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FARMACOLOGIA Vias de Administração

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Vias de Administração
Profº Eduardo Maciel, Esp, M.Sc.
Faculdade São Miguel
Curso de Enfermagem
Disciplina de Farmacologia
Vias de Administração
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
Devemos entender que a via de administração é o caminho pelo qual um medicamento é levado ao organismo para exercer o seu efeito.
É determinada primariamente pelas propriedades do fármaco pelo s objetivos terapêuticos.
ENTERAL
RETAL
SUBLINGUAL
BUCAL
ORAL
INATÓRIA
TÓPICA
AURICULAR
EPIDÉRMICA
RETAL (ENEMA)
OFTÁLMICA
INTRA-NASAL
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CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
PARENTERAL
INDIRETA
DIRETA
INTRA- ARTICULAR
INTRAPERITONIAL
INTRADÉRMICA
INTRATECAL
INTRAVENOSO
INTRA-ARTERIAL
SUBCUTÂNEA
INTRAMUSCULAR
CUTÂNEA (TRANSDÉRMICA)
INALATÓRIA
CONJUNTIVAL
RINO OROFARÍNGEA
GENITURINÁRIO
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CRÍTÉRIOS PARA ESCOLHA DA VIA
QUANTO AO PACIENTE
“compliance” – Aquiescência = consentimento, assentimento e concordância
Patologias existentes;
Nível de consciência;
Impedimento físico de acesso
QUANTO AO MEDICAMENTO
Propriedades físico-químicas: solubilidade, estabilidade em pH ácido, pKa, lipossolubilidade, etc;
Propriedades organolépticas;
Farmacocinética;
QUANTO AO EFEITO DESEJADO
Sistêmico ou localizado;
Latência;
Duração.
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ENTERAL
ENTERAL – Dentro dos intestinos ou mediante eles; entérico, intestinal;
absorção intestinal (primeira passagem – fígado);
Efieto sistêmico (não local): recebe-se a substância via trato digestório;
Pela boca (oralmente – “per os”)
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VIA ORAL – V.O.
É a administração de medicamentos pela boca;
Os medicamentos administrados por via oral são absorvidos pelo trato gastrintestinal;
O estômago é revestido por um membrana espessa, coberta de muco, com pequena área de superfície e alta resistência elétrica.
O epitélio de revestimento possui uma área de superfície extremamente grande – ele é fino, tem baixa resistência elétrica e sua principal função é facilitar a absorção de nutrientes;
A forma não-ionizada de uma droga será absorvida mais rapidamente do que a forma ionizada em qualquer trecho do TGI;
No entanto a velocidade de absorção de um fármaco no intestino será maior do que a no estômago mesmo quando o fármaco estiver predominantemente ionizado e em grande parte não ionizado no estômago.
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VIA ORAL – V.O.
VANTAGENS: fácil administração; é a via mais comum; distribuição do fármaco é lenta, evita-se a ocorrência de níveis sanguíneos elevados de uma forma rápida;
Menor probabilidade de efeitos adversos;
Possibilidade do uso de lavagem gástrica, em caso de intoxicação
DESVANTAGEM: variação da taxa de absorção: motilidade gastrintestinal; fluxo sanguíneo esplênico; tamanho das gotículas e formulação; fatores físico-químicos;
Efeito de primeira passagem; Irritação gástrica.
CONTRA-INDICAÇÃO: nusesas e vômitos; diarréias; pacientes com dificuldades para deglutir.
METABOLISMO PRÉ-SISTÊMICO (PRIMEIRA PASSAGEM): parte do fármaco administrado por via oral é absorvido no TGI, mas não chegar a circulação sistêmica porque é metabolizado (inativado) ao passar primeiro pelo fígado.
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VIA ORAL – V.O. – Efeito de primeira passagem
Beta glicuronidase produzida pela microbiota do intestino remove os glicuronídeos, restaurando a forma original da droga que pode então reentrar na circulação hepática através do sistema porta
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VIA ORAL – V.O. – Fatores que modificam a absorção oral
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VIA ORAL – CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
MEDICAMENTOS QUE DEVEM SER TOMADOS COM O ESTÔMAGO VAZIO:
Necessitam do ambiente mais ácido do estômago para poderem ser absorvidos;
Norfloxacino, captopril, omeprazol, cefalexina, cefadroxila, azitromicina, doxiciclina, loratadina, sulfato ferroso, rifampicina, cirpofloxacino (pode ser tomado com refeições leves, desde que não contenham leite e derivados;
Estômago vazio é considerado quando se está de jejum, ou 1 hora antes ou 2 horas depois das refeições.
MEDICAMENTOS QUE DEVEM SER TOMADOS COM ALIMENTOS (ESTÔMAGO CHEIO)
Cetoconazol, itroconazol, hidralazina, pentoxifilina, predinisona, valproato de sódio, carbamazepina.
MEDICAMENTOS QUE PODEM SER TOMADOS COM O ESTÔMAGO CHEIO OU VAZIO
Alopurinol, amoxicilina, amiodarona e diclofenaco.
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VIA SUBLINGUAL
Os medicamentos são colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pela pequena vascularização ali situados.;
O medicamento difunde-se para trama capilar e passa diretamente à circulação sistêmica;
Produz efeitos terapêuticos em poucos minutos após administração;
Não apresenta o efeito de primeira passagem;
A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via porque a absorção é, em geral, incompleta e errática.
VANTAGENS: 
Ideal para fármacos que possuem instabilidade química;
Elevada taxa metabólica (meia-vida curta);
Permite redução das dosagens de ½ e ¼ (dosagem confiável, redução de custos);
Ideal para fármacos de emergência (isordil), hormômios sexuais esteróides.
DESVANTAGENS
Poucas drogas são adequadamente absorvidas;
Paciente não deve deglutir;
Sabor desagradável;
Pequenas doses;
Somente para fármacos lipossolúvel e possui e possui elevada potência.
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VIA SUBLINGUAL
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VIA SUBLINGUAL
MECANISMO DE ABSORÇÃO EM MUCOSAS
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VIA SUBLINGUAL
VIA ORAL X VIA SUBLINGUAL
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VIA EPIDÉRMICA (CUTÂNEA)
CARACTERÍSTICAS GERAIS
É a aplicação de medicamento na pele;
 a pele apresenta efetiva barreira a passagem de substâncias;
Fármacos podem ser administrados por via cutânea para obtenção fundamentalmente de efeitos tópicos (local);
Sob certas circunstancias produzem efeitos sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos (transdérmica);
A absorção depende da área de exposição, difusão do fármaco na derme ( alta lipossolubilidade), temperatura e estado de hidratação da pela;
As formas farmacêuticas comumente empregadas são: soluções, cremes pomadas, óleos, loções, unguentos , geléias; 
Adesivos transdérmicos, esses destinados à absorção transcutânea para obtenção de efeitos sistêmicos.
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ANATOMIA DA PELE
VIA EPIDÉRMICA (CUTÂNEA)
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CARACTERÍSTICAS GERAIS
VANTAGENS
Minimiza a ocorrência de efeitos adversos sistêmicos (Uso Tópico);
Evita o efeito de primeira passagem.
DESVANTAGENS
Absorção pobre e errática;
Irritação local e alergia;
Fotossensibilidade
VIA EPIDÉRMICA (CUTÂNEA)
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VIA RETAL
CARACTERÍSTICAS GERAIS
É a introdução de medicamento no reto, em forma e supositórios ou clíster medicamentoso;
Empregada para administração de ação local ou sistêmica;
O revestimento fino do reto e a irrigação sanguínea abundante permite uma absorção rápida do fármaco;
A metade do fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta.
VANTAGENS
Pode ser usada quando o paciente não pode ingerir medicamento por V.O.;
Boa opção para uso pediátrico;
Parte do medicamento não sofre efeito de primeira passagem;
Não produz irritação gástrica.
DESVANTAGENS
Absorção errática e irregular;
Pode irritar a mucosa anal;
Pode desencadear o reflexo de defecação e muitos pacientes tem aversão por esta via
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VIA RETAL
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CONCEITO
PARENTERAL
Via de administração onde a medicação é absorvida mais rapidamente, exceto endovenosa e intra-arterial;
Deve-se manter o máximo de atenção, pois podem provocar lesões importantes quando aplicadas de maneira incorreta;
Cada via de administração atinge determinado local da pele humana e seus adjacente, ou seja
Via intradermica: DERME;
Via subcutânea: TECIDO SUBCUTÂNEO (Adiposo);
Via intramuscular: MÚSCULO;
O termo parental provém do grego “para” (ao lado) e “enteros” (tubo digestivo),
significando a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo”ou sem utilizar o trato gastrointestinal.
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PARENTERAL
USO
DA SERINGA
Corpo
Bico
Êmbolo
bisel
haste
calibre
Comprimentos e calibres
 (Agulha - 30 x 7)
30 = 30 comprimento (mm)
7 = 0,7 largura (mm)
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PARENTERAL
INTRADÉRMICA
Via muito restrita - Pequenos volumes - de 0,1 a 0,5 mililitros
Usada para reações de hipersensibilidade
provas de ppd (tuberculose), Schick (difteria)
sensibilidade de algumas alergias
fazer desensibilização e auto vacinas
aplicação de BCG (vacina contra tuberculose) - na inserção inferior do músculo deltóide.
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PARENTERAL
INTRADÉRMICA
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PARENTERAL
SUBCUTÂNEA
A medicação é introduzida na tela subcutânea (tecido subcutâneo ou hipoderme).
Absorção lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura
usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-sarampo), anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (insulina).
 OBS: Volume não deve exceder: 3 mililitros.
Local de aplicação – teoricamente - toda tela subcutânea
Locais recomendados: menor inervação local, acesso facilitado, exemplo: parede abdominal; faces ântero-lateral da coxa; face externa do braço
Angulação da agulha: 90º (Agulha calibre 13x4.5)
Deve ser revezado o local da aplicação
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PARENTERAL
SUBCUTÂNEA
Complicação: fenômeno de Arthus: formação de nódulos devido injeções repetidas em um mesmo local.
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PARENTERAL
INTRAMUSCULAR
Via muito utilizada, devido absorção rápida;
Músculo escolhido :
deve ser bem desenvolvido
ter facilidade de acesso
não possuir vasos de grande calibre
não ter nervos superficiais no seu trajeto
Volume injetado:
região deltóide - de 2 a 3 mililitros
região glútea - de 4 a 5 mililitros
músculo da coxa - de 3 a 4 mililitros
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PARENTERAL
INTRAMUSCULAR
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PARENTERAL
INTRAMUSCULAR
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PARENTERAL
INTRAMUSCULAR
	Contra-indicações (Região Deltoide)
crianças de 0 a 10 anos, pequeno desenvolvimento muscular (caquéticos e idosos)
volumes superiores a 3 mililitros
substâncias irritantes ou injeções consecutivas
pacientes com AVC e parestesias ou paresias dos braços
pacientes submetidos a mastectomia ou esvaziamento ganglionar
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PARENTERAL
VIA ENDOVENOSA
Introdução de medicação diretamente na veia (CUIDADO).
Aplicação: membros superiores; evitar articulações; melhor local: face anterior do antebraço “esquerdo”;
Indicações: necessidade de ação imediata do medicamento; necessidade de injetar grandes volumes – hidratação; introdução de substâncias irritantes de tecidos.
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PARENTERAL
VIA ENDOVENOSA
Tipos de medicamentos injetados na veia
Soluções solúveis no sangue (apirogênico): líquidos hiper, iso ou hipotônicos
sais orgânicos, eletrólitos, medicamentos, Vitaminas, não oleosos, não deve conter cristais visíveis.
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PARENTERAL
VIA ENDOVENOSA – VEIAS UTILIZADAS
região cefálica - utilizada em recém-natos
região cervical - veias jugulares
via subclávia - muito utilizada em UTI
para injeção de medicamentos
para infusão de alimentação parenteral
para acesso venoso central
para monitorização - PVC, Swan-Ganz
dificuldade de acesso venoso
em UTI - para acesso venoso central
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PARENTERAL
VIA ENDOVENOSA – VEIAS UTILIZADAS
Veias utilizadas para medicação endovenosa...
membros superiores	
veias cefálica, basílica
para manutenção de via venosa contínua
veia intermediária do cotovelo
para coletas de sangue
para injeções únicas de medicamentos
dorso da mão
veias metacarpianas dorsais
para injeções únicas
manutenção de via venosa contínua (evitar)
Vias de Administração
PARENTERAL
VIA ENDOVENOSA
 CATERER VENOSO PERIFÉRICO
 CATERER VENOSO CENTRAL - PICC
	São indicados para terapias intravenosas de média duração, que consiste na punção de uma veia periférica, introdução da cânula do cateter e infusão de medicamentos. Devem ser substituídos conforme protocolo de cada instituição, como por exemplo, a cada 72 horas de permanência. Modelos:  14 G, 16 G, 18 G, 20 G, 22 G e 24 G (Calibres do canhão em Cores) - maior a numeração, menor o calibre.
Importância para o intensivista
Trata-se de um cateter especial para infusão intravenosa, colocado em uma das veias perto da dobra do cotovelo ou na parte superior do braço, na maior veia do corpo, veia cava.
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PARENTERAL
ANGULAÇÕES UTILIZADAS NA VIA PARENTERAL
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OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA VAGINAL
É a introdução de medicamentos no canal vaginal
Medicamentos: preparações higiênicas feministas; contraceptivos;
Pode ser aplicado com aplicador, com os dedos (mãos enluvadas) ou com auxílio de um espéculo vaginal;
Drogas para induzir trabalho de parto.
São principais formas farmacêuticas usadas: óvulos, geleia, creme vaginal e comprimidos.
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OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA INALATÓRIA
Administração de fármacos na cavidade nasal, oral, tubo endotraqueal e traqueostomia;
Apresenta efeito local e sistêmico;
Rápida absorção e atuação imediata;
Estas substâncias transitam através das vias respiratórias diretamente até os pulmões, onde são absorvidas pela circulação sistêmica;
Os sistemas de dose medida são úteis para medicamentos que atuam diretamente nos canais condutores do ar até os pulmões;
Há um número pequeno de medicamentos que é administrado por esta via, pois a inalação precisa ser cuidadosamente monitorada para garantir que o paciente receba a quantidade certa do medicamento dentro de um determinado período.
NEBULIZAÇÃO: é o método utilizado para administração de fármacos ou fluidificação de secreções respiratórias. Utiliza um mecanismo vaporizador através do qual se favorece a penetração de água ou medicamentos na atmosfera bronquial.
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OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA INALATÓRIA
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OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA INALATÓRIA (NASAL)
VANTAGENS
Para efeitos locais, minimiza a ocorrência de efeitos adversos; 
Gotas ou Spray;
Evita o efeito de primeira passagem;
Absorção relativamente rápida para alguma drogas;
DESVANTAGENS
Absorção pobre e errática;
Irritação local e errática
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OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA AURICULAR (OTOLÓGICA)
É a introdução de medicamento no canal auditivo;
A medicação deve ser administrada à temperatura ambiente
OBS.: Se estiver na geladeira, retirar e aguardar o tempo necessário.
As estruturas internas são muito sensíveis às temperaturas extremas;
Crianças e lactente: pavilhão para baixo e para trás;
Adulto: pavilhão para cima e para frente;
Utilizar solução estéril devido alto risco de infecção do ouvido médio.
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OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA CONJUNTIVAL/OFTÁLMICA/ OCULAR
Uso Tópico (efeitos locais): A absorção sistêmica pelo canal nasolacrimal geralmente é indesejável;
Só é empregado para um número restrito de fármacos;
Implantes: liberação lenta e contínua;
Medicamentos: Mióticos e midriáticos, anestésicos locais, anti-infecciosos e anti-inflamatórios;
Vantagens: absorção mínima, minimiza a ocorrência de efeitos adversos e evita o efeito de primeira passagem.
Desvantagens: Irritação local e alergia, risco de catarata e absorção pobre e errática.
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FORMAS DE APRESENTAÇÃO FARMACÊUTICAS
Via Oral:
Sólidos orais: comprimidos, cápsulas, pós, granulados (efervecentes, de chocolate);
Líquidos orais: soluções, xaropes, suspensões, magmas, géis, emulsões.
Via Sublingual:
Sólidos: comprimidos, pastilhas;
Líquidos: soluções, sprays.
Via Epidérmica (Cutânea):
Semi-sólidos: cremes, géis;
Especiais: Adesivos transdérmicos (discos, patches)
Via Oftalmica
Semi-sólidos: pomadas;
Líquido: Soluções
Via Auricular
Líquido: Soluções
Via Nasal
Líquido: Soluções;
Semi-sólidos: Pomadas;
EspeciaisSprays
Via Vaginal:
Sólidos: comprimidos vaginais, cápsulas;
Semi-sólidos: Cremes, Pomadas,
Gel (pomada geléia). 
Soluções
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CONCEITO
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CONCEITO
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

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