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04/03/2018
1
Psicologia, saúde e nutrição:
comportamento alimentar
VIANA, Victor. Psicologia, saúde e nutrição: contributo para o estudo do comportamento
alimentar. Aná. Psicológica, Lisboa , v. 20, n. 4, p. 611-624, nov. 2002 . Disponível em
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312002000400006
&lng=pt&nrm=isso
MOREIRA, R. C. M e COSTA, T. M. B. A complexidade e as nuanças do comportamento
alimentar. (Cap. 3) in ALMEIDA, S. S [et al.]. (org.) Psicolobiologia do comportamento
alimentar. Rio de Janeiro: Rubio, 2013.
Saúde e comportamento
 Saúde – disseminada a ideia de que é um bem cuja manutenção
depende do comportamento e empenho de cada um.
 A compreensão deste princípio não é condição suficiente para que o
indivíduo comum assuma a sua parte de responsabilidade na defesa da
sua saúde e da dos seus.
 O que leva cada pessoa a escolher o que irá compor seu prato?
 Quais os fatores que estão envolvidos nesse comportamento que 
consome grande parte do nosso dia? 
04/03/2018
2
Nossas escolhas 
 Os indivíduos estão envolvidos em escolhas, conscientes ou não, de
alguns alimentos e preparações em detrimento de outras que podem
estar disponíveis em cada situação.
 Se analisarmos o preparo das refeições, temos que considerar as
escolhas desde a compra: os alimentos in natura nas feiras, os
embalados e pré-preparados nos supermercados e tantos outros
momentos que antecedem a ingestão.
 Nossas necessidades fisiológicas embora motivem o comportamento alimentar,
não são suficientes para explicar a persistência da busca pelo alimento mesmo
estando saciado ou quando escolhemos comer mesmo sem estar com fome.
 Se algumas doenças (diabetes, hipertensão, obesidade, doenças
cardiovasculares, etc) são favorecidas pelo estilo de vida e alimentação não
saudável, poderíamos contribuir com nossa saúde adotando um estilo de vida
mais saudável, comendo o suficiente para suprir nossas necessidades.
INFORMAÇÃO NÃO GARANTE 
MUDANÇA DE HÁBITO, 
mas a informação pode ser o primeiro 
passo para a mudança!
Saúde e comportamento
 Escolher uma alimentação saudável não depende apenas do acesso a uma
informação nutricional adequada. A seleção de alimentos tem a ver com:
 as preferências desenvolvidas (hábitos)
 disponibilidade da região e fatores econômicos
 o prazer associado ao sabor dos alimentos
 as atitudes aprendidas desde muito cedo na família
 a outros fatores psicológicos e sociais.
 Conhecer para desenvolver medidas mais eficazes de educação para a saúde.
04/03/2018
3
O que é hábito alimentar?
 Ramos e Stein (2000) definem hábito como ato, uso, costume ou padrão de 
reação adquirido por frequente repetição de uma atividade, ou seja, que é 
aprendido após ter sido realizado várias vezes.
 Lemos e Dallacosta (2005) definem hábito como a disposição duradoura 
adquirida pela repetição frequente de um ato, uso ou costume.
 Portanto, HÁBITO ALIMENTAR é o que frequentemente se costuma comer.
 Obs: Hábito é diferente de preferência!
O que é comportamento alimentar?
 Representa uma combinação de ações que vão além dos aspectos qualitativos e
quantitativos dos alimentos ingeridos. A procura e a aquisição de alimentos que
precedem o hábito alimentar, as condições ambientais que acompanham as
refeições, os fenômenos pré e pós ingestão.
 Fatores envolvidos: 
 Energéticos
 Hedonistas
 Simbólicos 
Agem em interação
O que é comportamento alimentar?
 Comportamento alimentar envolve o ato de ingestão e ainda aspectos
associados à seleção e decisão de quais alimentos consumir. É o
resultado da influência de fatores psicológicos e sociais. São as
atitudes relacionadas com práticas alimentares e atributos
socioculturais, e inclui tanto aspectos individuais como coletivos.
 Não é apenas a repetição do consumo alimentar que produz o
comportamento alimentar. Deve-se considerar aspectos internos e
externos ao organismo que influenciam nessa aquisição.
04/03/2018
4
A formação do hábito alimentar
 O hábito alimentar começa a se formar desde a infância ou ainda antes
(alguns autores sugerem que o sabor doce do líquido amniótico seria um dos fatores que
determinam a preferência por alimentos doces e a alimentação da mãe no período pré
natal).
O papel da aprendizagem no 
comportamento alimentar 
 Apesar da alimentação ser considerada uma resposta inata à sensação de
fome, alguns autores apontam que todas as outras respostas à
alimentação são aprendidas: os gostos, o apetite, a saciedade e o prazer.
A ingestão alimentar pode ser aprendida!
O papel da aprendizagem 
na aquisição de mudanças
 Introdução de novos alimentos. Apresentação de forma repetida (aceitação de
novos sabores de 12 a 15 vezes)
 Aprendemos desde de cedo o que é fome e saciedade. As práticas de
introdução de alimentos podem acabar nos tirando essa percepção, tornando-
nos dependentes do controle externo para iniciar ou terminar uma
alimentação
 Uma vez perdida a habilidade de autorregulação do consumo alimentar, ou
seja compreender a dicas internas de fome e saciedade, a prevalência de
obesidade infantil aumenta.
04/03/2018
5
O condicionamento clássico 
ou Pavloviano (Ivan Pavlov) 
Associação de estímulos
 O indivíduo associa o paladar característico do alimento às 
consequências da ingestão (agradáveis ou desagradáveis), o que nos 
leva a desenvolver a preferência por um tipo de alimento ou aversão. 
 Fome – leite materno – satisfação
 Prazer gerado pelo amamentação, cheiro da mãe, carinho, colo, etc.
Harry F. Harlow
 Macacos foram separados de suas mães após o
nascimento. Cada bebê teve acesso a duas mães
artificiais (uma delas sendo uma armação de
arame com rosto de madeira e uma mamadeira
à altura do peito, e a outra mais ou menos
semelhante, mas revestida de um tecido
felpudo).
 Os bebês ficavam com ambas as mães, mas a
medida que cresciam, mostravam uma forte
ligação com a mãe de pano. Quando deparavam
com um intruso, por exempo, um urso mecânico
de pelúcia, fugiam para junto da mãe de pano,
agarravam-se a ela.
 Os macacos criados sem as suas verdadeiras
mães ou as substitutas de pano felpudo
mostraram-se incapazes de relações sociais
normais.
 Macacos rhesus se tornam agressivos quando
isolados.
“A gente não quer só comida...”
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6
Contínuo do comportamento alimentar
Comportamento 
alimentar 
adequado
Comportamento 
alimentar 
desajustado
Indivíduos 
restritivos
Padrões de ingestão e traços 
psicológicos semelhantes.
REGULAÇÃO
Limite da fome: necessidade de comer
Limite da saciedade: parar de comer
Limite da dieta: tentativa de controlar a vontade de
comer e se ultrapassar, comer até o limite da saciedade
Restrição Alimentar
 O comportamento alimentar pode ser restritivo.
 O comportamento restritivo = resultado da interação entre fatores
fisiológicos, a origem do desejo de comida (apetite), e os esforços
cognitivos para resistir a este desejo.
 Os indivíduos que se envolvem em dietas restritivas se preocupam de
modo compulsivo com o que comem e se esforçam em resistir ao apelo da
comida.
 No lado oposto desta caracterização situam-se as pessoas que comem de
acordo com o desejo e a fome que sentem.
Regulação da ingestão e dieta
 Indivíduos restritivos: 
 Efeito desinibidor da restrição:
 Fatores de ordem emocional;
 Fatores cognitivos como a percepção de já terem ultrapassado o limite;
 Fatores químicos com efeitos sedativos (ex: álcool).
Restrição
Desinibição
Conseguem controlar, com esforço
a vontade, a fome e o desejo mas
de vez em quando deixam-se
vencer pelo desejo e comem
descontroladamente.
04/03/2018
7
Regulação daingestão e dieta
Indivíduos restritivos:
 Comem mais quando ansiosos ou deprimidos;
 Tendem a descontrolar-se e a comer demais em situações de alteração de humor; 
 Tendem a ingerir mais quando acreditam que ingeriram alimentos muito calóricos na primeira refeição. 
 Podem ter uma imagem corporal distorcida.
 Comportamentos e cognições distorcidas:
 Pensamento dicotômico: Tudo ou nada; 
 Dividir os alimentos entre “bons” e “maus”; 
 Controle (boa dieta) e perda de controle (compulsão);
 Sentir culpa após as refeições (alimentos “maus”); 
 Tendem a avaliar que comeram demais mesmo não sendo o caso.
Indivíduos não restritivos:
 Tendem a comer menos quando estão deprimidos ou ansiosos;
 Tendem a comer menos depois de comer a primeira vez, independentemente da classificação que fazem do alimento.
Dieta restritiva 
 Contribui para reforçar os pensamentos distorcidos 
 Está associado ao aumento de peso, aumento das crenças 
de fracasso e inadequação 
 “Psicologia da dieta” X “Psicologia do obeso” 
Mudança dos hábitos alimentares
 Alterar os hábitos alimentares é tarefa difícil de conseguir.
 Mais difícil ainda será manter as mudanças. 
 Adquirir e manter um novo comportamento requer mais esforço do que 
continuar com os velhos hábitos.
 A história pessoal e familiar e ainda o envolvimento cultural, permitem 
compreender o porquê do desenvolvimento dos hábitos alimentares. 
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8
Mudanças alimentares...
 Aumento considerável do consumo de gorduras e açúcares.
 Nas zonas mais desenvolvidas - diminuição da ingestão destes produtos.
 Regiões menos desenvolvidas – aumento do consumo de açúcares e gorduras.
 Implicações para a saúde em geral
 Aumento na taxa de obesidade infantil
 Aumento das doenças relacionadas com o modo de vida 
Escolhas dos alimentos
 A maioria das pessoas seleciona os alimentos tendo em conta 
critérios que não estão relacionados com a saúde. 
 O paladar; 
 O custo; 
 A influência dos parceiros e amigos;
 A facilidade em preparar
 A publicidade; 
 A embalagem; 
 A disposição nas prateleiras das lojas
Barreiras para uma alimentação saudável
 A falta de tempo; 
 O desejo de continuar a consumir os alimentos preferidos; 
 A falta de vontade; 
 O preço; 
 Falta de motivação; 
 Influências sociais; 
 Crença de que será difícil; 
 Crenças e sentimentos de baixa auto-eficácia.
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9
A seleção de alimentos depende 
mais de fatores psicossociais do 
que das necessidades fisiológicas. 
O comportamento alimentar 
resulta da interação de fatores 
ambientais com variáveis 
psicológicas e biológicas. 
Concluindo...
A investigação do comportamento alimentar
Nutrição curativa
Nutrição na perspectiva da prevenção primária
Concluindo...
Concluindo...
 A Psicologia e a Nutrição são disciplinas e domínios
complementares.
 Psicólogos e Nutricionistas podem e devem trabalhar
em conjunto e com outros especialistas da Saúde e da
Educação no sentido de serem definidos programas de
educação para a saúde.

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