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14/08/2013 1 Fabrício Martins Valois Graduação em medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Especialista em Pneumologia pela UNIFESP/EPM; Doutor em Ciências pela UNIFESP/EPM; Professor da disciplina de Semiologia da UFMA; Asma e DPOC Fabrício Martins Valois Esteban et al. JAMA 2002;287:345 Indicação de ventilação mecânica (n=5.183) Pós‐operatório 20,8% Coma 16,7% Pneumonia 13,9% Insuf. cardíaca 10,4% DPOC 10,1% Sepse 8,8% Trauma 7,9% SDRA 4,5% Asma 1,5% Outras 14,5% Mortal idade 3035% 710% 14/08/2013 2 Diagnóstico das doenças obstrutivas Abordagem farmacológica Suporte ventilátório Asma DPOC Fenótipos da crise de asma 5 10 15 100 50 25 75 Exacerbação tipo II Exacerbação tipo I Rodrigo G, Chest, 2004 VEF 1 % dias 14/08/2013 3 Tipo 1 Tipo 2 90% 10% Mulheres>Homens Crise desencadeada por infecção Sintomas rinossinusais prévios Muita inflamação eosinófilos Resposta muito boa a corticoide Melhora lenta Baixa mortalidade Homens>Mulheres Gatilho: alérgeno, irritante, estresse Sem queixas prévias Pouca inflamação muito ESPASMO Resposta muito boa a broncodilatadores Melhora rápida Alta mortalidade Fenótipos da crise de asma Rodrigo G, Chest, 2004 DPOC Achados Sensibilidade Especificidade Tabagismo 92% 49% Sibilos 61% 84% Tosse 51% 71% Dispneia aos esforços 37% 89% Tórax em tonel 10% 99% Hipofonese de bulhas 13% 98% MV dim inuído 37% 90% Roncos 8% 89% Diagnóstico de DPOC sem espirometria 14/08/2013 4 Infecção viral outros Infecção viral, bacteriana, embolia, infarto, arritmia, pneumotórax Diagnóstico das doenças obstrutivas Abordagem farmacológica Suporte ventilátório Hodder R et al. CMJ 2010 Identificar fatores de mau prognóstico Mensurar obstrução objetivamente Medidor de pico de fluxo expiratório (PFE) Asma e DPOC na emergência 14/08/2013 5 Asma e DPOC na emergência Fatores associados ao pior prognóstico de crise de asma Necessidade prévia de intubação; Idas frequentes ao prontosocorro no último ano (>3); Uso de mais de 2 frascos de broncodilatador por mês; Uso frequente de corticosteroide sistêmico; Presença de comorbidades; Distúrbios psicossociais; Baixa condição socioeconômica; Asma lábil (grande variação de VEF 1 com broncodilatador). Muito grave Grave Leve a Moderada Gerais Cianose, sudorese, exaustão Sem alterações Sem alterações Estado mental Agitação, confusão, sonolência Normal Normal Dispneia Grave Moderada Ausente/leve Fala Frases curtas Lactente: maior dificuldade alimentar Frases incompletas Lactente: choro curto, dificuldade alimentar Frases completas Musculatura acessória Retrações acentuadas ou em declínio (exaustão) Retrações subcostais e/ou esternocleidomastoidea acentuada Retração intercostal leve ou ausente Sibilos Ausentes com MV localizado ou difusos Localizados ou difusos Ausentes, localizados ou difusos Frequência respiratória Aumentada Aumentada Normal ou aumentada Frequência cardíaca (bpm) >140 ou bradicardia >110 ≤110 Pico de fluxo (PFE) <30% 30 a 50% >50% SO 2 % <90% 91 a 95% >95% PaO 2 (ar ambiente) <60mmHg Ao redor de 60mmHg Normal PaCO 2 (ar ambiente) >45mmHg <40mmHg <40mmHg Classificação de gravidade da crise de asma (SBPT, 2012) Adaptado de Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, 2012 Diminuir o trabalho respiratório Reduzir resistência de vias aéreas Controlar hiperinsuflação Manter oferta tecidual de oxigênio Manter SaO 2 >90% Manter equilíbrio hemodinâmico Asma e DPOC na emergência Tratar a etiologia e a inflamação Objetivos do tratamento 14/08/2013 6 Tratar a etiologia e a inflamação Objetivos do tratamento Antibióticos ? Corticosteroide sistêmico? Indicado para todos os pacientes – preferir via oral Pneumonia DPOC com secreção purulenta; DPOC grave GINA / GOLD / SBPT Asma e DPOC na emergência Diminuir o trabalho respiratório Reduzir resistência de vias aéreas Controlar hiperinsuflação Manter oferta tecidual de oxigênio Manter SaO 2 >90% Manter equilíbrio hemodinâmico Asma e DPOC na emergência Tratar a etiologia e a inflamação Objetivos do tratamento Broncodilatadores inalatórios Asma e DPOC na emergência Broncodilatadores Tônus simpático Promove broncodilatação Receptores β no centro e periferia Tônus Parassimpático Promove broncoconstricção Receptores muscarínicos no centro 14/08/2013 7 Broncodilatadores Beta‐agonistas Salbutamol, fenoterol 400mcg; 10‐20gotas Anticolinérgico Ipratrópio 20‐40 gotas Asma e DPOC na emergência Tremor Hipocalemia Arritmias atriais Hiperglicemia Verdadeiros vilões Hiperinsuflação Xantinas Broncodilatadores sistêmicos Antibiótico Broncodilatadores Beta‐agonistas Salbutamol, fenoterol 400mcg; 10‐20gotas Anticolinérgico Ipratrópio 20‐40 gotas Asma e DPOC na emergência 11 asmáticos: 7200mcg de salbutamol em 3 horas 0 ‐5 ‐10 ‐15 ‐20 ‐25 ‐30 1200 2400 3600 4800 6000 7200 Variação da freq. cardíaca (bat/min) Salbutamol (mcg) Asma e DPOC na emergência 14/08/2013 8 Asma e DPOC na emergência Adaptado de Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, 2012 Outras opções terapêuticas Sulfato de magnésio Broncodilatadores sistêmicos Metilxantinas Sem benefício Mucolíticos Antileucotrieno Corticoide inalatório Asma e DPOC na emergência Asma e DPOC na emergência Adaptado de Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, 2012 14/08/2013 9 Diagnóstico das doenças obstrutivas Abordagem farmacológica Suporte ventilátório Reduz necessidade de intubação Reduz mortal idade Reduz incidência de infecções Hess, Respiratorycare, 2004 Indicada na exacerbação grave de DPOC (pH 7,27,35) Útil na Asma? Ventilação nãoinvasiva Indicada na exacerbação grave de DPOC (pH 7,27,35) Útil na Asma? Contraindicações Instabilidade hemodinâmica Agitação / coma Parada cardiorrespiratória Obstrução de vias aéreas altas Vômitos Sangramento digestivo Ventilação nãoinvasiva III Consenso Brasileiro de VM, 2007 14/08/2013 10 Preferencialmente acoplar ao ventilador BPAP: IPAP Vt 6‐8ml/kg; EPAP 6 cmH 2 O Escolher a interface (DPOC – máscara facial) Escolher modo ventilatório III Consenso Brasileiro de VM, 2007 Monitorização contínua! Ventilação nãoinvasiva Manter boa oxigenação Ajustar a fração inspirada de O 2 Conforto respiratório do paciente Sedação adequada por mínimo de 24 horas Controlar a hiperinsuflação III Consenso Brasileiro de VM, 2007 Ventilação invasiva Volume pulmonar Volume pulmonar Constante de tempo = Complacência x Resistência Normal Obstrução tempo tempo 14/08/2013 11 Tuxen, 1987 CRF Volume pulmonar Normal Obstrução Hiperinsuflação dinâmica Hiperinsuflação dinâmica Pressões alveolares altas Compressão de capilares pulmonares Compressão venosa (veia cava) ¯ pré‐carga VD pós‐carga VD Hipoperfusãocoronariana e sistêmica Disfunção de órgãos Hipotensão/choque Hiperinsuflação dinâmica 14/08/2013 12 Controlar a hiperinsuflação Redução do volumeminuto Aumento do tempo expiratório Parâmetros sugeridos Controle a volume (ou pressão) VC 57ml/kg FR 711irm Fluxo > 60L/min FiO 2 para SaO 2 >92% PEEP 5 cmH 2 O Qual a utilidade da PEEP em doenças obstrutivas? Broncodilatação mecânica ? Vt 6ml/kg FR 6irm Vt 6ml/kg FR 9 irm PEEP não promove broncodilataçãomecânica Asma (4) DPOC (4) Caramez, CCM, 2005 14/08/2013 13 Melhora o conforto do paciente Até 80% da auto‐PEEP Qual a utilidade da PEEP em doenças obstrutivas? Broncodilatação mecânica ? Manter boa oxigenação Ajustar a fração inspirada de O 2 Conforto respiratório do paciente Sedação adequada por mínimo de 24 horas Controlar a hiperinsuflação III Consenso Brasileiro de VM, 2007 Ventilação invasiva Buscar desmame precoce Anestésicos Halotano, isoflurano Mistura héliooxigênio (Heliox) Broncoscopia terapêutica Casos selecionados de asma refratários Outras opções terapêuticas 14/08/2013 14 Corticoide oral – 7‐10 dias Iniciar tratamento de manutenção Encaminhamento a especialista Prescrição de alta DÚVIDAS Na área restrita do aluno no item Dúvidas
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