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63 Anticoncepção no Puerpério Métodos Anticonceptivos no Puerpêrio Amm orrci.a de Lacuçlo DIU Prognta~nio O periodn pós-parto é époc.\ de slgnific:trivas alterações tisicas. rnlOdon:tis e sociais p~r.a muitas mulheres. No entanto, é fl'(dodo apropriado PJt.:l .xun:;dh:~.mcnto de planc;amento fami· h:n,nio só porque a puérpcr.t tem muito intercs~em es~ ç.ar seus filhos, nus ~mbém porca~ de~ rn.'SCOÇ'3 00 hospit-aL srndo momento propic:io par.t ser oric'nt.lda por p<'SS03S esp«lalmente trein~as. objeti,•.tndo ~'U retorno para o amhul:at6rio de pb.ocj.unrnto &mtliar no perkKJo mai\aprupriado,OUSC'J:I.,n.uscissem.1nat~a~K"UpóiTIO. o ~p.lÇamento entre os filhos e importante fator de.' s.Júdc p~'1blica c f.,mUi:u, pois, .llém da rec:uper:açlo fT~tca da rnac, a ,\m.uncntaçlo é fundamental paro~ J sa.Udc do recém-nascido (RK), fatores importantes n>l rcdu(:lo cb mortalidade infomtil. E.nudos do Centro L.1tino Amc:· ric:mQ de Pcrinatologi.l (CLAI', .\fontevidéu, Uruguai) e do DtparhHtnt of Publir Healtll Sm;fus (lf L'mtcá St(l/(f comprovar.am que o Intervalo kle3l ent~ p~rto5 é de: tn.'s acincoanos.1 Acduaçionopós-putowbrcousodrant•concepcio- n:.•~t componente de rotin.t n:..tlta da p:acitnte ~m mUit~ pahe:.. Tal tduc~io é b.uc.Jda nJ. c:ompr«ns:toda rec~ tivkladc dJ rduc.tçlo contrxcpt!V.\ durante o pm<x.lo de pós-p.1rtO c n.1 presumida falta de ;ace~~o a es~ informaçlo depois do pucrpérk.).2 1\mauryTeixcira Leite Andrade José P.lixão de Souza Medicina Baseada em Evidência para Métodos Contraceptivos Métodos contr.Keptivos par.-. mulhcl'\:s ('ll\ ;unamcnta- çio ck\•em ser seguros para a mãe c para o nx~m-n.1sc:ido e n:lo podem im('rft'.rirnJ b.ct~~o. M ÉTODOS ANT ICONCEPT I VOS NO PUERPÉRIO O contrJ:ccpti\'o nu.is naturJI ~o método dJ. Jmcnor- rcu da ltct<1çio (LAM). Tem98% de e~clcu d~ que a bct.lnteobedeç,a a tl'i!$ o itérios simp!cs: amamentaçlo e~ dusivõl no peito, pennanc~ncia cm amcnorrei.l e observar o !imite de seis meses após o parto (Qpadru63. l).l Qu<1dro 63.1 I Método d.lamcnorrei~ <b bcuçlo Amamentação total no peito Permcnência em M'lenorreia Ut luaçio por um perfudo de até seis moses ctpós o pano O clcJD('nto-cha\'"e controlador dc.uc método é o Im- pacto do estimulo de sucçio no centro gerador de pulsos do GnRf l : a duraçJo da amcnori'C'Ia !act.Kional estJ.dirc- tamcntc relacionada com .1 frequénci;J. da ~ucçlo, situ.lçJo ímp.1r e-ntre ;1 m3( e o l:~ctentc. Amamcntaçio c.xclu,iva prO\~c(eito contracepth'O confiivél nos ptimtirossci~ mt· ses_ Independentemente do meo.msmo, .l amamentaçio m mo método contrJ.ceptivo permitl' ~ màc uur o único supressor n.1tur:~l d.l fcrtihcbdc (Qladros 63.2<' 63.3). Qu:~dro 63. 21 V.mtag~nsda amcnoneiadakctaçlo ~atna~nçlo dagmtdezpe~s pof seis me~ Estimula a amamentação - - - --- -- - --- - - NãoMcustas N!!ohá efeitoscolaterais Supro a AN com o me!Mr ai 'menta Previneinfccç~es - - - - ---- -- - Aproxima a mãe do RN Quadro 63. li Dc:sv.tntasensW .amenornu d;~l.tctaçlo Eficácia diminui cpósseismeses ~t&Çào frequente díflc:i para a IT'kllhet qtHI trabalha lOfa - -------Aus~ncia do proteça:o contra OST Possibilidade de passar HIV para o filho A M ENO RREIA OH L ACT AÇÁO A usuJri:1 do LAM d~ S<.'f oricnt.1da par;1 uma SU.l\'C tr.lll~içào p:~.ra outro método .lfX;s leis mesc'S ou quando d1minuir a frcqukiC" <h :~ mJ.mcntaçlo ou, :~ioda. quJ;ndo intruduur outro aHm(nto além do kitc matC'nlO na dieta doS<U filho (Figul363" 1) Com 2S mudanças de hib1tos de vida, a ama mcnt;~.ç:io ~xduSI\'.1 deiXJ. tk ser confi~~·d par:~. a.5 mulht>rtS bras.ilt-i· ra-.,pou notnmromêsdo pós partoape:n.1s S14tiestiocm amenorrcl.a, que é pré·rC"qu11ito básico de proteçlo pelo LAM. Conqderando-se esse fato, impbe·se .1. introduç:ió de outro mkodo,como, portxcmplo, .a. mmipíhlla. que tem apenas o progcl>tagénio em SU.l composlçáo e que não te-m lnlp;ldO.S ncgati\'OS na q ualxbdtou N quanucbdedo lc1tC matttno, Stfldo, port.lnto, u método hormomtl rle c~ollu pi ra amulhcrlact.ulte (Quadro 63. 4). QJ.HLdro 63. 4 1.\tfinipflubs, só de p!'ogtStag~rl kl M#iiiiii!.!ii!,i@ifj' 1\i.ê.Ad !,E Desogestrol 75 Cerazene LN~ona-- - -, J5õ J Ma;.;- l evonorgestrel 30 Nortre! I r----------~r~~· 1~-------~; -~ - 1002 Amamll'ltaçãa *' t&Amamonta1 Ex<:lusj (LAMJ T I J j N!O cleseJa/ I Não poOO eog•avalhlr r-;;k-, lnj~ Trensdérmito .AAel Vagi'lal ,....., .. OIU Jã a pi lula combin;~.da, pd.t associaç3o do proge!>tagênio com o est~nio, pode alt~nu a quantKI.We e a qualid~ do leite mat~ri"K\J.Itmd.eencurtar .1.duracão dalact~ Por isso, ..l Orgamuç.io .\iundi.ll d.a Sa(Kit (OMS) rccomend.J. que a mulher lactante só inicie o u.o;o d.1 pilula combinada (AOC) <IJXh o StXTO mês do p.uto, indepcndcntcnw11te da dose hormOOJ.I. poi,, uma VC"Z bcm·e.~ubeledda J l:.ct~OO, a introdução do CS(rogênlo nSo mau oll'cwrá a anumenl.lçio. ~ DIU Outr.t opc,;;'io interen.1ntc par:a :a mulhe.- no pu~ rio é o uso do DIU de cobre, método de dn·o~.da dicld.1, bo~.rato, SIU lnjCtável Levonorgestrel E-t P Nuvanng Acetato do 1 Depo provera DMP Contra~ep E•P Me"'JJ'l8 Pertutan Mensal 3meses de uso prolongado, que pode ser irt'ôerldo .a~ ~is ~ma- f . u·•og&nb; ' · Pf091$1agf.~ IO: ()WP .. ~ll.ll~09"tar:g: na:s do p.trto. Segundo oricntaçào da 0\.f$, o DIU d~ CO· SIU · •· n;rna in t111ut~no le'o'OI'IOr;o&tto lxt! pode ser ln~rido Iugo apó.s .1 u ld.l da plac~t..l, tanto no parto ~'ilginal como n.t ccsari;uu (<de 48 hor.lS) ou, :uncb., •pósqu31ro..,,nudopuctp~no. M EDICINA BASEADA EM E v i DÊNCIA PROGBSTAGtNIO Ü~ ootros método5 que U.s.lffi somente O progt'St3~ nio, como o impi.J.nte de etonogcstrel ou o in~t.\v('\ tri- n~stTJ.I de dcpomcdroxipmgesterona, podem tambem ser iniciados sd.~ senunas ;,pósopJrlu. Qp.mdo a mulher já; c.sti am.1.ment2ndo h.1 m:lt..t de ~s nlC'st-.S ou cst! ~ndo ..1 mmlpflul;;~ e/ou qu:mdo n1o anumentJ. (Figura 63. 1). podem C$ta.rpreK"ntes duas satu- ;l(ÕO: :;tpcnas qucrercspaçarm filhos ou não querer ou não poder ter m.:. i~ filhos. Na priml'ir.t .,it\l.tçlo (cspaç~um:nto de filhos), qualquer método podem str utilízado, até me~; mo os dmnaJO$ naiUr~is ou comport;ament.lts. >Jo ent.:.nto. na M"gunda Sttu;lÇlo quando considcr.a sua fam~ia completa ou qu;~.ndo 1"10\',\ gr.1\·idez ~ria risco de morte , apen:1s os nWtudos de alt:l di.d.óa devem ser utilizJ.dOS.. Se: .1 mulher C jovt'!m, os mé-todos l~mpor.írios ckvem St."f' pre:fmdos. como 0$ divtrsos mttodos hormo- ru.is {Qp.ldro 63. 5) QU os dispos1th"'.S intrautennosde co- bre ou ~stema intrautcrino de k\'OilOrgt..'SI.rcl Para o casal com idade reprodutiVJ. mais ol\'.li'IÇ:tda (mulher :acim a. de 3S J.a\OS, hol'r'lt'm acima de 40 :anos) ou qu:ant.lo a gravlckz. reprckntar :alto n.sco par:a a ~tíck da mulhft. tam"'-~ os metodos c1túrgicos {lig.ldura tub.lria ou v;tsec:tom i.l) podem ser oooslderJ.dos A.tlticontrpç~noPutrpério PARA MÉTODOS CONTRACEPTIVOS t-.tudos de et•idCnci:a em mêtodos contr:te~i\~ no pós p.!.rtosJ.omuitotso"SS$. l.,.e\.11nta1ocnt~ ~ ~~ EDLINI::. c l,n!:-:\iEOUK.E c Cochr.ane Library publ.bd~ entre 1980 c 2005 para o mé-todo imphnte subcut.\llCO de etonogestrd sugerem que nlo h.l deitoadv~rso no.t implante~ de etooogc-strd na bct.IÇlo e no de$envulvnnento do recém-nawdo._) Estudos completo' d:a Cochranc ltbraryli .sob«- DIUs revelam São o~ métodos revcrsÍ\•cis mais usados cm todo ( l munda; t:anto os: Dlt:s de cobre como o silt~m:a mttauteri- no de b'Onorg~rd .lpn.'SCntam :ald.,;Sima dic..kia.; in.o;erçOcs in'K"di.at õl.~ após parto c .1borto sioscgur . .lS c eficazes En:lfncia basead.1 cm e~udos .sistcmJ.ttcm e testes controladoi p;~.ra mulheres rM) pós-parto tambtm l'e\~ lam que os DIUs ~seguros e c fie..\~ métodosp;,ra c5sc período'. r.~tudos de evklCnci.l d01 CIR..f: (Conti11uous ldtt:t:6m- tMmoJRt!-tarcl• 6v'idcnrt),da PubMcd c da Cochrane Übr.t- ry k1IOS 1"--la OMS entre 1966 e janeiro de 2008. considt'- rados .dguns d~ pila.m d:aquda cntid.tde, iodlc:-lm: 1003 I t • A repetiçio da inJeção trimestral de acetato de de· p(>medmxip:-c:,ge$1erona (DTvfPA) pode <ttr,uar até quatro scman;1~, pOis o ri~ço d~ uvubçàu é mínimo .1pós trCs mcses da injeçào anterior; • os D!Us de cobre c de levonorgcstrcli . .'I(':Jdt'm ser in- seridos até 48 horas dcpoi~ do parto ou C'L">ariana, indusivc imediatamente após a sJida da placenta; • o UMl de e!.teroides não inthnutórios pode rcdtllir o~ngramento anormal com a D.\WA. Nesses mesmos estudos da OMS,~ evidências mos- tram que o Dlt; de ~::obre pode ser inserido como categoria 1 (uso em qualqu<'r cucunsUne~a) até 48 horas Jpós o par- to ou após quatro semanJs deste, ao passo que o DIU que liberalevonorgestrd é categoria J apenas quando a pacien- te não esta amamcnt.mdo, mas~ catcgoria. 3 (de prcrcrl:n- ciJ. não u~J.ro método) q u<~nclo lactando. A OrganíLa~·ão Mundial da Saúde (OMS). em sua publi- cação intituladJ. Mtdita! e!csif>ilitycritrri.1jor co11tmupfit'f u<t,~ categoriza os métodos conmccpt:ivos em quatro grupos, sendo: 1 • Ausência. de restrição para uso do método; 2 .. As \1;mtagens do mêtn<lo.em geral, superam os ri5· c o~ leéritos ôu cornprovadt1~ 00 me,~ mó; 3 .. Os ris«.Js lCÚricóS (lu cómpnwadt)~ do m~t(xlo S\l· peram a.~ vant:J.b'<'m do UMI do mesmo; 4 "" Os r1sc.os do uso s.'to inaccit.\vl"is Do ponto de vista pd.tico, sigt~ificJ. que, sendo d:1 cate- goria l, o método podc ser us..1do sem rcstriç.'to: sendo th categoria 2, pode, em gcr.ll. ser m.uio; sendo da categoria 3, o método não deve ser utilizado, l.a)y~J em :\ituaçôe) ex ccpcionais, de r isco ele,· ado, se nova gravidez e inexi~tencia de outros mlhtx.Jo.~ di.~poniveiS; e \~ndo da categoria 4, o método é ümtr;~indicado. Os quadcos6.l6 ,, 6J.8 apresentam J. c.\lcgori:t.J.çio dos métodos comr~cepii_\"'S em divers..1s simt~çõcs díok,\S de acordo com a OMS SJJ·UIGé~ategor<a 1 em •!o l!:tentcsc:J. CIT ~:Jrtcsoo ;:6s·p:lfto: COC • coo:·ac~:>ti«~ ::.rat rt.: :nt!"ndo: CJC .conuacw.·~oin;~t[j·,·rj r~1ri!"r3!1o; T'- !ra-sdérMi:c. A • arel~fl!froal, F:•C • p'IJiade proç!stagt.rlio; ilM PA • ao:et!tOd~ ne;m~ipro~trSteroM depot: HET-E\I .. enantnod ~ norBtish:!lona; DIJ· Cu • :!ispi)'l t 'IQ illtraut~i ·:~decOOr~; SIU-L ·~ • sisterr! irtmJtef.rto de le·,·OOOf~~~trel: :>S • prc1sOO sistó1ic!l; PO '" pre ~~o d!!t:.~o:a. l'IP • trorrbosc -.enco:a prc1Jr~a: (f' . enC~b pu!TlOOar; PMG • -:fiai::€1EIS ·'l"!'•:tút'S!)ll~I:JoeicMI 1004 Noções Prátk~s de Obstetrícia Quadro 63.71 C.negomaç;)() tJos ~lodosoonrl'3ctp11YOJ tm l!luaçóesdínic.u comuns TVP/EP em anticoagulaç,&o HistOria familiar W gaul Nã() compf<cada Complicada COC • WJtJ«:!!'f'! \1(1)1 :0 C:)f"'~Mdo;CIC · to,tr~tmi·je:.hot (()ntf\ado, ~ -tr• •sdêrn:o;R · ~ rel 'l'ag MI. r~( · l)1de óeproçe1t~; 0\f'A • acetatldlrl 'Tll!dr:ll progtstcrona~!JIOt. ~l ·tN • e•JrUtodl~'l:ltiSter:JM; DIU.CJ • d !:p::51\ii.'O lll'lkt•i'loctc:Us; Sf.J tl'lS • J111tAa r•tr.-JIIrfll~le'.'llflOI"!i~tJI!II;OS •prtulotd.61iu.PO •preubdim~la. "VP • l10Tbos.J~prcftnil:fP• en'boltpuncrt.~r, Cf...C•di~llete$ me.\fllf9tSI!::i:rtlt Anticonupçlo no P\Jerpforio 1005 COC · tc~~~··••:m.Clfalco:rti~CC ·conttaclp!1'0f'let.tt'l!llwTb-.m:T • tr.-.sdénlco; fl • a:.el\'agi'Jlf'OC•p.1J•dt1Mo')u\J;!oo.. C».!PA •e«troderr~oges:tGfOflldapc:t,t.CHH •~In:IÔtnot'Utn.tetON;Ot!JCu • lisposiliv:li•ltJJIMMMoat•-.$\H.N:i•.s·e:na ~nt•.r.e<neodB eo;o•:wgostrrl PS • prttss.losst~PO•presslo~t61·u:TW• tron~'fQOQSIIt'liuYI;[p•tnbtlía~VMG • :"ubete:'ll l"''e<ol:~;:,estacion<t REFEllÍNClAS 1. R.ut51tmS. Efl«tofhtr1h m~uvahl on morull1y u 11.l t'f3kh. Ch,n~plons Mming on B1rth .Sp.Kmg. \'.,·, ,hlrrgtoo Ca· t' lystCon'loll'tiu:n; 2002. 2 H1lltr JE. GHff,..h f,)ennc F. f.duutJM ft.r contrxtpt.vt ~i-r"'"""'""' .n .. rchilCbi!th. Cochr.llx U.t~:~e \)..t ~. 200l.(3}CL>OOI863. 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