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G:\2014\Pedagógico\Documentos\EXERCÍCIOS DE MONITORIA\Monit_1_Literatura_2Periodo_julho_Gabarito.doc 
1 
 CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN 
 
1ª série 
Ens. Médio 
EXERCÍCIOS DE MONITORIA 
2º PERÍODO – JULHO 
LITERATURA - ENEM 
1. Texto 1 
 
Documentário 
 
“Entre as várias concepções de documentário está a de que o gênero abrange filmes/vídeos que se 
utilizam de imagens e de personagens “reais” de acordo com sua relevância histórica (Altafini,1999). 
(...) 
 
Os registros históricos funcionam como fragmentos da realidade e só se constituirão documentário se 
conduzidos por uma narrativa capaz de dar unidade ao que se quer contar. Dessa forma, a narrativa 
tem importância extrema no documentário.” 
 
(Melo, C. T. V. et al. O Documentário como Gênero Jornalístico Televisivo, UFPE. Disponível em: 
http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/e969053bfccdc7be14f5e0a009b95215.pdf). 
 
Texto 2 
 
Hélio Oiticica – Trailer 05/12/2012 
 
"Hélio Oiticica foi um dos artistas que melhor uniu a reflexão com a criação artística. Suas idéias e 
proposições, expressas não apenas em textos, mas também em depoimentos e entrevistas, 
revolucionaram a arte e a cultura, tornando-o um dos mais importantes artistas da segunda metade 
do século XX. O documentário de César Oiticica Filho, ao utilizar a própria voz do artista como fio 
narrativo, permite um mergulho único no pensamento, na trajetória e na intimidade de Hélio Oiticica. 
A extensa pesquisa de imagens faz com que o espectador acompanhe a evolução do artista, o seu 
início junto ao Grupo Frente, o surgimento do Neoconcretismo, a criação dos Bólides, Penetráveis, 
Núcleos e Parangolés, o envolvimento com a Tropicália, o período em Nova York, até a volta ao 
Brasil. É um documento não apenas de um dos maiores artistas que o Brasil já produziu, mas também 
de um dos períodos de maior efervescência de nossa cultura, o que torna este filme crucial para todos 
aqueles que querem compreender não apenas a nossa história, mas quem somos agora. Hélio 
Oiticica é um documentário de 94 minutos, dirigido por César Oiticica Filho e produzido pela 
Guerrilha Filmes." (Por Sérgio Cohn, da Azougue Editorial) 
 
(Disponível em: http://www.heliooiticica.org.br/noticias/det_noticias.php?idnoticia=6) 
 
Considerando os textos 1 e 2, assim como os elementos que constituem um documentário, conclui-se 
que: 
a) É fundamental a existência de um narrador, obrigatório em todas as produções originárias do 
gênero dramático. 
b) No documentário, a expressão do pensamento e o fluxo de consciência são mais valorizados do 
que o movimento e a expressão cultural. 
c) A valorização da imagem é decorrente do olhar fotográfico, o qual confere imobilidade e 
limitação cênicas. 
d) A intensa preocupação com os fatos não permite ao documentário relações com as condições 
histórico-culturais de produção. 
e) O documentário é um gênero cinematográfico que busca retratar e compreender o mundo em 
diferentes épocas, tendo forte relação com a realidade. 
 
 
G:\2014\Pedagógico\Documentos\EXERCÍCIOS DE MONITORIA\Monit_1_Literatura_2Periodo_julho_Gabarito.doc 
2 
 CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN 
Texto para as questões 2 e 3 
 
O Rock Pode Salvar o Mundo? 
 
A passagem do cantor Bono Vox pelo Brasil acende uma discussão: afinal, os roqueiros engajados 
realmente fazem diferença para as causas que abraçam? 
por Barbara Heckler 
 
Toda vez que o cantor Bono Vox se apresenta em um país, provoca 
dois tsunamis. Um, musical, são os shows de sua banda, U2, talvez a 
última na história recente do rock que pode ser chamada de clássica. 
Criador do hino dos anos 80, I Still Haven't Found What I Am 
Looking For, o grupo lotou dois Morumbis da última vez em que 
tocou no Brasil, e não há por que achar que desta vez o frisson será 
menor: agora serão três Morumbis, já que os ingressos estão 
esgotados para as três apresentações em São Paulo (veja os dados 
sobre os shows no fim desta reportagem). O outro tsunami é no campo das ideias. Por onde Bono 
passa, ele provoca uma discussão. Afinal, artistas que se engajam em questões sociais fazem realmente 
diferença para as causas que abraçam? E quando tentam acabar com a fome na Etiópia ou as 
deficiências educacionais das crianças do Malauí, fazem por inclinação sincera ou por razões de 
marketing? 
 
O irlandês Paul David Hewson, 50 anos, o Bono Vox, é quem melhor encarna em nosso tempo esse 
tipo de artista - sucedendo o inglês Gordon Sumner, o Sting, ex-líder do grupo The Police. Analisar a 
trajetória de Bono é ilustrativo não apenas para responder às perguntas anteriores. O percurso do líder 
do U2 se confunde com o do rock que abraça causas sociais - que, pode- se dizer, tem três momentos. 
O primeiro são os concertos destinados a arrecadar fundos para alguma questão específica. O segundo 
é aquele dos artistas que resolveram usar seu prestígio para influenciar líderes mundiais, entrando de 
alguma forma no jogo político. E o terceiro é a associação entre roqueiros e ONGs ou empresas que 
promovem determinadas causas. Em diferentes épocas, Bono se valeu - às vezes sucessivamente, às 
vezes simultaneamente - dos três modelos. Por isso, é justo que tenha se tornado o ícone dos rebeldes 
com causa. 
 
(…) 
 
Resta, então, a questão mais importante, a que está estampada na capa da revista que você tem em 
mãos: afinal, os roqueiros podem mudar o mundo? O tempo mostrou que o modelo dos concertos 
beneficentes é arriscado. Que os artistas de prestígio têm, sim, poder junto aos políticos, se tiverem um 
discurso articulado e escolherem as causas certas. Podem, inclusive, ampliar sua atuação se pensarem 
em projetos mais ambiciosos. "Em vez de contribuir com algumas escolas individualmente, 
celebridades como Madonna poderiam usar seu prestígio para pressionar pela melhoria geral do 
ensino no Brasil", diz a professora Beatriz Azeredo, especialista em políticas sociais na Universidade 
Federal do Rio de Janeiro. Por fim, os grandes nomes da música pop têm poder de persuasão junto a 
empresários, podendo alocar recursos para ONGs que sejam idôneas. Mas será que gente como 
Madonna, Sting e Bono faz isso por narcisismo ou por boas intenções? Na maior parte dos casos, 
pelas duas razões. Até porque uma coisa é inseparável da outra. Se não fossem celebridades, se não 
cultivassem obsessivamente a própria imagem, tais artistas não teriam poder e prestígio para alcançar 
o que conseguem. A história das relações entre a música pop rock e as causas sociais já ensinou 
bastante sobre o que funciona ou não funciona. Independentemente das intenções serem mais ou 
menos narcisistas, o importante é fazer a coisa certa. 
 
(Revista Bravo!, edição 164, abril de 2011, p.24-31. Disponível em: http://bravonline.abril.com.br/materia/rock-pode-salvar-
mundo#image=164-capa-bono-1-p) 
 
 
 
G:\2014\Pedagógico\Documentos\EXERCÍCIOS DE MONITORIA\Monit_1_Literatura_2Periodo_julho_Gabarito.doc 
3 
 CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN 
2. Sobre o texto, é possível concluir que: 
 
a) A única forma correta de auxiliar comunidades carentes em todo o mundo é o trabalho social 
desenvolvido por ONG’s. 
b) Não é função do rock ou de qualquer forma de arte mudar o mundo, sendo as causas sociais uma 
simples estratégia de marketing. 
c) É difícil encontrar exemplos de artistas engajados em causas sociais, sendo essa atividade restrita a 
ONG’s e políticos. 
d) O rock que abraça causas sociais possui três momentos que se confundem com o percurso do líder 
do U2, Bono Vox. 
e) Os concertos beneficentes não ajudam na organização de políticas sociais, uma vez que o dinheiro 
não resolve os problemas das comunidades. 
 
3.Uma das funções atribuídas ao Rock, em destaque no texto da Revista Bravo! é: 
 
a) Emocionar o público com letras líricas e amorosas. 
b) Persuadir o público a consumir produtos e ideias vinculados à imagem da banda. 
c) Purificar a sociedade de sentimentos negativos, por meio da catarse. 
d) Expressar livremente ideias e sentimentos por parte dos artistas. 
e) Abraçar causas sociais, por meio, por exemplo, do prestígio junto a líderes mundiais. 
 
Texto para as questões 4 e 5 
 
DEUSES, criados à imagem dos Seres Humanos, por Eduardo Szklarz 
 
O filósofo Xenófanes (570-480 a.C.), em uma única frase, definiu como os gregos lidavam com suas 
divindades: “Os homens criaram os deuses à sua semelhança”. Os deuses gregos são mesmo 
humanos, demasiado humanos: Zeus, o mais poderoso deles, tinha uma fieira de amantes e se 
transformava ora em touro, ora em cisne para seduzir outras deusas, semideusas e mortais. Eles 
tomavam partido em guerras, fofocavam, e rivalizavam uns com os outros. 
 
A maioria das histórias da mitologia grega chegou até nós graças aos grandes poetas épicos, como 
Homero e Hesíodo, que compilaram as façanhas dos deuses semideuses e heróis. Mas muitos filósofos 
antigos questionaram a forma como os poetas apresentavam as divindades. “Segundo Platão, 
Homero atribuiu a elas ações indignas de um deus”, diz Jacyntho Lins Brandão, professor de língua e 
literatura gregas da UFMG. A castração de Urano por Cronos não escapou das críticas. “Para Platão, 
era absurdo que um deus pudesse fazer isso. E, para mesmo que esses episódios fossem verdadeiros, 
deveriam ser contados a iniciados, não para crianças e a população em geral.” Mas não era assim. As 
lendas, com cenas de amor, rivalidade, ódio, enfim, sentimentos explosivos e tão presentes em nós 
mortais, se transformaram em histórias que permeiam a civilização ocidental, serviram de inspiração 
para alguns dos maiores gênios da pintura e da música e até para o pai da psicanálise, Sigmund 
Freud. Mais do que qualquer coisa, são a base de nossa cultura.” (Revista Superinteressante, edição 
especial, julho de 2010, p. 10) 
 
4. No texto de Eduardo Szklarz, é possível observar a seguinte afirmação: “A maioria das histórias da 
mitologia grega chegou até nós graças aos grandes poetas épicos, como Homero e Hesíodo, que 
compilaram as façanhas dos deuses semideuses e heróis.”. Conforme o fragmento citado, é possível 
inferir que a finalidade do gênero épico é: 
a) Imortalizar heróis, deuses, semideuses e seus feitos em antigas civilizações. 
b) Narrar fatos cotidianos pra registrar os costumes da sociedade grega. 
c) Explorar os dramas humanos para promover a catarse nas classes dominantes. 
d) Expressar os sentimentos e comover o público por meio de histórias de amor e ódio. 
e) Divulgar formas de conduta em sociedade, por meio de humor moralizante. 
 
G:\2014\Pedagógico\Documentos\EXERCÍCIOS DE MONITORIA\Monit_1_Literatura_2Periodo_julho_Gabarito.doc 
4 
 CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN 
5. Assinale a alternativa cuja imagem traduza as ideias propostas pelo texto de Eduardo Szklarz: 
 
a) Abaporu, de Tarsila do Amaral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Catedral, Alfredo Volpi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Imortais, Tarsem Singh 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
G:\2014\Pedagógico\Documentos\EXERCÍCIOS DE MONITORIA\Monit_1_Literatura_2Periodo_julho_Gabarito.doc 
5 
 CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN 
d) Profeta Daniel, de Aleijadinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) Cordel Encantado, novela de Duca Rachid - Thelma Guedes 
 
 
 
 
 
 
Texto para as questões 6 e 7 
 
Inferno na terra, por Tiago Cordeiro 
 
Mosteiros se espalham pelo continente e logo se configuram como o grande (e único) centro de 
saber. "Em tempos sem imprensa e de ampla maioria de analfabetos, as bibliotecas dos mosteiros são 
um instrumento de controle. Mesmo nobres ricos só têm acesso a obras consideradas aceitáveis", 
afirma Patrick Geary, historiador da Universidade da Califórnia. Rica, aliás, também é a Igreja. 
Prospera com o dízimo e doações de terra, o que permite a proliferação das construções. As abadias 
funcionam como abrigo para os desvalidos. E para os enfermos, claro. As doenças são vistas como 
uma manifestação do mal. Os tratamentos consistem em emplastros (o mais comum é feito de mel e 
cocô de pombo), sangrias e orações. A ciência médica é rejeitada, e os conceitos, oriundos dos gregos, 
não identificam que enfermidades típicas do período - disenteria, ergotismo (envenenamento por 
cereal contaminado), peste bubônica - resultam das más condições de higiene e saneamento. (Revista 
Aventuras na História, abril de 2010, p. 30) 
 
6. O contexto a que se refere o texto, bem como a produção cultural representativa da época retratada 
no texto pode ser corretamente identificado em: 
 
a) Renascimento, produção de poemas épicos. 
b) Idade Média, cantigas e novelas de cavalaria. 
c) Antiguidade Clássica e poemas épicos. 
d) Renascimento e novelas de cavaleiros. 
e) Idade Moderna e narrativas em estilo de crônicas. 
 
G:\2014\Pedagógico\Documentos\EXERCÍCIOS DE MONITORIA\Monit_1_Literatura_2Periodo_julho_Gabarito.doc 
6 
 CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN 
7. Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente 
 
VEM UM SAPATEIRO COM SEU AVENTAL E CARREGADO DE FORMAS, E CHEGA AO BATEL 
INFERNAL, E DIZ: Hou da barca! 
 
Diabo: Quem vem ai? / Santo sapateiro honrado, /como vens tão carregado?... 
Sapateiro: Mandaram-me vir assi... / E pera onde é a viagem? 
Diabo: Pera o lago dos danados. 
Sapateiro: Os que morrem confessados / onde têm sua passagem? 
Diabo: Nom cures de mais linguagem[1]! / Esta é a tua barca, esta! 
Sapateiro: Arrenegaria[2] eu da festa / e da puta da barcagem[3]! / Como poderá isso ser, / confessado 
e comungado?!... 
Diabo: Tu morreste excomungado: / Nom o quiseste dizer. / Esperavas de viver, / calaste dous mil 
enganos... / Tu roubaste bem trint'anos / o povo com teu mester
[4]
. 
 
Glossário: 
 
1. não me venha com mais conversa 
2. amaldiçoaria 
3. carga da barca 
4. mestre 
 
A comparação entre os textos da Revista Aventuras na História do dramaturgo português Gil Vicente 
evidencia que: 
 
a) Os gêneros textuais são iguais, pois tem finalidades idênticas: informar aos leitores quanto às 
características específicas de determinado contexto social. 
b) Os textos pertencem a gêneros literários diferentes, uma vez que possuem finalidades distintas, 
respectivamente, promover a catarse e expressar os sentimentos do autor. 
c) Os textos pertencem a gêneros textuais distintos, sendo o primeiro de caráter denotativo-
informativo e o segundo, representante do gênero literário dramático. 
d) Os textos estabelecem uma relação de intertextualidade, sendo comum a eles não só o gênero 
literário, mas também o contexto a que se referem. 
e) A temática abordada pelo texto da Revista Aventuras na História é referenciado em gênero épico, 
conforme denotam os versos de estilo heroico e temática cristã. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
G:\2014\Pedagógico\Documentos\EXERCÍCIOS DE MONITORIA\Monit_1_Literatura_2Periodo_julho_Gabarito.doc 
7 
 CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN 
8. Texto 1 
“A época moderna, particularmente o século XX, caracterizou-se pela confiança na ciência, na técnica, 
na objetividade e na razão; a contrapartida foi a subestimação dos valores ditos espirituais, 
particularmente os mais ligados à emoção e à intuição. Se é certoque há uma arte do século XX e que 
essa arte ganhou peso e visibilidade na sociedade contemporânea, é impossível ignorar o quanto 
influiu nela a intenção de substituir o poético pelo científico, o intuitivo pelo racional, e com isso 
contribuiu para a crise a que ela chegou em nossos dias." 
(Ferreira Gullar, Crônicas para Jovens, p. 104) 
 
Texto 2 
“Tanto isso é verdade que muito raramente escrevo poesia, uma vez que a poesia nos obriga a voar. 
Essa é a razão por que, quando me pergunta, se eu sou o poeta Ferreira Gullar, eu respondo: ‘Às 
vezes’. Dá então para entender a dificuldade que tenho de discutir certas coisas com uma pessoa do 
signo de Balança, por exemplo. Essa minha amiga é de Balança, isto é, não só hesita, sobe e desce, 
como flutua o tempo todo.” 
(Ferreira Gullar, Crônicas para Jovens, p. 108). 
 
 
Nos textos 1 e 2 é possível reconhecer como elemento característico da estética textual: 
 
a) Uso de texto com escrita em versos, sendo assim, há acentuada expressão da subjetividade. 
b) Uso de figuras de linguagem, com predomínio de antítese, no texto 1, e metáfora, no texto 2. 
c) Estrutura dialógica, evidenciando a multiplicidade de vozes no discurso de Ferreira Gullar. 
d) Uso de linguagem denotativa, uma vez que o texto possui caráter essencialmente informativo. 
e) Uso de exemplos do cotidiano como recurso argumentativo para a defesa ideológica da tese do 
autor.

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