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Sistema
 de Ensino Presencial Conectado
CURSO SUPERIOR DE SERVIÇO SOCIAL
estéphany de mesquita magalhães
maria elizangela ximenes feijão
Analise 
do artigo
:
Empresa Brasileira de
 
Serviços Hospitalares:
um novo modelo de gestão?
 (SODRÉ, Francis et all)
Sobral
2013
estéphany de mesquita magalhães
maria elizangela ximenes feijão
Analise do artigo:
Empresa Brasileira de
 
Serviços Hospitalares:
um novo modelo de gestão?
 (SODRÉ, Francis et all)
Trabalho de Produção Textual Individual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Atividades Interdisciplinares.
Orientadores: Prof.ª: 
Amanda Boza, 
 Clarice Kernkamp, 
 
Rodrigo Zambon
 
Sobral
2013
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	6
2	DESENVOLVIMENTO	6
2.1	OBJETIVO E METODOLOGIA	6
2.2	ANÁLISE DESCRITIVA	7
2.3	OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL NOS PROGRAMAS E POLÍTICAS DE ATENDIMENTOS.	9
2.4	ANÁLISE CRÍTICA	10
3	CONCLUSÃO	12
4	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	13
INTRODUÇÃO 
Este trabalho apresentado como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas do sétimo semestre tem como objetivo fixação de conhecimentos abordados nas disciplinas de processos de trabalho e serviço social, estatística e indicadores sociais e oficina de formação: tecnologia da informação. Disciplinas estas que se mostram eficientes e totalmente necessárias no desenvolver do trabalho.
Este desenvolver consiste em uma abordagem analítica acerca do artigo de SODRÉ, Francis et all: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares: um novo modelo de gestão? Onde trata a discussão sobre a rede de gestão dos hospitais universitários federais, sucateados devido à ineficiência da administração de recursos e a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), como uma “privatização maquiada”.
DesenvolvimentO
objetivo e metodologia 
O autor apresenta um panorama em que se encontram os hospitais universitários federais inseridos em um contexto histórico marcado pela lógica produtivista, analisa a importância de boas práticas de gestão no processo de tomada de decisão das organizações hospitalares, ressaltando as vantagens de se gerir estrategicamente os custos dessa organização. 
Para que ocorra uma gestão eficiente, é necessário que o gestor conheça profundamente a organização em que atua, assim como o ambiente em que opera, avaliando possíveis impactos e buscando soluções eficazes, identificando ameaças e oportunidades, através de instrumentos gerenciais capazes de prover informações gerenciais estratégicas que possam criar e desenvolver vantagem competitiva sustentável. Sabendo que é uma empresa pública de direito privado, com formato de Sociedade Anônima, que vem propor a reestruturação progressiva dos HUFs discutindo, num âmbito maior, o tema do financiamento adequado e da qualificação das ações em saúde nos hospitais federais. Com fortes pressões do Ministério da Educação (MEC) para sua adesão, a EBSERH é encarada como um desdobramento continuísta da Medida Provisória – a MP 520, assinada no apagar das luzes pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e como consequência, vem enfrentando forte oposição da comunidade acadêmica e sindical. 
A metodologia empregada foi a pesquisa descritiva, desenvolvida pelo método qualitativo, com pesquisa manual, porcentagem, gráficos informativos, artigos e revistas científicas. Concluiu-se que é necessário que os hospitais se adéqüem às constantes transformações, revendo seus processos e modernizando seus modelos de gestão, para que consigam alcançar resultados que garantam sua continuidade no mercado. 
Análise descritiva
Figura 1 — Força de trabalho dos HUFs				 Total: 66.843
O gráfico de setores é um diagrama circular onde os valores de cada categoria estatística representada são proporcionais às respectivas medidas dos ângulos, a figura 1 mostra a divisão das forças de trabalho empregadas nos hospitais universitários federais (HUFs), onde percebemos a contratação de funcionários advindos de diferentes recursos financistas. Podemos identificar através deste gráfico que quase 50% do quadro de servidores provêm de serviços terceirizados, recibo de pagamento autônomo (RPA), solicitação de serviço de pessoa externa, assim como recursos da universidade e da fundação (CLT). Quando na realidade, este quadro deveria ser custeado inteiramente pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) regido pelo Regime Jurídico da União (RJU).
A partir destes dados percebemos que existem diferentes formas de contratação de profissionais o que promove intensa rotatividade de pessoal, gerando ineficiência e/ou escassez dos serviços oferecidos, bem como originando desigualdades entre funcionários de mesma categoria que laboram em uma mesma instituição. Essa conjuntura, além de gerar a escassez de serviços a comunidade e multiplicidade de vínculos que geram reflexos nos processos de trabalho, constitui o acumulo de uma dívida que, segundo o autor, resulta em um déficit de R$ 425 milhões (MEC/SUS).
Figura 2 — Totalização das dívidas dos HUFs	 Total: R$ 425.948.440,56
Os dados apresentado no gráfico da figura 2 representam as dividas acumuladas pelos HUFs, concentradas com maior intensidade em custeio de fornecedores e encargos trabalhistas. Enquanto neste aspecto, as dívidas bancárias acarretam inúmeros impasses aos HUFs, que recebem inúmeras propostas de gestores locais e governantes com o intuito de “flexibilização da captação de recursos” bem como “desvinculação dos hospitais de ensino das universidades”, o que resultaria em uma posterior privatização destes hospitais universitários federais (HUFs).
os processos de trabalho do serviço social nos programas e políticas de atendimentos. 
A assistência social baseia-se no enfoque multiprofissional e interdisciplinar; integra o programa institucional da qualidade e produtividade, com evidências de ciclos de melhoria; dispõe de sistema de satisfação dos clientes internos e externos e de avaliação do serviço, em comparação com referenciais adequados e de impacto junto à comunidade, sendo que as políticas sociais servem de estratégias utilizadas pelo estado com vista a reprodução e a preservação de ordem social, econômica e política do sistema. 
O serviço social desenvolve suas atribuições suas ações no dia-a-dia, através dos instrumentos-técnicos: observação, por se tratar de um processo que focaliza a realidade dos fatos e por se mostrar presente desde o primeiro contato com o usuário; abordagem, por ser a maneira mais fácil de manter uma aproximação, uma troca de conhecimentos, de relatos; entrevista por abstrair do momento, informações necessárias e importantes para o interesse da intervenção profissional; informação, por constituir em um conjunto de conhecimentos significativos que veicula informações de interesse do cliente e do assistente social; entre outras técnicas e práticas. 
Sabemos que o serviço social e um do mecanismo que operaciona os programas de políticas sociais ocupando uma posição significativa frente as demandas que buscam orientar os individuo para as suas necessidades sociais,faz –se necessário que o profissional tenha conhecimento acerca dos mecanismos estruturais das políticas públicas e como são aplicadas na sociedade em que está inserida, e quais são os meios de acesso ás mesmas, para que sua prática não seja simples assistencialismo, mas de um atendimento de caráter sócio-educativo que vise a construção do conhecimento crítico do usuário quanto aos seus direitos sociais e políticos, tanto em suas necessidades individuais quanto coletivas.
 análise crítica 
Atualmente a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, vem apresentando quadros de servidores insuficientes, como instalação física deficiente e subutilização da capacidade instalada para alta complexidade, reduzindoassim a oferta de serviços à comunidade.
Isso vem causando fechamentos de leitos hospitalares o fechamento de serviços, a deterioração de equipamentos, a falta de medicamentos e matérias básicos para o perfeito funcionamento desses hospitais a redução precarização da força efetiva de trabalho, a permanência de um parque tecnológico obsoleto e precário, a desmoralização desses hospitais frente a opinião pública, as péssimas condições técnicas e ambientais de trabalho, a desmotivação, a indignação e revolta de servidores públicos, estudantes e usuários, a deterioração dos seus prédios, a impossibilidade e inviabilidade de uma boa gestão.
Nossos governantes têm sido criativos ao inventar novas formas de privatização disfarçada. A empresa é pública porque pertence ao governo federal, mas seu modelo de gestão é privatizante, afirma Francisco da Cunha, integrante da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde. Além disso, existem instituições que, embora sejam públicas, exercem atividade econômica e prestam serviços no mercado, cobrando por isso. É o caso da Caixa Econômica Federal e dos Correios, por exemplo. Que sentido faz implementar esse modelo no SUS, que é um sistema universal, financiado por tributos, sem pagamento direto pelo usuário? “Certamente é uma porta aberta para a privatização”, completou.
 O modelo de Hospital universitário deve garantir a manutenção do tripé, ensino, pesquisa e extensão, vinculada à assistência integrada na rede SUS. Entendemos que o hospital universitário deve ofertar a população serviços públicos de qualidade, enquanto cumpre o seu papel de formar recursos humanos para atuação na área da saúde, desenvolver linhas de pesquisa que avancem na busca de soluções para as questões da saúde desde a atenção básica até os serviços mais especializados. Conectados, a extensão, o ensino, a pesquisa, e a assistência, por dentro do hospital universitário, construímos uma intervenção de qualidade e de referencia na rede SUS, na defesa da saúde de qualidade, como dever do Estado e direito de todos.
Reafirmamos que a origem do problema dos hospitais universitários não está só no modelo de gestão, também pela falta de uma política permanente de repasse de recursos para a manutenção dos mesmos e a ausência de investimento na ampliação do quadro de pessoal permanente, como parte da política de contingenciamento de investimentos.
O governo federal tem que se conscientizar que os hospitais precisam de investimentos, funcionários multidisciplinares preparados e capacitados, porem para isso acontecer cabe a ele investir, em materiais, concursos. Só assim iremos obter hospitais qualificados, com abrangência para todos os indivíduos. 
Conclusão
O artigo trabalhado se mostra como ferramenta funcional de apoio, pois aborda temas relativos ao meio social, bem como a educação e a saúde. Tratando principalmente da escassez e descaso dos hospitais universitários federais por parte dos ministérios envolvidos, o autor revela de forma objetiva e analítica o resultado desta escassez e propostas de intervenção para melhor usufruto das verbas destinadas a esses HUFs.
Percebemos neste contexto, que a má utilização das verbas pelos ministérios que regem os hospitais universitários, resulta em escassez de serviços e precarização de instituições de ensino, dando ensejo para o acumulo de dividas em favor de contratação de pessoal. Neste foco, o MEC juntamente ao Ministério Público, Orçamento e Gestão (MPOG), cria uma Medida Provisória, originando a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), com intuito de renovar o modelo de gestão dos HUFs. A EBSERH tem, entre suas competências, a função de administrar unidades hospitalares.
Porém a EBSERH não passa de um modelo de privatização disfarçada, pois segundo o autor, possui “personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio”. Com discurso modernizador, a empresa dá enfoque a uma privatização lenta, iniciada por equipamentos, exames e terceirização de funcionários, contudo o lucro obtido com serviços privatizados, segundo a lei n. 12.550/11, deve ser aplicado “em seu próprio objeto”. Desta forma, gera-se uma expectativa em torno da EBSERH suprir os problemas de gestão dos HUFs. 
Nesta conjuntura, adentramos a questão que este modelo de gestão está longe de ser a “melhor” alternativa, porém é colocada pelo governo federal como a “única”, que visa um melhor rendimento de serviços pelos HUFs, algo que não será implantado tão logo. Este processo se constituirá em muitos caminhos e inúmeros processos de implantação e teste de eficiência e eficácia até que se adquira o resultado esperado.
referências bibliográficas
Conselho Federal de Medicina. Hospitais universitários pedem socorro. Jornal do CFM. Brasília, ano 10 (87):21, nov. 1997.
BRUNETTA, Nádia e RIBEIRO, Regiane. Comunicação social na prática do assistente scocial: relações interpessoais. São Paulo, Person Prentice Hall, 2011.
KERNKAMP, Clarice da Luz; SAMPAIO, Helenara Regina e GARCIA, Regis. Estatística e indicadores sociais. São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2013.

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