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APOSTILA ARGAMASSA

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Sumário
21	ARGAMASSA	�
22	Histórico	�
23	Finalidades:	�
24	CARACTERÍSTICAS DAS ARGAMASSAS	�
25	CLASSIFICAÇÃO	�
35.1	Classificação das argamassas com relação a vários critérios:	�
35.2	Classificação das argamassas segundo as suas funções:	�
36	Argamassas de assentamento	�
36.1	Principais funções das juntas das argamassas de assentamento:	�
46.2	Propriedades das argamassas de assentamento	�
46.3	Em relação aos seus aglomerantes, as argamassas de assentamento podem ser:	�
47	Argamassa de revestimento	�
58	Camadas	�
5	Chapisco: camada de preparo da base, uniformizar a superfície quantoa à absorção. unir camadas de revestimento ao substrato (melhorar a aderência);	�
5	Emboço: vedar a alvenaria, regularizar a superfície e proteger a base;	�
5	Reboco: vedar o emboço e dar um acabamento estético (acabamento final);	�
5	Camada única: único tipo de argamassa aplicado à base, conhecida também como massa única, sobre o qual é aplicada uma camada de acabamento;	�
5	Revestimento decorativo monocamada: camada única com função de regularização e acabamento, produto industrizalizado.	�
59	Argamassa para assentamento de revestimentos	�
59.1	Principais funcões	�
510	Argamassas industrializadas	�
511	FUNÇÕES	�
612	USOS	�
613	PROPRIEDADES DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO	�
613.1	Quando fresca	�
613.2	Quando endurecida	�
714	CARACTERISTÍCAS DE ALGUMAS ARGAMASSAS	�
715	O desempenho das argamassas de revestimento	�
716	Trabalhabilidade	�
817	Retração	�
818	Aderência	�
919	FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO NA FASE DE CONSTRUÇÃO	�
920	Fatores que afetam o desempenho da fase de uso	�
921	Fatores que influem na resistência dos revestimentos e na sua evolução:	�
1022	OBSERVAÇÕES FINAIS	�
1123	Referências Bibliográficas	�
�
�
ARGAMASSA 
Chama-se argamassa (pré-lat. arga + latim massa) à mistura feita com pelo menos um aglomerante, agregados miúdos e água. O aglomerante pode ser a cal, o cimento ou o gesso. O agregado mais comum é a areia, embora possa ser utilizado o pó de pedra.
Histórico
Piso de 180 m2 no sul da Galileia → entre 7.000 a.C. e 9.000 a.C.;
Laje de 25 cm de espessura na Iugoslávia → 5.600 a.C.;
Vários registros de uso de argamassas pelos egípcios, gregos, etruscos e romanos;
Após surgimento do cimento → argamassas de cimento;
No final do século XIX → argamassas industrializadas.
Finalidades:
assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cerâmicas e tacos de madeira;
Impermeabilizar superfícies;
regularizar (tapar buracos, eliminar ondulações, nivelar e aprumar) paredes, pisos e tetos;
dar acabamento às superfícies (liso, áspero, rugoso, texturizado, etc.).
CARACTERÍSTICAS DAS ARGAMASSAS
As argamassas mais comuns são constituídas por cimento, areia e água. Em alguns casos, costuma-se adicionar outro material como cal, saibro, barro, caulim, e outros para a obtenção de propriedades especiais. Chama-se proporção a proporção em volume ou em massa entre os componentes das argamassas (cimento, cal e areia), que varia de acordo com a finalidade e as características desejadas da argamassa.
Assim como o concreto, as argamassas também se apresentam em estado plástico nas primeiras horas de confecção, e endurecem com o tempo, ganhando resistência, resiliência e durabilidade. Este processo chama-se cura da argamassa.
A argamassa é uma cola que permite unir diversos materiais de construção. Em muitos casos, pode-se utilizar argamassas com características especiais para melhorar as características de adesão. Também são importantes as características de impermeabilização, embora haja necessidade de adição de produtos especiais para obter as propriedades impermeabilizantes da argamassa.
No piso, utiliza-se uma camada de contrapiso e pode-se dar o acabamento por sobre esta camada. Este acabamento é conhecido como cimentado. O contrapiso é uma camada de argamassa de regularização e de nivelamento.
CLASSIFICAÇÃO
As argamassas são classificadas segundo seu emprego, tipo de aglomerante, número de elementos ativos, dosagem e consistência.
Segundo sua consistência classifica-se em: secas, plásticas e fluidas.
Segundo o tipo de aglomerante classificam-se em: hidráulicas (que endurecem pela ação química exclusiva da água), aéreas (que endurecem pela ação química do CO2 do ar) e mistas (compostas por um aglomerante hidráulico e um aéreo).
Em relação ao seu emprego, encontramos argamassas para assentamento, argamassas para rejuntamentos, argamassas para revestimentos, etc.
Classificação das argamassas com relação a vários critérios:
	Critério de classificação 
	Tipo
	Quanto à natureza do aglomerante
	Argamassa aérea e Argamassa hidráulica
	Quanto ao tipo de aglomerante
	Argamassa de cal; Argamassa de cimento; Argamassa de cimento e cal; Argamassa de gesso; Argamassa de cal e gesso
	Quanto ao número de aglomerantes
	Argamassa simples e Argamassa mista
	Quanto à consistência da argamassa
	Argamassa seca; Argamassa plástica e Argamassa fluída
	Quanto a plasticidade da argamassas
	Argamassa pobre ou magra; Argmassa média ou cheia e Argamassa rica ou gorda
	Quanto à densidade de massa da argamassa
	Argamassa leve; Argamassa normal e Argamassa pesada
	Quanto à forma de preparo ou fornecimento
	Argamassa preparada em obra; Mistura semipronta para argamassa; Argamassa industrializada e Argamassa dosada em central
Classificação das argamassas segundo as suas funções:
	Função
	Tipos
	Para construção de alvenarias
	Argamassa de assentamento (elevação da alvenaria)
	
	Argamassa de fixação (ou encunhamento) – alv. vedação
	Para revestimentos de paredes e tetos
	Argamassa de chapisco
	
	Argamassa de emboço
	
	Argamassa de reboco
	
	Argamassa de camada única
	
	Argamassa para revestimento decorativo monocamada
	Para revestimentos de pisos
	Argamassa de contrapiso
	
	Argamassa de alta resistência para piso
	Para revestimentos cerâmicos (paredes e pisos)
	Argamassa de assentamento de peças cerâmicas - colante
	
	Argamassa de rejuntamento
	Para recuperação de estruturas
	Argamassa de reparo
Argamassas de assentamento
A argamassa de assentamento é utilizada para elevação de alvenaria (tijolos ou bloco).
Principais funções das juntas das argamassas de assentamento:
unir as unidades de alvenaria de forma a constituir um elemento monolítico, contibuindo na resistência aos esforços laterais;
distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede por todoa a área resistente dos blocos;
selar as juntas garantindo a estanqueidade da parede à penetração de água das chuvas;
absorver as deformações naturais, como as de origem térmica e a retração por secagem (origem higroscópica), a que a alvenaria estiver sujeita;
Propriedades das argamassas de assentamento
Trabalhabilidade: uma argamassa tem boa trabalhabilidade quando distribui-se com facilidade ao ser assentada, preenchendo todos os vazios. Não separa-se ao ser transportada, agarra a colher do pedreiro, não endurece quando toca blocos de sucção alta, e permanece plástica por um bom tempo;
Retentividade de água: está relacionada com a manutenção da consistência da argamassa. É a propriedade da argamassa de não perder a água que possui para o elemento onde foi assentada;
Aderência: não é uma característica própria da argamassa. Depende das condições da mesma, e da unidade da alvenaria. A aderência é um processo mecânico; a argamassa se ancora na alvenaria pela penetração nas suas reentrâncias; 
Resistividade mecânica: o principal esforço que a argamassa de assentamento sofre é o de compressão. Também sofre flexão e cisalhamento por esforços laterais nas paredes, porém em menor quantidade;
Capacidade de absorver deformações:
Em relação aos seus aglomerantes, as argamassas de assentamento podem ser:
Argamassa de cal: é uma mistura de areia e cal que preenche os vazios entre os blocos ou tijolos, cimentando-os . A cal pode ser de dois tipos: a cal virgem e a cal hidratada. A primeira, para serusada, deve passar por um processo de hidratação; enquanto que a segunda pode ser comprada pronta. A cal pode se apresentar em 3 estados para a mistura com o agregado na formação da argamassa: pasta, leite de cal ou pó. A cal dá à argamassa uma boa trabalhabilidade e capacidade de reter água, entretanto, quando está endurecida, apresenta baixa resistência; 
Argamassa de cimento: as argamassas de cimento e areia são indicadas para suportar maiores cargas, pois possuem alta resistência. Argamassas ricas em cimento têm boa trabalhabilidade, porém são pouco econômicas. Para ter-se o máximo de qualidade deve-se observar os cuidados com a estocagem e o prazo de utilização;
Argamassa mista de cimento e cal: tem proporções adequadas de cada componente, cada qual contribuindo com suas características, formando uma mistura mais completa . A função da cal é plastificante, por sua capacidade de reter água e ter trabalhabilidade . A função do cimento é dar resistência e aumentar a velocidade de endurecimento. Esse tipo de argamassa se adapta e é indicada para vários usos em alvenaria (seja ela estrutural ou não); 
Argamassa mista de cimento e saibro (muito utilizado em Santa Catarina): é uma argamassa de cimento em que o saibro atua como plastificante, aumentando o volume da mistura e melhorando sua trabalhabilidade. Não se sabe muito sobre o emprego do saibro nas argamassas, mas seu uso vem de uma tradição herdada dos antigos mestres de obra. Vale também por sua economia. 
Argamassa de revestimento
Revestimento é o recobrimento de uma superfície lisa ou áspera com uma ou mais camadas superpostas de argamassa em espessura via de regra uniforme, apta a receber, sem danos, uma decoração final.
Aderência é a propriedade do revestimento de resistir a tensões normais ou tangenciais nas superfícies de interface com o substrato.
Nas edificações, uma das maiores razões de falha das argamassas de revestimento está relacionada com a perda ou falta de aderência ao substrato. Assim, a capacidade da argamassa de atingir uma completa, resistente e durável aderência com a base talvez seja a mais importante propriedade concernente ao comportamento de um revestimento.
Camadas
Chapisco: camada de preparo da base, uniformizar a superfície quantoa à absorção. unir camadas de revestimento ao substrato (melhorar a aderência);
Emboço: vedar a alvenaria, regularizar a superfície e proteger a base;
Reboco: vedar o emboço e dar um acabamento estético (acabamento final);
Camada única: único tipo de argamassa aplicado à base, conhecida também como massa única, sobre o qual é aplicada uma camada de acabamento;
Revestimento decorativo monocamada: camada única com função de regularização e acabamento, produto industrizalizado.
Argamassa para assentamento de revestimentos
Revestimentos como azulejos, ladrilhos e cerâmicas são aplicados sobre o emboço. Para esta aplicação, também são utilizadas argamasssas.
No piso, utiliza-se uma camada de contrapiso e pode-se dar o acabamento por sobre esta camada. Este acabamento é conhecido como cimentado. O contrapiso é uma camada de argamassa de regularização e de nivelamento.
Principais funcões
proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do intemperismo, no caso de revestimento externo;
integrar o sistema de vedação dos edifícios, contribuindo com diversas funções, tais como: isolamento térmico, isolamento acústico, estanqueidade à água, segurança ao fogo eresitência ao desgaste e abalos superficiais;
trabalhabilidade, especialmente consistência, plasticiade e adesão inicial.
retração;
aderência;
permeabilidade à água;
resistência mecânica, principalmente a superfície;
capacidade de absorver deformações.
Argamassas industrializadas
Atualmente está sendo cada vez mais comum o uso de argamassas industrializadas, ou seja, a mistrura dos componetes secos é realizada em uma planta industrial. Assim, na obra, apenas deve ser acrescentada água à mistura prévia.As argamassas industrializadas para aplicação de revestimentos cerâmicos são conhecidas como argamassas colantes. Elas apresentam os tipos AC-I, AC-II, AC III e ACIIIE, segundo a norma NBR 14081.
A AC-I é recomendada para o revestimento interno com exceção de saunas, churraqueiras e estufas. A AC-II é recomendada para pisos e paredes externos com tensões normais de cisalhamento. A AC-III é recomendada para pisos e paredes externos com elevadas tensões de cisalhamento. A AC-IIIE é recomendada para ambientes externos, muito ventilados e com insolação intensa.
FUNÇÕES
Ao longo do tempo, independente do tipo do material ou do uso à que se destina, devem-se exigir sempre as mesmas funções básicas dos revestimentos argamassados:
unir; 
vedar; 
regularizar; 
proteger. 
USOS
Entre outros usos importantes dos revestimentos argamassados, podemos citar:
estanqueidade à água; 
conforto térmico; 
isolamento acústico; 
resistência ao fogo; 
regularização da base; 
aparência e decoração; 
proteção da base. 
Os revestimentos externos servem principalmente para aumentar a durabilidade da obra, reduzir a penetração da água da chuva e em certos casos, melhorar a aparência das bases de alvenaria.
PROPRIEDADES DA ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 
Quando fresca
adesão inicial: é a propriedade que a argamassa fresca de revestimento possui de permanecer adequadamente unida à base de aplicação, após o seu lançamento manual ou mecânico, auxiliada pela sua plasticidade - traduzida pela coesão entre as partículas sólidas - e dificultada pela influência da força da gravidade. Adesão inicial é uma das principais propriedades tecnológicas para a determinação de trabalhabilidade requerida às argamassas;
consistência e plasticidade: são os principais fatores condicionantes da trabalhabilidade das argamassas, a qual pode garantir que o revestimento fique adequadamente aderido ao substrato e dar o acabamento superficial conforme prescrito, caso essa propriedade não seja muito alterada pelas características do substrato. A consistência e a plasticidade podem alterar-se completamente em função da relação água/aglomerante, da relação aglomerante/areia, e da natureza e qualidade do aglomerante. São vários os métodos empregados para a medida da consistência. Os métodos que impõem à argamassa uma deformação através de vibração ou choque medem ao mesmo tempo a consistência e a plasticidade;
retenção de água de consistência: define-se retenção de água de uma argamassa como a propriedade que a mesma possui de reter mais ou menos água de amassamento ao entrar em contato com uma superfície de maior nível de absorção. Nas argamassas mistas de cimento e cal, os aglomerantes são os principais responsáveis pela capacidade de retenção de água. No entanto as partículas de agregado também são responsáveis por essa propriedade. 
Quando endurecida 
Resistência mecânica (capacidade de absorver deformações): É a propriedade das argamassas endurecidas de acompanhar a deformação gerada por esforços internos ou externos de diversas origens e de retornar à dimensão original quando cessam esse esforços sem se romperem, ou através do surgimento de fissuras microscópicas que não comprometam o desempenho do revestimento no que diz respeito à aderência, estanqueidade e durabilidade. A resistência mecânica é uma das principais propriedades responsáveis pelo êxito das argamassas nas diversas funções do revestimento, para tanto devem apresentar módulo de deformação compatível com cada função. As solicitações às quais encontram-se submetidas as argamassas de revestimento são:
movimentação volumétrica da base - a variação dimensional por umedecimento e secagem é a mais comum, que ocorre por ação dos agentes externos, como temperatura e umidade; 
deformação da base - devido a deformação lenta do concreto da estrutura e recalques das funções; 
movimentação do revestimento - ligadas às condições climáticas, as variações de temperatura provocam o fenômeno de dilatação e contração do revestimento;retração do revestimento - tensões internas são provocadas pelo movimento de retração em conseqüência de uma diminuição de volume devido à perda de água para a base, por evaporação, e ainda devido às reações de hidratação do cimento. Quando as tensões internas atuantes no revestimento superam a sua resistência à tração, surge a fissura. A retração pode ocorrer após a secagem do revestimento, por variações no ambiente. 
CARACTERISTÍCAS DE ALGUMAS ARGAMASSAS
As argamassas de cal aéreas possuem mais coesão do que as de cimento, por esse motivo precisam de menor quantidade de aglomerantes para se obter uma massa com trabalhabilidade adequada para rejuntamentos e revestimentos. 
Já argamassas magras de cimento, com acréscimo de cal, ficam mais trabalháveis.
As argamassas de cal retêm a água de amassamento por mais tempo. Quando estão secos, as pedras, os tijolos e os blocos de alvenaria absorvem com maior rapidez a água das argamassas de cimento do que das argamassas de cal. 
Quando a argamassa de cal seca e endurece, geralmente ocorre uma diminuição de volume do material. Essa diminuição do volume será maior proporcionalmente à quantidade de cal e água usadas na mistura. Pode ocorrer o aparecimento de fissuras nesse tipo de argamassa quando o processo de secagem torna-se demasiadamente rápido devido à ação do sol e do vento ou quando a sua retração ( quando endurecido) for impedida.
Também pode haver danificação dos revestimentos externos de argamassa cal em locais atingidos pela água.
Uma argamassa com qualidade deve ter todos os grãos do material inerte (o agregado miúdo) envolvidos e aderidos pelo material ativo (a pasta) e os espaços entre os grãos do agregado miúdo devem ser preenchidos pela pasta. Para uma boa aderência entre o agregado e o aglomerante, é necessário que o primeiro esteja limpo e molhado pela água.
No caso das argamassas mistas o cimento é o aglomerado que tem maior resistência.
O desempenho das argamassas de revestimento
O desempenho de um produto é definido pelo grau de satisfação das necessidades do usuário. No caso dos revestimentos, a principal exigência de desempenho é a durabilidade, deve ser entendida como a aptidão de um produto em atender às necessidades de seus usuários, ao longo do tempo, no ambiente específico em que é empregado. Para a utilização de revestimentos com bom desempenho é preciso compreender as funções e propriedades das argamassas que os constituem e dos substratos que lhes servem de base. A avaliação de desempenho deve abranger a fase de construção e de uso do edifício.
Trabalhabilidade
É a propriedade das argamassas no estado fresco que determina a facilidade com que elas podem sermisturadas, transportadas, aplicadas consolidadas e acabadas, em uma condição homogênea.
A trabalhabilidade é resultante da conjunção de diversas outra propriedades, tais como:
consistência – é a maior ou menor facilidade da argamassa deformar-se sob a ação de cargas;
plasticidade – é a propriedade pela qual a argamassa tende a conservar-se deformada após a retirada das tensões de deformação;
retenção de água e de consistência – é a capacidade de a argamassa fresca manter sua trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam a perda de água;
coesão – refere-se às forças físicas de atração existentes entre as partículas sólidas da argamassa e as ligações químicas da pasta aglomerante;
exsudação – é a tendência de separação da água (pasta) da argamassa, de modo que a água sobre e os agregados descem pelo efeito da gravidade. Argamassas de consistência fluída apresentam maior tendência à exsudação;
densidade de massa - relação entre massa e o volume de material;
adesão incial – união inicial da argamassa no estado fresco ao substrato.
Retração
É o resultado de um mecanismo complexo, associado com a variação de volume da pasta aglomerante e apresenta papel fundamental no desempenho das argamassas aplicadas, especialmente quanto à estanqueidade e à durabilidade.
A pasta, sobretudo se possui alta relação água/aglomerante, retrai ao perder a água em excesso de sua composição. Parte dessa retração é consequência das reações químicas de hidratação do cimento, mas a parcela principal é devida à secagem.
A retração inicia no estado fresco e prossegue após o endurecimento do material. Se a secagem é lenta, a argamassa tem tempo suficiente para atingir uma resistência a tração necessária para suportar as tensões internas que surgem. Mas quando o clima é quente, seco e com ventos, a perda de água acelera e gera fissuras.
A areia presente na argamassa atua como um esqueleto sólido e evita parte das variações volumétricas por secagem e o risco da fissuração.
Aderência
O termo é usado para descrever a resistência e a extensão do contato entre argamassa e uma base. Não se pode falar em aderência de uma argamassa sem especificar em que material ela está sendo aplicada, pois a aderência é uma propriedade que depende da interação de dois materiais.
A aderência deriva da conjunção de três propriedades da interface argamassa-substrato:
a resistência de aderência à tração;
a resistência de aderência ao cisalhamento;
a extensão de aderência (área de contato efetivo/área total possível de ser unida);
é um fenômeno essencialmente mecânico, devido, basicamente à penetração da pasta aglomerante ou da própria argamassa nos poros ou entre as rugosidades da base de aplicação.
Influência dos materiais constituintes das argamassas na aderência:
finura do cimento;
uso da cal;
proporcionamento dos materiais.
FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO NA FASE DE CONSTRUÇÃO
O desempenho durante a fase de construção está ligado à facilidade de aplicação das argamassas, a qual está relacionada com os seguintes fatores:
Grau de umedecimento da base 
Adesão inicial 
Espessura final do revestimento 
Facilidade de produção 
Facilidade de acabamento 
Método de aplicação 
Tempo disponível entre a mistura e a aplicação 
Tempo disponível entre a aplicação e o desempenamento 
Risco de fissuração 
Desperdícios 
Adequação à estrutura produtiva da obra 
Fatores que afetam o desempenho da fase de uso
Como exposto acima, a durabilidade é o principal requisito de desempenho exigido das argamassas de revestimento, que depende dos seguintes fatores:
Exposição a intempéries 
Efeitos da poluição atmosférica 
Especificações de acabamentos 
Detalhes arquitetônicos 
Características da base 
Propriedades da argamassa fresca e endurecida 
Características e proporção dos materiais constituintes 
Danos causados por abrasão ou impacto 
Manutenção periódica 
Em cada um desses itens há um grande número de variáveis que não devem ser estudas em um único programa de testes. As manifestações patológicas dos edifícios tem mostrado que a aderência, em particular, tem efeito marcante na durabilidade dos revestimentos argamassados. E Os fatores que afetam a aderência podem ser divididos em três grupos:
Fatores ligados ao projeto 
Fatores inerentes aos materiais 
Fatores que dependem da mão-de-obra  
Fatores que influem na resistência dos revestimentos e na sua evolução:
Quantidade de cimento - a resistência mecânica das argamassas (tração, compressão, abrasão e aderência) são melhoradas com o aumento do consumo de cimento;
Teor de cal - a resistência mecânica aumenta com pequenos volumes de cal na argamassa e decresce significativamente com teores mais elevados. Um teor equilibrado de Cal (0,25 a 1,0) confere ao revestimento um ganho de aderência, pois esse aglomerante aumenta a capacidade dos revestimentos de resistir a deformações. Há, contudo que se ter cuidado com a cura, pois a cal tem um endurecimento lento em presença o gás carbônico contido no ar. Somente após 30 dias ocorre a recarbonatação superficial completa do hidróxido de cálcio;
Incorporação de ar - esta propriedade diminui a massa volumétrica aparente da argamassa, tendo por consequência menor resistênciamecânica.
Relação água/cimento - é um fator determinante de resistência mecânica. No entanto deve ser interpretado com reserva quando se trata de revestimentos. Nas argamassas ricas em aglomerante, maiores valores de aderência poderão ser conseguidos com um aumento de plasticidade (maior teor de água). Em revestimentos com argamassa pobre em aglomerante, só um ponto ótimo no fator água/cimento poderá incrementar a resistência mecânica sem prejuízo da trabalhabilidade, resultando na otimização da aderência.
Exemplos de argamassas de revestimento para fins decorativos
Atualmente dispõe-se de uma infinidade de opções de argamassas texturizadas. Muitas são encontradas prontas para a aplicação, algumas necessitam de preparo.
A aplicação das argamassas decorativas geralmente é feita sobre a parede já rebocada, geralmente seguem uma composição básica:
Resina Acrílica: Assemelha-se às massas corridas, seu uso é indispensável. É diluída em água. 
Hidrorrepelente: Tem função de repelir a água, funcionando como uma espécie de impermeabilizante. 
Biocida: Usados em misturas onde não há cal. Evitam o surgimento de fungos e bactérias que causam mofo. 
Minerais: São os agregados da argamassa, as texturas são formadas conforme as dimensões dos grânulos. 
Pigmento: É o que confere cor à argamassa, conforme a resina acrílica utilizada, dispõe-se de um certo número de cores oferecidas pelo fabricante. 
Algumas argamassas texturizadas podem receber pintura posterior à aplicação, qualidade esta que varia conforme a composição. A maioria dessas argamassas pode ser aplicada tanto em interiores como em exteriores.
Os efeitos texturizados são dados durante a aplicação da massa, com o auxílio de ferramentas como: rolos texturizados, rolos comuns, luvas, espátulas, rodos, desempenadeiras, etc...
OBSERVAÇÕES FINAIS
Para a obtenção de uma argamassa de boa qualidade, deve-se levar em conta:
A qualidade do cimento e da cal, principalmente verificando se é de um fabricante certificado;
A qualidade da areia, que deve apresentar grãos duros e limpeza, livre de torrões de barro, galhos, folhas e raízes antes de ser usada (areia lavada).
A água, que também deve ser limpa, livre de barro, óleo, galhos, folhas e raíz.
Outro ponto a ser observado é a forma como se faz a mistura, que pode ser feita de forma manual, em betoneiras ou em centrais de mistura. Para a obtenção de uma boa mistura, devem-se utilizar preferencialmente meios mecânicos (betoneira ou centrais).
Uma característica importante da argamassa ainda fresca é a trabalhabilidade, que é uma composição da plasticidade com o tipo uso da argamassa e com a sua capacidade de aderência inicial. Em alguns usos, como no revestimento, é adicionado um quarto componente à mistura, que pode ser cal, saibro, barro, caulim ou outros, dependendo da disponibilidade e uso na região. De todos esses materiais, chamados de plastificantes, o mais recomendado é a cal hidratada.
Quando endurecida, a argamassa dever apresentar resistência e resiliência, de forma a suportar adequadamente os esfoços sem se romper.
Referências Bibliográficas
Esta apostila é uma compilação da bibliografia abaixo:
http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/BTs_Petreche/BT189-%20Maciel.PDF
http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/BTs_Petreche/BT179-%20Carasek.pdf
http://www.ceramfix.com.br
http://www.banet.com.br/construcoes/materiais/argamassa/argamassas.htm
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/comunidade/calandra.nsf/0/322DAD50F76C0CD302256CB700627D3E?OpenDocument&pub=T&proj=Novo&secao=TiraDuvidas
Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/Argamassas/Textos/classificacoes.html
Universidade Federal do Ceará - Curso de Engenharia Civil – Aula 3 – Argamassas - Prof. Eduardo Cabral 
Materiais de Construção – L. A. Falcão Bauer – 5ª Edição – Editora LTC
Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais – IBRACON - Capitulo 26 Argamassas – Profa Helena Carasek
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