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Envelhecimento populacional e direitos socioassistenciais

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Envelhecimento populacional e direitos socioassistenciais
Serviço de Convivencia e Fortalecimento de Vinculos – IDOSOS.
Assistente Social – Estephany Mesquita
23.11.2015
Envelhecimento populacional.
Segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, se mantido o ritmo de crescimento da população mundial, por volta de 2050, pela primeira vez na história da espécie humana, esse segmento será maior do que o de crianças menores de 14 anos.
Estimativas apontam que em 2025 o País terá a 6ª (sexta) maior população idosa do planeta (33,4 milhões) ficando atrás da Indonésia, Japão, Estados Unidos e China.
De acordo com a PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/IBGE-2006, a população com mais de 60 anos do Ceará saltou de 618 mil, em 1996, para 815 mil, em 2006, um acréscimo de quase 200 mil pessoas, em dez anos;
Assim, o envelhecimento é uma conquista da humanidade, também apresenta um desafio para os Estados, sociedades e famílias;
O envelhecimento é uma conquista da humanidade. 
Mas será que os Estados e Municípios estão preparados para este envelhecimento da população?
O ENVELHECIMENTO NO CONTEXTO DOS DIREITOS HUMANOS
A questão da Velhice inicialmente surge como uma preocupação relacionada à previdência e ao longo do tempo outras preocupações vão sendo incorporadas aos documentos e discussões internacionais, como saúde, dignidade, participação política, independência e autorealização.
A ONU reconhecendo o envelhecimento como uma questão mundial realizou duas Assembléias sobre o tema. A I Assembléia sobre o Envelhecimento / agosto de 1982 (Viena) e a II em abril de 2002 (Madrid);
Duas Conferências Nacionais dos Direitos da Pessoa Idosa. (Brasília, maio de 2006 e março de 2009);
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DA VELHICE
A dignidade humana como fundamento do Estado Democrático de Direito Brasileiro (art.1°, III, CF). O significado do princípio, inclusive para a pessoa idosa.
DIREITOS DO HOMEM IDOSO: 
I – Direitos individuais: a) direito à vida; b) direito à liberdade; c) direito à igualdade; d) direito à segurança, e) direito à propriedade; 
II - Direitos coletivos: a)direitos à informação; b) à representação associativa; c) do consumidor; d) de reunião e de associação; 
III - Direitos sociais : a) direito à educação; b) direito à saúde; c) direito ao trabalho; d) direito à moradia; e) direito ao lazer; f)direito à previdência social; g) direito à assistência aos desamparados; 
IV - Direitos à nacionalidade; 
V - Direitos políticos
A LEI 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994 CRIOU A POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO
	A finalidade da Lei é assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação ativa na sociedade. Considerou idoso a pessoa maior de sessenta anos de idade. 
A Lei determina os setores e as diretrizes para as ações governamentais nas três esferas da federação (União, Distrito Federal, Estados e municípios): promoção e assistência social, saúde, educação, trabalho e previdência social, habitação e humanismo, cultura, esporte e lazer. 
 Após 10 (dez) anos da PNI, surge o Estatuto do Idoso, Lei 10.741, de 1 de outubro de 2003, fruto de intensa mobilização do movimento social dos idosos.
LEI 10.741, DE 1 DE OUTUBRO DE 2003 - ESTATUTO DO IDOSO
A idéia do Estatuto nasce de certa forma da crítica em relação à falta de efetividade e não realização de inúmeras medidas de proteção e ações previstas na PNI; 
A proposta de uma lei que trouxesse uma proteção específica ao grupo de pessoas idosas (grupo social vulnerável) também foi formulada a partir da experiência social do Estatuto da Criança e do Adolescente; 
A Constituição de 1988 inovou ao exigir a efetiva proteção, por parte do Estado, da sociedade e da família, à pessoa idosa (art.230, C.F). A velhice digna é um direito humano fundamental, porque expressão do direito à vida com dignidade. A pessoa idosa tem assegurada pela Carta de 1988 um elenco de direitos fundamentais;
Estatuto do Idoso
Art. 3.º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
I - atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; 
II - preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
[...]
V - priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;
Art. 4.º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. § 1.º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso. § 2.º As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes. 
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social - Loas.
Bibliografia
Brasil em números = Brazil in figures / IBGE. Centro de Documentação e Disseminação de Informações. Brasil núm., Rio de Janeiro, v. 17, p. 1-332, 2009. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monog rafias/GEBIS%20-%20RJ/brasilnumeros/Brasil_numeros_v17_2009.pdf> Acesso em 5 de novembro de 2015.
BRASIL. Politica Nacional do Idoso. Lei 8.842/94 dispõe sobre a política nacional do idoso e cria o Conselho Nacional do Idoso. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8842.htm> Acesso em 5 de novembro de 2015.
BRASIL. Estatuto do Idoso. Lei 10.741/2003 dispõe sobre o estatuto do idoso. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003 /l10.741.htm> Acesso em 5 de novembro de 2015.
NOGUEIRA, Silvana Lopes. Distribuição espacial e crescimento da população idosa nas capitais brasileiras de 1980 a 2006: um estudo ecológico. Disponível em : <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982008000100012> Acesso em 5 de novembro de 2015.

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