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74 FARMACOTERAPIA NAS DOENÇAS VASCULARES PERIFÉRICAS

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Farmacoterapia nas Doenças Vasculares Periféricas Marcelo Araújo 
 16/05/2003 Página 1 de 13 
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. 
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro 
 
Farmacoterapia nas doenças vasculares 
periféricas 
 
 
Marcelo Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tratamento conservador das doenças do 
sistema circulatório depende em grande parte 
da mudança de hábitos de vida, alimentação e 
prática de atividade física adequada, correção 
de fatores de risco e de condições 
desencadeantes e tratamento farmacológico 
de doenças associadas. 
Por outro lado, a utilização de drogas com a 
finalidade de melhorar a qualidade de vida do 
paciente portador de vasculopatia periférica é 
uma prática freqüente e obviamente 
necessária. Portanto é de suma importância 
que o angiologista e ou cirurgião vascular 
esteja familiarizado com os conceitos 
fisiopatológicos e as opções terapêuticas da 
especialidade.1 
Os três setores da circulação – arterial, 
venosa e linfática - podem apresentar 
disfunções, que ao menos teoricamente, podem 
ter o funcionamento melhorado pelas 
chamadas drogas de ação vascular. O setor 
arterial e o venoso têm importante 
participação na fisiologia circulatória visceral 
e sistêmica. A distribuição do fluxo sangüíneo 
pode ser vista nos gráficos das figuras 1 e 2. 
O sistema linfático é responsável pelo auxílio 
na remoção reabsorção dos fluidos teciduais 
vindo a se juntar no sistema venoso. 
A seguir discorreremos sobre as principais 
drogas empregadas comentando aspectos 
farmacológicos e clínicos destes grupos. 
Algumas destas drogas foram estudadas e 
outras se encontram em estudo sob a forma de 
revisões sistemáticas pelo Peripheral Vascular 
Disease Group (PVD) do Colaboração Cochrane 
[URL: http://www.cochrane.org] agregando 
informações sobre as evidências e o valor para 
a prática clínica corrente uma vez que estão 
sendo atualizadas periodicamente. 
DROGAS UTILIZADAS NAS 
ARTERIOPATIAS 
Com o objetivo de aumentar o fluxo sangüíneo 
em extremidades isquêmicas empregavam-se 
inicialmente drogas de ação vasodilatadora, 
pois se imaginava que isto favoreceria a 
circulação. Desta maneira, muitas substâncias 
com a capacidade potencial de promover uma 
dilatação arterial surgiram e foram 
introduzidas na prática médica. Entretanto, 
por motivos fisiopatológicos isto não se traduz 
numa resposta clínica efetiva. A rede vascular 
distal a uma estenose ou obstrução tende a 
dilatar-se por efeitos metabólicos locais não 
sendo influenciada por drogas vasodilatadoras. 
Desta forma o fluxo sangüíneo tende a ser 
direcionado para a região que é irrigada por um 
 Farmacoterapia nas Doenças Vasculares Periféricas Marcelo Araújo 
 16/05/2003 Página 2 de 13 
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. 
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro 
vaso normal piorando a isquemia na região 
afetada. Caracteriza-se assim um fenômeno 
chamado de ‘roubo’. Outro ponto importante é 
que os vasodilatadores podem causar 
hipotensão e reduzir ainda mais o fluxo 
sangüíneo. Estas são as situações mais comuns 
que ocorrem nos quadros isquêmicos de 
natureza aterosclerótica. 
Vários mecanismos de ação foram propostos 
para a obtenção da vasodilatação. De fato, o 
efeito vasodilatador é extremamente 
importante nos casos onde a simples ampliação 
da luz arterial é suficiente para melhorar o 
fluxo local como, por exemplo, as doenças 
vasoespásticas (Raynaud, espasmo vascular 
pós-traumático ou cirurgia). Mais 
recentemente observou-se que algumas destas 
drogas poderiam melhorar a circulação não por 
causa da vasodilatação (ação sobre o 
continente), mas por uma ação nos 
constituintes do sangue,2 em especial os 
eritrócitos (ação sobre o conteúdo). Esta se dá 
por uma modificação na capacidade de 
deformação destas células o que facilita a 
passagem por entre as placas ateroscleróticas 
com conseqüente melhora da perfusão 
tecidual. Tal efeito na reologia serviu de base 
para a proposição de um novo mecanismo de 
ação das drogas assim chamadas 
hemorreológicas. 
Distribuição vascular do fluxo sangüíneo
12%
12%
15%
45%
10% 6%
Pulmões Artérias sistêmicas
Grandes veias Pequenas Veias
Coração Capilares
Distribuição do fluxo sanguíneo por sistemas
13%
20%
20%
25%
10%
7% 5%
Cérebro Fígado e intestino
Músculos esqueléticos Rins
Outros Pele
Coração
 
Figuras 1 e 2 - Distribuição do fluxo sangüíneo. 
 
A primeira droga a ser lançada com intenção 
de explorar este mecanismo foi a pentoxifilina. 
Inicialmente considerada vasodilatadora, logo 
passou a ser recomendada por trazer um 
potencial benefício nos quadros de claudicação 
intermitente. Diversos estudos demonstraram 
melhora clínica nesta situação, mas a 
importância clínica deste benefício tem sido 
contestada por outros autores.3,4 De qualquer 
forma esta foi a primeira droga autorizada 
pelo FDA (Food and Drug Administration), 
órgão de controle do governo americano, para 
o tratamento desta condição. Após isto, 
algumas substâncias já conhecidas como o 
naftidrofuril e o buflomedil, passaram também 
a serem estudados quanto à possibilidade 
deste efeito. 
 
Pentoxifilina (Trental®, Pentox®, Vascer®) 
Considerado padrão das drogas 
hemorreológicas encontra sua principal 
utilização na claudicação intermitente.5,6 Um 
estudo controlado duplo-cego inicial com 
pacientes portadores de claudicação 
 Farmacoterapia nas Doenças Vasculares Periféricas Marcelo Araújo 
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Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. 
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro 
intermitente revelou melhora em torno de 12% 
em relação ao placebo, mas não houve 
diferença entre os dois grupos com relação à 
melhora distância máxima percorrida (MWD, 
tradução para maximum walking distance) na 
esteira. A distância percorrida sem dor 
(PFWD Tradução para pain-free walking distance) 
também não melhorou. Algumas meta-análises 
e revisões sistemáticas demonstraram apenas 
uma discreta melhora na capacidade de 
deambulação, desencorajando o seu uso 
alargado.7 O emprego em isquemia crítica e 
paciente com úlceras isquêmicas não encontra 
aceitação. Na doença cerebrovascular 8 a 
revisão do PVD não encontrou evidência para 
avaliar a segurança e efetividade da utilização 
de metilxantinas. A utilização nas úlceras da 
estase venosa9,10 pode auxiliar no processo de 
cicatrização. 
 
Farmacologia 
Apresenta rápida absorção pelo trato 
gastrointestinal sofrendo extenso 
metabolismo de primeira passagem no fígado e 
também nos eritrócitos. A maior parte da 
droga (95%) é eliminada sob a forma de 3-
carboxipropil na urina e apenas 4% nas fezes. 
Deve-se ter cautela em hepatopatas e idosos 
devido à eliminação diminuída. Pacientes 
hipotensos e diabéticos em uso de insulina 
podem experimentar piora da hipotensão e 
hipoglicemia respectivamente. A droga age 
modificando a flexibilidade eritrocitária, a 
adesão e a agregação plaquetária com 
conseqüente redução da viscosidade sanguínea, 
diminuindo o fibrinogênio e deprimindo função 
dos granulócitos.11,12 Distúrbios 
gastrointestinais, náuseas, vômitos, cefaléia, 
arritimias cardíacas, flushing, e reações de 
hipersensibilidade podem ocorrer. A posologia 
habitual é de 400 mg via oral duas a três vezes 
ao dia ou 600mg duas vezes ao dia; 100 mg via 
intravenosa ou intrarterial ao dia em 5min; em 
casos graves 300 mg diluídos em 500 ml de 
solução fisiológica 0,9% ou glicosada 5%, em 
infusão por 90 a 180 min. 
Pentifilina e propentifilinatambém são 
derivados xantínicos para uso em desordens 
vasculares,mas não estão disponíveis no nosso 
meio. 
 
Buflomedil (Bufedil®) 
É também utilizado como vasodilatador na 
claudicação intermitente e eventualmente na 
insuficiência cerebrovascular, para alívio dos 
sinais de alterações cognitivas e psicomotoras. 
Alguns trabalhos apontam bons resultados em 
pacientes com fenômeno de Raynaud, 
algodistrofias, retinopatia diabética, e 
disfunções vestíbulo-cocleares. Tem sido 
pesquisada a possibilidade de ação 
hemorreológica. A grande maioria dos 
trabalhos disponíveis na literatura a respeito 
do emprego em claudicação intermitente é 
bastante variada quanto à metodologia e de 
validade duvidosa. O PVD avaliou um pequeno 
grupo de estudos aleatórios, duplos-cegos 
realizados em pacientes claudicantes estágio 
II (Fontaine) enfocando critérios como PFWD 
e distância máxima percorrida. Estes critérios 
puderam ser avaliados em apenas dois artigos. 
Ambos demonstraram moderada melhora na 
distância máxima percorrida (mas com 
intervalo de confiança muito amplo) e na 
PFWD, sendo que somente um deles com 
diferença estatisticamente significante neste 
critério. Concluíram que existe pouca evidência 
da eficiência do buflomedil para claudicação 
intermitente.13 
 
Farmacologia 
Quimicamente é o cloridrato de 4-(1-
pirrolidinil)-1-(2,4,6-trimetoxifenil)-1-
butazona. 
O mecanismo de ação inclui inibição 
inespecífica de alfa-adrenoceptores da 
musculatura lisa dos vasos, inibição da 
agregação plaquetária, aumento da 
flexibilidade das hemácias, atividade 
antagonista inespecífica do cálcio e anti-
hipoxemiante .14 
A absorção gastrointestinal é boa e 20% da 
dose pode sofrer metabolismo de 1ª passagem. 
É amplamente distribuído, apresentando uma 
biodisponibilidade de 50 a 80%. A excreção se 
faz por via urinária sob forma inalterada e 
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Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. 
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro 
como metabólitos. Efeitos adversos incluem 
taquicardia, hipotensão severa, convulsões, 
cefaléia, distúrbios gastrointestinais, 
hipotensão e parestesias.A dose diária é de 
450 mg via oral ou 100 mg via intravenosa 
lenta. 
 
Naftidrofuril (Iridux®) 
Ações ganglioplégica e musculotrópica foram 
demonstradas experimentalmente sendo 
consideradas como responsáveis pelo efeito 
vasodilatador. Questiona-se, entretanto a 
possibilidade do efeito clínico ser decorrente 
de outros fatores como diminuição da 
viscosidade sangüínea e alterações da função 
plaquetária. O PVD revisou os trabalhos que 
utilizaram o naftidrofuril em isquemia crítica e 
observou redução da dor avaliada por um 
escore e pela diminuição do consumo de 
analgésicos e redução da necrose da pele, 
porém sem significado estatístico. O efeito na 
pressão média do tornozelo foi não foi 
conclusivo. No Reino Unido é uma das 
substâncias aprovadas para claudicação 
intermitente há mais de 20 anos. Em um outro 
estudo com o foco na claudicação intermitente 
demonstrou-se melhora na PFWD, mas não na 
MWD.15 
 
Farmacologia 
A vasodilatação parece decorrer da inibição 
competitiva da acetilcolina no axônio ou no 
gânglio simpático, o que foi demonstrado 
experimentalmente na membrana nictante de 
gatos. Daí a sua definição como droga 
ganglioplégica. Parece também agir na parede 
vascular – ação musculotrópica - por uma ação 
antagonista dos receptores serotoninérgicos 
5-HT2 assim como a produção de ATP pela 
estimulação da entrada de carboidratos e 
gordura no ciclo do ácido tricarboxílico, 
mecanismo semelhante à ação da insulina. A 
diminuição da concentração do lacatato 
produzido nas áreas isquêmicas também 
parece ocorrer.Ultimamente tem sido 
estudada a possibilidade de redução da 
viscosidade sangüínea em conseqüência destas 
ações, o que explicaria a melhora obtida em 
alguns poucos estudos controlados sobre a 
claudicação intermitente. Preconiza-se 100mg 
três vezes ao dia via oral para insuficiência 
cerebrovascular e 100 a 200mg três vezes ao 
dia para insuficiência vascular periférica. A 
utilização intravenosa para tratamento de 
doença arterial periférica foi abandonada em 
1995 devido aos efeitos colaterais.16 
 
Extrato de Ginkgo Biloba EGb-761 
(Tebonin®, Tanakan®, Kiadon®) 
Um extrato obtido a partir das folhas desta 
antiga árvore chinesa passou a ser empregado 
na prática médica ocidental17 sob o nome EGb 
761 desde 1965.18 Foi proposto como tendo 
ação metabólica, hemorreológica, ativadora 
cerebral e facilitadora da circulação 
periférica.19 Largamente empregado nos casos 
de déficit de memória de origem vascular e 
labirintopatias. Apesar disto não existem 
estudos controlados que confirmem 
efetivamente estas características. 
 
Farmacologia 
É constituído de uma fração flavanóica e uma 
fração não-flavonóica (terpenóides 
ginkgolídeos e bilobalídeos).20 Estudos em 
ratos com EGb 761 marcado com radioisótopos 
demonstraram uma absorção de 60%. As 
propriedades farmacocinéticas mostraram 
obedecer a um modelo bi-compartimental com 
aparente fase de 1ª ordem e meia vida de 
cerca de 4,5 horas. Durante as três primeiras 
horas a radioatividade foi detectada 
principalmente no plasma, mas após 48 horas a 
atividade específica dos eritrócitos foi a 
mesma do plasma. Fração flavonóica - os 
flavonóides sofrem a ação de bactérias 
intestinais são metabolizados no fígado e 
parte é eliminada por via renal. 
O mecanismo de ação não é totalmente 
conhecido. Foram identificados cinco tipos 
principais de ginkgolídeos assim designados: A, 
B, C, J e M. A fração flavonóica parece 
interferir com a fosfodiesterase do GMPc, 
inibir a COMT e a MAO conferindo uma ação 
anti-trombótica e vaso-protetora, prolongando 
a meia-vida do EDRF (endothelium-devived 
 Farmacoterapia nas Doenças Vasculares Periféricas Marcelo Araújo 
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Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. 
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro 
relaxing factor) e aumentando a produção local 
de PGI2. Como possui rutina na sua composição, 
atribui-se a este componente a propriedade de 
redução da permeabilidade. Distúrbios 
digestivos podem ocorrer. Utiliza-se a via oral, 
preferentemente antes das refeições, na dose 
de 80 a 120 mg em dose única diária ou 
dividido em duas a três doses. 
 
Papaverina 
É útil em situações onde há espasmo vascular e 
no teste de ereção fármaco-induzida. 
Particularmente nesta última indicação tem 
sido substituída com vantagem pelas 
prostaglandinas especialmente o alprostadil. 
 
Farmacologia 
Protótipo das drogas vasodilatadoras é um 
alcalóide derivado natural do ópio, do grupo da 
benzilisoquinolina, depressor da musculatura 
lisa sem ação sobre o sistema nervoso central 
não sendo euforizante. Ocorre na proporção 
de 1%. Por via oral apresenta meia-vida de uma 
a duas horas, mas com uma grande variação 
interindividual. Liga-se a proteínas plasmáticas 
em 90%, é metabolizada no fígado e excretada 
na urina quase totalmente como metbólitos 
fenólicos conjugados com glucoronídeos. É 
metabolisada no fígado sendo a excreção por 
via urinária sob a forma de metabólitos. Relaxa 
a musculatura lisa vascular provavelmente por 
inibição inespecífica da fosfodiesterase 
promovendo aumento do AMP cíclico. Pode 
ocasionar arritimias cardíacas, glaucoma, 
depressão miocárdica, alterações 
gastrointestinais, fush facial, cefaléia, 
sonolência, rush cutâneo, sudorese e vertigem. 
É contra-indicada em portadores de bloqueio 
átrio-ventricular total. Utiliza-se 600mg via 
oral pordia. Pode também ser usado por via 
intravenosa ou intramuscular. 
 
Cilostazol (Cebralat®) 
Esta droga está disponível no Japão desde 
1988 foi aprovada nos Estados Unidos para 
tratamento da claudicação intermitente1999 e 
lançada no Brasil em novembro de 2002. 
Estudos controlados têm demonstrado melhora 
na PFWD e MWD com significância estatística 
inclusive em pacientes diabéticos inclusive com 
superioridade em relação a pentoxifilina. 
Farmacologia 
 
É um inibidor reversível a fosfodiesterase III, 
derivado da 2-oxoquinolona, dotado de efeitos 
vasodilatador, anti-plaquetário e anti -
trombótico. O provável mecanismo de ação é a 
inibição da fosfodiesterase da adenosina 
monofosfato cíclico (AMPc) fazendo com que 
haja uma inibição da degradação do AMPc 
elevando os níveis nas plaquetas e nos vasos 
sangüíneos. Atribuem-se também efeitos 
sobre as lipoproteínas plasmáticas. A absorção 
oral é rápida alcançando a concentração 
máxima em 3-4 horas e o estado de equilíbrio 
em 4 dias com uso de 100mg 2 x dia. A taxa de 
ligação protéica é de 95-98% e o metabolismo 
pela via do citocromo P450 primariamente pela 
enzima CYP3A4 e menos intensamente pela 
CYP2C19. O monohidroxilcilostazol e o diidro-
cilostazol são os principais metabólitos 
dotados de atividade anti-agregante 
plaquetária especialmente o último. A 
eliminação se faz por via urinária (74%) e uma 
pequena porção pelas fezes. Os efeitos 
adversos mais comuns são cefaléia, diarréia, 
palpitações e taquicardia. Está contra -indicado 
nos casos de insuficiência cardíaca, renal, 
hepática, pacientes com predisposição a 
sangramento, arritimias cardíacas, na gravidez 
e lactação. Usuários de outras substâncias que 
utilizem a mesma via metabólica (e.g., 
cimetidina, eritromicina, omeprazol, 
lanzoprazol, cisaprida, nifedipina) não devem 
utilizar o cilostazol. Drogas com risco de 
potencialização incluem aspirina, varfarina, 
clopidogrel e outros anti-hipertensivos devem 
ter uso cauteloso. 
 
Prostaglandinas 
Prostaglandinas são produtos endógenos, do 
metabolismo do ácido aracdônico, com potente 
ação vasodilatadora e anti-agregante 
plaquetária. Foram sintetizadas, assim como 
algumas substâncias análogas, e têm sido 
utilizadas em algumas doenças vasculares. 
 Farmacoterapia nas Doenças Vasculares Periféricas Marcelo Araújo 
 16/05/2003 Página 6 de 13 
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. 
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro 
Discorreremos abaixo sobre o epoprostenol 
(PGI2 ou prostaciclina). Ciprostene e Iloprost 
são substâncias análogas ao epoprostenol e o 
Alprostadil que pertence a classe de PG E1.As 
propriedades e o uso clínico são similares. 
PG E1 – Alprostadil (Prostavasinââ);PG I2 
(Epoprostenolââ);análogos a PG I2 
(Ciprosteneââ e Iloprostââ) 
A utilização prostaglandinas no tratamento das 
doenças vasculares tem sido feito nos casos 
agudos onde há isquemia crítica especialmente 
por via intra -arterial.21 Entretanto a utilização 
no fenômeno de Raynaud22 e na claudicação 
intermitente tem sido realizada e avaliada em 
um menor número de estudos23 também por via 
venosa. Um análogo estável do epoprostenol 
para uso oral foi desenvolvido a fim de 
facilitar a sua utilização (Beraprost).24 A 
relação custo benefício demonstrou ser 
positiva em função da redução do risco de 
perda do membro.25 Efeitos sobre a 
microcirculação envolvem a prevenção da 
recíproca ativação plaquetéria e leucocitária 
que poderia levar ao dano endotelial e 
trombose. Há também a redução do sistema de 
ativação inflamatória pela diminuição da 
expressão da a-M-b 2 integrina na membrana 
do fagócito que poderia ter um papel de 
proteção e restauração da integridade do 
endotélio e interagir com a cascata da 
coagulação.26 
 
Farmacologia 
O epoprostenol é usado por via intravenosa, e 
apresenta uma meia-vida curta de 
aproximadamente três minutos, sendo 
hidrolisado para uma forma mais estável, 
porém menos ativa (6-cetoprostaglandina F1a). 
Difere de outras prostaglandinas por não ser 
inativado na circulação pulmonar. 
Parecem promover o aumento do AMP cíclico 
intracelular por estimulação da adenil ciclase.27 
É inativada pela ação da 15-OH-
prostaglandina-desidrogenase (15-OH-PG-DH) 
produzindo as 15-cetoprostaglandinas, depois 
sofre ação da D-redutase formando as 
diidroprostaglandinas. A seguir uma b-oxidação 
e uma w-oxidação encerram da mesma forma 
que os demais ácidos graxos. Tal processo 
encontra nos pulmões o principal local de ação, 
onde há maior quantidade de 15-OH-PG-DH. 
Por ser uma substância de ocorrência natural, 
produzida por vários tecidos, suas ações 
manifestam-se em muitos locais como 
brônquios, tubo digestivo, útero e outros. 
Neste capítulo, interessa-nos a ação sobre os 
vasos e o sangue. Tem sido usada como 
vasodilatador em casos de isquemia severa 
vasoespasmo e doença de Rayanud. A utilidade 
clínica, entretanto estar por ser estabelecida 
Esquemas posológicos e vias de administração 
tem sido propostos. Emprega-se habitualmente 
até 10 ng/Kg/min intravenoso, durante 60 
minutos, embora a maioria dos efeitos 
colaterais tenham ocorrido em doses de 4 
ng/Kg/min. Cardiopatia, uso de anticoagulantes 
e discrasia sanguínea requerem muita cautela. 
Os efeitos adversos são habitualmente 
dependentes da dose. Pode surgir hipotensão, 
flushing, cefaléia, náusea, palidez, desconforto 
abdominal, e sudorese. Sonolência e dor 
torácica também podem ocorrer. 
DERIVADOS ERGÓTICOS 
Diversos alcalóides derivados do ergot 
encontram utilização variada na prática clínica. 
Analisaremos apenas os dois mais 
freqüentemente utilizados para o tratamento 
das vasculopatias periféricas e disfunções 
cerebrais.28,29 
Mesilato de codergocrina (Hydergine® ) 
 
Farmacologia 
São poucos os dados disponíveis. Pode ser 
absorvida por via oral ou sublingual em até 
25% da dose. Em um estudo envolvendo 8 
indivíduos saudáveis usando técnica de 
radioimunoensaio, verificou-se rápida 
absorção, entretanto houve uma baixa 
biodisponibilidade variando entre 5,25 a 
12,4%.O pico de concentração plasmática foi 
alcançado em uma hora sendo de 576pg/ml. O 
mecanismo de ação parece ser um alfa-
bloqueio e uma possível ação metabólica à 
semelhança de outros alcalóides, funcionando 
como agonistas ou antagonistas parciais dos 
 Farmacoterapia nas Doenças Vasculares Periféricas Marcelo Araújo 
 16/05/2003 Página 7 de 13 
Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. 
Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro 
receptores da serotonina e dopamina. Tem sido 
usada na demência senil leve a moderada. 
Quatro estudos submetidos ao FDA 
demonstraram uma melhoria de 11 a 21% de 
parâmetros como orientação, memória recente, 
cuidados pessoais, labilidade emocional, 
depressão e estado de alerta,17entretanto, os 
efeitos clínicos relatados variaram bastante. A 
dose usual é de 3 a 4,5 mg/dia via oral em dose 
única ou dividido em três doses, 
preferencialmente antes das refeições; 300 
mg intramuscular ou subcutâneo uma ou duas 
vezes ao dia; intravenoso lento ou gota -a-gota 
diluído em 20ml de solução glicosada 5% ou 
fisiológica 0,9% duas vezes ao dia.Deve-se ter 
cautela na vigência de bradicardia grave. Os 
efeitos adversos mais freqüentes são náuseas, 
vômitos, cefaléia, rush cutâneo, flush e 
hipotensão ortostática. 
Mesilato de diidroergocristina (Iskemil®, 
Iskevert®, Isketam®) 
É um dos componentes do mesilato de 
codergocrina tendo ações semelhantes com 
posologia variando de 3 a 6mg/dia via oral; 300 
a 600m intramuscular ou intravenoso. 
 
Outros 
Cinarizina (Stugeron®, Antigeron®, 
Cinageron®, Estuger®, Vessel®)Farmacologia 
Droga anti -histamínica, de origem piperazínica, 
sem efeitos sedativos pronunciados, usada 
também em afecções vasculares. É 
rapidamente absorvida no trato 
gastrointestinal, sofre metabolismo hepático e 
é excretado na urina sob a forma de 
metabólitos. A meia vida varia de 3 a 24 horas 
num estudo feito em voluntários sadios. 
Antagoniza a contração das fibras musculares 
lisas dos vasos induzidas por substâncias 
vasoconstrictoras, inibe o transporte dos íons 
cálcio através das membranas celulares. 
Provoca depressão do reflexo vestibular 
provocado por estimulação térmica labiríntica. 
Empregada em cinetoses, tonturas 
insuficiência vascular periférica e cerebral. 
Não se tem comprovado eficácia nestas duas 
últimas situações. A droga tem maior 
utilização no tratamento do mal de Ménière e 
outras labirintopatias. Não deve ser usado em 
pacientes com porfiria. As reações adversas 
mais comuns são astenia, náusea, vômito e 
sonolência. Sintomas extrapiramidais também 
foram descritos. 
Flunarizina (Sibelium®, Vertizine®, Vertix®, 
Flunarin®, Fluvert®) 
Semelhante à cinarizina apresenta grande 
variação interindividual do stady-state e da 
concentração plasmática da droga. Sugere que 
ela proteja o dano celular provocado pelo 
excesso de cálcio, as células cerebrais dos 
efeitos da hipóxia e os eritrócitos da rigidez 
de suas membranas. Também fora m 
encontrados efeitos anti -histamínicos, 
antiarrítimicos e anticonvulsivantes. 
DROGAS UTILIZADAS NA DOENÇA 
VENOSA E LINFÁTICA 
A doença venosa dos membros inferiores 
certamente é a causa mais freqüente de 
procura da especialidade. Dependendo do 
estágio evolutivo pode manifestar-se através 
de vários sinais e sintomas, muitas vezes 
subjetivos podendo variar desde a sensação de 
peso nas pernas, desconforto, inquietação, 
cansaço, parestesias, cãibras e edema até as 
alterações tróficas (hiperpigmentação, 
eczemas, lipodermatoesclerose) e ulceração 
cutânea. A ocorrência das varizes como 
componente do quadro de insuficiência venosa 
crônica pode ser primária, congênita ou 
secundária. Excetuando-se o quadro agudo da 
trombose venosa profunda onde o tratamento 
farmacológico com heparina e anticoagulantes 
orais é inquestionável, nos caso crônicos desde 
os mais leves até os mais severos a utilização 
de drogas com o objetivo específico de mitigar 
os sintomas da insuficiência venosa devem ser 
considerados com parcimônia e certamente são 
coadjuvantes na terapia destas condições.30 
O maior conhecimento da fisiopatologia da 
insuficiência venosa crônica tem promovido 
uma melhor compreensão das medidas 
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terapêuticas passíveis do emprego racional. 
Com relação à farmacologia das drogas 
vasculares, supõe-se que elas possam aumentar 
o tônus da parede venosa, um dos principais e 
mais conhecidos efeitos, modificar alguns 
parâmetros da microcirculação31 diminuindo a 
produção de mediadores inflamatórios, 
reduzindo a hiperpermeabilidade capilar, a 
viscosidade sangüínea a impactação e ativação 
dos leucócitos e melhorando a pressão parcial 
de oxigênio.32,33 
 
O objetivo da utilização das drogas destinadas 
ao tratamento dos distúrbios venosos e 
linfáticos habitualmente é a redução do 
edema34,35 resultante do desequilíbrio entre as 
forças de Starling. Conhecidos com o nome de 
flavonóides36 são substâncias de baixo peso 
molecular encontrados amplamente no reino 
vegetal. Estas drogas são naturais, mas podem 
ser semi -sinteticas e sintéticas. Podem ser 
agrupadas didaticamente, em três categorias: 
flebotônicos ou venotônicos, os que reduzem a 
permeabilidade capilar, e os que aumentam a 
reabsorção do transudato. Esta classificação é 
baseada no suposto mecanismo de ação das 
drogas, e não deve ser encarada como um 
referencial isolado, pois muitos dos produtos 
costumam associar substâncias de vários 
grupos, e alguns grupos apresentam 
características comuns. As principais são 
abaixo analisadas. 
FLEBOTÔNICOS OU VENOTÔNICOS 
São drogas que agem promovendo a 
venoconstricção. Os mais conhecidos são: 
 
a.) Derivados sintéticos da 
diidroergocristina. Promovem o aumento 
do tônus da parede venosa com 
conseqüente aceleração do esvaziamento 
venoso. A associação de heparina ao 
mesilato de diidroergotamina tem sido 
utilizada, demonstrando ser mais eficaz 
que a heparina isoladamente na prevenção 
da estase venosa, importante fator 
predisponente à trombose venosa profunda 
dos MMII. Os efeitos colaterais, 
especialmente a vasoconstricção arterial 
que ocorrem na intoxicação (ergotismo), 
limitam o seu uso clínico. Pode ocorrer 
isquemia intestinal e periférica. 
 
b.) Derivados da Castanha da Índia. Os 
derivados da castanha da Índia são 
conhecidos há muito tempo, e utilizados em 
grande número de preparações 
farmacêuticas comerciais. Origina-se da 
planta Aesculus hippocastanum que contém 
vários princípios ativos como esculosídeo 
(esculina: 6-b-d-glucopiranosixolixi-7- 
hidroxicumarina), escina (uma mistura de 
saponinas) e a esculetina. Glicosídeos da 
flavona são também encontrados. Algumas 
espécies podem ser venenosas. Sua ação se 
faz notadamente nas veias do plexo 
hemorroidário, mas também ocorre nas 
veias dos MMII.O princípio também é a 
venoconstriccão.37 Atribui-se também um 
efeito de redução da permeabilidade 
capilar. É uma opção segura e efetiva para 
o tratamento em curto prazo da IVC.38 A 
utilização pode ser por via oral, retal, 
tópico e intravenoso 
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Grupo químico Componente ativo 
 
Produtos naturais Rutina 
 Troxerutina 
Flavonóides (gg- benzopironas) Diosmina 
 Hesperidina 
 
 
 
Cumarinas (aa-benzopironas) Cumarina (benzopirona) 
 Derivados 
 
 
Saponinas 
 
Escina 
 
 
 
 
 
Diidroergotamina 
Derivados do ergot Diidroergocristina 
 Diidroergocripitina 
 
 
 
 
 
Diosmina 
Produtos sintéticos Tribenosido 
 Dobesilato de cálcio 
 
 
c.) Derivados da Rutina. É um derivado da 
flavona extraído de plantas como Ruta 
graveolens (arruda comum), Fagopyrun 
esculentum (trigo sarraceno), Sophora 
japonicae folhas de várias especíes de 
Eucalyptus. Quimicamente é a 3, 3’, 4’,5, 
7-pentahidroxiflavona-3-
ramnoglicosídeo. A rutina aumenta o 
tônus venoso, e acredita-se que tenha 
associado uma ação “impermeabilizante 
capilar”, semelhante a vitamina P, devido 
a inibição da hialuronidase.40 Tal ação 
impediria a passagem de proteínas que 
contribuiriam para a formação do 
edema.41 A troxerrutina42,43 é uma 
mistura que contém trihidroxietil-
rutosídeo, e também mono, di, 
tetrahidroxietil-rutosídeo. É muito 
usada em preparações comerciais.44 
Oxerutina,45 é um termo usado para 
designar cinco tipos de diferentes o-(b-
hidroxietil) rutosídeos45 com não menos 
que 45% de troxerutina. 
REDUTORES DA PERMEABILIDADE 
CAPILAR 
Os bioflavonóides parecem promover 
aumento da resistência da parede vascular, 
com diminuição da permeabilidade capilar 
conseqüente a inibição da hialuronidase. 
Alguns como a diosmina e a hesperidina, 
apresentam também atividade 
flebotônica.46,47,48 Estudos experimentais 
sugerem que a associação destas duas 
substâncias potencializam a ação 
vasoconstrictora da noradrenalina. A 
posologia habitual é de 1000mg/dia divididos 
em duas doses. A aminaftona,a vitamina P e 
as leucocianidas também são incluídas neste 
grupo. A aminaftona tem ação hemostática, 
sendo usada em doses de 150 a 225mg/dia. 
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O dobesilato de cálcio tem sido usado com a 
finalidade de reduzir os edemas na 
IVC49,50,51,52 em retinopatias diabética e 
hipertensiva e doença hemorroidária. 
Atribui-se o efeito ao aumento da proteólise 
pelos macrófagos, normalização da 
permeabilidade capilar, aumento da 
resistência das paredes dos capilares e o 
incremento do transporte linfático. A 
remoção das proteínas evita a formação da 
fibrose nos edemas crônicos. 
O tribenosido,53 derivado sintético de um 
açúcar, pertencente ao grupo dos 
glicofuranosídeos, parece agir promovendo 
redução da permeabilidade capilar. 
Recomenda-se o uso de 200mg por via oral 
de três a quatro vezes ao dia. É usado na 
doença hemorroidária e distúrbios venosos. 
DROGAS QUE AUMENTAM A 
REABSORÇÃO 
Ao Melilotus officinalis (trevo cheiroso) 
atribui-se um importante efeito linfogogo 
devido a sua ação cumarínica.54 O nome 
genérico de benzopirona foi adotado para 
diferenciar a cumarina dos derivados 
cumarínicos como o dicumarol, que é um 
potente anticoagulante. A sua fórmula é a 5, 
6-benzo-a-pirona, sua estrutura básica é de 
anticoagulante, mas a cumarina não possui 
esta ação. Os hidroxietil rutosídeos em 
doses adequadas também apresentam este 
efeito. Atribuem-se a esta substância um 
aumento da drenagem linfática, diminuição 
da permeabilidade capilar e a ação sobre os 
histiócitos do tecido conjuntivo.55,56,57 
 
Principais produtos comerciais usados em patologias venosas e ou linfáticas disponíveis no Brasil 
Nome comercial Substância 
química 
Posologia Vias de administração 
Capilarema Aminaftona 150-225mg/dia via oral 
Daflon, Diosmin Diosmina 600-1800 mg/dia via oral 
Daflon 500 Diosmina e 
hesperidina 
1000mg/dia via oral 
Doxium Dobesilato de cálcio 1000-1500 mg/dia via oral 
Glyvenol Tribenosido 600-800 mg/dia via oral 
Reparil Escina 20-60mg/d via oral 
Reparil injetável Escinato 
de sódio 
10-20mg/d via intravenosa 
Varilise Castanha da Índia 250-750mg/d via oral 
Venalot Benzopirona e 
troxerutina 
15/90 a 
60/360mg/d 
via oral 
Venocur Triplex Rutina, Castanha da 
Índia e Miroton 
300/100mg/ 150UC a 
900/300mg/ 450UC 
via oral 
Venofortan Beta-escina e 
vitamina B1 
 via oral 
Venoruton 300 Rutina 300-900mg/d via oral 
Venoruton 500 Rutina 500-1000 mg/d via oral 
Venostasin Retard Castanha da Índia 300-900 mg/dia via oral 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conforme salientado anteriormente o emprego 
de drogas de ação vascular deve ser 
criteriosamente avaliado, pois outras 
estratégias como a mudança dos hábitos de 
vida, redução ou abolição dos fatores de risco 
(tabagismo, obesidade, etc.), controle de 
doenças associadas (hipertensão arterial, 
diabetes, hiperlipidemia e outras), 
elastocompressão58,59 (na doença venosa e ou 
linfática), utilização de procedimentos 
fisioterápicos e a prática regular de exercícios 
físicos adequados (exercício programado para 
claudicação intermitente60) são essenciais para 
a melhoria da qualidade de vida e 
conseqüentemente o sucesso terapêutico.61 
Excetuando-se os casos de disfunção erétil de 
causa vascular, doença arterial espástica ou 
oclusiva aguda, as drogas vasculares têm um 
papel facilitador devendo sempre que 
necessário ser empregadas como auxiliares 
devido ao alívio dos sintomas facilitando a 
aderência ao tratamento clínico, pois 
habitualmente não são capazes de modificar a 
evolução da doença. As relações custo -
benefício e custo-efetividade da terapia 
farmacológica vascular, tanto para a doença 
arterial como para a doença venosa e linfática 
devem estar sempre na lembrança do médico 
assistente, que não deverá, entretanto privar o 
paciente por desconhecimento dos benefícios 
da indicação destas substâncias no contexto 
da boa prática médica. 
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Versão prévia publicada: 
Nenhuma 
Conflito de interesse: 
Nenhum declarado. 
Fontes de fomento: 
Nenhuma declarada. 
Data da última modificação: 
02 abril 2003. 
Como citar este capítulo: 
Araújo M. Farmacoterapia nas doenças vasculares periféricas . In: Pitta GBB, 
Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: 
guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. 
Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro 
Sobre o autor: 
 
Marcelo Araújo 
Professor Assistente, Mestre, do Departamento de Saúde da 
 Universidade Estadual de Santa Cruz, 
Ilhéus, Brasil 
Endereço para correspondência: 
Rua Rui Barbosa 376/801 
45600-901 Itabuna, BA 
 Fone: +73 214 2200 
Correio eletrônico: marcelo_araujo_@hotmail.com

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