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Prova Fundamentos Administração Pública

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Universidade de Brasília
Fundamentos da Administração Pública
Turma: B
Aluno: Pedro 
PROVA 01
Questão 01:
	Para a solução desse caso, é necessária uma abordagem em três frentes. No primeiro caso, deve-se analisar a inclusão funcional e suas consequências. No caso atual, o problema está na relação entre colegas de trabalho e Luiz Guilherme. Pelo fato de esse ter dedicado muito tempo em busca de algo provavelmente desacreditado por seus companheiros de equipe, gerou um ponto de divergência tão forte criando inimizade. Esse tipo de atitude por parte dos colegas de trabalho acaba por desestimular atividades parecidas, que visem um alto impacto no ambiente público, pelo fato da descrença na mutação desse. Se o princípio da efetividade fosse seguido, cada esforço seria visto como um exemplo a ser seguido, e a estrutura seria auto motivada a continuar com essa atuação, gerando um efeito cascata sobre as ações públicas e percepção de uma boa atuação governamental como um todo.
	Para reduzir a desigualdade social e ambiental é necessária uma análise profunda da situação socioeconômica da região como um todo. É fácil tomar uma decisão olhando apenas o viés ambiental do impacto negativo gerado pelo plástico no ecossistema marinho, mas também existe o lado da economia gerada por grandes empresas, que acabam por gerar regiões econômicas dependentes dessa atividade, de forma que sua paralisação de forma instantânea poderia ter serias consequências não só para as famílias que dependem dessa fonte de renda, mas também para outros sistemas dependentes dessas organizações. Nesses casos, o princípio da supremacia do interesse público deve ser o principal argumento para a continuação de seja qual for a melhor alternativa. Depois de feitos os devidos estudos, econômicos e ambientais, deve-se optar por aquele que melhor representar o interesse público, mostrar os melhores benefícios e respeitar todos os outros princípios da administração pública, sem que haja interferência de interesses privados sobre a decisão. Na escolha de um em detrimento do outro, deve-se pensar também em atividades que diminuam os pontos desfavoráveis dessa escolha, e assim deve ser feito até que se encontre uma alternativa melhor para o caso.
	Por fim, para a democratização das políticas públicas, deve-se pensar na horizontalização das decisões ao invés da típica verticalização. Apesar de a organização pública ser muito burocrática, e com razão, devido a necessidade de se padronizar processos, ainda é possível que as decisões sejam mais colaborativas e participativas, com atuação dos agentes públicos que estão envolvidos diretamente e dos que estão envolvidos indiretamente. O princípio da publicidade permite o acesso a todas as decisões do governo, e isso deve ser explorado ao máximo quando se pensa na democratização. Com cada vez mais acesso à informação, o caminho para a democratização é facilitado, isso se trabalhado em conjunto com a busca incessante por meios cada vez mais eficientes de comunicação interna e externa do Governo.
Questão 02:
	Para que uma política pública tenha seu desempenho maximizado, o cumprimento dos princípios explícitos e implícitos da administração pública tem de ser priorizado. Com isso em mente, o caso deve ser analisado e avaliado sob a visão de cada um deles para posteriormente ser apresentada uma resolução que agregue o melhor de cada princípio. Nesse caso, os explícitos são suficientes para entender o melhor caminho a ser seguido.
Dada a situação, a primeira coisa a se fazer é analisar sob a perspectiva do Princípio da Legalidade. Esse determina os limites e garantias dos agentes públicos, determinando o que eles devem ou não fazer, independentemente do interesse comum. Nesse caso, Luiz Guilherme não pode começar a fazer movimentações dentro do seu serviço, explorando sua oportunidade como agente público, apenas por não estar de acordo com os resultados dos tratados entre governo e empresas que usam garrafas pet. Primeiramente ele deve procurar base legal que determine a busca por alternativas de menor impacto no meio ambiente. Permitido e amparado por lei, pode dar início ao processo de pesquisa sobre o impacto dessas atividades sobre o ecossistema local e a destinação de esforços para reduzi-lo.
O Princípio da Impessoalidade determina que a aplicação de esforços públicos nunca deve ser em prol de interesses privados ou pessoais. Nesse caso, Luiz Guilherme não pode justificar seu direcionamento apenas para satisfazer seus interesses ou de uma pequena parcela da comunidade residente da região litorânea de Santa Cantarina. Para o caso, ele deve analisar a conjuntura econômica da região, o impacto dessas empresas sobre ela e os benefícios gerados nesse caso, que com certeza existem. Feita uma comparação analítica e objetiva entre os pontos positivos e negativos de cada um dos lados e ainda constatado que os pontos desfavoráveis às ações das empresas superam seus benefícios para o bem-estar social, é dada a bandeira verde para o processo.
Mais um ponto que deve ser levado em consideração é o Princípio da Moralidade. Esse determina que se avalie decisões tomadas, dado um determinado contexto, sem que haja obtenção de vantagem para interesses privados. É ele quem garante a atuação com honestidade nas ações do governo, evitando enriquecimento ilícito, danos ao erário público e etc. Nesse caso, Luiz Guilherme pode explorar ações que avaliem se há algum tipo de improbidade nos acordos entre o governo e as empresas e se alguma das partes foi beneficiada de alguma forma que não seja moralmente aceita. Isso irá agregar valor aos seus argumentos e invalidar tais acordos, justamente por não obedecerem aos princípios da administração pública e acarretarem danos para a sociedade e o meio ambiente.
	Somado a esses argumentos, há ainda o Princípio da Publicidade. Esse determina a obrigação da transparência na gestão pública, exigindo a publicidade das informações e meios que garantam o acesso universal. Deve se atentar ao limiar entre transparência e vazamento de informações, que muitas vezes ainda podem ser falsas e invalidam todo um trabalho. Com isso, uma oportunidade que pode ser explorada por Luiz é a divulgação dos resultados dessa ação por veículos próprios para publicações oficiais, na intenção de notificar a população sobre a situação e as medidas que estão sendo tomadas em relação a ela. A movimentação social pode ser de grande ajuda para o fluir de processos públicos, sendo os cidadãos capazes de cobrar seus representantes e se manifestar por meio de ações populares a respeito do caso.
	Por último, deve-se agir de acordo com o Princípio da Eficiência. Esse determina a prioridade em se gerir o bem público com excelência, extraindo o máximo de pontos positivos da sua atuação. Com isso, espera-se que seus agentes hajam da melhor maneira possível, utilizando-se de processos pensando na eficiência da tarefa a ser executada e sua eficácia como meio de conseguir resultados. Esse deve ser o Norte, não só de Luiz, mas para todos os envolvidos no caso, e não só sobre o caso, mas sobre todos os seus deveres em relação ao serviço público. Percebe-se que, pela demora de mais de dois anos sem resposta sobre seu trabalho, não esse princípio não foi cumprido pelas outras partes do processo.
Por fim, em todas as situações, Luiz deve se atentar aos limites impostos sobre o seu cargo como agente público, e as limitações de seus direitos e deveres. Ele não pode agir por conta própria em todas as situações, já que o sistema público é organizado de tal forma para delegar certas atividades e poderes a certas entidades. Desistir pode parecer a solução mais fácil, mas ele deve dar o máximo de si para trabalhar de forma efetiva e eficaz sobre o caso, respeitando os limites de suas atuações e deixando certas atividades a cargo de quem tem determinação legal para executá-las. Dessa forma, todo o processo e os esforços estarão amparados por lei e se mostrarão sólidos contra quaisquer eventuais intercorrências, caminhandopara o sucesso e robustez de uma boa política pública.

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