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Direito financeiro Administração Financeira e Orçamentária – Aula 07

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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
AFO – Aula 07 
Wilson Araújo 
1 
RECEITA 
 
Classificação por Natureza de Receita 
 
A classificação orçamentária por natureza de receita 
é estabelecida pelo § 4º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 
1964. No âmbito da União, sua codificação é norma-
tizada por meio de Portaria da SOF, órgão do Minis-
tério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A nor-
matização da codificação válida para Estados e Mu-
nicípios é feita por meio de Portaria Interministerial 
(SOF e STN). 
 
FINALIDADE 
 
A classificação da receita por natureza visa a identi-
ficar a origem do recurso segundo o fato gerador. 
 
NÍVEIS/DÍGITOS 
 
Face à necessidade de constante atualização e 
melhor identificação dos ingressos aos cofres 
públicos, o código identificador da natureza de 
receita é desmembrado em níveis. Assim, na ela-
boração do orçamento público a codificação eco-
nômica da receita orçamentária é composta dos 
seguintes níveis: 
 
1º Nível – Categoria Econômica 
2º Nível – Origem 
3º Nível – Espécie 
4º Nível – Rubrica 
5º Nível – Alínea 
6º Nível – Subalínea 
 
1º Nível – C ategoria Econômica 
2º Nível – O rigem 
3º Nível – E spécie 
4º Nível – R ubrica 
5º Nível – A línea 
6º Nível – S ubalínea 
 
 
 
CÓDIGO DA RECEITA 
(Manual da Receita) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
AFO – Aula 07 
Wilson Araújo 
2 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA CÓD. DA RE-
CEITA 
(PORT. 163/01) 
 
MANUAL X PORTARIA 
 
 
 
 
 
 
 
CATEGORIAS ECONÔMICAS 4.320/64 
 
A Lei nº 4.320/64, em seu artigo 11, classifica a re-
ceita orçamentária em duas categorias econômicas: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital. 
 
Lei 4.320/64 
Art. 11 A receita classificar-se-á nas seguintes cate-
gorias econômicas: 
RECEITAS CORRENTES E 
RECEITAS DE CAPITAL: 
 
RECEITA CORRENTE 
 
 
São arrecadadas dentro do exercício, aumentam as 
disponibilidades financeiras do Estado, em geral com 
efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido, e consti-
tuem instrumento para financiar os objetivos defini-
dos nos programas e ações correspondentes às po-
líticas públicas. 
 
Art. 11, § 1º São receitas correntes as receitas tribu-
tárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, 
industrial, de serviços e outras e, ainda, as proveni-
entes de recursos financeiros recebidos de outras 
 
 
 
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AFO – Aula 07 
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3 
pessoas de direito público ou privado, quando desti-
nadas a atender despesas classificáveis em despe-
sas correntes. 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUTÁRIAS 
 
São decorrentes da arrecadação de impostos, taxas 
e contribuições de melhoria, previstos no art. 145 da 
CF. 
 
 
 
CONTRIBUIÇÕES 
 
São oriundas das contribuições sociais, de interven-
ção no domínio econômico e de interesse das cate-
gorias profissionais ou econômicas, conforme precei-
tua o art. 149 da CF. 
 
 
 
ATENÇÃO 
 
SÃO RECEITAS TRIBUTÁRIAS 4.320/64 
 
 
 
SÃO RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES 4.320/64 
 
 
 
 
 
 
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AFO – Aula 07 
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PATRIMONIAL 
 
São provenientes da fruição de patrimônio perten-
cente ao ente público, tais como as decorrentes de 
compensações financeiras/royalties, concessões e 
permissões, entre outras. 
 
EXEMPLOS: 
Aluguéis, juros de títulos de renda, dividendos rece-
bidos da PETROBRAS, Laudêmio, arrendamentos, 
foros, JUROS DE APLICAÇÃO FINANCEIRA, etc. 
 
AGROPECUÁRIA 
Trata-se de receita originária, auferida pelo Estado 
quando atua como empresário, em posição de igual-
dade com o particular. 
 
AGROPECUÁRIA 
Decorrem da exploração econômica, por parte do 
ente público, de atividades agropecuárias, tais como 
a venda de produtos agrícolas (grãos, tecnologias, in-
sumos etc.), pecuários (semens, técnicas em insemi-
nação, matrizes etc.), para reflorestamentos etc. 
 
CUIDADO 
Excetuam-se as usinas de açúcar, fábricas de polpa, 
de madeira, serrarias e unidades industriais com pro-
dução licenciada, que são classificadas como indus-
triais. 
 
INDUSTRIAL 
São provenientes de atividades industriais exercidas 
pelo ente público, como: indústria de extração mine-
ral, de transformação, de construção, entre outras. 
 
SERVIÇOS 
Decorrem da prestação de serviços por parte do ente 
público, tais como comércio, transporte, comunica-
ção, serviços hospitalares, armazenagem, serviços 
recreativos, culturais, JUROS SOBRE EMPRÉSTI-
MOS CONCEDIDOS, etc. Tais serviços são remune-
rados mediante preço público, também chamado de 
tarifa. 
 
TRANSFERÊNCIA CORRENTE 
É o ingresso proveniente de outros entes ou entida-
des, referente a recursos pertencentes ao ente ou en-
tidade recebedora ou ao ente ou entidade transferi-
dora, efetivado mediante condições preestabelecidas 
ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o ob-
jetivo seja a aplicação em despesas correntes. 
 
ORC 
São os ingressos correntes provenientes de outras 
origens, não classificáveis nas anteriores. 
 
Exemplos: 
Multas e JUROS DE MORA, indenizações e restitui-
ções, receitas de cobrança da dívida ativa (principal 
+ acessório), alienação de bens apreendidos, produ-
tos de depósitos abandonados de dinheiro ou objetos 
de valor, receitas diversas. 
 
a) Multa: receita de caráter não tributário, é penali-
dade pecuniária aplicado pela Administração Pública 
aos administrados e depende, sempre, de prévia co-
minação em lei ou contrato. Podem decorrer do regu-
lar exercício do poder de polícia por parte da Admi-
nistração (multa por auto de infração), do descumpri-
mento de preceitos específicos previstos na legisla-
ção, ou de mora pelo não pagamento das obrigações 
principais ou acessórias nos prazos previstos; e 
b) Dívida Ativa: crédito da Fazenda Pública, de na-
tureza tributária ou não tributária, exigíveis em virtude 
do transcurso do prazo para pagamento. O crédito é 
cobrado por meio da emissão de certidão de dívida 
ativa da Fazenda Pública da União, inscrita na forma 
da lei, com validade de título executivo. Isso confere 
à certidão da dívida ativa caráter líquido e certo, em-
bora se admita prova em contrário. 
 
RECEITA DE CAPITAL 
 
São os ingressos de recursos financeiros oriundos de 
atividades operacionais ou não operacionais para 
aplicação em despesas operacionais, correntes ou 
 
 
 
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de capital, visando ao alcance dos objetivos traçados 
nos programas e ações de governo. 
 
São denominados receita de capital porque são deri-
vados da obtenção de recursos mediante a constitui-
ção de dívidas, amortização de empréstimos e finan-
ciamentos ou alienação de componentes do ativo 
permanente, constituindo-se em meios para atingir a 
finalidade fundamental do órgão ou entidade, ou 
mesmo, atividades não operacionais visando ao es-
tímulo às atividades operacionais do ente. 
 
Lei 4.320/64 
ART. 11, § 2º São receitas de capital as provenientes 
da realização de recursos financeiros oriundos de 
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, 
de bens e direitos; os recursos recebidos de despe-
sas classificáveis em despesas de capital e, ainda, o 
superávit do orçamento corrente. 
 
 
Outras Receitas de Capital: 
Registram-se nesta origem receitas cuja caracterís-
tica não permita o enquadramento nas demais clas-
sificações da receita de capital, como: Resultado do 
Banco Central, Remuneração das Disponibilidades 
do Tesouro Nacional, Integralização do Capital So-
cial, entre outras. 
 
SUPERÁVIT DO ORÇAMENTO CORRENTE 
 
Lei 4.320/64 
Art. 11 § 3º O superávit do orçamento corrente resul-
tante do balanceamento dos totais das receitas e 
despesascorrentes, apurado na demonstração a que 
se refere o anexo 1, não constituirá item da receita 
orçamentária. 
 
 
 
 
PORT. INTERMINISTERIAL 338/2006 
 
 
 
 
 
 
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OBSERVAÇÃO: 
Receitas de Operações Intraorçamentárias 
Operações intraorçamentárias são aquelas realiza-
das entre órgãos e demais entidades da Administra-
ção Pública integrantes dos Orçamentos Fiscal e da 
Seguridade Social do mesmo ente federativo. Não re-
presentam novas entradas de recursos nos cofres 
públicos do ente, mas apenas remanejamento de re-
ceitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamen-
tárias são contrapartida de despesas classificadas na 
modalidade de aplicação 91 - Aplicação Direta De-
corrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Enti-
dades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orça-
mento da Seguridade Social, que, devidamente iden-
tificadas, evitam a dupla contagem na consolidação 
das contas governamentais. 
 
Assim, a Portaria Interministerial STN/SOF no 338, 
de 26 de abril de 2006, que alterou a Portaria Inter-
ministerial STN/SOF nº 163, de 2001, incluiu as Re-
ceitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de 
Capital Intraorçamentárias representadas, respecti-
vamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias 
econômicas. Essas classificações não constituem 
novas categorias econômicas de receita, mas ape-
nas especificações das categoria econômica Recei-
tas Correntes e Receitas de Capital. 
 
 
 
 
 
A Origem é o detalhamento das categorias econômi-
cas “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”, 
com vistas a identificar a natureza da procedência 
das receitas no momento em que ingressam no Or-
çamento Público. 
 
Os códigos da origem para as receitas correntes e de 
capital, de acordo com a Lei no 4.320, de 1964, são: 
 
 
 
 
 
 
 
É o nível de classificação vinculado à Origem que 
permite qualificar com maior detalhe o fato gerador 
das receitas. Por exemplo, dentro da origem Receita 
 
 
 
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Tributária, identifica-se as espécies “Impostos”, “Ta-
xas” e “Contribuições de Melhoria”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Agrega determinadas espécies de receitas cujas ca-
racterísticas próprias sejam semelhantes entre si; 
dessa forma, detalha a espécie, por meio da especi-
ficação dos recursos financeiros que lhe são correla-
tos. 
Exemplo: A rubrica “Impostos sobre o Patrimônio e a 
Renda” é detalhamento da espécie “Impostos”. 
 
 
 
A alínea é o detalhamento da rubrica e exterioriza o 
“nome” da receita que receberá o registro pela en-
trada de recursos financeiros. 
Exemplo: A alínea “Impostos sobre a Renda e Pro-
ventos de Qualquer Natureza” é o detalhamento da 
rubrica “Impostos sobre o Patrimônio e a Renda”. 
 
 
 
A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, 
utilizado quando há necessidade de se detalhar a Alí-
nea com maior especificidade. 
Exemplo: A subalínea “Pessoas Físicas” é detalha-
mento da alínea “Impostos sobre a Renda e Proven-
tos de Qualquer Natureza”. 
 
 
 
 
 
 
OUTRAS DEFINIÇÕES DA RECEITA 
 
RECEITA FINANCEIRA 
São as receitas decorrentes de aplicações financei-
ras, operações de crédito, alienação de ativos e ou-
tras. 
 
RECEITA NÃO-FINANCEIRA 
São as receitas oriundas de tributos, contribuições, 
patrimoniais, agropecuárias, industriais, serviços e 
outras. 
 
RECEITA COMPARTILHADA 
Receita orçamentária pertencente a mais de um be-
neficiário independente da forma de arrecadação e 
distribuição. 
 
RECEITA VINCULADA 
É a receita arrecadada com destinação específica es-
tabelecida em dispositivos legais. A vinculação da re-
ceita torna a programação financeira menos flexível, 
reservando parte dos recursos disponíveis para uma 
determinada destinação. 
 
RECEITAS COMPULSÓRIAS 
São receitas cujas origens encontram-se nas legisla-
ções que impõem aos particulares uma obrigação. 
São casos de receita compulsória: os tributos, as 
contribuições etc. 
 
 
 
 
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9 
RECEITAS FACULTATIVAS 
As receitas facultativas possuem sua origem nos 
atos jurídicos bilaterais, ou seja, aquelas decor-
rentes da vontade das pessoas. Como exemplos, 
temos os aluguéis (Receita Patrimonial), preços 
públicos, etc. 
 
RECEITAS PRÓPRIAS 
São as receitas provenientes do esforço de arreca-
dação de cada Órgão, isto é, receitas que o Órgão 
tem a competência legal de prever e arrecadar. 
 
RECEITA DE RESSARCIMENTO 
Recebimento que representa reembolso de valores 
anteriormente gastos em nome de terceiros e que 
agora estão sendo devolvidos, geralmente, resul-
tante de procedimentos pactuados entre as partes. 
Reposição de custos por uma das partes envolvidas 
quando foram utilizados de meios da outra para atin-
gir determinado fim. 
 
RECEITA DE RESTITUIÇÃO 
Recebimento resultado da devolução de recurso que 
estava em posse de outrem, indevidamente ou por 
disposição legal. A restituição pode ser motivada por 
fato superveniente que alterou a situação anterior-
mente estabelecida, criando direito a uma reintegra-
ção de valor. 
 
RECEITA DE INDENIZAÇÃO 
Recebimento que resulta da compensação de preju-
ízo causado por terceiros, visando a reparar dano so-
frido ou perda de um direito. 
 
ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
 
As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência 
dos fenômenos econômicos, levando-se em conside-
ração o modelo de orçamento existente no País. 
Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a 
etapa de previsão e termina com a de recolhimento. 
 
 
 
PLANEJAMENTO: PREVISÃO 
 
Efetuar a previsão implica planejar e estimar a arre-
cadação das receitas que constará na proposta orça-
mentária. Isso deverá ser realizado em conformidade 
com as normas técnicas e legais correlatas e, em es-
pecial, com as disposições constantes na LRF. Sobre 
o assunto, vale citar o art. 12 da referida norma: 
 
Art. 12. As previsões de receita observarão as nor-
mas técnicas e legais, considerarão os efeitos das al-
terações na legislação, da variação do índice de pre-
ços, do crescimento econômico ou de qualquer outro 
fator relevante e serão acompanhadas de demons-
trativo de sua evolução nos últimos três anos, da pro-
jeção para os dois seguintes àquele a que se referi-
rem, e da metodologia de cálculo e premissas utiliza-
das. 
 
ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
 
A Lei nº 4.320/1964 estabelece como estágios da 
execução da receita orçamentária o: 
 Lançamento 
 Arrecadação 
 Recolhimento. 
 
4.320/64 
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição 
competente, que verifica a procedência do crédito fis-
cal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito 
desta. 
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos dire-
tos e quaisquer outras rendas com vencimento deter-
minado em lei, regulamento ou contrato. 
OBSERVAÇÃO: Exceção às Etapas da Receita 
Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os 
tipos de receitas orçamentárias. Pode ocorrer arreca-
dação não só das receitas que não foram previstas 
(não tendo, naturalmente, passado pela etapa da 
previsão), mas também das que não foram “lança-
das”, como é o caso de uma doação em espécie re-
cebida pelos entes públicos. 
 
ARRECADAÇÃO 
É a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedo-
res, aos agentes arrecadadores ou bancos autoriza-
dos pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. 
 
RECOLHIMENTO 
 
 
 
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AFO – Aula 07 
Wilson Araújo10 
É a transferência dos valores arrecadados à conta 
específica do Tesouro, responsável pela administra-
ção e controle da arrecadação e programação finan-
ceira, observando-se o Princípio da Unidade de 
Caixa, representado pelo controle centralizado dos 
recursos arrecadados em cada ente. 
 
 
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á 
em estrita observância ao princípio de unidade de te-
souraria, vedada qualquer fragmentação para cria-
ção de caixas especiais. 
 
 
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do 
art. 3º desta Lei, serão classificadas como receita or-
çamentária, sob as rubricas próprias, todas as recei-
tas arrecadadas, inclusive as provenientes de opera-
ções de crédito, ainda que não previstas no orça-
mento 
 
ATENÇÃO 
4.320/64 
Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado 
sem que a lei o estabeleça, nenhum será cobrado em 
cada exercício sem prévia autorização orçamentária, 
ressalvados a tarifa aduaneira e o imposto lançado 
por motivo de guerra. 
 
 
 
 
ESTÁGIOS DOUTRINA + LEI 
 
 
CRONOLOGIA DAS ETAPAS DA RECEITA ORÇA-
MENTÁRIA 
 
 
REGIME CONTÁBIL PARA APURAÇÃO DE RE-
SULTADOS 
 
A Lei Federal nº 4.320/64, em seu Art. 35, deter-
mina: 
“Art. 35 – Pertencem ao exercício financeiro: 
 I – as receitas nele arrecadadas; 
 II – as despesas nele, legalmente, empenhadas”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGIME CONTÁBIL 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES 1 
 
1. É um exemplo de receita extra-orçamentária: 
 
A) receitas industriais. 
B) cauções em dinheiro. 
C) receitas patrimoniais. 
D) receitas de capital. 
E) amortizações de empréstimos concedidos. 
 
Atenção: Considere o aspecto orçamentário e as in-
formações abaixo para responder à questão de nú-
mero 2. 
Receitas arrecadadas e despesas empenhadas no 
exercício de 2012. 
 
 
 
2. As receitas correntes arrecadadas somam: 
 
A) 460. 
B) 240. 
C) 420. 
D) 370. 
E) 430. 
 
 
3. Considere que determinado município no exer-
cício de 2012 inscreveu em dívida ativa R$ 
180.000 referente a impostos sobre propriedade 
predial e territorial urbana – IPTU, e até agosto de 
2013 havia recebido 70% do valor inscrito. 
Assim, sob o aspecto orçamentário, tais valores 
recebidos são classificados como origem de re-
ceita: 
 
A) tributária. 
B) patrimonial. 
C) imobiliária. 
D) outras receitas correntes. 
E) de capital. 
 
4. Considere as receitas a seguir. 
 
 
O valor das Receitas Correntes é de: 
 
A) R$ 31.550,00 
B) R$ 29.550,00 
C) R$ 34.550,00 
 
 
 
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12 
D) R$ 29.050,00 
E) R$ 32.550,00 
 
Analise a tabela a seguir e responda a questão 5: 
 
 
 
 
5. O valor da receita corrente pela Lei n. 4.320/64 
é: 
 
A) 7. 
B) 8. 
C) 10. 
D) 11. 
E) 12. 
 
6. Acerca da classificação da receita pública, cu-
jos parâmetros independem de sua natureza jurí-
dica, assinale a opção correta. 
 
A) As contribuições sociais classificam-se como re-
ceitas tributárias, assim como as multas tributárias. 
B) A obtenção de recursos financeiros decorrentes 
de operações de crédito classifica-se como receita de 
capital, e as multas tributárias não são classificadas 
como receitas tributárias. 
C) A obtenção de recursos financeiros decorrentes 
de operações de crédito classifica-se como receita de 
capital, e as contribuições sociais, como receitas tri-
butárias. 
D) A obtenção de recursos financeiros decorrentes 
de operações de crédito classifica-se como receita 
corrente, assim como o recebimento de amortização 
da dívida. 
E) O recebimento de amortização da dívida classi-
fica-se como receita de capital, e as multas tributá-
rias, como receitas tributárias. 
 
7. Acerca da taxa e do preço público, a doutrina 
ensina que a taxa: 
 
A) é receita originária e compulsória, enquanto que o 
preço público é receita derivada e voluntária. 
B) é uma relação jurídica de direito privado, enquanto 
que o preço público é uma relação jurídica de direito 
público. 
C) é criada por lei, decreto ou ato normativo, en-
quanto que o preço público somente pode ser institu-
ído por lei. 
D) é receita derivada e compulsória, enquanto que o 
preço público é receita originária e não compulsória. 
E) e o preço público se confundem, porque ambos 
têm natureza jurídica tributária. 
 
8. Com relação à Receita, a Lei no 4.320/64 prevê 
os seguintes critérios de classificação: 
 
I. Receitas Correntes. 
II. Alienação de Bens. 
III. Recursos Condicionados. 
IV. Transferências de Capital. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
 
A) I e III. 
B) II e III. 
C) II e IV. 
D) I, II e III. 
E) I, II e IV. 
 
9. São ingressos de recursos financeiros que 
NÃO integram a Lei Orçamentária Anual aqueles 
oriundos: 
 
A) das fianças e das multas e juros de mora. 
B) das operações de crédito por antecipação da re-
ceita orçamentária e das transferências correntes. 
C) da inscrição da dívida ativa e das consignações. 
D) das consignações e das operações de crédito por 
antecipação da receita orçamentária. 
E) das operações de crédito de longo prazo e da 
emissão de moeda. 
 
 
 
 
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13 
10. O regime orçamentário da receita é estabele-
cido: 
 
A) pela sua previsão. 
B) pela sua arrecadação. 
C) pela sua inscrição como divida ativa. 
D) pelo seu recolhimento. 
E) pelo seu lançamento. 
 
DESPESA 
 
É o conjunto de dispêndios do Estado no atendi-
mento aos programas e objetivos de governo, fixados 
em lei orçamentária ou em leis específicas, OU ainda 
relativos à restituição ou pagamento de importâncias 
recebidas a título de cauções, depósitos, consigna-
ções e outros assemelhados que independem de au-
torização legislativa para a sua realização. 
 
ORIGEM 
 
 
 
CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA 
 
A compreensão do orçamento exige o conhecimento 
de sua estrutura e organização, as quais são imple-
mentadas por meio de um sistema de classificação 
estruturado com o propósito de atender às exigências 
de informação demandadas por todos os interessa-
dos nas questões de finanças publicas, como os po-
deres públicos, as organizações públicas e privadas 
e os cidadãos em geral. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
CONCEITUAL 
 
CLASSIFICAÇÃO 
ORÇAMENTÁRIA 
 
CLASSIFICAÇÃO 
CONCEITUAL 
 
 
 
 
Representam os gastos fixados no orçamento pú-
blico ou que derivem dos créditos adicionais E A SUA 
REALIZAÇÃO DEPENDE DE PRÉVIA AUTORIZA-
ÇÃO LEGISLATIVA. 
 
 
É aquela que não consta da lei orçamentária nem de-
pende de autorização legislativa para ser realizada e 
compreendem as diversas saídas de numerário de-
correntes do levantamento de depósitos, cauções, 
resgate de operações de crédito por antecipação de 
receita, bem como quaisquer valores que se revistam 
de características de simples transitoriedade, recebi-
dos anteriormente e que, na oportunidade, constituí-
ram receitas extra-orçamentárias. 
 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
AFO – Aula 07 
Wilson Araújo 
14 
 
 
É aquela que não consta da lei orçamentária nem de-
pende de autorização legislativa para ser realizada e 
compreendem as diversas saídas de numerário de-
correntes do levantamento de depósitos, cauções, 
resgate de operações de crédito por antecipação de 
receita, bem como quaisquer valores que se revistam 
de características de simples transitoriedade, recebi-
dos anteriormente e que, na oportunidade, constituí-
ram receitas extra-orçamentárias.

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