mutado, este gene mutado para de exercer quaisquer funções e um novo gene é introduzido, gene este que irá desenvolver todas as funções necessárias em perfeitas condições.
Tipos de Terapia Genica quanto á forma de Administração do Gene Terapêutico.
Terapia Gênica In Vivo
O gene terapêutico pode ser transferido ao organismo por meio de um vetor, que será administrado diretamente a um tecido ou articulação. Os vetores adenonviral e plasmidial e os não virais são os mais utilizados na terapia gênica in vivo.
Os alvos principais para este tipo de terapia são os vasos, tumores, cérebro, musculo cardíaco e esquelético, fígado, pele e epitélio pulmonar.
Terapia Gênica Ex Vivo
A transferência gênica também pode ser feita retirando-se células do paciente para biopsia, em seguida é realizado a cultura de células da biopsia, a transferência de vetor para as células da biopsia, após este passo ocorre o preparo das células para implante e por fim o implante. Os vetores retrovirais e lentivírus são os mais adequados para a terapia gênica ex vivo.
Os alvos principais para este tipo de terapia são os tumores, fígado, linfócito, células-tronco da medula óssea, vasos e queratinócito.
Vetores Virais
Conceito de Vetores Virais
Os vetores virais são normalmente utilizados para a entrega de material genético a células, tanto in vivo como in vitro. Estes vírus são utilizados para este propósito pois têm a capacidade de introduzir o seu material genético nas células do hospedeiro, sendo que alguns vírus têm a capacidade de inserir os seus genes no genoma do hospedeiro. Por causa destas características os vírus podem ter o seu material genético removido e, consequentemente, substituído por genes que vão codificar as proteínas necessárias ao hospedeiro. Isto faz com que os vetores virais possam vir a ser muito importantes tanto na Terapia Génica como nas vacinas de DNA segundo o artigo do site www.knoow.net, vetores-virais em medicina postado por Cátia Jorge em 5.8.2015. Há um grande número de vetores (Tabela 1), boa parte deles disponíveis comercialmente. Em bora a virologia tenha contribuído enormemente para a vetorologia, os perigos inerentes aos vírus ainda continuam sendo uma barreira a ser vencida. Geração de vírus de replicação competente, imunogenicidade causada pela expressão dos genes virais, mutagênese e ativação de oncogenes tem sido os principais problemas causados pelos vetores virais. Por isso, a produção de vetores virais para com o controle de qualidade de vetores fabricados. Os vírus mais utilizados como vetores virais são os retrovírus, os lentivirus, os adenovírus e os vírus adeno-associados.
Vetor Retroviral
Esse vetor foi utilizado no início da terapia gênica clínica em virtude de sua simplicidade genômica, já amplamente explorada em nível molecular. Os retrovírus têm a capacidade de integrar o seu material genético no genoma do hospedeiro alterando de forma permanente a célula hospedeira. O material genético dos retrovírus está na forma de RNA. Quando a infeção ocorre o retrovírus insere o seu RNA e também algumas enzimas na célula hospedeira. Isto permite que a partir do RNA se produza uma cópia de DNA a partir de si própria. Este processo denomina-se de transcrição reversa e é executado por uma enzima viral, a trancriptase reversa. Esta cópia de DNA é depois inserida no genoma do hospedeiro pela ação de outra enzima viral, a integrase. Isto significa que todas as novas células irão conter o gene que foi inserido pelo retrovírus. É por isso que estes são utilizados na Terapia Génica. O grande problema destes vírus é que a inserção dos genes no genoma é aleatória, o que pode levar a vários problemas ao hospedeiro, principalmente cancros.
Vetor Lentiviral
Os lentivírus são uma sub-classe de retrovírus. Estes têm a capacidade de se integrar e replicar em células sem que haja a divisão destas, tornando a transfeção dos genes mais eficiente. Uma vantagem destes vírus em comparação com os outros vírus é que têm uma menor tendência de se integrar em locais que poderiam causar outras doenças.
Vetor Adenoviral
Os adenovírus, ao contrário dos vírus referidos anteriormente estes não se replicam durante a divisão celular. Estes vírus possuem DNA de dupla hélice como material genético e quando infectam a célula hospedeira este é inserido na célula. Com isto o DNA proveniente do vírus fica livre no núcleo da célula hospedeira sendo que depois é transcrito de modo a se obter o gene de interesse. Como o material genético do adenovírus não se integra no genoma do hospedeiro é necessário recorrer à re-administração deste para que continue a ter o gene de interesse.
Outros vírus que podem ser utilizados como vetores virais são os vírus adeno-associados. Estes são vírus pequenos que infectam humanos e também outros primatas. No seu estado selvagem estes vírus podem ser integrados num local específico do genoma humana. Quando o seu material genético viral é substituído pelo gene de interesse está integração deixa de ocorrer. Mesmo assim, quando o hospedeiro é infectado é possível obter uma expressão de longa-duração, o que tornas estes vírus atrativos para a sua utilização como vetores virais.
Por fim, os Vetores não-virais de transferência gênica são mais fáceis de serem manipulados, produzidos e purificados em larga escala do que vetores virais. Mais importante ainda: causam bem menos efeitos colaterais e podem ser administrados repetidas vezes, pois o vetor não-viral é pouco imunogênico. 
Apesar de todas as vantagens que estes vetores apresentam ainda há vários problemas que têm de ser resolvidos antes que estes possam ser aprovados para uso terapêutico.
Experiência Clínica com Terapia Gênica
A ideia de usar as técnicas de DNA recombinante para corrigir o genoma foi inspirada nas doenças causadas por mutação em um único gene (ditas doenças monogênicas). Nesse caso, a ideia é substituir ou suplementar a expressão do gene disfuncional, mediante a inserção de uma ou mais cópias do gene terapêutico (Porteus et al., 2006; O'Connor & Crystal, 2006; Brinkman et al., 2006). O tratamento da SCID-ADA representa uma aplicação bem-sucedida dessa ideia.
Mas as doenças monogênicas não são o único alvo da terapia gênica (Figura 1). A medicina moderna luta contra muitas doenças complexas, cujas causas primárias ainda não são conhecidas e para as quais há, na melhor das hipóteses, apenas tratamentos paliativos. Em certos casos, é possível planejar uma intervenção por meio de terapiagênica, visando reduzir ou evitar a progressão da doença. A intervenção pode ser baseada no conhecimento de determinantes genéticos de suscetibilidade ou gravidade, ou na oportunidade de alterar mecanismos fundamentais ou a fisiologia das células, dos órgãos ou sistemas afetados pelas doenças (Cardone, 2007; Flotte, 2007). As principais estratégias são aumentar a resistência celular, estimular sistemas de reparo ou regeneração, ou ainda recompor características funcionais específicas de determinados sistemas orgânicos, mediante modulação de genes não necessariamente associados à causa da doença (Bagley et al., 2008; Lundberg et al., 2008). Já no caso de tumores, o principal objetivo é a indução de morte celular seletiva em populações celulares proliferativas (Bauzon & Hermiston, 2008; Cattaneo et al., 2008; Ribacka et al., 2008).
Finalmente, há uma forma peculiar de terapia gênica denominada vacina de DNA. Nessa, ao invés da utilização de uma proteína ou um vírus completo inativado, como se faz nas vacinas convencionais, o paciente recebe o gene que codifica uma proteína típica do agente agressor. Dessa forma, o organismo do paciente passará a fabricar permanentemente a proteína exógena, estimulando seu próprio sistema imune. Essas vacinas podem ter finalidade preventiva, de forma semelhante às vacinas clássicas, ou curativa, levando o sistema imune a atacar os agentes agressores já instalados no organismo (Atkins et al., 2008, Sykes, 2008; Silva et al., 2009).
Experiência Clínica em Fibrose Cística
Dentre as doenças hereditárias monogênicas, a fibra cística é a mais estudada pela terapia gênica, pois é potencialmente letal e a mais comum das doenças recessivas autossômicas.
Apesar de comprometer outros órgãos, o trato respiratório é o principal afetado. Ocorre a obstrução das vias aéreas, cerca de 85% dos pacientes apresentam comprometimento no trato gastrointestinal, insuficiência pancreática e em homens causa infertilidade. 
O tratamento pode variar desde um procedimento simples, como topotagem, até um transplante de pulmão. A terapia genica para fibrose cística surgiu como uma alternativa, visando alcançar um efeito definitivo ou de longa duração.
Como mais de 95% da mortalidade da fibrose cística ocorre devido as complicações pulmonares, a célula – alvo principal para correção por transferência do gene CTRF é o epitélio pulmonar.
Os procedimentos são fundamentados na construção de um vetor capaz de transferir o gene CFTR in vivo que é administrado direto no epitélio respiratório. 
Conclusão
A Engenharia Genética da década de 1970 inaugurou, de forma mais ampla, a moderna Biotecnologia com aplicação em áreas como Biologia e Medicina. Decorre desta concepção que a Biotecnologia é altamente interdisciplinar, sendo um dos campos de investigação científica que mais cresce e se desenvolve no mundo, razão pela qual nos baseamos nossas pesquisas principalmente pelo livro Bases Moleculares da Biotecnologia e artigos relativos ao tema, que expôs ao longo da pesquisa o campo da biotecnologia molecular e o potencial terapêutico de novas técnicas. Entendemos o pontos-chave da transdução de sinal, que são alvo de tratamentos baseados em engenharia genética. O progresso do conhecimento na biologia molecular em estratégias terapêuticas, a saber: técnicas para desenvolvimento racional de novos agentes terapêuticos, tais como oligonucleotídeos antisense, antigene e ácidos ribonucleicos de dupla fita para modular a expressão gênica; técnicas para desenvolvimento seletivo de peptídeos, proteínas e oligonucleotídeos isolados a partir de bibliotecas combinatórias e screening funcional. Entendemos nas pesquisas as diversas aplicações farmacêuticas e industriais resultantes da pesquisa fundamental em biomedicina, bem como abrir uma visão que possa nos levar a novas linhas de trabalho.
REFERÊNCIAS
PEREIRA, T.C. et al. Introdução à técnica de interferência por RNA - RNAi. Editora Cubo/SBG, 2013.
VICENTINI, F.T.M.C. et al. Delivery Systems and Local Administration Routes for Therapeutic siRNA. Pharmaceutical Research, 30:915–931, 2013.
http://www.cienciahoje.org.br/revista/materia/id/1027/n/terapia_de_interferencia_por_rna (Acesso em 6/4/2018).
http://www.temasbio.ufscar.br/?q=artigos/uma-poss%C3%ADvel-ferramenta-gen%C3%A9tica-contra-o-c%C3%A2ncer-o-rna-de-interfer%C3%AAncia (Acesso em 9/4/2018)
www.embrapa.br/rnai-uma-estrategia-a-explorada-para-a-indução-de-residuo (Acesso em 22/3/2018)
www.ufrgs.br/labsinal/Estadão-RNAi.pdf (Acesso em 23/3/2018)
BASES MOLECULARES DA BIOTECNOLOGIA; ULRICH, HENNING, COLLI, WALTER, LEE HO, PAULO, FAR; Ed: Roca; Edição 1°; Jun 2008.
http://knoow.net/ciencmedicas/medicina/vetores-virais/ (Consultado em 1/04/2018)
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302004000500005 (consultado em 15/4/2018)

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