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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA CLEIDE ESTEVÃO DOS SANTOS N° 06 MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL MELHOR TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS MRSA KPC CURITIBA 2018 INTRODUÇÃO Estudos realizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2007), avaliam que a adesão da maioria das pessoas à prática da higienização das mãos de forma constante e na rotina diária ainda é insuficiente. Dessa forma, é necessária uma especial atenção de gestores públicos, administradores dos serviços de saúde e educadores para o incentivo e a sensibilização do profissional de saúde e aos demais cidadãos à questão. Todos devem estar conscientes da importância da higienização das mãos na assistência à saúde para a segurança e qualidade da atenção prestada. No sentido de contribuir com o aumento da adesão dos profissionais às boas práticas de higienização das mãos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2007) publica as orientações sobre “Higienização das Mãos em Serviços de Saúde”, que oferece informações atualizadas sobre esse procedimento com o objetivo de proporcionar aos profissionais e gestores dos serviços de saúde conhecimento técnico para embasar as ações relacionadas às práticas de higienização das mãos, visando à prevenção e à redução das infecções e promovendo a segurança de profissionais e demais envolvidos em pesquisas, usuários dos serviços de saúde, entre outros. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, também tem dedicado esforços na elaboração de diretrizes e estratégias de implantação de medidas visando à adesão à prática de higienização das mãos (ANVISA, 2007). Em decorrência da falta de consciência das pessoas sobre uma prática simples de higiene, muitos problemas relacionados às infecções por diversos microorganismos aumentam a cada dia, principalmente em setores da saúde. Como isso ocorre desde o início da humanidade, na medida em que o conhecimento científico foi se expandindo, foram criadas pesquisas e posteriormente produtos para identificar quais são os microorganismos mais frequentes e resistentes resultantes da falta de higiene das mãos. Partindo desse pressuposto, a presente pesquisa abordará sobre a correta higienização das mãos e também sobre MRSA e KPC. MELHOR TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS A higienização das mãos trata-se da medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação de infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. De acordo com a (ANVISA, 2007), a melhor técnica de lavagem das mãos deve ser da seguinte forma: 1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia; 2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante); 3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si; 4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa; 5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais; 6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa; 7. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa; 8. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa; 9. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa; 10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabão. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira; 11. Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Desprezar o papel-toalha na lixeira para resíduos comuns. MRSA O Agar MRSA é um meio cromogênico para o isolamento e diferenciação de Staphylococcus aureus meticilino resistente (MRSA). É composto por 80,4g de meio e mistura cromogênica, 1000 ml de suplemento seletivo e água deionizada, e possui uma fórmula padrão ajustada e/ou suplementada para satisfazer critérios de desempenho. A MRSA é a sigla inglesa para Staphylococcus aureus resistente à meticilina, nome de uma bactéria da família da Staphylococcus Aureus. O Staphylococcus Aureus é um tipo comum de bactéria. Cerca de 1 em cada 3 pessoas tem essa bactéria na superfície da pele ou no nariz sem desenvolver uma infecção. A isto se chama estar colonizado com a bactéria. Mas se esta bactéria conseguir entrar no corpo através de uma fenda na pele pode causar uma infecção. A Meticilina é um antibiótico usado para tratar a Staphylococcus Aureus. As MRSA são resistentes à Meticilina (e normalmente a outros antibióticos frequentemente utilizados para tratar infecções provocadas pela Staphylococcus Aureus). Bons hábitos de higiene (como a lavagem correta das mãos) são a melhor forma de evitar a propagação das MRSA. KPC A bactéria Klebsiella pneumoniae Carbapenemase, também conhecida como KPC, é um microorganismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar e que é resistente aos antibióticos. Os primeiros casos do microorganismo foram detectados em pacientes internados em UTI, quando foi identificada nos Estados Unidos no ano 2000, depois de ter sofrido uma mutação genética, gerando uma resistência a vários antibióticos e a grande capacidade de tornar resistentes outras bactérias. A bactéria KPC pode ser encontrada na água, em fezes, no solo, em vegetais, cereais e frutas. O contágio ocorre em ambiente hospitalar, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas (como o simples hábito de lavar as mãos) de desinfecção e higiene. Pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal. Crianças, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa ou submetidas a longos períodos de internação hospitalar (dentro ou fora da UTI) correm risco maior de contrair esse tipo de infecção. A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da espécie Klebsiella. Porém, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se fora do ambiente hospitalar. CONCLUSÃO A partir dessa pesquisa concluiu-se que de acordo com os códigos de ética dos profissionais de saúde e áreas correlacionadas, quando estes colocam em risco a saúde dos pacientes, dos resultados, de outras pessoas envolvidas no trabalho, podem ser responsabilizados por imperícia, negligência ou imprudência. Pois hábitos e práticas simples, irão determinar a ocorrência da proliferação de microorganismos como os apresentados nesse estudo, bem como a integridade, a qualidade do trabalho e principalmente a saúde e bem estar de todos. Embora existam vários instrumentos normativos que reforçam o papel da higienização das mãos como ação mais importante na prevenção e controle de infecções e apesar das diversas evidências científicas e das disposições legais, nota-se que grande parte dos profissionais e pessoas em geral ainda não segue essa recomendação em suas práticas diárias. REFERÊNCIAS Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. p52. ISBN 978-85-88233-26-3 1. Vigilância Sanitária. 2. Saúde Pública. I. Título. – Brasília : Anvisa, 2007 Meios Probac. Estudo da Bactéria KPC. Disponívelem: http://www.bacteriakpc.com.br/oque-e-bacteria-kpc/, acesso em 21 de março de 2018. MRSA MEIO DE CULTURA. Introdução à MRSA. Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=O+queo+meio+MRSA. Acesso em 21 de março de 2018.
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