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Capitulo 1 Introdução

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Introdução
A economia, seu objeto de estudo e método. 
Principais ramos da economia: economia descritiva, teoria econômica, política econômica. 
A macroeconomia e a microeconomia.
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Objeto de estudo da economia 
		É o comportamento humano resultante da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os limitados recursos disponíveis. 
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Escolhas entre fins possíveis (classificados por ordem de prioridades) 
e alocação dos meios disponíveis.
Isso implica a existência de questões: 
O Que, Quanto produzir, Como produzir, Para quem produzir?
Alocação de recursos (Eficiência)
Custos de oportunidades
Benefícios
Se não houvesse escassez de recursos, nem desejos insaciáveis, existiriam problemas econômicos?
Tem sentido falar em desperdícios ou gestão dos recursos? 
A escolha é feita de formas diferentes, dependendo do sistema econômico vigente.
Em modelos de economias socialistas, a escolha é centralizada.
Nos modelos de economias capitalistas, as decisões são individualizadas através do chamado libre mecanismo de mercado. 
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Economia
Para Dornbusch, a economia é simplesmente “o estudo de como a sociedade decide o que e quanto, como e para quem produzir”. 
A economia é a ciência que se preocupa com o estudo das leis econômicas, indicadoras do caminho que deve ser seguido para que seja mantida em nível elevado a produtividade, melhorando o padrão de vida da população e empregando corretamente os recursos escassos. (Paul A. Samuelson)
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Método
Na elaboração das bases teórica da economia, como ocorre em qualquer outra ciência, se parte de premissas e emprega um método.
A teoria da firma, por exemplo, começa com uma premissa simples – as empresas procuram maximizar seus lucros.
A palavra método significa o caminho para chegar a um fim e adquirir conhecimento. 
Ele representa a aplicação de um conjunto de processos racionais para a investigação, compreensão, previsão do comportamento dos fatos concretos da realidade e, desta forma, controlar situações futuras.
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Três processos metodológicos
Usualmente o método conta com três processos básicos, mediante os quais pode ser objetivamente sistematizada e explicada a realidade:
o processo de reconhecimento;
a indução;
a dedução.
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O processo de reconhecimento
O reconhecimento é a base do sistema de investigação científica. 
Ele está constituído pelo conjunto de operações mediante as quais os eventos e fatos reais são adequadamente observados, levantados, detalhados, classificados e conceituados de forma neutral e desprovida de valores éticos.
O reconhecimento inclui o procedimento que permite decompor o todo em suas partes constituintes (Análise).
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INDUÇÃO (do particular para o geral)
A Indução consiste na sistematização objetiva dos fatos analisados. É um processo de síntese. 
Procura inferir verdades genéricas que permitam elucidar o comportamento e a inter-relação entre os principais conceitos, no sentido de que se possam ser elaborado um sistema de princípios, teorias e leis ou modelos explicativos da realidade. 
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INDUÇÃO (do particular para o geral)
Esse sistema é geral e objetiva representar de uma forma simplificada a realidade, prever as tendências do mundo real e simular fenômenos observados empiricamente ou não.
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INDUÇÃO (do particular para o geral)
Os modelos devem ser entendidos dentro dos limites circunstanciais das ciências sociais. 
O grau de certeza e exatidão com que os economistas e administradores formulam e utilizam sua teoria não pode ser comparado com o que prevalece nas ciências que realizam experimentos controlados. 
Essas últimas disciplinas, para analisar as propriedades de seus objetos de estudo, utilizam dados experimentais, que permitem rigorosamente determinar e programar o real comportamento desses objetos.
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INDUÇÃO (do particular para o geral)
Nas ciências sociais, o objeto de estudo é o homem, um ser racionais e emocionais a mesmo tempo, capaz de  influir voluntariamente na direção e na intensidade dos fatos de que participa. 
Isso conduz a resultados probabilísticos. 
O campo de trabalho das ciências sociais é a própria sociedade, cujo comportamento - por maior que seja o entendimento de sua dialética inerente - não pode ser deterministicamente quantificada, controlada. 
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INDUÇÃO (do particular para o geral)
As teorias, leis e modelos não são absolutos, devem ser permanentemente confrontadas com a realidade, no sentido de que sejam validadas ou reelaboradas de acordo com as novas realidades. 
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DEDUÇÃO (do geral para o particular)
O processo dedutivo, ao contrario do indutivo, parte das teorias gerais elaboradas anteriormente e tomadas como axiomas para estabelecer, entender e definir o comportamento de casos específicos; ou seja, para resolver problemas reais (menos gerais). 
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DEDUÇÃO (do geral para o particular)
Na dedução, se todas as premissas são certas a conclusão é verdadeira. 
Esse princípio foi amplamente utilizado pela escolástica medieval, por exemplo, no campo da Teologia. 
O princípio canônico medieval, segundo o qual o dinheiro não deve produzir frutos.
Quando os fatos particulares não confirmam satisfatoriamente o sistema de princípios gerais, de teorias e leis ou modelos elaborados, o processo dedutivo motiva uma complementação, modernização ou rejeição de dito sistema. 
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Principais ramos da economia
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ECONOMIA DESCRITIVA 
É considerada o ramo da economia responsável pelo reconhecimento.  
Ela é também chamada Economia Descritiva, Estatística Econômica, Contabilidade Social ou Empresarial . 
A maior parte deste trabalho, no Brasil, é feito pelo IBGE, Banco Central, Ministérios e Associações Empresariais e Sindicais. 
 
 
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ECONOMIA DESCRITIVA 
O levantamento e a classificação dos fatos econômicos são processos muito complexos. 
Para adquirir significado os fatos levantados devem conduzir a uma teoria. 
Neste sentido, o processo de reconhecimento nunca deve prescindir de hipóteses.  
Deve utiliza uma combinação dos métodos dedutivo e indutivo (positivismo lógico). 
Se pura e simplesmente construímos uma ‘montanha’ de dados sem qualquer referencial teórico ou projeto, o mais provável é que nós percamos nos dados e gastaremos tempo. 
 
 
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Teoria Econômica
A Teoria Econômica é o outro ramo das ciências econômicas que sistematiza a classificação realizada pela Economia Descritiva. 
Esta sistematização deve ser capaz de:
 ligar conceitos entre si, 
mostrar as cadeias de ações e reações manifestadas, e 
estabelecer as relações subjacentes que identifiquem os graus de dependência de dados fenômenos em relação a outros. 
Ela deve explicar, prever e permitir simular fenômenos observados empiricamente ou não.
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Teoria Econômica
Teoria econômica está composta por dois ramos principais: a Microeconomia e a Macroeconomia. 
Até os anos 30 do século XX não existia essa distinção.
Os economistas desses anos, partindo da hipótese do comportamento humano racional e da filosofia liberal, cuidavam basicamente dos agentes econômicos privados em suas atividades de produção e consumo. 
Eles acreditavam que se os agentes atuassem livremente, sem nenhuma intervenção governamental, seguindo as leis do mercado, o mecanismo global da economia era auto ajustável em virtude da eficiência dos mercados. 
Portanto, aquilo que viria a ser identificado como Teoria Macroeconômica era claramente de interesse secundário.
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Teoria Econômica
Só após da Grande Depressão do inicio da década dos 30 e da edição da obra de Jonh M. Keynes “Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda”, que descreve algumas da causas desta crise e critica o modelo teórico clássico, o interesse pelo estudo da economia como um todo aumento. 
Assim, inicia-se uma transformação teórica de tal ordem que vários autores decidirem denominá-la “Revolução Keynesiana”.
A Macroeconomia trata do funcionamento
da economia como um todo. 
A Microeconomia explica o funcionamento dos mercados  e o comportamento dos consumidores e produtores individuais. 
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POLÍTICA ECONÔMICA 
Os desenvolvimentos da Teoria Econômica têm a finalidade de servir como base à Política Econômica. 
Por isto a Política Econômica é chamada também Economia Aplicada, Dedutiva. 
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POLÍTICA ECONÔMICA 
A utilização da teoria econômica terá a finalidade de conduzir mais adequadamente a ação, com vista a realizar eficientemente os objetivos predeterminados pelos diversos agentes. 
 Assim, por exemplo, quando empregamos a expressão Política Econômica Governamental estamos referindo-nos às ações práticas desenvolvidas pelo Governo, com a finalidade de condicionar e conduzir o sistema econômico, no sentido de que sejam alcançados os objetivos politicamente estabelecidos. 
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POLÍTICA ECONÔMICA 
Devido à complexidade do mundo socioeconômico, as ações governamentais devem ter o respaldo da Teoria Econômica, uma vez que só esta ultima pude explicar, prognosticar e justificar as ações praticas do Governo. 
Outra característica da Política Econômica é que ela é uma Economia Normativa, a diferencia da Economia Descritiva e da Teoria Econômica, que são ciências Positivas.
A grande preocupação dos economistas neo-positivistas é separar a ciência da ideologia, eliminando do discurso científico os juízos de valor, achismos e as proposições imprecisas, transcendentes.
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POLÍTICA ECONÔMICA 
Quando nos encontramos no campo positivo nos interessamos em investigar os aspetos objetivos da realidade empírica, o fato da forma como ele é, fui ou será, sem que haja qualquer intenção de julgar a realidade, ou de alterar o curso dos eventos. Não pretendemos dizer como os fatos deverem ser. Dizemos apenas como eles se apresentam e inter-relacionam. Não fazemos qualquer julgamento ético e ideológico. 
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POLÍTICA ECONÔMICA 
Agoura, quando passamos dos campos positivos para o domínio da Política Econômica, como ramo normativo, damos um enfoque bem diferente do anterior, procuramos examinar ou propor como os fatos devem ser.   
Muitas vezes queremos ir além da explicação e da previsão, fazendo perguntas do tipo “o que será melhor”. 
Como a análise normativa é frequentemente influenciada por juízos de valor é difícil separar a função teórica da função política do cientistas sociais. 
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POLÍTICA ECONÔMICA 
Paul Samuelson dizia que não existe uma teoria econômica para os trabalhadores e outra para os empresários. 
Porém, existe Políticas Econômicas que representam os interesses das classes operarias, medias, altas. Esta é a razão pela qual os aspetos das políticas econômicas são polêmicos.
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