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Aristóteles (384-322 a.C.) Lembrando Platão: Estado Justo: diversidades e desigualdades humanas; sistema social hierarquizado. Aristóteles: Análise social situações da realidade –> reflexão não axiológica Ética a Nicômaco – Livro V a justiça e suas espécies Justiça ação CONCRETA (não contemplativa) - deliberada – com a finalidade de ser justa ou injusta. Tal qual as demais virtudes -- um AGIR. Uma medida fixa, que vale sempre e em qualquer situação. Uma proporção dinâmica, fruto de uma realidade viva – aspectos histórico, social e político. 2 sentidos: a) universal b) particular. UNIVERSAL sentido lato, compreendida: a) na dimensão legal (respeito e cumprimento à lei que, no geral é tido como justa); b) virtude geral que se encontra em todas as demais virtudes. Ex.: caridade; temperança; bondade JUSTIÇA PARTICULAR O que é a Justiça enquanto virtude específica? Ou, de outro modo, o que é a justiça? O ato de dar a cada um o que é seu, uma ação de distribuição, que demanda uma qualidade de estabelecer o que é de cada qual. Divide-se em: distributiva, corretiva ou diortótica e reciprocidade. Justiça distributiva. Distribuição de riquezas, benefícios e honrarias” entre os cidadãos que podem ser considerados minimamente semelhantes. “dar a cada um segundo seu MÉRITO” Proporção geométrica - dois sujeitos em relação aos quais “se avalia a justa distribuição dos bens, e dois bens que serão divididos entre tais pessoas”. DESIGUALDADES NATURAIS E SOCIAIS Considerando que referida justiça é uma proporção, a proporcionalidade caracteriza o justo e sua falta o injusto. Ex.: Professor, quando aplica uma prova! Obs.: cidadãos relativamente iguais. Entre desiguais (ex.: senhor /// escravo; pai /// filho) não é possível falar-se em distribuição de justiça. “não pode haver injustiça no sentido irrestrito em relação a coisas que nos pertencem. filhos até uma certa idade ; escravos Como ninguém faz mal a si mesmo, não há justiça ou injustiça no sentido político em tais relações”. Proporção: Meio termo entre dois extremos: excesso e falta. Justiça corretiva, ou diortótica. Aplicada a todo tipo de relação de coordenação: PARIDADE DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES Proporção aritmética --- a = b Divide-se em: a) COMUTATIVA – que preside os contratos em geral – compra e venda, locação, empréstimo b) REPARATIVA “Nessa vertente a justiça é tratada como uma reparação do quinhão que foi, voluntária ou involuntariamente, subtraído de alguém por outrem.” Penal: reparação civil dos danos causados pelo crime. “os contratos, a troca, a compra e venda e mesmo a responsabilidade civil, podem ser pensados a partir da justiça corretiva. À perda de alguém corresponde uma correção equivalente”. Proporção aritmética: existe apenas entre coisas (devolução daquilo que foi acrescido a alguém), porque as pessoas são tomadas formalmente como iguais. Reciprocidade Forma especial de justiça e que ocorre na dimensão econômica, ou da produção (trocas entre profissionais – advogado, professor, engenheiro etc). Por exemplo, trocas entre: um alfaiate – um motorista – um economista só são justas se houver certa reciprocidade. A produção de um terno não tem o mesmo valor que a elaboração de um projeto financeiro, por exemplo. Uma saca de milho não vale a mesma coisa que um software. Ai entre o dinheiro --- equivalência universal entre produtos e serviços – possibilita a reciprocidade. Referência: BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de filosofia do direito. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2011. https://integrada.minhabiblioteca.com.br
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