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CITOLOGIA ONCÓTICA

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CITOLOGIA ONCÓTICA 
A citologia é um método dirigido ao estudo de lesões em diferentes órgãos e tecidos, através da análise das células. Os fundamentos desta ciência foram introduzidos na última metade do século XIX, com o desenvolvimento de melhores técnicas de processamento laboratorial, propiciando detalhadas descrições microscópicas de células. Mas foi somente na segunda metade do século XX que a citologia obteve o devido reconhecimento, graças especialmente ao trabalho do Dr. George Papanicolaou (1883-1962). Atualmente a citologia configura-se como um método diagnóstico de grande importância, principalmente para o rastreamento de lesões que podem evoluir para o câncer do colo do útero nas mulheres. Nesta área, o biomédico tem competência para realizar a avaliação citológica, bem como assinar e emitir os respectivos laudos. Durante o estágio em citologia oncótica, o aluno acompanha a colheita de material cérvico-vaginal, realiza o processamento deste material e a leitura da respectiva lâmina. Ao final do curso, o aluno está apto a realizar exames referentes ao diagnóstico citológico de raspados e aspirados de lesões, assumir responsabilidade técnica, firmando os respectivos laudos.
A Citologia Oncótica é a análise microscópica das características celulares, não importando a procedência dessas células.
Geralmente é empregada na detecção de lesões tumorais. Um exemplo clássico é o exame preventivo do câncer de colo uterino, mais conhecido como Teste de Papanicolaou. Por ter uma localização específica e realizada em escala tão abrangente recebeu nomenclatura própria – Colpocitologia Oncótica (colposvem do grego e significa colo uterino).
Formas de obtenção das células
Pode-se fazer citologia oncótica de qualquer local do CORPO. Geralmente são utilizados um dos três métodos a seguir para obtenção do material:
Raspado:  raspa-se o local desejado e transfere-se o material para uma lâmina de vidro. Depois cora-se a lâmina de acordo com o tipo de amostra como por exemplo pele, vulva, colo uterino.
Líquidos corporais: depois de colhido o líquido, deve-se concentrar a amostra para obter as células, geralmente por centrifugação. Em seguida é feita e corada a lâmina de modo semelhante ao método anterior. Exemplos de líquidos: urina, líquido ascítico, líquido pleural, líquor, etc.
Punção: punciona-se uma estrutura ou órgão para obter o material (punção por agulha fina ou citopunção).  Exemplos de punção: de nódulos de tireóide, cistos de mama, lesões de glândulas salivares, etc.
Apesar de ser recente, o método de punção tem evoluído rapidamente, merecendo maior destaque.
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) ou Citopunção
A PAAF ou Citopunção é uma variante de citologia oncótica. A técnica consiste na retirada de pequena porção de tecido por aspiração através de uma agulha fina e posterior coloração e análise microscópica.
No passado, para o diagnóstico das lesões, o indivíduo geralmente era internado em ambiente hospitalar e, sob anestesia local ou geral, era submetido a uma biópsia cirúrgica, com maior possibilidade de complicações e às vezes deixando cicatriz.
A punção é utilizada na avaliação diagnóstica de nódulos em diferentes órgãos, para se estabelecer a sua natureza biológica, ou seja, se representa um processo inflamatório, neoplasia benigna ou maligna.
Depois de coletado, o material será espalhado de modo uniforme nas lâminas de vidro (confecção do esfregaço) e imediatamente mergulhado em etanol absoluto (fixador). Alguns esfregaços serão secos ao ar ambiente e corados com uma solução rápida (Panótico). O citologista examina a amostra no microscópio, conferindo a quantidade de células e tendo uma impressão geral da lesão.
O que o Biomédico pode fazer
• Realizar coleta de material cérvico vaginal e leitura da respectiva lâmina, exceto a coleta pela técnica de Punção Biópsia Aspirativa por Agulha Fina (PAAF);
• Realizar a leitura de citologia de raspados e aspirados de lesões e cavidades corpóreas, através da metodologia de Papanicolaou;
• Atuar no setor de imunohistoquímica e imunocitoquímica, referente ao diagnóstico citológico;
• Assumir responsabilidade técnica, firmando os respectivos laudos.
Com informações de Laboratório Master Consultoria Médica, CRBM-3, Centro Integrado de Citopatologia e Colposcopia
A Citopatologia é a área de atuação da patologia que estuda as doenças a partir de observação ao microscópio de células obtidas por esfregaços, aspirações, raspados, centrifugação de líquidos e outros métodos. Sendo assim, exige-se conhecimentos em áreas afins como patologia, imunologia, hematologia, fisiologia, bioquímica, biologia molecular, farmacologia, microbiologia etc.
Este procedimento laboratorial pode detectar alterações da morfologia celular para o diagnóstico (definitivo ou presuntivo) ou prevenção de doenças a partir do estudo ao microscópio de esfregaços celulares, líquidos corpóreos ou de amostras colhidas por escovados, raspados, imprints ou punções aspirativas. É um método rápido, de baixo custo operacional e, se realizado com técnicas adequadas e por profissional devidamente treinado, é de grande confiabilidade.
As células da maioria dos cânceres iniciais sofrem esfoliação e podem ser identificadas sob o microscópio, depois de uma preparação adequada. O exemplo mais conhecido deste tipo de exame é o Papanicolaou ou preventivo do câncer de colo uterino. Este exame é colhido pelo ginecologista e enviado ao laboratório para que o citopatologista possa analisar as células e, se for o caso, fazer o diagnóstico precoce do câncer ginecológico ou de seus fatores de risco, como o HPV, possibilitando, assim, o tratamento mais adequado das pacientes acometidas por esta doença.
Compete ao biomédico:
• realizar, com exceções, avaliação citológica do material esfoliativo; 
• realizar coleta de material cervico-vaginal e leitura da respectiva lâmina, exceto a coleta de material através da técnica de Punção Biópsia Aspirativa por Agulha Fina (PAAF);
• realizar a leitura de citologia de raspados e aspirados de lesões e cavidades corpóreas, através da metodologia de Papanicolaou;
• atuar no setor de imunohistoquímica e imunocitoquímica, referente ao diagnóstico citológico;
• assumir responsabilidade técnica, firmando os respectivos laudos;
• emitir laudos dos exames citopatológicos cervico-vaginal/microflora.
Fonte: Conselho Regional de Biomedicina - 1ª Região

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