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REDE DE DISTRIBUIÇÃO POSTEAMENTO É um conjunto de postes que sustentam os equipamentos e cabos de uma RDA de energia elétrica. São postes de concreto armado do tipo circular e seção duplo T, porém em algumas concessionárias é utilizado o poste circular de madeira. Atualmente, o Poste mais utilizado é o de Seção duplo T por ser o mais econômico. POSTEAMENTO Usaremos no trabalho o poste duplo T devido ao fato de possuir duas faces (lisa e cavada), no que exige algumas técnicas quanto ao posicionamento das estruturas e a sua resistência nominal. O poste seção circular, devido ser uma figura simétrica (redonda), não possui uma técnica quanto ao posicionamento das estruturas e a sua resistência nominal. POSTEAMENTO Na tabela a seguir apresenta-se alguns dos postes duplo T mais utilizados e que adotaremos nos cálculos de esforços: Não usa-se mais os postes de 9 metros. Tipo D: Poste cuja resistência no topo (a 15 cm) é de até 200 kgf. Tipo B: Poste cuja resistência no topo (a 15 cm) é de 300 a 600 kgf. Tipo B - l,5/1000kgf: Poste cuja resistência no topo (a 15 cm) é de 1000 kgf. POSTEAMENTO O termo utilizado B -1,5 surgiu devido à maneira como o poste é fabricado na linha de montagem, onde retira-se 1,5 m do topo da forma do poste B/600 kgf/10,5m e acrescenta-se na base (desloca-se a chapa da forma do poste) surgindo o B -1,5/1000 kgf/10,5m. Para o poste B - 1,5/1000 kgf/12m, utiliza-se a forma do poste B/600 kgf/12m. APLICAÇÃO DO POSTE EM FUNÇÃO DA ALTURA MÍNIMA Postes diferentes dos apresentados na tabela são considerados especiais, especificando o tipo ao lado da simbologia: UTILIZAÇÃO DOS POSTES DE 12 METROS Derivação de alta tensão com chave de operação Em todos os postes com transformador Tipo de poste definido conforme a potência do Transformador UTILIZAÇÃO DOS POSTES DE 12 METROS Dimensionamento dos postes em função do transformador: De acordo com a potência do transformador será determinada a resistência nominal do poste, porém a altura deverá ser sempre de 12 metros. UTILIZAÇÃO DOS POSTES DE 12 METROS Nos cruzamentos aéreos de alta tensão e baixa tensão Quando usam-se postes de 10,5m no cruzamento, rebaixam-se as cruzetas de uma das redes de AT em 50 cm. Prejudica os cabos de telecomunicações CRUZAMENTO AÉREO POSIÇÃO DO POSTE DUPLO T EM RELAÇÃO A REDE DE DISTRIBUIÇÃO O poste pode estar posicionado em relação ao eixo da rede de distribuição na posição normal ou de topo. Posição Normal: a situação em que a face lisa é paralela ao eixo da rede. Mais usada. POSIÇÃO DO POSTE DUPLO T EM RELAÇÃO A REDE DE DISTRIBUIÇÃO Posição Topo: a face cavada é paralela ao eixo da rua e a face lisa está voltada para a situação de maior esforço no poste, devendo ser dimensionados considerando-se a atuação do vento no poste, os equipamentos e os condutores. ENGASTAMENTO É a região do poste encoberta pelo solo (dentro do solo). A implantação do poste no solo deverá assegurar que o mesmo não sofra inclinação em qualquer época, independente da flexão que atua no mesmo devido ao tracionamento do cabo. Assim, a ABNT definiu através da taxa de trabalho do solo que o poste deverá ser engastado (enterrado) num comprimento "C", tal que: C= (L/l0) + 0,6 m L = comprimento do poste em metros C = engastamento do poste em metros ENGASTAMENTO POSIÇÃO DO POSTE NA RUA OU AVENIDA O posicionamento inicial dos postes será dado em função da largura da rua ou da avenida. POSIÇÃO DO POSTE NA RUA OU AVENIDA POSIÇÃO DO POSTE NA RUA OU AVENIDA O posicionamento da rede secundária em algumas concessionárias segue a mesma posição do posteamento simples no central ou duplo. DISTÂNCIA ENTRE VÃOS A distância entre os postes deverá permanecer na faixa de 30 a 40 metros. Nos locais de maior densidade populacional a distância deve ficar entre 30 e 35 metros. Onde existir somente rede primária, o posteamento poderá inicialmente ter vãos de 60 a 80 metros prevendo-se futuras intercalações de postes. Nas zonas rurais o vão ficará entre 40 a 80 metros. Quando o vão for superior a 50 metros, o espaçamento entre os condutores da rede secundária deverá ser aumentado de 20 para 40 cm. DISTÂNCIA ENTRE VÃOS No projeto, indicar o vão dentro da quadra e se possível centralizado em relação aos postes. A distância entre vãos deve ser um número inteiro. DISTÂNCIA ENTRE VÃOS Existe situações onde um poste auxiliar é instalado a uma distância de 2 a 5 metros do outro poste, para possibilitar a relocação da luminária que está atrapalhando a rede de telecomunicações na sua faixa de instalação no poste. Outra situação de vão menor de 30 metros é quando intercala-se um poste para dar atendimento a um consumidor ligado em alta tensão. CRUZAMENTO AÉREO Os dois postes mais próximos do cruzamento aéreo deverão estar a uma distância de no mínimo 2 metros à 7 metros da esquina, a partir da linha de propriedade (alinhamento frontal do terreno). Geralmente são adotados 5 metros para ambos os postes (distância adotada pela maioria das concessionárias do Brasil). Esta distância deve ser observada Para que do poste ao cruzamento aéreo a distância não seja superior à terça parte deste vão (devido à ação do vento). Para um vão de 40m, a distância do centro do poste ao cruzamento aéreo não deve ser superior a 13,0 metros. MONTAGEM DO CRUZAMENTO AÉREO MONTAGEM DO CRUZAMENTO AÉREO LOCAÇÃO DOS POSTES Devem ser locados sempre que possível nas divisas dos lotes ou no meio deste. Não locar em frente de entradas de garagens, guias rebaixadas, postos de gasolina, ao lado de praças. Evitar também em frente a anúncios luminosos, marquises e sacadas, e para isso, utilizar afastadores para rede secundária e estrutura tipo beco para rede primária. Para evitar os desligamentos oriundos de curtos- circuitos provocados pelos galhos de árvores e fios de raias (pipas) utiliza-se a rede compacta. LOCAÇÃO DOS POSTES DISTÂNCIA DO POSTE AO CONSUMIDOR O comprimento máximo para a instalação do ramal de ligação do consumidor (do poste da concessionária ao poste do consumidor) é de 30 metros, e no final da rede secundária pode chegar a 35 metros. Podem ser ligados no máximo seis ramais de ligação em baixa tensão por poste. POSIÇÃO DO POSTE NA CALÇADA Os postes serão instalados na calçada a 0,50 m do meio fio (medida tirada a partir do centro do poste) e em calçadas não inferiores a 2 metros de largura, e para esses casos deve prever estruturas tipo beco ou compacta na rede primária. NUMERAÇÃO DOS POSTES NA CALÇADA Para identificar o poste no projeto facilitando no momento da confecção da relação de material e/ou fiscalização após a sua construção, os mesmos deverão ser numerados seqüencialmente, com a numeração colocada dentro da quadra próxima do poste e de acordo com os seguintes critérios: - Iniciar a numeração dos postes dispostos horizontalmente, da esquerda para a direita, partindo das ruas superiores para as ruas inferiores. Após o último poste dessa seqüência, continuar a numeração passando para os postesposicionados na vertical, numerando-os de cima para baixo, e das ruas do lado esquerdo para as ruas do lado direito; - Para os postes dispostos em linhas inclinadas, considera-se como horizontais se os mesmos formarem com a horizontal um ângulo igual ou menor que 45°, e verticais, se o ângulo for superior a 45°; - Se o poste pertencer aos alinhamentos horizontal e vertical ao mesmo tempo, receberá o número correspondente ao alinhamento horizontal. NUMERAÇÃO DOS POSTES NA CALÇADA INÍCIO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO A Rede primária inicia no pórtico de uma subestação elétrica e alimenta os transformadores de distribuição e/ou pontos de entrega sob a mesma tensão primária nominal. CONFIGURAÇÃO BÁSICA DA REDE PRIMÁRIA Radial simples São aqueles circuitos em que o fluxo de potência tem um único trajeto, da fonte para a carga. Apresenta baixa confiabilidade devido à falta de recurso para manobra. CONFIGURAÇÃO BÁSICA DA REDE PRIMÁRIA Radial com recurso São aqueles circuitos em que o sentido do fluxo de potência poderá ser orientado por diversos trajetos até as cargas, conforme as configurações de manobra. Utilizados em áreas com grande densidade de carga ou que queiram maior grau de confiabilidade devido às suas particularidades (hospitais, centro de computação e outros), não devem afetar a continuidade de fornecimento. Apresentam as seguintes características: existência de interligação normalmente aberta entre os alimentadores adjacentes de uma mesma subestação; limitação do número de consumidores interrompidos por defeito, e diminuição do tempo de interrupção em relação ao sistema radial simples. CONFIGURAÇÃO BÁSICA DA REDE PRIMÁRIA Radial com recurso PARTES COMPONENTES DE UM CIRCUITO PRIMÁRIO Tronco de alimentador Saem do pórtico de uma subestação com cabos de bitolas que absorvam todas as cargas dos transformadores, e deve ter um encaminhamento técnico-econômico viável para manobras e futuras expansões. Procurar sempre a interligação entre alimentadores para que no momento da manobra emergencial ou de manutenção, um alimentador possa absorver parte da carga de um outro. PARTES COMPONENTES DE UM CIRCUITO PRIMÁRIO Ramal de alimentador Derivam dos troncos dos alimentadores e sempre que possível em paralelo, um em relação ao outro, para possibilitar a sua expansão. Levar em consideração a fonte de energia visando seguir o caminho mais curto. Na saída do tronco do alimentador, o ramal deve possuir chaves de operação para a sua manobra. PARTES COMPONENTES DE UM CIRCUITO PRIMÁRIO Os troncos de alimentadores são geralmente de bitola 336,4 MCM, e os ramais de alimentadores são de bitola 2 AWG. No desenho, estas bitolas são representadas como 33 e 02 respectivamente. ALIMENTADOR CABO 336,4 MCM POSIÇÃO DA REDE PRIMÁRIA Posição tangente em relação ao poste. Paralela à linha de propriedade, centrada em relação aos símbolos dos postes e com linha tracejada. POSIÇÃO DA REDE PRIMÁRIA Fim da rede primária(ancoragem) no poste. No 1º poste posição tangente e no 2º poste temos uma ancoragem (fim de rede). ESPECIFICAÇÃO DA REDE PRIMÁRIA Paralela à linha de propriedade. Centralizada em relação ao vão. Aproximadamente a 7 mm do traçado da rede de baixa tensão. RECORDANDO A Rede Primária deve ser representada no desenho, passando pelo poste tanto em tangente como em fim de linha (ancoragem).
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