Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Inavan Dantas – Turma XIV - Medicina VENTILAÇÃO MECANICA Resumo para a Aula 04 – Prof. Marcela Abrantes VENTILAÇÃO PULMONAR A ventilação pulmonar é a renovação do ar da via condutora de ar para os pulmões e do ar do espaço alveolar que ocorre durante a inspiração e expiração pulmonar. A via condutora de ar e o espaço alveolar forma a via condutora- alveolar. Durante a ventilação, há a retirada de CO2 e há a oxigenação do sangue, além da umidificação das vias aéreas. Volumes Pulmonares: Temos 4 volumes que agem sobre os pulmões, são eles: o volume corrente (VC), o volume de reserva inspiratório (VRI), o volume de reserva expiratório (VRE) e o volume residual (VR). Volume Corrente (VC): é a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões durante um ciclo ventilatório (inspiração e expiração) e corresponde a cerca de 500ml; Volume de Reserva Inspiratório (VRI): é a quantidade de ar que pode entrar nos pulmões após uma inspiração corrente, e em uma inspiração máxima o VRI pode chegar a 3000ml; Volume de Reserva Expiratório (VRE): é a quantidade de ar que pode sair dos pulmões após uma expiração corrente, e em uma expiração máxima o VRE pode chegar a 1100ml; Volume Residual (VR): é a quantidade de ar que permanece no interior dos pulmões, mesmo após uma expiração forçada máxima. O VR é de cerca de 1200ml. Capacidades Pulmonares: Representam a soma de dois ou mais volumes pulmonares, e são importantíssimos durante a prova de função pulmonar (espirometria), para detectar doenças obstrutivas e/ou restritivas do sistema respiratório. Capacidade Inspiratória (CI): é a soma do VC e do VRI; Capacidade Residual Funcional (CRF): é a soma do VRE e do VR; Capacidade Vital (CV): é a soma do VC, do VRI e do VRE; Capacidade Pulmonar Total (CPT): é a soma de todos os volumes pulmonares (VC, VRI, VRE e VR) e em condições normais é de cerca de 5800ml. VENTILAÇÃO MECÂNICA A ventilação mecânica (VM) é um método artificial de ventilar pacientes com incapacidade de respirar espontaneamente. Esse método assiste ou substitui a respiração espontânea, diminuindo ou substituindo o trabalho respiratório do paciente. Consiste também em um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada. OBJETIVOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA Manutenção das trocas gasosas para a correção da hipoxemia e acidose respiratória associada à hipercapnia; Aliviar o trabalho da musculatura respiratória; Reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória; Diminuir o consumo de oxigênio, dessa forma reduzindo o desconforto respiratório; Permitir a aplicação de terapêuticas específicas. VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA X NÃO INVASIVA Nas duas situações, há a ventilação artificial por aplicação de pressão positiva nas vias aéreas. A diferença consiste na forma de liberação de pressão. Na Ventilação invasiva utiliza-se uma prótese introduzida na via aérea, como um tubo oro/nasotraqueal ou uma cânula de traqueostomia. Na Ventilação não invasiva, uma máscara é usada como interface entre o paciente e o ventilador artificial. 2 Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Inavan Dantas – Turma XIV - Medicina PRINCÍPIOS É realizada através de aparelhos que, intermitentemente, insuflam as vias respiratórias com volumes de ar (volume corrente - VT). O movimento do gás para dentro dos pulmões, cria um gradiente de pressão entre as vias aéreas superiores e os alvéolos, por um equipamento que diminua a pressão alveolar (ventilação por pressão negativa) ou que aumente a pressão da via aérea proximal (ventilação por pressão positiva). O ar utilizado contém uma concentração de O2 (FiO2) necessária para PaO2 adequada. A velocidade com que o ar será administrado (fluxo inspiratório -V) e se define a forma da onda de fluxo. O princípio do ventilador mecânico é gerar um fluxo de gás que produza determinada variação de volume com variação de pressão associada IMPLICAÇÕES HEMODINÂMICAS A VM é responsável por um aumento da pressão intratorácica e isso pode ter grande repercussões na hemodinâmica do paciente, portanto é de fundamento a monitorização hemodinâmica para garantir que a oferta de O2 aos tecidos e a perfusão tecidual estão sendo garantidos, evitando isquemia e danos aos órgãos. Na ventilação espontânea a pressão intratorácica é negativa na inspiração e positiva na expiração, enquanto que durante a ventilação mecânica, a pressão nas vias aéreas se mantém positiva durante todo o ciclo (desde que se use uma PEEP). VM com pressão positiva induz mudanças cíclicas do fluxo sanguíneo da Veia Cava, da artéria pulmonar e no fluxo da aorta. Durante a inspiração, diminui o fluxo de sangue na cava por compressão mecânica do coração e desse vaso, levando ao aumento da pressão no átrio direito. De acordo o mecanismo de Frank-Starling, na inspiração a redução na pré-carga ventricular direito resulta em uma diminuição do DC do VD e do fluxo sanguíneo para a artéria pulmonar, que leva a uma diminuição do enchimento do VE, reduzindo todo o DC. INDICAÇÕES Reanimação devido à PCR; Hipoventilação e apneia; Insuficiência respiratória devido a doença pulmonar intrínseca e hipoxemia; Falência mecânica do aparelho respiratório: Fraqueza muscular / Doenças neuromusculares / Paralisia e Comando respiratório instável (trauma craniano, acidente vascular cerebral, intoxicação exógena e abuso de drogas); Prevenção de complicações respiratórias: Restabelecimento pós-operatório de cirurgia de abdome superior, torácica de grande porte, deformidade torácica, obesidade mórbida, Parede torácica instável; Redução do trabalho muscular respiratório e fadiga muscular. Resumindo: Várias situações de insuficiência respiratória, com incapacidade de manutenção de valores adequados de O2e CO2 sanguíneos, com um gradiente (ou diferença) alvéolo-arterial de O2 [(PA-a)O2] e outros indicadores da eficiência das trocas gasosas (por exemplo: relação PaO2/FIO2) alterados. Hipoxemia com gradiente aumentado indica defeito nas trocas alvéolo-capilares (insuficiência respiratória hipoxêmica) Hipoxemia com gradiente normal é compatível com hipoxemia por Hipoventilação alveolar (insuficiência respiratória ventilatória) Relação PaO2/FiO2: Quantificação da gravidade da lesão pulmonar, comparação evolutiva e predição das mudanças na PaO2 se a FiO2 for elevada O valor normal em ar ambiente é acima de 300 Valores abaixo indicam deterioração de trocas < 200 sugerem -extrema gravidade do quadro respiratório Suporte ventilatório: Melhora relação ventilação/perfusão capilar -melhora PaO2 Aumenta a ventilação alveolar (melhora pH e PaCO2) Aumenta o volume pulmonar – diminui atelectasias Otimiza a capacidade residual pulmonar – CRF Reduz o trabalho muscular respiratório -diminuição do consumo de O2 sistêmico e miocárdico, diminui a pressão intracraniana e estabiliza a parede torácica 3 Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Inavan Dantas – Turma XIV - Medicina PARÂMETRO UTILIZADOS PARA INDICAÇÃO/AJUSTE DE VENTILAÇÃO MECÂNICA Tabela - III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica O CICLO VENTILATÓRIO É a repetição fásica e regular dos determinantes da função respiratória (pressão, fluxo, volume e tempo). Disparo: Momento de início da fase inspiratória Limite: Variável que vai controlar a amplitude do fluxo aéreo durante a entrega do volume corrente. Ciclagem: Momento em que termina a fase inspiratória e começa a fase expiratória É dividido em 4 fases: Fase inspiratória: Fase em que o ventilador realizaa insuflação pulmonar, conforme as propriedades elásticas e resistivas do sistema respiratório. Válvula inspiratória aberta. Mudança de fase (ciclagem): Transição entre a fase inspiratória e a fase expiratória Fase expiratória: Momento seguinte ao fechamento da válvula inspiratória e abertura da válvula expiratória, permitindo que a pressão do sistema respiratório equilibre-se com a pressão expiratória final determinada no ventilador Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória (disparo): Fase em que termina a expiração e ocorre o disparo (abertura da válvula ins) do ventilador, iniciando nova fase inspiratória. Determinantes do ciclo respiratório artificial Fase inspiratória Ventilação espontânea gradientes cíclicos de pressões entre alvéolos e VAS IPPV( intermitent positive pressure breathing)- forma tradicional de VM: sucessão dos determinantes dos ciclos respitatórios- fluxo, pressão, volume e tempo 4 Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Inavan Dantas – Turma XIV - Medicina Características da fase inspiratória Início: mecanismo de ativação do ventilador artificial- pressão/fluxo ou tempo, respectivamente modalidade ventilatória assistida ou controlada Limite: mecanismo inibidor da geração e aplicação excessiva de forças às vias aéreas do paciente. Mais utilizado: pressão Ciclagem ou finalização: variável que determina o término da fase inspiratória- pressão, fluxo ou tempo Fase expiratória Exalação PASSIVA da mistura de gases inalados e inativação do ventilador: regida pelos gradientes pressóricos entre alvéolos e VAS Tempo expiratório: intervalo que o ventilador permanece desativado, variando ou não, com a modalidade ventilatória Princípios fisiológicos aplicados à ventilação mecânica Aparelhos - insuflação das vias aéreas com volumes de ar (V) geração de pressão positiva (pressão nas vias aéreas- Pva) Pressão: Ao final da inspiração (pressão de pico-Ppi) Ao final da pausa inspiratória (pressão de platô- Pplat) Ao final da expiração (pressão positiva ao final da expiração-PEEP) No ar inspirado, controla-se: o Concentração de O2 (FiO2) necessária para normalidade da PaO2 o Velocidade com que o ar é administrado- fluxo inspiratório (Vi) o Número de ciclos (FR) consequência do tempo ins, que depende do fluxo e tempo exp o O tempo exp pode ser definido pelo paciente (ventilação assistida) ou pela programação do aparelho (controlada). CICLOS ESPONTÂNEOS, ASSISTIDOS E CONTROLADOS. Controlado: Modo em que o paciente não tem autonomia ventilatória alguma. Todo o ciclo é feito por um Ventilador mecânico. Assistido: Modo em que o paciente não tem autonomia ventilatória, porém é capaz de disparar o ventilador mecânico. Ciclos gerados pelo ventilador e transferidos ao paciente a partir de sua atividade neuromuscular. Espontâneo: Modo em que o paciente tem autonomia ventilatória, mas ainda pode receber um suporte pressórico, mesmo que seja mínimo. O ciclo é realizado pela atividade do próprio centro respiratório do paciente. 5 Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Inavan Dantas – Turma XIV - Medicina CONTROLES AJUSTADOS NA VM Ajustados por controles Diretos e indiretos Controles diretos: Volume corrente Freqüência respiratória Relação entre o tempo inspiratório e expiratório Controles Indiretos Pressão de insuflação Fluxo inspiratório Tempo inspiratório Tempo expiratório Controles Diretos ajustados na VM 1. Volume corrente (V): Volume de gás que entra e sai dos pulmões em cada ciclo respiratório Adultos: 8 a 12 mL por Kg de peso (média de 10 mL) Tendência a uso de menores volumes correntes (50%) em IRA 2. Frequência respiratória (f) Número de ciclos respiratórios completos executados num minuto Variação com idade Faixa etária Frequência Neonatos 40 a 60 ciclos/minuto Lactentes 30 a 40 ciclos/minuto Crianças 20 a 30 ciclos/minuto Adolescentes e adultos 10 a 20 ciclos/minuto 3. Relação entre o tempo inspiratório e tempo expiratório (R) Ciclo respiratório padrão: insuflação- deflação - pausa respiratória Insuflação - administração do V Deflação- saída do volume fornecido Pausa- sem movimento de gases Admite-se duração igual das fases Tempo inspiratório (I) - duração em s da insuflação Tempo expiratório (E) - duração em s da deflação mais pausa expiratória R- proporção entre tempos ins e exp. Normal- 1:2 Neonatos e lactentes novos- 1:1 Idosos – 1:3. Retardo na fase de deflação Controles indiretos Ajustados na VM 1. Pressão de insuflação Pressão que se estabelece na via áerea quando insuflamos os pulmões com um volume de gás de 1 V 2. Complacência toracopulmonar(C) P se relaciona com V por um “elo”- C V = P x C, valor próximo de 50 mL.cmH2O Não faz parte dos controles,mas parâmetro importante 3. Fluxo inspiratório(F) Velocidade de enchimento dos pulmões: divisão do V pelo I Medido em litros por minuto 6 Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Inavan Dantas – Turma XIV - Medicina 4. Tempo inspiratório(I) Tempo gasto para insuflação Função de 2 parâmetros diretos: f e R Se conhece a f, conhece a duração de um ciclo (DUC) Calculada a DUC, para saber I, só escolher R 5. Tempo expiratório(E) Tempo gasto para deflação e pausa expiratória Cálculo pelo mesmo raciocínio do I MODOS VENTILATÓRIOS Conjunto de ajustes de um ventilador que faz com que obedeça regras específicas. Atualmente quase todos são geradores de fluxo. Existe dois modos principais de trabalho: de volume controlado e de pressão controlada. Modo de Volume Controlado Os ciclos mandatórios têm como variável de controle o volume, são limitados a fluxo e ciclados a volume) É ajustado um determinado fluxo e um determinado volume corrente; Pressão da via aérea é consequência da mecânica pulmonar do paciente; Se complacência baixa e/ou resistência elevada – ventilador terá que desenvolver pressões altas para que o ar entre; Se excessivamente altas- risco de lesão da estrutura pulmonar (alarmes de pressão na via aérea); Garante a ventilação com volume determinado mesmo às custas de pressões elevadas. Modo de pressão controlada Os ciclos mandatórios têm como variável de controle a pressão, são limitados a pressão e ciclados a tempo. Aparelho ajustado para controlar a pressão da via aérea; Fluxo e volume dependem da mecânica pulmonar do paciente; Se complacência baixa ou resistência alta- ventilador não permite que ultrapasse limite de pressão- volume cai; Não garante volume, mas por se adequar melhor à mecânica do paciente indicada para grave comprometimento do sistema respiratório. MODALIDADES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA VCV (Ventilação com volume controlado) PCV (Ventilação com pressão controlada) PSV (Ventilação com suporte controlado) Ventilação mandatória contínua Todos os ciclos ventilatórios são disparados e/ou ciclados pelo ventilador (ciclos mandatórios). Quando o disparo ocorre pelo tempo - o modo é controlado Quando o disparo ocorre de acordo com pressão negativa ou fluxo positivo realizados pelo paciente - modo assistido/controlado 7 Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Inavan Dantas – Turma XIV - Medicina Ventilação mandatória contínua com volume controlado – modo controlado (VCV): Fixa-se a frequência respiratória, o volume corrente e o fluxo inspiratório. Disparo de acordo com a frequência respiratória pré-estabelecida (por exemplo, se a f for de 12 ipm, o disparo ocorrerá a cada 5 s) Disparo ocorre exclusivamente por tempo, ficando o comando sensibilidade desativado A transição entre a inspiração e a expiração (ciclagem) após a liberação do volume corrente pré-estabelecido em velocidade determinada pelo fluxo Ventilação mandatória contínua com volume controlado – modo assistido-controlado (VCV) F pode variar de acordo com o disparo decorrente do esforço inspiratório do paciente, porém tanto VC como o fluxo são constantes Se o paciente não atingir o valor pré-determinado de sensibilidade para disparar o aparelho, este manterá ciclos ventilatórios de acordo com a frequência respiratória mínima indicada pelo operador Ventilação mandatória contínua com pressão controlada – modo controlado (PCV) Fixa-se a f, o tempo inspiratório ou a relação TI/TE, e o limite de pressão inspiratória O disparo continua pré-determinado de acordo com a freqüência respiratória indicada, porém a ciclagem agora acontece de acordo com o tempo inspiratório ou com a relação TI/TE O volume corrente passa a depender da pressão inspiratória pré-estabelecida, das condições de impedância do sistema respiratório e do tempo inspiratório selecionado pelo operador Ventilação mandatória contínua com pressão controlada – modo assistido-controlado (PCV) No modo assistido-controlado, os ciclos ocorrem conforme o esforço do paciente ultrapasse a sensibilidade. O volume corrente obtido passa a depender também desse esforço Ventilação mandatória intermitente O ventilador oferece ciclos mandatórios a uma frequência pré-determinada, porém permite que ciclos espontâneos ocorram entre eles. Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV-synchronized intermittent mandatory ventilation) Quando o ventilador permite que o disparo dos ciclos mandatórios ocorra em sincronia com pressão negativa ou fluxo positivo realizado pelo paciente, que é o modo presente em todos os ventiladores modernos Pode ocorrer com volume controlado (os ciclos mandatórios têm como variável de controle o volume, são limitados a fluxo e ciclados a volume) ou com pressão controlada (os ciclos mandatórios têm como variável de controle a pressão, são limitados a pressão e ciclados a tempo). SIMV com volume controlado Fixa-se a fr, VC e o fluxo inspiratório, além do critério de sensibilidade para a ocorrência do disparo do ventilador pelo paciente Permite que o ventilador aplique os ciclos mandatórios pré-determinados em sincronia com o esforço inspiratório do paciente. Os ciclos mandatórios ocorrem na janela de tempo pré-determinada (de acordo com a frequência respiratória do SIMV), porém sincronizados com o disparo do paciente. Se houver uma apneia, o próximo ciclo será disparado por tempo até que retornem as incursões inspiratórias do paciente SIMV com pressão controlada Semelhante ao modo anterior, com a diferença que os parâmetros definidos pelo operador passam a ser a frequência respiratória, o tempo inspiratório ou a relação inspiração: expiração (relação TI: TE), e o limite de pressão inspiratória, além do critério de sensibilidade para a ocorrência do disparo do ventilador pelo paciente. SIMV (com volume controlado ou com pressão controlada) associada a ventilação com pressão de suporte Combinação das ventilações mandatórias sincronizadas com ventilações espontâneas assistidas através de pressão inspiratória pré-estabelecida (pressão de suporte) 8 Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Inavan Dantas – Turma XIV - Medicina Ventilação espontânea contínua Todos os ciclos ventilatórios são espontâneos, ou seja, disparados e ciclados pelo paciente Pose ser assistida pelo ventilador (o ventilador busca alcançar pressões pré-determinadas durante a inspiração - ventilação com pressão de suporte - PSV) ou não assistida pelo ventilador (o ventilador mantém uma pressão positiva durante todo o ciclo respiratório, tanto da inspiração como na expiração - pressão positiva nas vias aéreas - CPAP) Ventilação com pressão de suporte (PSV) Modo de ventilação mecânica espontânea, ou seja, disparado e ciclado pelo paciente, em que o ventilador assiste à ventilação através da manutenção de uma pressão positiva pré-determinada durante a inspiração até que o fluxo inspiratório do paciente reduza-se a um nível crítico, normalmente 25% do pico de fluxo inspiratório atingido. Permite que o paciente controle a freqüência respiratória e o tempo inspiratório e, dessa forma, o volume de ar inspirado. O volume corrente depende do esforço inspiratório, da pressão de suporte pré-estabelecida e da mecânica do sistema respiratório. Como desvantagem, este modo funciona apenas quando o paciente apresenta drive respiratório Pressão positiva contínua nas vias aéreas O ventilador permite que o paciente ventile espontaneamente, porém fornece uma pressurização contínua tanto na inspiração quanto na expiração. Modo de ventilação espontânea não assistida pelo ventilador O volume corrente depende do esforço inspiratório do paciente e das condições da mecânica respiratória do pulmão e da parede torácica. Referências BARBAS, Carmen Sílvia Valente; BUENO, Marco Aurélio Scarpinella; AMATO, Marcelo Britto Passos; HOELZ, Cristiane, JUNIOR, Milton Rodrigues. INTERAÇÃO CARDIOPULMONAR DURANTE A VENTILAÇÃO MECÂNICA. CTI-Adultos — Hospital Israelita Albert Einstein Endereço para correspondência: Av. Albert Einstein, 627 — 5o andar — CEP 05651-901— São Paulo — SP. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo Vol 8 No 406 3 Mai/Jun 1998. Disponível em <https://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/AlexandreAmbrozin/02.pdf>. Acessado em 25 de setembro de 2017. CARVALHO, Carlos Roberto Ribeiro de; TOUFEN JUNIOR, Carlos; FRANCA, Suelene Aires. Ventilação mecânica: princípios, análise gráfica e modalidades ventilatórias. J. bras. pneumol., São Paulo , v. 33, supl. 2, p. 54- 70, July 2007 Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- 37132007000800002&lng=en&nrm=iso>. access on 25 Sept. 2017.
Compartilhar