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UNESA- UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
TURMA: 3029 – DIREITO DO TRABALHO II
SEMANA 9: 
CASO CONCRETO: 
Ana Maria trabalhou na empresa Preço Bom Ltda., por 3 (três) anos. Foi dispensada imotivadamente em 20.04.2015, não tendo cumprido o aviso prévio. O empregador efetuou o depósito das verbas rescisórias na conta salário de Ana Maria no dia 29.04.2015, mas a homologação da ruptura contratual só ocorreu no dia 21.05.2015. Diante do caso apresentado, responda justificadamente se Ana Maria tem direito à multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, indicando o prazo máximo (dia, mês e ano) para a quitação das verbas da rescisão contratual. 
R: A questão versa sobre o pagamento das verbas oriundas da rescisão contratual. 
Não. Ana Maria não tem direito à multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT, pelo não pagamento das verbas, pois o prazo máximo para a quitação das verbas da rescisão contratual seria dia 30.04.2015.
Vejamos primeiro o que, em caso de não ocorrência de aviso prévio - como o informado no caso concreto - estipula o artigo 477§ 6º, b:
O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:                 
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou                   
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
Sendo assim, Ana Maria recebeu a notificação de demissão no dia 20.04.2015, excluindo-se o primeiro dia e contando-se o último conforme súmula 161 TST ( A contagem do prazo para quitação das verbas decorrentes da rescisão contratual prevista no artigo 477 da CLT exclui necessariamente o dia da notificação da demissão e inclui o dia do vencimento, em obediência ao disposto no artigo 132 do Código Civil de 2002 (artigo 125 do Código Civil de 1916) temos que o prazo correto para que o empregador efetuasse o pagamento seria no dia 30/04/2015. 
Sabendo que o empregador quitou o pagamento das verbas no dia 29/04/2015, não há que se falar em multa PELA NÃO QUITAÇÃO DOS VALORES segundo que preceitua o art. 477, §8º.
Porém, existem 2 correntes acerca da multa do artigo 477, § 8º com relação ao PRAZO DE HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃO. A primeira corrente aplica lateralidade do § 6º do artigo 477 CLT onde a MULTA SOMENTE É DÍVIDA PARA O ATRASO DO PAGAMENTO E NÃO DA HOMOLOGAÇÃO. Por outro lado a segunda corrente diz que os prazos previstos do § 6º do artigo 477, SE APLICA PARA O PAGAMENTO E PARA HOMOLOGAÇÃO, acarretando assim o pagamento da multa em caso de descumprimento de um ou de ambos atos. 
O atual entendimento majoritário segue a segunda corrente, baseando-se na tese de que o atraso da homologação também traz prejuízos financeiros porque o empregado só poderá sacar o FGTS e dar entrada no Seguro desemprego após à homologação. 
Considerando somente a data do pagamento ou quitação o empregador não deverá pagar a multa, pois seu prazo final seria no dia 30/04/2015. Se, ao contrario, considerarmos que o atraso da homologação também faz jus à multa, o empregador deverá pagar multa. 
QUESTÃO OBJETIVA 
1- Homologar a rescisão nada mais é do que efetuar o pagamento das verbas rescisórias a que o empregado fizer jus, nas entidades competentes, que orientarão e esclarecerão as partes sobre o cumprimento da lei. Tendo em vista a afirmativa, é correto dizer: 
a) O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 6 (seis) meses de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. CORRETA: b) O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. 
c) Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo Promotor de Justiça.
 d) O empregador em hipótese alguma poderá ser representado por preposto formalmente credenciado e o empregado, excepcionalmente, poderá ser representado por procurador legalmente constituído, com poderes expressos para receber e dar quitação.
 e) Tratando-se de empregado menor, será obrigatória, também, a presença e a assinatura do pai e da mãe respectivamente, ou de seu representante legal, que comprovará esta qualidade.

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