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www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 1 CRÉDITOS ADICIONAIS 10) Suponha que um ente público apresente a seguinte situação no último mês do exercício: - arrecadação prevista para o exercício: R$ 1.500.000,00; - arrecadação no exercício: R$ 1.750.000,00; - despesas empenhadas e liquidadas: R$ 1.450.000,00 (não há intenção de novos empe- nhos); - créditos extraordinários abertos no exercício: R$ 70.000,00; Com base nesses dados e tendo em vista a solicita- ção de novos créditos especiais de R$ 250.000,00, conclui-se que será possível aprovar tal solicitação no limite de: A) R$ 95.000,00. B) R$ 145.000,00. C) R$ 150.000,00. D) R$ 230.000,00. E) R$ 250.000,00 DADOS - arrecadação prevista para o exercício: R$ 1.500.000,00; - arrecadação no exercício: R$ 1.750.000,00; - despesas empenhadas e liquidadas: R$ 1.450.000,00 (não há intenção de novos empe- nhos); - créditos extraordinários abertos no exercício: R$ 70.000,00; DADOS FÓRMULA PARA EA EA = (RA- RP) – T - CAExt EA = (RA- RP) – T - CAExt EA = (RA- RP) – T – CAExt EA = (1.750.000 – 1.500.000) – 70.000 EA = (RA- RP) – T – CAExt EA = (1.750.000 – 1.500.000) – 70.000 EA = 180.000 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 2 11) Em um ente público, diante da necessidade de um crédito especial, verificou-se que: • a arrecadação prevista era de R$ 430 milhões, tendo sido arrecadados R$ 390 milhões; • o superávit financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior fora de R$ 65 milhões; • já haviam sido reabertos créditos não utilizados no exercício anterior, de R$ 33 milhões; • das despesas orçadas, R$ 28 milhões podiam ser cancelados. Nessa situação, nos termos da Lei n.° 4.320/1964, seria possível propor um crédito especial de até A) R$ 126 milhões. B) R$ 86 milhões. C) R$ 60 milhões. D) R$ 20 milhões. • a arrecadação prevista era de R$ 430 milhões, tendo sido arrecadados R$ 390 milhões; • a arrecadação prevista era de R$ 430 milhões, tendo sido arrecadados R$ 390 milhões; QUEDA NA ARRECADAÇÃO • o superávit financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior fora de R$ 65 milhões; • o superávit financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior fora de R$ 65 milhões; SUP. FINANCEIRO = 65 • já haviam sido reabertos créditos não utilizados no exercício anterior, de R$ 33 milhões; • já haviam sido reabertos créditos não utilizados no exercício anterior, de R$ 33 milhões; SUP. FINANCEIRO = 65 – 33 • já haviam sido reabertos créditos não utilizados no exercício anterior, de R$ 33 milhões; SUP. FINANCEIRO = 32 • das despesas orçadas, R$ 28 milhões podiam ser cancelados. • das despesas orçadas, R$ 28 milhões podiam ser cancelados. ANULAÇÃO DE DOTAÇÃO = 28 TOTAL DAS FONTES TOTAL DAS FONTES SUP. FINANCEIRO = 32 ANULAÇÃO DE DOTAÇÃO = 28 TOTAL DAS FONTES SUP. FINANCEIRO = 32 ANULAÇÃO DE DOTAÇÃO = 28 TOTAL = 60 Nessa situação, nos termos da Lei n.° 4.320/1964, seria possível propor um crédito especial de até A) R$ 126 milhões. B) R$ 86 milhões. C) R$ 60 milhões. D) R$ 20 milhões. 12) Quando da apuração do superávit financeiro, o balanço patrimonial do exercício anterior indicava para o ativo financeiro o valor de $150 e para o pas- sivo financeiro o de $70. No exercício haviam sido reabertos dois créditos adicionais: um especial pelo saldo de $50, que havia sido aberto com recursos de operação de crédito, do qual deixou de ser arre- cadado no exercício anterior o valor de $20; e um extraordinário pelo saldo de $28. Considerados esses dados, o valor máximo do crédito adicional a ser aberto será DADOS DA QUESTÃO ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 3 ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 FÓRMULA PARA SF SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) APLICANDO A FÓRMULA SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) SF = (150 – 70) – 78 + 20 ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) SF = (150 – 70) – 78 + 20 SF = 80 - 78 + 20 ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 SF = (AF-PF) – (CAR) + (OCV) SF = (150 – 70) – 78 + 20 SF = 80 - 78 + 20 SF = 22 ATIVO FINANCEIRO = 150 PASSIVO FINANCEIRO = 70 CAR: ESPECIAL = 50 EXTRAORDINÁRIO = 28 OCV = 20 Considerados esses dados, o valor máximo do cré- dito adicional a ser aberto será A) $80. B) $52. C) $30. D) $22. E) $ 2. DEA DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES São despesas fixadas, no orçamento vigente, decor- rentes de compromissos assumidos em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamen- to. Não se confundem com restos a pagar, tendo em vista que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 4 São despesas fixadas, no orçamento vigente, decor- rentes de compromissos assumidos em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamen- to. ENTÃO... DEA = DO DEA ≠ RP Não se confundem com restos a pagar, tendo em vista que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados. COMPETÊNCIA DEC. 93.872/86 ART. 22, § 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores cabe à autori- dade competente para empenhar a despesa. LEI 4.320/64 Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê- las, que não se tenham processado na época pró- pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente pode- rão ser pagos à conta de dotação específica con- signada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronoló- gica. DESTAQUES DO ART. 37 Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê- las,... ... que não se tenham processado na época própria ... DEC 93.872/86 ART. 22 § 2º Para os efeitos deste artigo, considera- se: a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerra- mento do exercício correspondente, mas que, den- tro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação; ... bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida ... , DEC 93.872/86 ART. 22 § 2º Para os efeitos deste artigo, considera- se: b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesacuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do cre- dor; ... e os compromissos reconhecidos após o encer- ramento do exercício correspondente ... DEC 93.872/86 ART. 22 § 2º Para os efeitos deste artigo, considera- se: c) compromissos reconhecidos após o encerramen- to do exercício, a obrigação de pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direi- to do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. ... poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, ... ... discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. DECRETO 93.872/86 ART. 22 § 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autori- dade competente para empenhar a despesa. ATENÇÃO!!! No momento do pagamento de restos a pagar refe- rente à despesa empenhada pelo valor estimado, verifica-se se existe diferença entre o valor da des- pesa inscrita e o valor real a ser pago; se existir diferença, procede-se da seguinte forma: Se o valor real a ser pago for superior ao va- lor inscrito, a diferença deverá ser empenhada a conta de despesas de exercícios anteriores; Se o valor real for inferior ao valor inscrito, o saldo existente deverá ser cancelado. QUESTÕES 1) Segundo a Lei nº 4.320/64, compromissos decor- rentes de obrigação de pagamento criada por lei, e www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 5 reconhecidos após o encerramento do exercício na entidade pública, compreendem A) os ajustes de exercícios anteriores. B) as novas dotações. C) as despesas de exercícios anteriores. D) os créditos especiais. E) os créditos suplementares. 2) Uma despesa de um exercício nele não proces- sada, embora tivesse saldo suficiente, pode ser atendida no exercício subseqüente por A) crédito especial. B) dotação para isso suplementada no exercício seguinte. C) despesas de exercícios anteriores, após reco- nhecida. D) restos a pagar restabelecidos. E) dotação dessa mesma despesa, do exercício seguinte. ADIANTAMENTO DE NUMERÁRIO SUPRIMENTO DE FUNDOS O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futura prestação de contas. ADIANTAMENTO = DO ? ESTÁGIOS SÃO OBRIGATÓRIOS ? O adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder o recurso ao suprido é necessá- rio percorrer os três estágios da despesa orçamen- tária: Empenho, Liquidação e Pagamento. REGULAMENTAÇÃO Cada ente da federação deve regulamentar o seu regime de adiantamento, observando as peculiari- dades de seu sistema de controle interno, de forma a garantir a correta aplicação do dinheiro público. Existem dois tipos: 1 - Depósito em conta-corrente aberta para esse fim, por meio do qual o servidor usa os recursos em cheque ou dinheiro, no limite estabelecido, em no- me do suprido, com regras previstas para a sua prestação de contas. 2 - Cartão de Pagamento: é o cartão magnético, em nome do Portador, indicado/autorizado pela Admi- nistração, com limites estabelecidos e regras para a sua prestação de contas. LEI 4.320/64 Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. DESTAQUES DO ART. 68 Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei... ...e consiste na entrega de numerário a servidor, ... ...sempre precedida de empenho na dotação pró- pria, ... www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 6 ...para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. CASOS QUE JUSTIFICAM O ADIANTAMENTO ART. 45 – DEC. 93.872/86 I - para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigi- loso, conforme se classificar em regulamento; e III - para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Minis- tro da Fazenda. DAS RESTRIÇÕES AO SUPRIDO: ART. 45, § 3º ART. 45 § 3º Não se concederá suprimento de fun- dos: a) a responsável por dois suprimentos; b) a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor; c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação; e d) a servidor declarado em alcance. IN nº 10/01 – STN A servidor que esteja respondendo a inquérito ad- ministrativo. VÁRIAS ND’s Os valores de um suprimento de fundos entregues ao suprido poderão relacionar-se a mais de uma natureza de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os valores de cada natureza. Os valores de um suprimento de fundos entregues ao suprido poderão relacionar-se a mais de uma natureza de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os valores de cada natureza. APLICAÇÃO O prazo máximo para aplicação do suprimento de fundos será de até 90 (noventa) dias a contar da data do ato de concessão do suprimento de fundos, e não ultrapassará o término do exercício financeiro. PRESTAÇÃO DE CONTAS Para a prestação de contas do Suprimento de Fun- dos, o prazo é de até 30 ( trinta) dias, contado a partir do término do prazo de aplicação. Isto é, dis- põe de até 90 (noventa) dias para aplicar e mais 30 (trinta) dias para prestar contas, totalizando assim até 120 (cento e vinte) dias. CO-RESPONSABILIDADE DEC. 200/67 Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte preju- ízo para a Fazenda Pública, as autoridades adminis- trativas, sob pena de co-responsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares, deverão tomar imediatas providência para assegurar o res- pectivo ressarcimento e instaurar a tomada de con- tas, fazendo-se as comunicações a respeito ao Tri- bunal de Contas. CONTABILIZAÇÃO DEC. 93.872/86 ART. 45, § 1º O suprimento de fundos será contabi- lizado e incluído nas contas do ordenador como despesa realizada; . .. RESTITUIÇÕES DEC. 93.872/86 ART. 45, § 1º ...as restituições, por falta de aplica- ção, parcial ou total, ou aplicação indevida, consti- tuirão anulação de despesa, ... ART. 45, § 1º ......ou receita orçamentária, se reco- lhidas após o encerramento do exercício. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 7 DEVER DE PRESTAR CONTAS DEC. 93.872/86 § 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo assina- lado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis. SALDO EM 31/12 DEC. 93.872/86 Art . 46. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisados saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de con- tabilização e reinscrição da respectiva responsabili- dade pela sua aplicação em data posterior, obser- vados os prazos assinalados pelo ordenador da despesa . Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro se- guinte. ATESTO A comprovação das despesas realizadas deverá estar devidamente atestada por outro servidor que tenha conhecimento das condições em que estas foram efetuadas, em comprovante original. DOCUMENTOS EMITIDOS EM NOME... Em nome do órgão emissor do empenho. DATA DE EMISSÃO DOS DOCUMENTOS Todos os documentos deverão ter a data de emis- são igual ou posterior a da entrega do numerário, e deverão estar compreendidos dentro do período fixado para aplicação dos recursos. LIMITES Obras e Serviços de Engenharia, R$ 7.500,00 (que corresponde a 5% do valor máxi- mo para obras e serviços de engenharia na modali- dade de licitação convite que é R$ 150.000,00). Outros Serviços e Compras em geral R$ 4.000,00 (que corresponde a 5% do valor máxi- mo para outros serviços e compras em geral na modalidade de licitação convite que é R$ 80.000,00). ATENÇÃO Valores superiores aos limites De acordo com a Portaria nº 95/2000 – MF, excep- cionalmente, a critério da autoridade Ministerial, poderá ser concedido suprimento de fundos em valores superiores aos limites fixados. ATENÇÃO Aquisição de Material Permanente É vedada a aquisição de material permanente por suprimento de fundos, ressalvados os casos excep- cionais devidamente reconhecidos pelo OD e em consonância com as normas que disciplinam a ma- téria. O Que é? O Cartão de Pagamento do Governo Federal serve para pagamento de despesas realizadas pelos ór- gãos e entidades, referentes a suprimento de fun- dos. O Cartão poderá ser utilizado diretamente no estabelecimento comercial afiliado ou por meio de saque em moeda corrente. Ele permite o acompa- nhamento das despesas realizadas com os recursos do Governo, facilita a prestação de contas e oferece maior segurança às operações. DECRETO Nº 5.355 DE 25 DE JANEIRO DE 2005. Artigo 1º Parágrafo único O CPGF é instrumento de pagamento, emitido em nome da unidade gesto- ra e operacionalizado por instituição financeira auto- rizada, utilizado exclusivamente pelo portador nele identificado, nos casos indicados em ato próprio da autoridade competente, respeitados os limites deste Decreto. Finalidade www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 8 O Cartão é utilizado para o pagamento de despesas realizadas com a compra de material e prestação de serviços de interesse da Administração, caracteri- zadas como emergenciais. O Cartão também pode ser utilizado para o atendimento de despesas even- tuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento. Finalidade Sem prejuízo dos demais instrumentos de paga- mento previstos na legislação, a utilização do CPGF para pagamento de despesas poderá ocorrer na aquisição de materiais e contratação de serviços enquadrados como suprimento de fundos, observa- das as disposições contidas nos arts. 45, 46 e 47 do Decreto n o 93.872, de 23 de dezembro de 1986, e regulamentação complementar. Exceção: DECRETO Nº 5.355 DE 25 DE JANEIRO DE 2005. Art. 2º Parágrafo único. Ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda poderá autorizar a utilização do CPGF, como forma de pagamento de outras despesas. Objetivos Redução de custos. Transparência no processo de compras, quando por dispensa de licitação (Suprimento de Fundos). Desburocratização no processo de controle dos gastos da União. QUEM PODE UTILIZAR O CPGF é utilizado exclusivamente no âmbito da Administração Pública Federal. Ele pode ser conce- dido a qualquer servidor público de órgãos e entida- des da Administração Pública Federal direta, autár- quica e fundacional no exercício de serviço público. Os responsáveis, nos órgãos e entidades, pela sua utilização são: - ordenadores de despesa; - servidores indicados e autorizados pelo orde- nador de despesa; - autoridade competente. Características Contém a denominação da Unidade Gestora e o nome do Portador. Quantidade ilimitada de cartões por Unidade Gestora. Características Limite de crédito definido pelo Ordenador de Despesa respeitada a Legislação vigente. Anuidade: Isento. Pagamento da Fatura não parcelado. Vencimento sempre no dia 10. OPERACIONALIZAÇÃO As contas-correntes bancárias dos Órgãos e Enti- dades da Administração Pública Federal que inte- gram os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social serão abertas e mantidas no Banco do Brasil S.A. Vedações - É vedada a aceitação de qualquer acréscimo no valor da despesa decorrente da utilização do CPGF. - Não será admitida a cobrança de taxas de adesão, de manutenção, de anuidades ou de quaisquer ou- tras despesas decorrentes da obtenção ou do uso do CPGF. - O disposto acima não se aplica às taxas de utiliza- ção do CPGF no exterior e aos encargos por atraso de pagamento. Vedações Dec. 93.872/86, Art. 45, § 6º 6 o É vedada a utilização do CPGF na modalidade de saque, exceto no tocante às despesas: I - de que trata o art. 47; e Art. 47. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, para atender a peculiari- dades dos órgãos essenciais da Presidência da República, da Vice-Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, do Ministério das Relações Exteriores, bem assim de militares e de inteligência, obedece- rão ao Regime Especial de Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Minis- www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 9 tros de Estado, vedada a delegação de competên- cia. Parágrafo único. A concessão e aplicação de supri- mento de fundos de que trata o caput restringe-se: I - com relação ao Ministério da Saúde: a atender às especificidades decorrentes da assistência à saúde indígena; II - com relação ao Ministério da Agricultura, Pecuá- ria e Abastecimento: a atender às especificidades dos adidos agrícolas em missões diplomáticas no exterior; e III - com relação ao Ministério das Relações Exterio- res: a atender às especificidades das repartições do Ministério das Relações Exteriores no exterior. II - decorrentes de situações específicas do órgão ou entidade, nos termos do autorizado em portaria pelo Ministro de Estado competente e nunca superi- or a trinta por cento do total da despesa anual do órgão ou entidade efetuada com suprimento de fundos. QUESTÕES 1) O regime de adiantamento denominado supri- mento de fundos, uma vez que se destina à realiza- ção de despesas que não podem seguir o trâmite normal, prescinde de nota de empenho. 2) Ao conceder o suprimento de fundos, a autorida- de competente determinará a emissão do empenho ou fará referência ao empenho estimativo, solicitan- do que uma cópia da nota de empenho seja anexa- da à proposta de concessão de suprimento. 6.3 CONSIDERAÇÕES COMUNS ACERCA DA CONCESSÃO DE SUPRIMENTO DE FUNDOS. 6.3.1 Ao conceder o suprimento de fundos a autoridade competente determinará a emissão do emprenho, ou fará referência ao empenho estimativo, solicitando a anexação de umacópia da NE – Nota de Empenho – à proposta de concessão de suprimento. 3. O prazo máximo para aplicação do suprimento de fundos será de até sessenta dias, a contar da data do ato de concessão do suprimento de fundos, e não ultrapassará, em hipótese alguma, o término do exercício financeiro. APLICAÇÃO O prazo máximo para aplicação do suprimento de fundos será de até 90 (noventa) dias a contar da data do ato de concessão do suprimento de fundos, e não ultrapassará o término do exercício financeiro. PRESTAÇÃO DE CONTAS Para a prestação de contas do Suprimento de Fun- dos, o prazo é de até 30 ( trinta) dias, contado a partir do término do prazo de aplicação. Isto é, dis- põe de até 90 (noventa) dias para aplicar e mais 30 (trinta) dias para prestar contas, totalizando assim até 120 (cento e vinte) dias. SALDO EM 31/12 DEC. 93.872/86 Art . 46. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de con- tabilização e reinscrição da respectiva responsabili- dade pela sua aplicação em data posterior, obser- vados os prazos assinalados pelo ordenador da despesa . Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro se- guinte. 4. No ato em que autorizar a concessão de supri- mento, a autoridade ordenadora fixará o prazo da prestação de contas, que deverá ser apresentada dentro dos trinta dias subsequentes do término do período de aplicação. Caso, em uma repartição pública, haja um único servidor, que tenha sob sua guarda o material de expediente de toda a repartição, e esse servidor tenha recebido suprimento de fundos destinado à www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Financeira e Orçamentária Wilson Araújo 10 aquisição de material de expediente, é correto afir- mar que 5. o servidor não poderia ter recebido o suprimento de fundos, uma vez que tem sob sua guarda o ma- terial que deve ser adquirido. DAS RESTRIÇÕES AO SUPRIDO DEC 93.872/86 ART. 45, § 3º ART. 45 § 3º Não se concederá suprimento de fun- dos: a) a responsável por dois suprimentos; b) b) a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor; c) c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação; e d) d) a servidor declarado em alcance. IN nº 10/01 – STN A servidor que esteja respondendo a inquérito ad- ministrativo. 6. o servidor, se fosse declarado em alcance, teria prioridade no recebimento e na gestão de suprimen- to de fundos para aquisição de material de expedi- ente, na forma de adiantamento. 7. A administração pública, no interesse do serviço, poderá conceder um suprimento de fundos, em espécie ou por crédito em conta, a um prestador de serviços, o qual se obrigará a realizar a prestação de contas tão logo seja realizado o gasto 8. Admitir-se-á, na hipótese de concessão de supri- mento de fundos para atender a aquisição de mate- rial de consumo e obtenção de serviços simultane- amente, que a despesa seja classificada no elemen- to econômico de maior predominância dos gastos.
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