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MONOGRAFIA Torno Mecânico Engenharia de Produção Industrial Máquinas Industriais 21-05-2012 Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 1 Í ndice 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 2 2. HISTÓRIA ............................................................................................................................ 3 3. O PROCESSO DE TORNEAMENTO .............................................................................................. 6 4. OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS ................................................................................................... 7 4.1. TORNEAMENTO CILÍNDRICO.................................................................................................. 7 4.2. ROSCAR ........................................................................................................................... 7 4.3. FACEJAR ........................................................................................................................... 8 4.4. SANGRAR (CORTAR) ............................................................................................................ 8 4.5. TORNEAMENTO CÓNICO ...................................................................................................... 8 4.6. PERFILAR .......................................................................................................................... 9 4.7. FURAR E MANDRILAR .......................................................................................................... 9 4.8. RECARTILHAR .................................................................................................................... 9 5. CLASSIFICAÇÃO DOS TORNOS MECÂNICOS .................................................................................10 5.1. TORNO HORIZONTAL/PARALELO...........................................................................................10 5.2. TORNO DE PLACA ..............................................................................................................11 5.3. TORNO VERTICAL ..............................................................................................................11 5.4. TORNO REVÓLVER .............................................................................................................12 5.5. TORNO COPIADOR .............................................................................................................12 5.6. TORNO DE PRODUÇÃO .......................................................................................................13 5.7. TORNO SEMI-AUTOMÁTICO .................................................................................................13 5.8. TORNO AUTOMÁTICO - CNC ...............................................................................................14 6. NOMENCLATURA E PRINCIPAIS COMPONENTES DO TORNO .............................................................15 6.1. BARRAMENTO ..................................................................................................................15 6.2. CABEÇOTE FIXO ................................................................................................................15 6.3. CABEÇOTE MÓVEL.............................................................................................................16 6.4. CARRO PORTA-FERRAMENTA ...............................................................................................17 6.4.1 CARRO LONGITUDINAL .....................................................................................................17 6.4.2 CARRO TRANSVERSAL .......................................................................................................17 6.4.3 CARRO SUPERIOR OU ESPERA .............................................................................................18 6.4.4 PORTA-FERRAMENTA .......................................................................................................18 6.5. CAIXA DE AVANÇOS E RECÂMBIO ..........................................................................................18 7. ACESSÓRIOS DO TORNO .........................................................................................................19 7.1. PONTOS E CONTRAPONTOS .................................................................................................19 7.2. PLACA DE ARRASTO ...........................................................................................................19 7.3. LUNETA ..........................................................................................................................20 7.4. PLACA LISA ......................................................................................................................20 7.5. BUCHAS DE CASTANHAS INDEPENDENTES ...............................................................................21 7.6. BUCHA UNIVERSAL ............................................................................................................21 7.8. MANDRIL ........................................................................................................................22 8. CUIDADOS COM A SEGURANÇA ...............................................................................................22 BIBLIOGRAFIA……………….…………………………………………………………………………….………………………….23 Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 2 1. Introdução Os processos de fabricação que envolve mudança de forma podem ser classificados em duas categorias: fabricação com remoção de material e fabricação sem remoção de material. Enquanto a segunda categoria é composta por processos de fabricação como conformação e fundição, a primeira categoria é composta basicamente pelos processos de maquinação. As grandes utilizações dos processos de maquinação devem-se principalmente à variedade de geometrias possíveis de serem maquinadas, com alto grau de precisão Apesar das vantagens da maquinação, esta possui desvantagens em relação a outros processos de fabricação como, por exemplo, a baixa velocidade de produção. Esta desvantagem faz com que qualquer aprimoramento no sentido de aumentar a produção de um processo de maquinação represente um ganho significativo. A segunda desvantagem dos processos de maquinação diz respeito aos altos custos envolvidos que se devem ao uso de máquinas e ferramentas caras e à necessidade de mão-de-obra especializada. O nível de conhecimento requerido na programação e operação nas modernas máquinas de comando numérico faz necessários operadores com certo grau de especialização. Para além de que parte da matéria- prima usada nestes processos é transformada em desperdício. Maquinação é um termo que abrange processos de fabricação por geração de superfícies por meio de remoção de material, conferindo dimensão e forma à peça. Neste contexto se insere este trabalho, cujo principal objectivo é explanar sobre o torno mecânico, mostrando seu histórico, operações fundamentais, classificação, principais componentes, acessórios. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 3 2. História A máquina-ferramenta é utilizada na fabricação de peças de revolução, por meio da movimentação mecânica de um conjunto de ferramentas. O torno mecânicoé a máquina ferramenta mais antiga e dele derivaram todas as outras inventadas pelo homem. Inicialmente, os movimentos de rotação da máquina eram gerados por pedais. A ferramenta para tornear ficava na mão do operador que dava forma ao produto. Daí a importância de sua habilidade no processo de fabricação. Quando a ferramenta foi fixada à máquina, o operador ficou mais livre para trabalhar. Pode-se dizer que nesse momento nasceu a máquina-ferramenta. Máquina-ferramenta Sabe-se que antigas civilizações, a exemplo dos egípcios, assírios e romanos, já utilizavam antigos tornos de arco como um meio fácil de fazer objectos com formas redondas. Torno de arco usado no Imperio Romano Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 4 Os Tornos de Vara foram muito utilizados durante a idade média e continuaram a ser utilizados até o século XIX por alguns artesãos. Nesse sistema de torno a peça a ser trabalhada era amarrada com uma corda presa numa vara sobre a cabeça do artesão e sua outra extremidade era amarrada a um pedal. O pedal quando pressionado puxava a corda fazendo a peça girar, a vara por sua vez fazia o retorno. Por ser fácil de montar esse tipo de torno permitia que os artesãos se deslocassem facilmente para lugares onde houvesse a matéria-prima necessária para eles trabalharem. Torno de Vara usado na Idade Média A necessidade de uma velocidade contínua de rotação fez com que fossem criados os Tornos de Fuso. Esses tornos necessitavam de duas ou mais pessoas, dependendo do tamanho do fuso, para serem utilizados. Enquanto um servo girava a roda, o artesão utilizava suas ferramentas para dar forma ao material. Esse torno permitia que objectos maiores e com materiais mais duros fossem trabalhados. Torno de Fuso, usado a partir de 1600 Com a invenção da máquina a vapor por James Watt, os meios de produção como teares e afins foram adaptados à nova realidade. O também inglês Henry Moudslay adaptou a nova maravilha a um torno criando o primeiro torno a vapor. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 5 Essa invenção diminuía a necessidade de mão-de-obra, uma vez que os tornos podiam ser operados por uma pessoa apenas. À medida que a fabricação se tornava mais mecânica e menos humana as caras habilidades dos artesãos eram substituídas por mão-de-obra barata. Isso deu condições para que Whitworth em 1860 mantivesse uma fábrica com 700 funcionários e 600 máquinas ferramenta. Moudslay e Whitworth ainda foram responsáveis por várias outras mudanças nos tornos da época, como o suporte para ferramenta e o avanço transversal. Em 1906, o torno já tem incorporado todas as modificações feitas por Moudslay e Whitworth. A correia motriz é movimentada por um conjunto de polias de diferentes diâmetros, o que possibilitava uma variada gama de velocidades de rotação. Inovações no torno, por Moudslay e Whitworth Em 1925, surge o Torno Paralelo: o problema de ter de fixar o torno é resolvido pela substituição do mesmo por um motor eléctrico nos pés da máquina. A variação de velocidades vinha de uma caixa de engrenagem, e desengates foram postos nas sapatas para simplificar alcances de rotação longos e repetitivos. Apesar de apresentar dificuldades para o trabalho em série devido a seu sistema de troca de ferramentas, é o mais usado actualmente. Em 1960, para satisfazer a exigência de grande rigidez criou-se uma estrutura completamente fechada; criou-se o Torno Automático. A máquina é equipada com um engate copiador que transmite o tipo de trabalho do gabarito por meio de uma agulha. Em 1978, é inventado o torno de CNC (Comando Numérico Computadorizado), que, apesar de não apresentar nenhuma grande mudança na sua mecânica, substituiu os mecanismos usados para mover o cursor por microprocessadores. O uso de um painel permite que vários movimentos sejam programados e armazenados permitindo a rápida troca de programa. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 6 3. O Processo de Torneamento O torneamento, como todos os trabalhos executados com máquinas-ferramentas, acontece mediante o arranque progressivo da apara da peça a ser trabalhada. A apara é arrancada por uma ferramenta de um só gume cortante, que deve ter uma dureza superior à do material a ser cortado. No torneamento, a ferramenta entra na peça, e através do movimento rotativo uniforme em torno do eixo permite o corte contínuo e regular do material. A força necessária para retirar a apara é feita sobre a peça, enquanto a ferramenta, firmemente presa ao porta-ferramentas, compensa a reacção desta força. No torneamento, existem três movimentos relativos entre a peça e a ferramenta. O movimento rotativo da peça que permite cortar o material é o movimento de corte. O movimento de translação da ferramenta ao longo da superfície da peça é o movimento de avanço. O empurrar a ferramenta em direcção ao interior da peça determinando assim a profundidade do passe e a espessura da apara é o movimento de penetração. Um dos problemas na utilização dos tornos mecânicos é a precisão no cálculo e determinação dos esforços envolvidos no torneamento devido ao elevado número de variáveis existentes no processo. Como tal, tenta-se reduzir os cálculos simplesmente desconsiderando variáveis que possuem pouca influência na determinação do esforço de corte. Então a força mais importante é a força principal de corte na direcção tangencial Fp é pois é esta força que arranca mais apara do material durante o processo de maquinação. Torneamento Forças actuantes num torneamento Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 7 4. Operações Fundamentais O torno executa qualquer espécie de superfície de revolução, uma vez que a peça que se trabalha tem o movimento principal de rotação, enquanto a ferramenta possui o movimento de avanço e de translação. Além de tornear superfícies cilíndricas externas e internas, pode ainda maquinar superfícies planas no topo das peças, superfícies cónicas, esféricas e perfiladas, facejar, abrir rasgos, entalhes, ressaltos e golas. O torno também pode ser usado para furar, alargar, recartilhar, enrolar molas, polir peças, etc. As operações fundamentais realizadas por um torno são: tornear, roscar, facejar, sangrar, tornear cónico, perfilar, furar e mandrilar. 4.1. Torneamento Cilíndrico Operação obtida pelo deslocamento rectilíneo da ferramenta paralelamente ao eixo da peça. O torneamento cilíndrico pode ser externo ou interno. Torneamento cilíndrico externo. Torneamento cilíndrico interno. 4.2. Roscar É a operação que consiste em abrir rosca em uma superfície externa de um cilindro ou cone, ou também no interior de um furo. Rosca em superfície externa. Rosca no interior de um furo. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 8 4.3. Facejar Consegue-se quando se desloca a ferramenta no sentido perpendicular ao eixo de rotação da peça. O facejamento pode ser externo e o interno. Facejamento externo. Facejamento interno. 4.4. Sangrar (cortar) É a operação que consiste em cortar uma peça, no torno. O sangramento pode ser radialou axial. Sangramento radial Sangramento axial. 4.5. Torneamento Cónico É a operação obtida pelo deslocamento da ferramenta obliquamente ao eixo da peça. O torneamento cónico também pode ser externo ou interno. Torneamento cónico externo. Torneamento cónico interno. b b Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 9 4.6. Perfilar Processo de torneamento no qual a ferramenta define uma forma determinada pelo perfil da mesma. O perfilamento também pode ser radial ou axial. Perfilamento radial. Perfilamento axial. 4.7. Furar e Mandrilar Pela acção de uma ferramenta deslocada paralelamente ao eixo do torno maquina-se uma superfície cilíndrica interna, passante ou não. Obtêm-se furos cilíndricos com diâmetros exactos (toleranciados) em buchas, polias, engrenagens e outras peças. A furação ou o mandrilamento podem ser cilíndricos, radiais ou cónicos. Furação ou Mandrilamento. 4.8. Recartilhar Operação obtida quando se desejam tornar uma superfície áspera, como cabos de ferramentas, usando-se uma ferramenta que possa imprimir na superfície a forma desejada. Recartilhar Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 10 5. Classificação dos Tornos Mecânicos Para responder às numerosas necessidades, a tecnologia moderna põe à nossa disposição uma grande variedade de tornos que diferem entre si pelas dimensões, funcionamento, características, forma construtiva, etc. A escolha do tipo de torno adequado para a execução de uma determinada fabricação deverá ser feita baseando-se nos seguintes factores: - Dimensões das peças a produzir - Forma das mesmas - Quantidade a produzir - Possibilidade de obter as peças directamente de vergalhões (barras, perfis). - Grau de precisão exigido. 5.1. Torno Horizontal/Paralelo Os tornos horizontais são os mais comuns e mais usados frequentemente. Por apresentarem alguma complexidade na mudança de ferramentas, não oferecem grandes possibilidades de fabricação em série. Torno horizontal . Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 11 5.2. Torno de Placa ou Platô O torno de placa é um torno de grande diâmetro de placa (bucha), utilizado para tornear peças curtas e de grande diâmetro, tais como polias, volantes, rodas, etc. Tendo grandes recursos para facejamento e poucos para tornear. Torno de placa. 5.3. Torno Vertical Os tornos verticais, com eixo de rotação vertical, são utilizados para tornear peças de grandes dimensões e de grande peso. Tornando-se mais facilmente montar as peças sobre uma plataforma horizontal (bucha) do que numa vertical. Torno vertical. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 12 5.4. Torno Revólver Os tornos revólver têm uma característica fundamental que é a utilização de várias ferramentas dispostas e preparadas para realizar várias operações em forma ordenada e sucessiva através de um porta-ferramenta múltiplo ou “revólver”. . Torno revólver 5.5. Torno Copiador Os tornos copiadores permitem obter peças de perfil qualquer. Para poder realizar estes trabalhos, é necessário que a ferramenta esteja activada de dois movimentos simultâneos: um de translação longitudinal e outro de translação transversal em relação à peça que se trabalha. Torno copiador. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 13 5.6. Torno de Produção Os tornos de produção, de corte múltiplo, são aqueles que, para atender às necessidades da produção, aumentando a quantidade de peças e diminuindo o custo da produção, são providos de dois carros, um anterior com movimento longitudinal e outro posterior, com movimento transversal, que trabalham simultaneamente, com avanço automático. Os dois carros são providos de porta-ferramentas. Torno de Produção. 5.7. Torno Semi-automático Os tornos semi-automáticos derivam do torno paralelo porem com mais recursos. Constituem um escalão intermediário entre os tornos revólver e os tornos automáticos, possuindo as características daqueles, melhoradas pela mudança automática das ferramentas em cada operação. A operação a cargo do operário é exclusivamente a retirada da peça acabada e a fixação da nova peça em bruto. Torno Semi-Automático. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 14 5.8. Torno Automático - CNC Nos tornos automáticos após o torneamento de cada peça, a avançará, sempre automaticamente, pelo furo da árvore e uma nova peça será executada. Assim prosseguirá sucessivamente até o término da matéria-prima, uma após outra automaticamente. Utilizam um moderno processo de produção comandado por um comando numérico computadorizado, abreviadamente CNC, que controla os movimentos da máquina. Apresenta um excelente rendimento além de elevada precisão em menor tempo, bem como a realização de operações diversas e complexas. As desvantagens só dizem respeito ao alto custo de investimento e problemas com programação. Torno CNC. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 15 6. Nomenclatura e principais componentes do torno Partes do torno horizontal o Barramento; o Cabeçote fixo; o Cabeçote móvel; o Carro porta ferramenta. o Caixa de avanços e Recâmbio 6.1. Barramento Suporta todas as partes principais do torno. Está apoiado sobre a base (pés) do torno. O carro porta ferramentas e o cabeçote móvel deslocam-se sobre as suas guias e fusos. Barramento do torno 6.2. Cabeçote Fixo Onde está montado a caixa de velocidades e a árvore principal. O sistema permite estabelecer e fornecer o movimento de rotação da árvore principal. O número de rotações é estabelecido na caixa de velocidades, podendo ser feito através de sistemas de engrenagens ou correias e polias. Cabeçote fixo Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 16 A parte do topo ou cabeça da árvore principal possui um dispositivo de fixação das peças (bucha). O formato cónico do furo nesta parte permite a utilização de um ponto. Árvore principal com ponto. Na bucha universal as castanhas são movimentadas simultaneamente pela acção da chave introduzida em um dos furos existentes. Servem para fixar peças de seção circular ou poligonais regulares. Bucha universal 6.3. Cabeçote Móvel É utilizado como encosto ou apoio para montagem entre pontos no torneamento de peças compridas. Para furações é colocado no lugar do contraponto uma ferramenta. No interior do corpo do cabeçote móvel mostrado há uma haste (mangote) que tem um furo cónico para adaptar a contraponto. Com a alavanca de fixação do mangote aliviada, o contraponto pode ser movimentada longitudinalmente pela acção de um volante manual. O corpo do cabeçote móvel pode ser ajustado longitudinalmente ao longo do barramento e depois é fixo nas guias do barramento. Cabeçote móvel e detalhesCurso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 17 6.4. Carro Porta-Ferramenta É composto por carro longitudinal, carro transversal, carro superior ou de espera e porta ferramenta. 6.4.1 Carro Longitudinal O carro possui uma sela que se movimenta ao longo do barramento. Na frente da sela está localizado o avental que é atravessado pelo fuso. Carro longitudinal 6.4.2 Carro Transversal Pode ser movimentado transversalmente ao barramento. Sobre a sela do carro longitudinal está montada a guia do carro transversal com o mecanismo de avanço do mesmo. Carro transversal Carro porta ferramenta: (a) Carro longitudinal, (b) carro transversal, (c) carro superior ou de espera, (d) porta ferramenta. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 18 6.4.3 Carro Superior ou Espera Está montado sobre o carro transversal, possui uma base giratória graduada e uma guia de espera que pode movimentar o porta-ferramenta e também permite o torneamento em ângulo. Carro superior ou Espera 6.4.4 Porta-Ferramenta È o local para fixar a ferramenta, através de um parafuso que também fixa o porta ferramenta na espera As manivelas de avanço transversal e do carro superior possuem anéis graduados que indicam a profundidade de corte da ferramenta, em fracções de milímetros permitindo avançar a ferramenta na profundidade desejada em cada passe. O suporte do carro superior possui um nónio sobre o qual pode girar. Os movimentos: longitudinal (avanço) e transversal (profundidade), podem ser produzidos manualmente através do volante do avental e da manivela do carro transversal. Estes movimentos também podem ser automáticos. 6.5. Caixa de Avanços e Recâmbio Também conhecida por caixa de engrenagem, é formada por carcaça, eixos e engrenagens; serve para transmitir o movimento de avanço do recâmbio para a ferramenta. O recâmbio é transmissão do movimento de rotação do cabeçote fixo para a caixa de avanços. Nónio Porta-Ferramenta Manivela da Espera Nónio Porta-Ferramentas Caixa de Avanços Recâmbio Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 19 7. Acessórios do Torno O torno tem vários tipos de acessórios que servem para auxiliar na execução de muitas operações de torneamento: 7.1. Pontos e Contrapontos Os pontos e contrapontos são cones duplos rectificados de aço temperado, num lado um cone Morse, e do outro lado, um cone de 60º para apoiar, ao centro, a peça a ser torneada. O contraponto é montado no mangote do cabeçote móvel e ponto no cabeçote fixo. 1. Ponta fixa: suporta a peça por meio dos furos de centro. 2. Ponta rotativa: reduz o atrito entre a peça e a ponta, pois gira suavemente. 3. Ponta rebaixada: facilita o completo facejamento do topo. 7.2. Placa de Arrasto A placa de arrasto é um acessório que transmite o movimento de rotação do eixo principal às peças que devem ser torneadas entre pontos. Tem o formato de disco, possui um cone interior e uma rosca externa para fixação. As placas arrastadoras podem ser: Tipos de placas de arrasto. Em todas as placas usa-se o arrastador que é firmemente preso à peça, transmitindo-lhe o movimento de rotação, funcionando como órgão intermediário. Tipos de Pontos 1 2 3 Tipos de placas de arrasto Arrastador de haste direita Arrastador de haste curva Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 20 7.3. Luneta A luneta é outro acessório usado para prender peças de grande comprimento e finas que, sem esse tipo de suporte adicional, tornariam a maquinação inviável, por causa da vibração e flexão da peça devido ao grande vão entre os pontos. A luneta pode ser fixa ou móvel. A luneta fixa é presa no barramento e possui três castanhas reguláveis. A luneta móvel geralmente possui duas castanhas. Ela apoia a peça durante todo o avanço da ferramenta, pois está fixada no carro do torno. . 7.4. Bucha Lisa A bucha lisa fornece uma superfície plana para apoio de peças de formas irregulares. Ela tem várias ranhuras que permitem a utilização de parafusos para fixar a obra. É aparafusada na extremidade do cabeçote fixo, sendo usada para peças cujos centros não são alinhados com outros tipos de suporte, para furar e alargar furos que devem ser colocados cuidadosamente. Bucha lisa. Luneta fixa Luneta Móvel Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 21 7.5. Buchas de Castanhas Independentes É outro tipo de bucha comum. Pode ter 3 ou 4 castanhas ajustáveis, por meio de uma chave, que acciona um parafuso sem-fim que comanda o deslocamento de castanha. Este tipo de bucha permite fixar firmemente obras de qualquer forma e centrar com a precisão desejada qualquer ponto da peça. As castanhas podem ser retiradas e colocadas em posição inversa, permitindo centrar pela parte interna as obras vazadas. Buchas de castanhas independentes. 7.6. Bucha Universal Neste tipo, as castanhas se movem simultaneamente pela acção da chave introduzida em um dos furos existentes. Estas placas servem para fixar peças poligonais regulares ou de seção circular. Bucha universal. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 22 7.8. Mandril São pequenas buchas universais de três castanhas mais comummente conhecidas como mandris, que são utilizadas para fixar brocas, alargadores, machos e peças cilíndricas de pequeno diâmetro. Mandril. 8. Cuidados com a Segurança Extremo cuidado é necessário ao operar este tipo de máquina, pois por ter suas partes giratórias, necessariamente expostas, pode provocar graves acidentes. Nunca devem ser utilizadas luvas, correntes, anel, roupas com mangas compridas e folgadas por que podem ser "arrastadas" pelos movimentos giratórios dos componentes. As castanhas necessariamente devem ficar protegidas com anteparos, preferencialmente, transparentes, como Policarbonato, e ter um sistema de segurança. Curso: Engenharia de Produção Industrial Disciplina: Máquinas Industriais Alexandre Miguel Ramos Pereira Nº 20086381 23 Bibliografia http://avferrari.blog.uol.com.br/ http://mmborges.com/processos/USINAGEM/TORNEAMENTO.htm http://www.tornoautomatico.com.br http://www.gume.pt/buchas%20geral.htm http://java.cimm.com.br/cimm/didacticMaterial/maquinação.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Torno_mec%C3%A2nico http://www.lmp.ufsc.br/disciplinas/emc5240/Aula-10-U-2007-1-Forcas.pdf
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