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CASO CONCRETO p penal caso antigo

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CASO CONCRETO
Zé Pequeno, 19 anos de idade, morador de um pequeno vilarejo no interior do
país, foi denunciado pela prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por
manter relações sexuais com sua namorada Josefa, menina com 13 anos de
idade. A denúncia foi baseada nos relatos prestados pela mãe da vítima, que,
revoltada quando descobriu a situação, noticiou o fato à delegacia de polícia
local. Zé Pequeno foi processado e condenado sem que tivesse constituído
advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são os direitos de Zé
Pequeno durante o processo penal, mencionando ainda as características do
nosso sistema processual.
R: Durante o processo penal Zé Pequeno tem direito à Ampla Defesa e ao
Contraditório. Tem, ainda, direito à Defesa Técnica, que é indispensável.
Segundo o pensamento majoritário, nosso sistema processual é acusatório,
existindo uma fase inquisitiva, em que não há Ampla Defesa e Contraditório, já
que não há acusação, mas sim investigação, e outra fase acusatória, onde há
aplicação de todos os princípios, uma vez que há acusação.
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
(OAB/EXAME UNIFICADO 2010.1) Carlos, empresário reconhecidamente
bem-sucedido, foi denunciado por crime contra a ordem tributária. No curso da
ação penal, seu advogado constituído renunciou ao mandato procuratório.
Devidamente intimado para constituir novo advogado, Carlos não o fez, tendo o
juiz nomeado defensor dativo para patrocinar sua defesa.
Nessa hipótese, de acordo com o que dispõe o CPP, Carlos:
a) Será obrigado, por não ser pobre, a pagar os honorários do defensor
dativo, arbitrados pelo juiz.
 
QUESTÃO OBJETIVA 02
Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção
correta.
a) O sistema de provas adotado é o do livre convencimento.
CASO CONCRETO
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências
agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que
perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físico
psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de
alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia
consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora.
Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado
“Chumbinho”, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado.
A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente
“Chumbinho” como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o
corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o
advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar
a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione
a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios
constitucionais pertinentes.
R: A questão é controvertida na doutrina pátria. Alguns bons
processualistas defendem a aplicação do principio da proporcionalidade do
bem jurídico em confronto: a segurança pública e a paz social de um lado e do
outro lado o ius libertatis da pessoa do infrator. Para os adeptos dessa
corrente, aproveita-se a prova derivada de uma outra contaminada de ilicitude
na origem. Uma segunda corrente defende a admissibilidade da prova
subseqüente, se independente daquela de origem ilícita. Seria a hipótese do
caso concreto, em que a vítima do roubo fez reconhecimento pessoal dos
meliantes na delegacia. Um terceiro posicionamento vem sendo adotado pelo
Supremo Tribunal Federal, inadmitindo, de forma absoluta, a prova ilícita quer
originária quer por derivação.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação
demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente,
autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre
desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade.
de prisão processual. (...) Assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da
culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que
justifiquem a necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de
Processo Penal. O princípio específico de que trata o texto é o da (o):
b) Inocência.
QUESTÃO OBJETIVA 02
Relativamente ao princípio de vedação de auto-incriminarão, analise as
afirmativas a seguir:
I – O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado,
testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja
resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante.
II – O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser
instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia
sob pena de responder por crime de desobediência.
III – O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio,
sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser
valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu.
IV – O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é
lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato
do réu ter mentido em juízo.
Assinale:
c) Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
CASO CONCRETO
Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido um
crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no local. A
simples delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial. Pergunta-se: é
possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda,
orientando-se na doutrina e jurisprudência.
R: A simples delatio criminis não autoriza a instauração de inquérito policial,
devendo a autoridade policial, primeiro, confirmar a informação para instaurar o
procedimento investigatório. Temerária seria a persecução iniciada por
delação, posto que ensejaria a prática de vingança contra desafetos. O art. 5º,
inciso IV, da CRFB veda o anonimato.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Tendo em vista o enunciado da súmula vinculante nº. 14 do Supremo Tribunal
Federal, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a
autoridade policial poderá negar ao advogado:
d) O acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido
documentados no procedimento investigatório.
QUESTÃO OBJETIVA 02
Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo
e evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de Arroizinho
determina a expedição de carta rogatória para os Estados Unidos da América,
a fim de que seja interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o tribunal
americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à Justiça
Brasileira, a 4ª Vara Federal Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao
se deparar com o teor do ato praticado, requer que o mesmo seja declarado
nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as garantias processuais
brasileiras para o réu.
Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espaço, a
alegação do advogado está correta?
b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já
que as normas processuais brasileiras só se aplicam no território
nacional.
CASO CONCRETO
Joaquim e Severino, por volta de 13h de determinado dia de semana,
ingressam em um ônibus e assaltam os passageiros, para logo adiante descer
em fuga. Podem ser presos em flagrante 1 hora depois, 10 horas depois, 30
horas depois?
R: É possível. Ocorre o flagrante quando a situação se amoldar às
considerações do art. 302 do CPP, ou seja, mesmo que se tenham passado
horas da execução da ação, poderá haver imputação de flagrante delito.
QUESTÃO OBJETIVA 01
Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta.
b) A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação
possua elementos suficientes para a propositura da ação penal.
 
QUESTÃO OBJETIVA 02
Leia o registro que se segue: Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por viaestreita, que impedia ultrapassagem de autos. Túlio, septuagenário, seguia
com seu veículo à frente do de Mévio, em baixíssima velocidade, causando
enorme congestionamento na via. Quando Túlio parou em semáforo, Mévio
desceu de seu táxi e passou a desferir chutes e socos contra a lataria do auto
de Túlio, danificando-a. Policiais se acercaram do local e detiveram Mévio, que
foi conduzido à Delegacia de Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime era
de dano, com pena de detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura
do Termo Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou
a Mévio para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial
Criminal, o que foi por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado.
b) Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não assinatura
do Termo de Comparecimento ao JECRIM, deve o Delegado de Polícia
lavrar auto de prisão em flagrante, fixando fiança.
CASO CONCRETO
João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. Concluído
o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João,
silenciando quanto a José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi
proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-
se a Súmula 524 do STF?
R: Existem duas correntes: uma que entende ter havido arquivamento
implícito, aplicando-se a Súmula 524 do STF; e outra que entende não ter
havido o arquivamento implícito, podendo a denúncia ser aditada. Este
entendimento é majoritário no ordenamento jurídico, pois de acordo com o art.
28 do CPP, o arquivamento deve ser expresso.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar
a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo
conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público
Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito
devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a
conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação,
o Promotor deverá:
d) Requerer o arquivamento.
 
QUESTÃO OBJETIVA 02
A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o
noticiário dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa
forma, tomou conhecimento, através de uma das reportagens, que o indivíduo
conhecido como “José da Carroça”, mais tarde identificado como José de
Oliveira, teria praticado um delito de latrocínio. Diante da notícia da ocorrência
de tão grave crime, instaurou o regular inquérito policial, passando a investigar
o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu que não houve crime. Nesse
caso, deverá a autoridade policial:
c) Relatar o inquérito policial, sugerindo ao ministério público seu
arquivamento, o que será apreciado pelo juiz.
CASO CONCRETO
João, operário da construção civil, agride sua mulher, Maria, causando-lhe
lesão grave. Instaurado inquérito policial, este é concluído após 30 dias,
contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido ao Ministério
Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que não
denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já desapareceu e,
principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que este
perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus oito filhos menores
em situação dificílima, sem ter como prover sua subsistência. Diante de tais
razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia?
R: A pretensão de Maria não pode ser acolhida, em razão do princípio da
obrigatoriedade da ação penal pública, que, no caso, é incondicionada, de
médio potencial ofensivo. Sendo assim, não há possibilidade do MP deixar de
oferecer a denúncia.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício
de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a
opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da respectiva
ação penal.
a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e
do MP, condicionada à representação do ofendido.
QUESTÃO OBJETIVA 02
Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a
sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante
ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação
hipotética, assinale a opção correta.
d) Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não
promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal
privada subsidiária da pública.
CASO CONCRETO
Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do
exposto, pergunta-se:
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da
queixa?
R: Paula tem capacidade de ser parte (legitimatio ad causam), uma vez que
foi vítima do crime, entretanto, não possui capacidade para estar em juízo,
praticando atos processuais válidos (legitimatio ad processum). Assim, sua
incapacidade terá que ser suprida através da representação.
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do
cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo
quem seria seu representante legal?
R: Segundo a melhor doutrina, ainda que emancipada, Paula é inimputável,
já que a emancipação só gera efeitos civis, e, caso fizesse falsas afirmações,
não estaria sujeita às sanções pela prática do injusto penal de Denunciação
Caluniosa. Assim, necessária se faz a intervenção do representante legal e,
não possuindo, seria viável a nomeação de curador especial, conforme art. 33
do CPP.
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade
para a propositura da ação seria concorrente ou exclusiva?
R: De acordo com o disposto no art. 5º do Código Civil, a menoridade
cessa a partir dos 18 completos. Assim, não faz sentido que no processo penal
permaneça a legitimação concorrente para os maiores de 18 e menores de 21
anos, pois os maiores de 18 anos são pessoas habilitadas para todos os atos
da vida civil. Segundo a corrente majoritária, o artigo 34 do CPP, assim como
outros dispositivos do CPP, perderam o objetivo e foram revogados.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta.
b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para
a reparação dos danos causados pela infração, considerando os
prejuízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo da liquidação para
apuração do dano efetivamente sofrido.
 
QUESTÃO OBJETIVA 02
Relativamente às regras sobre ação civil fixadas no Código de Processo Penal,
assinale a alternativa correta: d) Transitada em julgado a sentença penal
condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o
efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus
herdeiros.
CASO CONCRETO
Determinado prefeito municipal, durante o mandato, desvia verbas públicas
repassadas ao Município através de convênio com o Ministério da Educação,
sujeitas a prestação de contas, visando ao treinamento e qualificação de
professores. Referida fraude somente é descoberta após a cessação do
mandato, instaurando-se inquérito policial na DP local. Concluído o Inquérito,
no qual restaram recolhidos elementos de prova suficientes para a denúncia, o
Promotor de Justiça oferece denúncia contra o ex-prefeito. Diante do exposto,
diga qual o juízo competente para julgar o ex-prefeito.
R: Com base no art. 109, IV, da CRFB e na Súmula 208 do STJ, a
competência é da Justiça Federal, por tratar-se de recursos provenientes da
União e que ficam sob o controle do Tribunal de Contas da União. A denúncia
não deve ser recebida, devendo o procedimento ser enviado à Justiça Federal
de 1º grau.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Compete à justiça federal processar e julgar:
c) Crime contra a organização do trabalho.
 
QUESTÃO OBJETIVA02
Paulo reside na cidade “Y” e lá resolveu falsificar seu passaporte. Após a
falsificação, pegou sua moto e viajou até a cidade “Z”, com o intuito de chegar
ao Paraguai. Passou pela cidade “W” e pela cidade “K”, onde foi parado pela
Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial usando o documento falsificado e
este, percebendo a fraude, encaminhou Paulo à delegacia. O parquet
denunciou Paulo pela prática do crime de uso de documento falso.
Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para julgamento.
b) Justiça Federal da cidade “K”.
CASO CONCRETO
Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no
dia 20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art.
312 do CP, tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto,
indaga-se:
a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato?
R: Considerando que Aristodemo, em concurso com seu secretário,
cometeram o crime de peculato, e que Aristodemo tem foro por prerrogativa de
função, cf. art. 96, III da CRFB, o magistrado e seu secretário serão julgados
pelo Tribunal de Justiça, pois a jurisdição mais graduada do Tribunal
predomina sobre a jurisdição menos graduada do 1º grau, fazendo com que,
também, o funcionário seja julgado pelo Colegiado, cf. art. 78, III do CPP, por
continência. Nesse sentido, aliás, reza a súmula 704 do STF: “Não viola as
garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal, a
atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados”.
b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o
julgamento?
R: A questão suscita divergências. Existem duas orientações acerca do
tema. A primeira tese está no sentido de que o Juiz será julgado pelo Tribunal
de Justiça nos moldes do art.96, III da CRFB/88, submetendo-se, contudo, o
coautor a Júri Popular, cf. art. 5, XXXVIII da CRFB/88. É que ambas as
competências tem assento na Constituição, devendo os processos serem
separados, não podendo a lei ordinária, alterar regra constitucional. Convém
salientar, todavia, que existe um segundo posicionamento, no sentido da
ocorrência da continência (77, I do CPP), a ensejar unidade de processo e
julgamento, prevalecendo a competência do Tribunal de Justiça, por força do
art. 78, III do CPP.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta.
c) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma
questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será
julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.
 
QUESTÃO OBJETIVA 02
Acerca da competência no âmbito do direito processual penal, assinale a opção
correta. a) Caso um policial militar cometa, em uma mesma comarca, dois delitos
conexos, um cujo processo e julgamento seja de competência da justiça
estadual militar e o outro, da justiça comum estadual, haverá cisão processual.
CASO CONCRETO
Deoclécio, pistoleiro profissional, matou um desafeto de Pezão, a mando deste,
abandonando o cadáver numa chácara de propriedade de Lindomar, que nada
sabia. Temeroso de que lhe atribuíssem a autoria do homicídio, Lindomar
sepultou clandestinamente o cadáver da vítima. Isso considerado, indaga-se:
a) A hipótese é de conexão ou continência?
R: Continência em relação a Deoclécio e Pezão pelo crime de homicídio,
art. 77, I do CPP. Conexão do homicídio com ocultação de cadáver praticado
por Lindomar, art. 211 do CP c/c art. 76, II do CPP (Conexão Objetiva).
b) Haverá reunião das ações penais em um só juízo?
R: Sim, cf. art. 78, I do CPP.
c) Qual será o juízo competente para julgar Cabeção, Pezão e Lindomar?
R: Ao teor do art. 78, I do CPP, compete ao Tribunal do Júri julgar todos os
delitos.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Márcio foi denunciado pelo crime de bigamia. O advogado de defesa peticionou
ao juízo criminal requerendo a suspensão da ação penal, por entender que o
primeiro casamento de Márcio padecia de nulidade, fato que gerou ação civil
anulatória, em trâmite perante o juízo cível da mesma comarca. Nessa situação
hipotética,
a) A ação penal deverá ser suspensa até que a nulidade do primeiro
casamento de Márcio seja resolvida definitivamente no juízo cível.
 
QUESTÃO OBJETIVA 02
Em relação à delimitação da competência no processo penal, às prerrogativas
de função e ao foro especial, assinale a opção correta.
d) Não viola a garantia do juiz natural a atração por continência do
processo do corréu ao foro especial do outro denunciado, razão pela qual
um advogado e um juiz de direito que pratiquem crime contra o
patrimônio devem ser processados perante o Tribunal de Justiça.
CASO CONCRETO
O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito
policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395, II do CPP. O
juiz concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP.
Um mês depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova
substancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico.
Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa
julgada material?
R: O art. 395, II do CPP não menciona arquivamento de IP, porém, acaba
sendo usado por analogia a essa hipótese. Portanto, não poderá ser instaurada
ação penal, pois a decisão que deferiu o arquivamento do IP, neste caso, faz
coisa julgada material, mesmo surgindo fato novo.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Em relação às exceções previstas na legislação processual penal, assinale a
alternativa correta.
d) As exceções serão processadas em autos apartados e não
suspenderão, em regra, o andamento da ação penal.
 
QUESTÃO OBJETIVA 02
Acerca de exceções, assinale a opção correta.
c) Podem ser opostas exceções de suspeição, incompetência de juízo,
litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada e, caso a parte
oponha mais de uma, deverá fazê-lo em uma só petição ou articulado.
CASO CONCRETO
João foi condenado por crime de latrocínio a uma pena de 25 anos de reclusão
a ser cumprida no regime fechado. Ocorre que no curso da execução de tal
pena privativa de liberdade sobrevêm doença mental ao condenado. Diante de
tal situação, na qualidade de juiz da execução como decidiria? E se a doença
mental ocorresse no curso do processo de conhecimento e posteriormente ao
crime? E se a doença mental já existia no momento da prática da infração?
R: Em um primeiro momento, caberá ao juiz da execução suspender a
execução da pena, determinando a imediata internação do condenado em
hospital psiquiátrico, consoante disposição do art. 108 da LEP. Sendo
constatado através da perícia psiquiátrica que a situação é irreversível, poderá
o juiz converter a pena privativa de liberdade em medida de segurança. Nesse
sentido, art. 154 do CPP c/c 183 da LEP. Sobrevindo doença mental durante o
processo de conhecimento, este ficará suspenso até que o réu se restabeleça,
cf. art. 152 do CPP. Verificado que o réu era portador de doença mental ao
tempo do crime, o processo deverá prosseguir com a presença de um curador
e o juiz, ao final, irá prolatar uma sentença penal absolutória imprópria,
aplicando medida de segurança cf. art. 151 do CPP.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Em relação ao incidente de falsidade, é correto afirmar que:
a) Se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará
desentranhar o documento e remetê-lo, com os autos do processo
incidente, ao Ministério Público.
QUESTÃO OBJETIVA 02
Acerca de incidente de insanidade mental do acusado, assinale a opção
correta.
b) O exame de avaliação da saúde mental do acusado poderá ser
ordenado na fase do inquérito, mediante representação da autoridade
policial ao juiz competente.
CASO CONCRETO
Seguindo denúncia anônima sobre existência de “boca de fumo”, uma equipe
de policiais combina dar um flagrante no local. Lá chegando, ficam de espreita,
presenciando alguma movimentação depessoas, entrando e saindo do imóvel,
que também servia de residência. Já passava das 21h, quando telefonaram à
autoridade policial e esta autorizou o ingresso para busca e apreensão. Assim
foi feito e os policiais lograram apreender grande quantidade de pedra de
crack, que estava escondida sob uma tábua do assoalho. Levado o morador à
DP local, foi ele submetido ao procedimento legal de flagrante, sendo
imediatamente comunicada a prisão ao juízo competente. O defensor público
requereu o relaxamento do flagrante, por ilegalidade manifesta. Assiste razão a
defesa?
R: Não assiste razão à defesa. No particular aspecto do crime de drogas, a
modalidade de cometimento da infração “guardar, ter em depósito, trazer
consigo ou transportar”, caracteriza estado de flagrância permanente. Em que
pese a aparência de ilegalidade da atividade persecutória, não houve violação
do domicílio, em razão do estado de flagrante delito. Existe, contudo,
entendimento contrário.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Assinale a opção correta.
c) O estado de flagrante delito é uma das exceções constitucionais à
inviolabilidade do domicílio, nos termos da Constituição Federal.
QUESTÃO OBJETIVA 02
Relativamente à prisão, assinale a opção correta de acordo com o CPP.
a) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou
comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar,
apresentando-o imediatamente à autoridade local, que providenciará a
remoção do preso depois de haver lavrado, se for o caso, o auto de
flagrante.
CASO CONCRETO
Após uma longa investigação da delegacia de polícia local, Adamastor foi preso
às 21h em sua casa, em razão de um mandado de prisão temporária expedido
pelo juiz competente, por crime de descaminho. A prisão fora decretada por 10
dias. O advogado de Adamastor impetrou Habeas Corpus requerendo a sua
liberdade provisória com fundamento no art. 310 do CPP. Em no máximo 10
linhas, discorra sobre o exposto acima, analisando as hipóteses de cabimento,
prazo da prisão temporária.
R: A prisão temporária foi decretada ilegalmente. Esta deverá ter um prazo
de 05 dias, prorrogáveis por mais 05, e, se for crime hediondo, o prazo será de
30 dias, prorrogáveis por mais 30. Ademais, de acordo com a Lei da Prisão
Temporária, ela não é cabível no crime de Descaminho. Alem dos motivos
citados, a CRFB/88, em seu art. 5º, XI, estabelece que ordem judicial só
poderá ser cumprida durante o dia. Como se trata de uma Prisão ilegal é
cabível o relaxamento de prisão. Só se fala em liberdade provisória quando se
está diante de uma prisão em flagrante legal, porém desnecessária, cf. art. 310
do CPP.
 
QUESTÃO OBJETIVA 01
Como se sabe, a prisão processual (provisória ou cautelar) é a decretada antes
do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, nas hipóteses previstas
em lei. A respeito de tal modalidade de prisão, é correto afirmar que:
c) A prisão temporária não poderá ser decretada de ofício pelo juiz.
 
QUESTÃO OBJETIVA 02
Acerca das prisões cautelares, assinale a opção correta.
b) São pressupostos da prisão preventiva: garantia da ordem pública ou
da ordem econômica; conveniência da instrução criminal; garantia de
aplicação da lei penal; prova da existência do crime; indício suficiente de
autoria.
CASO CONCRETO
Adamastor, primário e de maus antecedentes, foi acusado do crime de
homicídio qualificado. Respondeu solto à instrução criminal. Durante a primeira
fase do procedimento do Júri, o juiz decide pronunciá-lo. Nesse momento
determina o seu recolhimento à prisão em aplicação ao artigo 413, P.3º do
CPP, fundamentando tratar-se de crime hediondo, portanto, inafiançável.
Pronunciado, Adamastor permanece preso por mais de 2 anos, sem que tenha
sido marcada a data do seu julgamento pelo Júri. Como advogado, quais
argumentos você utilizaria para conseguir a liberdade de Adamastor?
R: É preciso argumentar que não foi demonstrado periculum libertatis e não
existe mais prisão decorrente da decisão de pronúncia,

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