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14/08/2013 1 Fabrício Martins Valois Graduação em medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Especialista em Pneumologia pela UNIFESP/EPM; Doutor em Ciências pela UNIFESP/EPM; Professor da disciplina de Semiologia da UFMA; Insuficiência respiratória aguda Fabrício Martins Valois Insuficiência respiratória aguda Incapacidade do sistema respiratório em manter as pressões parciais de O 2 e CO 2 no sangue arterial PaO 2 < 60mmHg PaCO 2 > 50mmHg; pH < 7,35 Insuficiência respiratória aguda Tipo I Hipoxêmica Pneumonia SDRA Edema pulmonar TEP Atelectasia Asma aguda DPOC exacerbado Pneumotórax Tipo II Hipercápnica Doenças do SNC (AVC, tumor, intoxicação etc) Doenças neuromusculares (miastenia, distrofias musculares etc) Doenças da parede torácica (cifoescoliose, obesidade, tórax instável) Obstrução das vias aéreas superiores (epiglotite, edema de laringe, SAHOS) PaO 2 < 60mmHg PaCO 2 normal ou ê PaCO 2 > 50mmHg PaO 2 normal ou ê Insuficiência respiratória aguda DO 2 Oferta tecidual de oxigênio DO 2 = Débito cardíaco Conteúdo arterial de O 2 x Geralmente, a DO 2 é 3 4x maior que o consumo de O 2 (VO 2 ) 14/08/2013 2 DO 2 =Débito cardíaco O 2 dissolvido no plasma x O 2 l igado a hemoglobina ( ) + DO 2 = Débito cardíaco Conteúdo arterial de O 2 x O 2 CO 2 Alvéolo Capilar O 2 CO 2 CO 2 O 2 O2 CO 2 O2 CO 2 O2 CO 2 CO 2 O 2 CO 2 O 2 CO 2 O 2 DO 2 = DC O 2 dissolvido no plasma x O 2 l igado a hemoglobina ( ) + PaO 2 SaO 2 1g de Hb transporta até 1,39mL de O 2 ou seja, um indivíduo com Hb = 15g/dl, com PO 2 = 100mmHg e SO 2 100%, terá, em 1dl de sangue: 1dl de sangue tem 0,003mL de O 2 por mmHg de PaO 2 PaO 2 x 0,003 100 x 0,003 0,3ml de O 2 Hb x 1,39 x SaO 2 15 x 1,39 x 1 20,85ml de O 2 DO 2 = DC (PaO 2 x 0,003) x + (Hb x 1,39 x SaO 2 ) DO 2 Oferta tecidual de oxigênio DO 2 = Débito cardíaco Conteúdo arterial de O 2 x S at u ra çã o d e O 2 Pressão parcial de O 2 (mmHg) Curva de dissociação da hemoglobina 90 60 100 Hipoxemia = PaO 2 <60mmHg (ar ambiente, FiO 2 0,21) Paciente com PaO 2 100mmHg e FiO 2 0,5 PaO 2 / FiO 2 = 100 / 0,5 = 200 Se FiO 2 superior: PaO 2 / FiO 2 <300mmHg Hipoxemia = PaO 2 <60mmHg (ar ambiente, FiO 2 0,21) Cateter nasal até FiO 2 0,4 Tenda facial até FiO 2 0,4 Máscara com reservatório até FiO 2 1,0 Venturi FiO 2 0,24/0,28/0,31/0,4/0,5 A cada 1L/min de O 2 , a FiO 2 aumenta 0,04 14/08/2013 3 Cateter nasal 3L/min FiO 2 = 0,21 + (3x0,04) FiO 2 = 0,33 Metas PaO 2 75 – 90mmHg SaO 2 >90% DO 2 = DC (PaO 2 x 0,003) x + (Hb x 1,39 x SaO 2 ) DO 2 Oferta tecidual de oxigênio DO 2 = Débito cardíaco Conteúdo arterial de O 2 x O 2 CO 2 Alvéolo Capilar O 2 CO 2 CO 2 O 2 O2 CO 2 O2 CO 2 O2 CO 2 CO 2 O 2 CO 2 O 2 CO 2 O 2 pH 7,35 7,45 pO 2 >60mmHg SO 2 >90% pCO 2 3545mmHg HCO 3 2226mmol/mL Precoce Tardio CO 2 Capilar Alvéolo Eliminação do CO 2 depende da venti lação alveolar (VA) PaCO 2 = k.VCO 2 VA VA = PaCO 2 VA = PaCO 2 VA = Vol. Corrente x Freq. Resp. O 2 pH= 6,1 + log HCO 3 0,03 x PCO 2 Equação de HendersonHasselbach pH = acidose pH = alcalose HCO 3 HCO 3 PCO 2 PCO 2 pH = 7,45 PaCO 2 = 24 mmHg PaO 2 = 69 mmHg SaO 2 = 96% (Aa) Homem, 29 anos, com dispneia e tosse seca há 2 dias; FR= 29irm, crepitações bi laterais. SO 2 por oxímetro (Aa) = 96% “ Ele só está um pouco taquipneico…” 14/08/2013 4 D Aa O 2 PAO 2 PaO 2 = PAO 2 PaO 2 D Aa O 2 15mmHg < Diferença alvéoloarterial de oxigênio Membrana alvéolocapilar PAO 2 [(Patm – P H2O ) x FiO 2 ] – (PaCO 2 ÷ 0,8) = 130 – PaCO 2 PAO 2 = PAO 2 PaO 2 D Aa O 2 15mmHg < Diferença alvéoloarterial de oxigênio PAO 2 PAO 2 PaO 2 D Aa O 2 15mmHg < D Aa O 2 PaO 2 = Diferença alvéoloarterial de oxigênio D Aa O 2 PaO 2 = 130 – PaCO 2 D Aa O 2 130 – (PaO 2 +PaCO 2 ) = Só tem val idade se gasometria em ar ambiente PAO 2 PaO 2 D Aa O 2 15mmHg < Diferença alvéoloarterial de oxigênio pH = 7,45 PaO 2 = 69mmHg PaCO 2 = 24mmHg SaO 2 = 96%(Aa) Homem, 29 anos, com dispneia e tosse seca há 2 dias; FR= 29irm, crepitações bi laterais. SO 2 por oxímetro (Aa) = 96% D Aa O 2 130 – (PaO 2 +PaCO 2 ) = D Aa O 2 130 – (69 + 24) = D Aa O 2 37mmHg = 14/08/2013 5 Alvéolo Capilar Homem, 29 anos, com dispneia e tosse seca há 2 dias; FR= 29irm, crepitações bi laterais. SO 2 por oxímetro (Aa) = 96% pH = 7,45 PaO 2 = 69mmHg PaCO 2 = 24mmHg SaO 2 = 96%(Aa) Edema agudo pulmonar Doença intersticial Pneumocistose Distúrbio de difusão Alvéolo Capilar Hipoventilação Distúrbio V/Q (ventilação/perfusão) Espaço morto V/Q Efei to shunt V/Q Shunt V/Q Distúrbio de difusão D Aa O 2 ↑ PaCO 2 nl ou ↑ ou ↓ Melhora pouco c/ O 2 (principalmenteSHUNT) D Aa O 2 normal PaCO 2 ↑ ou ↑ ↑ Melhora com O 2 D Aa O 2 ↑ ↑ PaCO 2 nl ou ↑ ou ↓ Melhora pouco c/ O 2 Hipoventilação Distúrbio V/Q (ventilação/perfusão) Espaço morto Efei to shunt Shunt V/Q Distúrbio de difusão D Aa O 2 = 130 – (58+71) D Aa O 2 = 130 – 129 = 1mmHg D Aa O 2 normal pH = 7,17 PaO 2 = 58mmHg PaCO 2 = 71mmHg SaO 2 = 87% (Aa) Hipoventilação D Aa O 2 = 130 – (70+34) D Aa O 2 = 130 – 104 = 26mmHg D Aa O 2 ↑ pH = 7,43 PaO 2 = 70mmHg PaCO 2 = 34mmHg SaO 2 = 94% (Aa) Distúrbio V/Q ou Difusional 14/08/2013 6 Insuficiência respiratória aguda Tratamento Manutenção das vias aéreas pérvias Oxigênio necessário para SaO 2 >92% Suporte ventilatório Venti lação nãoinvasiva Venti lação invasiva Ventilação nãoinvasiva Reduz mortalidade Menor risco de infecção Reduz risco de intubação Demoule A, Intensive Care Med, 2006; Hess,Respir Care 2005 Ventilação nãoinvasiva Quando indicar ? Doença com benefício documentado Exacerbação de DPOC Edema pulmonar cardiogênico Pósdesintubação IRpA em imunodeprimido Ventilação nãoinvasiva Exacerbação de DPOC Tratamento convencional Tratamento convencional + VNI Ram FS, Cochrane Database Syst Rev, 2004 Mortal idade 21% 11% Intubação 33% 16% Falência de tratamento 42% 20% Ventilação nãoinvasiva Quando indicar ? Doença com benefício documentado Exacerbação de DPOC Edema pulmonar cardiogênico Pósdesintubação IRpA em imunodeprimido Asma, pneumonia... Ausência de contraindicações Ventilação nãoinvasiva Contraindicações absolutas Parada cardiorrespiratória Instabilidade hemodinâmica Incapacidade de proteger vias aéreas Trauma ou cirurgia facial Previsão de longo tempo em VM Anastomose de esôfago recente Ambrosino, ERJ, 2008 14/08/2013 7 Ventilação nãoinvasiva Ajustes da VNI Holanda, JBP, 2009 Ventilação nãoinvasiva Ajustes da VNI Edema cardiogênico CPAP (812cmH 2 O) Demais situações Modos ventilatórios convencionais (PSV, BPAP) Ventilação invasiva Quando evoluir para VM Assincronia com o aparelho Intolerância à interface Ausência de melhora de trocas Ausência de melhora da dispneia Instabilidade hemodinâmica Nível de consciência ruim após 30min DÚVIDAS Na área restrita do aluno no item Dúvidas
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