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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ/RJ
Gerson, brasileiro, solteiro, médico, residente e domiciliado em vitória/ES devidamente cadastrado no CPF nº XXX e RG sob o nº XXX, veêm através de seu advogador devidamente constituído respeitosamente propor pelo procedimento comum:
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO GRATUITO
Em face de Bernardo, viúvo, residente e domiciliado em Salvador/BA e Janaína, menor impúbere representada por sua genitora,cujo cadastros e registros são ignorados, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir:
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
Os autores não têm interesse na realização da Audiência de Conciliação.
DOS FATOS
O 1º Autor é credor do requerido, residente em Salvador /BA, conforme nota promissória no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais) anexada aos autos, já vencida em 10/10/2016.
Ocorre que o então devedor, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fez uma doação,de seus dois imóveis, um localizado em na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares , ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00 , para sua filha Janaina , menor impúbere, residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com cláusula de usufruto vitalício em seu favor , além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais.
Cumpre salientar que suas dívidas ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, sendo certo que o móvel doado para sua filha está alugado para terceiros.
DO DIREITO
O Réu consciente do prejuízo que causaria, deu em doação seus bens com a intenção de se tornar insolvente, caracterizando assim um vício do negócio jurídico denominado fraude contra credores, o que acarreta à ele, sua anulação.
Tal direito, encontra-se previsto no Artigo 158, do código civil. Cabendo então ao Autor, total razão em seu pleito.
Para Alexandre Freitas Câmara: – “A fraude contra credores consiste, basicamente, na diminuição patrimonial do devedor até o ponto de reduzi-lo a insolvência. Tal diminuição patrimonial deve ter como consequência, para que fique configurada a fraude, uma situação econômica de insolvência, ou seja, é preciso que o devedor não mais tenha em seu patrimônio bens suficientes para garantir o cumprimento da obrigação.” (2013, p.218)
Como a doação ocorreu à um menor, o Ministério Público deve ser intimado para manifestar-se à esses autos como fiscal da ordem jurídica, conforme prevê o Art. 178, II, NCPC.
DOS PEDIDOS
1) A não realização da audiência de conciliação.
2)A intimação do Ministério Público, conforme o Artigo 178, II, NCPC.
3) A Anulação do negócio jurídico gratuito, consequentemente o julgamento procedente da presente ação.
4)A condenação dos réus aos pagamentos das custas processuais e honorários advocatícios.
DAS PROVAS
O Autor protesta por todos os meios de prova em lei admitidas, conforme preceitua o Artigo 369, NCPC.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
Nestes termos,
pede deferimento.

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