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FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO Professora: Lilian Atalaia Lilian.atalaia.fisio@gmail.com PELE Previne perda de água Regula o equilíbrio hidroeletrolítico Controla temperatura corporal Recebe estímulos sensoriais: tato, pressão, temperatura e dor Função excretora e protetora PELE Se torna seca = diminuição das glândulas sebáceas Se torna espessa = papilas dérmicas menos profundas, menor junção entre epiderme e derme Formação de bolhas e lesões de pele Derme: menor número de fibras elásticas e colágenas, formação de rugas Diminuição de vascularização = palidez, diminuição da temperatura da pele “Idoso é um desidratado crônico” PELE Termorregulação afetada: glândulas sudoríparas vasos sanguíneos da derme espessura do tecido celular subcutâneo PELE Número de corpúsculos de Pacini e Meisner (pressão e tato leve) diminui = predispondo a lesões e diminuindo destreza para certos movimentos finos PELE Flacidez palpebral Superior: limitação no campo visual lateral = quedas e acidentes Inferior: desloca orifício de entrada do canal lacrimal = lacrimejamento contínuo e incomodativo ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR Hipertrofia do ventrículo esquerdo Aumento da pressão arterial dependente da idade Aumento da espessura das fibras colágenas do miocárdio Aumento da RIGIDEZ da parede arterial ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR Aumento da RIGIDEZ da parede arterial X Aterosclerose Rigidez = camada média da artéria, artérias aumentam de diâmetro e espessura Aterosclerose = depósito de gordura, formando placas nas artérias, comprometendo a camada íntima de artéria ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR Frequência cardíaca máxima durante o exercício vai diminuindo 220 – idade ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR Dilatação da aorta e grandes vasos Aumento da espessura da parede arterial Aumento do número de fibras colágenas na parede arterial Diminuição de glicoproteína Aumento da mineralização de elastina Aumento da rigidez arterial Aumento da resistência periférica Aumento da pressão sistólica de pulso Aumento da pressão arterial média ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO Perda do volume cerebral: 2 a 3% por década após 50 anos Diminuição do peso: perda de até 8% em relação ao peso máximo no adulto Córtex e cerebelo = número de células parece ser o mesmo Locus ceruleus (neurônios catecolaminérgicos); substância negra (neurônios dopaminérgicos) e hipocampo (neurônios colinérgicos) = pode haver perdas de neurônios SEM patologias relacionadas (senescência) GLIOSE = acúmulo de células gliais, mecanismo compensatório de proteger a função neuronal e a plasticidade ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO Leucoairose = perda de axônios, redução de mielina que cobre estes neurônios, diminuindo a substância branca periventricular, detectado na ressonância magnética ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO Algumas pessoas: diminuição do número de dendritos, diminuindo as sinapses Plasticidade cerebral = aumento da densidade desses dendritos e seus prolongamentos para manter a função cerebral Alterações do SN periférico Células do corno anterior da medula diminuem e ocorre redução da mielina nos nervos sensoriais ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO Perda da sensação vibratória, tato, dor Diminuição da função autonômica: regulação da temperatura corporal Cognição: pode sofrer alterações em idosos saudáveis: Diminuição da velocidade de processamento da informação Menor destreza para executar movimentos finos “Problemas” com memória recente ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO Cérebro: diminuição de água extracelular e intracelular Lentidão de síntese protéica Aumento da oxidação das proteínas e sua glicolização Aumento do acúmulo intraneural (emaranhados neurofibrilares) Diminuição de síntese lipídica Alteração na membrana lipídica e na condução nervosa Alterações circulatórias (aterosclerose) Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO Barreira hematoencefálica: torna-se mais permeável a substâncias, podendo ser uma das causas de demência (estudaremos um módulo só sobre demências!) APESAR DE TODAS AS ALTERAÇÕES DESCRITAS, O SISTEMA NERVOSO MANTEM-SE ÍNTEGRO = PLASTICIDADE E CAPACIDADE DE COMPENSAR DANOS OCORRIDOS! ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO SN participa de quase todas as funções orgânicas Controle da marcha e equilíbrio (estudaremos mais detalhadamente!) SONO Marca-passo circadiano = hipotálamo Ciclo sono-vigília se modifica com o envelhecimento Tendência: dormir mais cedo e acordar mais cedo Queixas de insônia, sonolência diurna, despertares durante a noite e sono não reparador são comuns REM (rapid eye movement): sonhos, idoso: REM praticamente não se altera Não REM: 4 estágios, idoso: Aumento dos estágios 1 e 2 (facilidade ao despertar) e diminuição do 3 e 4 (períodos de sono mais profundo) ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 25 anos: primeiros sinais! Pulmões mais volumosos Ductos e bronquíolos se alargam Alvéolos mais flácidos com perda de tecido septal Consequência: aumento de ar nos ductos alveolares e diminuição do ar alveolar com piora da ventilação e perfusão ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Inspiração e expiração: mesma forma do adulto jovem Inspiração: músculos intercostais externos elevam as costelas e diafragma Expiração: passiva, músculos intercostais internos puxam as costelas para baixo e para dentro = diminuição do volume torácico Músculos acessórios podem participar ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Músculos: sarcopenia (perda de massa muscular) = piora da capacidade pulmonar pela diminuição de força e da resistência da musculatura respiratória Modificações lentas e progressivas VO2 máxima: diminui em 5 mL/Kg/min por década ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Tórax: enrijece calcificação das cartilagens costais Diminuição das fibras elásticas retornarem após a distensão da inspiração = pulmões distendidos Volume pulmonar e capacidade pulmonar diminuem Inadequada oxigenação ENVELHECIMENTO DO SISTEMA HEMATOPOÉTICO Nascimento: medula óssea atividade hematopoética Substituição progressiva por tecido adiposo Adulto: Pelve esterno (atividade hematopoética) 70 anos: celularidade da medula óssea no osso ilíaco é 30 % menor que no adulto ENVELHECIMENTO DO SISTEMA HEMATOPOÉTICO Aumento de radicais livres – alterações das funções celulares e da integridade de suas membranas Hemácias ficam mais deformadas, retiradas da circulação Medula óssea tenta acelerar a produção para compensar Esta aceleração pode alterar as membranas das hemácias Alteração do equilíbrio Surgimento da anemia ENVELHECIMENTO DO SISTEMA URINÁRIO 30 anos: função renal começa a diminuir, metade aos 85 anos 60 anos: rim pesa em média 250g, aos 80 190g Diminuição do fluxo plasmático de 600 mL/min para 300 mL/min Lesões do néfron, doenças cardiovasculares podem afetar diretamente a função renal O declínio da função renal pode levar a intoxicação medicamentosa (função excretora comprometida) ENVELHECIMENTO DO SISTEMA URINÁRIO Diurese: idoso passa a eliminar água e eletrólitos mais à noite = poliúria noturna Diminuição da capacidade renal de concentração e conservação do sódio Alteração do sistema renina-angiotensina-aldosterona ENVELHECIMENTO DO SISTEMA URINÁRIO Idoso: ingestão de 2,5 a 3 litros de água por dia Difícil seguir: constrangimento (incontinência), diminuiçãodo reflexo da sede, solidão, imobilidade, entre outros... ENVELHECIMENTO DO SISTEMA ENDÓCRINO Diminuição de hormônios tireoidianos (T3 e T4) Aumento do tecido adiposo (menos ativo que a massa magra) – menor demanda do hormônio tireoidiano – ciclo Hormônios tireoidianos: contribuem para manutenção da temperatura corporal Efeito calorigênico diminui : hipotermia em idosos Resposta ao calor alterada: menor sudorese ENVELHECIMENTO DO SISTEMA ENDÓCRINO Hipófise aumenta de volume Níveis de melatonina (diurnos e noturnos) diminuem Interfere no sono Hormônio (melatonina) tem efeito hipnótico ENVELHECIMENTO DO SISTEMA ENDÓCRINO Pâncreas: Pequenas alterações Hormônios alteram com o envelhecimento Leve aumento da glicemia em jejum com a idade, tempo de retorno ao normal é mais lento Idosos ativos: parece não haver diferença ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Principal função: transferir substâncias nutritivas, vitaminas, minerais e líquidos para o sangue, excretar o conteúdo não absorvido ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Cavidade oral: ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Cavidade oral: 40 anos: circunferência da arcada dentária pode estar 1cm menor, dentes maior atrito entre si, lesão do esmalte, cáries, amarelado da dentina Extrações dentárias: alterações da maxila e da mandíbula Atrofia do osso alveolar Redução da massa muscular de masseter e pterigóide = Diminuição da força de mastigação ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Cavidade oral: Mucosa oral: fina, lisa e seca Língua: perda das papilas = alterações no paladar Glândulas salivares: sem alterações na ausência de doenças de medicamentos ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Esôfago e estômago: Incompetência do esfíncter do esôfago: refluxo Diminuição de secreção de ácido clorídrico no estômago: digestão de alimentos comprometida, maior exposição a lesões ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Intestino delgado Vilosidades diminuem de tamanho, absorção diminuída Intestino grosso Constipação intestinal Processos inflamatórios ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Fígado Diminuição de volume Fluxo sanguíneo diminui 35% Diminuição do sistema reticulo-endotelial: capacidade de metabolizar medicamentos cai = suscetibilidade do idoso à intoxicação medicamentosa Síntese do colesterol diminui e síntese de bile (deficiência de vitaminas) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Freitas, Elizabete Viana. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Editora Guanabara Koogan, 2002 Zimerman, Guite I. VELHICE: Aspectos Biopsicossociais. Editora Artmed, 2000 Fisioterapia Geriátrica: a prática da assistência ao idoso. Rebelatto, Jose Rubens. 2 ed, Barueri, SP. Ed. Manole, 2007 Patricia Driusso, Berenice Chiarello. Fisioterapia Gerontológica. Editora Manole, 2007 Papaleo Netto, Matheus. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. Editora Guanabara Koogan, 2002 FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO Número do slide 2 PELE PELE PELE PELE PELE ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR Número do slide 9 ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR Número do slide 13 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO Número do slide 17 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO SONO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Número do slide 24 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Número do slide 26 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA HEMATOPOÉTICO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA HEMATOPOÉTICO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA URINÁRIO Número do slide 32 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA URINÁRIO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA URINÁRIO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA ENDÓCRINO ENVELHECIMENTO DO SISTEMA ENDÓCRINO Número do slide 37 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA ENDÓCRINO Número do slide 39 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Número do slide 43 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Número do slide 47 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Número do slide 49 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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