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Capítulo 3 analise do comportamento AC Behaviorismo

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>'.i a Psicoterapia Analítica Funcional
.fltm.AmoreBehaviorismo
'iborfl, JonathanW. Kante', Barbara Kohlenfcerg. William C. Fo,Iette, Glenn M. Callaghan
A-wíPco »u-cion«- (FAP) «liava entro as «ovas
a p»>coDfl<a comportamental devoro 
.
ser incorpqrada mau
ria a P.icotogia Neste tio esperado votime. kdcr»t da FÃP
>< 'envolveu, o oftrecom om gua para sua Piplamantaçâocínica
"
 outros tratamento», a FAP laia »obre alguns dos assuntos
. . utom
.
 . podo impulsonar o i/abatx» dinco vrtuatucnte.
ngem at0«c"<:a 00 pfofssonai Atamente recomanda.0» *
Ui»s
.
 Ph O . Ufitnt/ c*'«c.3íj
. r«i cftict ê mthor oportunidade pa-a o dese«.o«.fiafito da
i' "'nante »ite,jra*»a; ai?o jamais voto nessa Ma Cite guO de
i. . eiciante» hortfontw para terapeutas da tedo» 01 referenda»
 -n portanto» do psicoterapia há décadas."
innan, PhD , Unlvoraltjr o( Winsconsin Sc«ool ot Mndclno and
i abordagem para a terapia Que enfatua de forma oetín o uso Ca
um exemplo da» roUçées Interpessoais aprendida» Usando wmj
principio» de aprendizagem com habildades de interajo clinica. a
""
 .«I ajuda o» cllontos a aprender o Que fazer ou nJo fazer p*ra
i. in ou necosutam obter
.
 Tudo rsso é ricamente íbítrado cot
i clincos tino nuxlum o terapeuta por meio de um guia daro.a
r4*gem na terapia.* 
*
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.
V
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.oidtrtrd
.
 Ph D. Stony Brook Unwertty
« »
'
 -coterapa Ana. «a Funccfl tem Iracdo no*o» vgn*c»íoi
. » «eiacâa» 0*nte-terapeuta ao tocar nas *xmasde«ada*effl ç-o
. . dos clientes ocorrem na» usM» terapeutas O «odei das
"idem ajudar o» dentes em questOes varadas como o depressão.
i'"t"tado
.
 transtornos de personalidade, problemas do self,acuso
. de seus Sintoma» o mergulhar em tua paixão peta «ida e pelo
i . PsKotorapla AnaWica Funoon»!. »eu» criadores Mavis Tsai o
i" a outro» pratico» da FAP para apresentar um oxabout®
 tratamento»
 que levam os toiíom» por antro a» profunda»
ide» do» la<os tarapéutco»
.
 Este i*ro também enfatiza como'a
n Adlf toma máximo o uso clinico da unicidade de cada ciente - e
pios diittcnba» terapêuticas. . .
irilaa» intervenções FAP - :.
i r.,6es d» procodmentosde avaUç*o e sessões tcapfeitcás. -
i I AP «oanha ou am conoto com outra» terapia»
di FAP. desde a prmaira sessão até oCna<ca le-ap-a
1 irraoeuta
.
a da» questões reôcoada» a superwsio
 t melhorarem a sooedade: A pratica do "Grttn fW
i. lormuldr»» de hodtjack e outras ferram er.tasesaenaa-s da FAP.
i transformadora continua a expandir tua influencia. Um Gua para a
\t Knal sara uma mrnrencia vital para o desenvoVimento da pratica de
danle»de graduação 
.
 
. 
 
.
j
www.esetec.com.br
|Mavis Tsai, Robert J. Kohlenberg, Jonathan W. Kanter.
Barbara kohlenberg.
 Will,am OFollette
.
 Glenn M.Callaghan|
Um Guia para
a Psicoterapia Analítica
Funcional (FAP)
Consciência, Coragem, Amor
e Behaviorismo
Fétima Cristina do Souza Conte e Maria Zilah da S, Brandão]
I . . 
tV . : orjiaadorasJatrtímio
Springer
Mavis Tsai. Robert J. Kohlcnberg
, Jonalhan W. Kanter, Barbara
Kohlcnberg. William C. Follette
.GlennM.Callaghan
Um Guia para a
Psicoterapia Analítica
Funcional
Consciência, Coragem
,
 Amor
e Behaviorismo
£) Springer ESETec
,
Prefácio à edição em Língua Portuguesa
Ter acesso ao que MavisTsai, Robert J. Kohlenberg, Jonalhan W. Kanler,
Barbara Kohlenberg, William C. Follette e Glenn M. Callaghan discutem
,
 e
especialmente sobre FAP, c sempre um privilegio c uma oportunidade que
nos inspira, instrumentaliza, renova 2 nossa prática clinica e aquece nossos
corações, como provavelmente diria Mavis Tsai. Isso tem acontecido desde
que recebemos o primeiro artigo sobre a FAP, proposto por Kohlenberg e
Tsai em 1987.
Sem dúvida
,
 a proposta da FAP foi um marco na história da Análise Clínica
Comportamental
,
 como tem sido enfatizado repetidas vezes, por muitos. Para
nós
,
 professoras e psicoterapeutas brasileiras, que nos debatíamos para
combinar o que fazíamos na prática clínica - provavelmente sob controle das
contingências ali vigentes - com o que acreditávamos e sabíamos, até então,
sobre Análise do Comportamento, a FAP representou um caminho teórico-
prático seguro, capaz de refletir, já em seus primeiros espaços, nossas angústias,
esperanças e necessidades. Demonstrava uma consciência ímpar, corajosa e
afetiva. das possibilidades que antevíamos para o uso do Behaviorismo na
prática clínica, e para entender como nossa interaçào direta com os clientes
os afetava. A FAP chegou ate nós como sc tivéssemos tido, com os seus
autores
, um processo de transmissão dc pensamento. Foi como sc Robert c
Mavis tivessem ouvido nossas perguntas c os nossos clientes. Provavelmente
estávamos, cm parte, sob controle dc estimulação semelhante proveniente,
tanto da relação que estabelecíamos com nossos clientes, como do nosso
envolvimento com o estudo do Behaviorismo Radical. Isso talvez explique a
sintonia que tivemos desde o início com a proposta da FAP.
E, então, já sob controle da FAPe também de outras propostasclínicas
comportamentais que nos foram apresentadas, nessa mesma época, por
outros profissionais como.no caso daACT, por Steven Hayes, criamos, na
Universidade Estadual de Londrina, juntamente com nossos colegas, uma
oportunidade única para mcrgulhaimos nessas novas propostas: a primeira
Especialização em Psicoterapia Analitico-Comportamental do Brasil (1990).
Ali pudemos, com alunos e colegas professores interessados, alem dc
compreender mais claramente, revelar as nossas açòes como clínicos, com
mais segurança e tranquilidade. Agradecemos hoje, aqui, aos autores da
FAP por nos proporcionarem isso.
Seguimos estudando, ajudando na tradução e na produção dc textos
em português, sobre as novas propostas que vieram a ser classificadas como
sendo representantes datcrccira geração das terapias comportamentais, de
que a FAPconfigura-se como um dos pilares. Um privilégio!
Nào menos importante para nós, está sendo agora a nossa coordenação
c participação direta na tradução dessa nova obra sobre FA P, o que realizamos
junto com uma equipe cuidadosa, corajosa e que tem participado conosco
da deliciosa c desafiadora missão de enriquecer a prática clínica por meio
da FAP. Agradecemos a Murilo N. Ramos e Simone Martin Oliani pelo
capítulo I; Camila Carmo de Menezes, íria Siena e Marina Tropia Fonseca
Carioba Arndt pelo capítulo 2; Robson Zazula, Graziellc Noro, Regina
Christina Wielenska e Fátima Cristina de Souza Conte pelo capítulo 3; Fábio
Brinholli e Vera Lúcia Menezes Silva pelo capítulo 4; Marina Tropia Carioba,
Maria Zilah Brandão e Alice Maria Delitti pelo capítulo 5; Camila C. de
Menezes
,
 Josy Moriyama c Paula Renata Cordeiro pelo capítulo 6; Simone
Martin Oliani e Victor Hugo Bassetto pelo capítulo 7; Mariana de Toledo
Chagas e Fátima Cristina de Souza Conte pelo capitulo 8; Natália Mendes,
Priscila Dcrdyk e Fernanda Brandão pelo capítulo 9. Agradecemos de forma
particular aos amigos e colegas Marina Tropia Carioba, Guilherme Dutra
Ponce e Victor Hugo Bassetto, colaboradores especiais na tradução, revisão
c organização do livro e que conseguiram, ao prover contingências naturais
reforçadoras positivas, manter a união do grupo de trabalho em torno de
nosso objetivo máximo: a tradução desta obra.
Estamos cientes do quanto todos os que aqui mencionamos se empenharam
para serem fieis ao conteúdo proposto pelos autores e mesmo à linguagem
por eles escolhida, que por vezes apresentava descrições e explicações difíceis
de serem traduzidas sem que se perdesse o olhar behaviorista radical. Da
mesma forma como ocorreu com o livro original que reuniu váriospsicólogos
FAP
,
 uma grande equipe se organizou aqui para produzir a sua tradução,
que provavelmente, irá salientar os diferentes estilos dos membros do grupo.
Pensamos nesse grupo como uma grande família FAP, cm que cada um de
seus membros oferece alguma contribuição.
Por fim, reconhecemos que nossa prática clínica melhorou muito a partir
da FAP
,
 tomou-sc mais eficiente e afetiva, segundo o que nos revelam nossos
clientes. Ela também nos permitiu declarar nosso amor por eles, ao mesmo
tempo em que abriu caminhos para que nos tornássemos mais conscientes
da função e da força que as nossas ações poderiam ter junto a cada um
deles.
Esperamos que essa tradução facilite, ainda mais. o contato dos leitores
com a FAP, que eles possam saboreá-la, e que isso os tome mais felizes em
suas ações como terapeutas c como pessoas, integralmente.
Boa leitura a todos!
Fátima Cristina de Souza Conte
Maria Zilah Silva Brandão
Prefácio
Nosso primeiro livro
.
 Psicoterapia Analítica Funcional: Criando
Relações terapêuticas Intensas e Curativas
, foi publicado há quase duas
décadas. Terminamos o manuscrito um dia antes do nascimento de nosso
filho c
, assim como ele cresceu e prosperou, o mesmo ocorreu com a FAP.
Concluímos o livro com a seguinte afirmação: "Se esse livro produzir ao
menos uma significante e intensa relação clicntc-terapeuta
, que caso contrário
nào teria acontecido
,
 ele terá sido útil"
.
 De fato
, baseado no retomo que
recebemos
, inúmeras intcraçòcs significativas têm ocorrido como resultado
da utilização dos princípios da FAP pelos terapeutas. Nosso livro foi traduzido
cuidadosamente para o português (Raquel Kerbauy
,
 Ph.D, Fátima Conte,
Ph.D., Mali Delitti, Ph.D.
,
 Maria Zilah Brandão, M.A., Priscila Dredyk,
M
.
A
.
, Regina Christina Wielenska, Ph.D., Roberto Banaco
,
 Ph.D., e
Roosevelt Starling, M.A.)Japonês (Hiroto Okouchi, Ph.D. Takashi Muto,
Ph.Dom, Akio Matsumoto
, M.A., Minoru Takahashi, M.A., Toshihiko
Yoshino
, Ph.D, Hiroko Sugiwaka, Ph.D, Masanobu Kuwahara. M.A.
,
 Yuriko
Jikko
, M.A.,eMariko Hirai, M.A.)ees/>ai/fo/(Luis Valero, Ph.D,Sebastian
Cobos, B.A., Rafael Ferro
, Ph.D, e Modesto Ruiz, M.A.), e apresentamos
muitos seminários nacionais c internacionais para audiências entusiasmadas
.
A relevância das regras da FAP e de sua metodologia mostra-se universal
para todos os terapeutas que desejam criar relações terapêuticas mais intensas
e curativas. Para aqueles que não estão familiarizados com os fundamentos
da FAP
,
 o capítulo 1 deste volume oferece uma introdução que detalha os
princípios behavioristas sob os quais a FAP foi fundada. Mesmo que a FAP
tenha um longo caminho a percorrer até que se torne um tratamento
cientificamente embasado
,
 os pressupostos básicos da FAP- A importância
da relação terapêutica e o uso de reforçamento natural para modeiar os
problemas dos clientes que ocorrem na relação terapêutica - são robustos.
c evidências de áreas múltiplas e variadas dc pesquisa que sustentam estes
princípios são descritas no Capítulo 2. A FAP, quando conduzida
adequadamente
,
 requer uma avaliação e formulação de caso completa e
acurada
, tópico destinado ao Capítulo 3. O centro da metodologia da FAP c
elucidado no capitulo 4, que discute a Técnica Terapêutica e as Cinco Regras.
No Capitulo 5 discutimos
, em termos behavioristas, como a experiência do
self é criada,
 e porque o senso de self é necessário para que o individuo
pratique o mindfulness. O desenvolvimento da intimidade c a forma pela
qual ela pressupõe que tanto o cliente quanto o terapeuta corram riscos é
tópico do Capítulo 6. No Capítulo 7, "O Curso da Terapia" descrevemos um
tratamento típico da FAP do inicio ao fim. O Capítulo 8 cobrc tanto modelos
individuais quanto grupais dc supervisão
, e também oferece sugestões para
o desenvolvimento pessoal dc terapeutas
. Os terapeutas que acreditam que
o mundo está cm uma encruzilhada para a sobrevivênciae desejam ir além
do tratamento dos sintomas dc seus clientes, trazendo a tona o melhor self
destes e um comprometimento ati vista. vão se identificar com as ideias do
capitulo 9. "Valores na Terapia e a Green FAP.
"
A linguagem behaviorista c os conceitos usados ao longo deste livro
ajudam n trazer insights novos e mais precisos ao fenómeno clinico. Essa
terminologia não foi desenvolvida no ambiente psicoterápico, todavia, por
consequência, pode ser usada da mesma maneira para comunicar-se sobre
a experiência clinica. Ao escrever este livro percorremos uma linha entre a
linguagem dos behavioristas c aquela usada pela maioria dos clínicos, c
buscamos tirar proveito da riqueza dc ambas. Para aqueles que preferem a
linguagem do dia a dia. nós enfatizamos a consciência, a coragem c o amor
terapêutico, porque essas qualidades são importantes ao programar as regras
da FAP. Seja quai for sua orientação, esteja onde você estiver na sua jornada
individual como terapeuta, esperamos que as ideias c informações contidas
neste livro possam inspirá-lo a ser mais consciente, corajoso e amoroso com
seus clientes, e que eles reforcem seu comportamento de agir dessa maneira.
I malmente, gostaríamos de enfatizar que a terapia não é somente uma
questão dc seguir regras e aderir a medidas. A cada momento que você
interage com alguém, você tem a oportunidade de refletir sobre o que é
especial c precioso sobre esta pessoa, para curar uma ferida, para criar
proximidade mútua, possibilidades c mágica. Quando você cone riscos e
feia a sua verdade compassivamente, você dá aos seus clientes aquilo que
só você pode dar - seus pensamentos, sentimentos e experiências únicas.
Ao fazer assim, você cria relações que são inesquecíveis. Quando você
toca o coração de seus clientes, você cria um legado de compaixão que
pode afetar gerações que ainda nem nasceram.
Seatle, WA. USA
Mavis Tsai
Robert J. Kohlcnberg
Agradecimentos
Mavis Tsai
Bob Kohlcnberg e eu solicitamos Jonathan Kanter
,
 Barbara Kohlcnberg,
Bill Follctc e Glcnn Callaghan a serem coautores deste volume
,
 porque cada
um deles dedicou um tempo significativo de suas carreiras para pensar
,
desenvolver
,
 ensinar, pesquisar, praticar c escrever sobre a FAP. Eu gostaria
de agradecer especialmente a Jonathan
, cuja contribuição a este livro nos
ajudou a concluí-lo dc maneira oportuna
. Quando sua tarefa era escrever ou
editar material significativo,
 cie estava sempre muito disposto. Também gostaria
de agradecer aos coautores pelo trabalho atento e sólido
.
 Sou gr-Hn a Bob
,
meu parceiro devoto,
 que faz da vida um playground de trabalho c amor.
Indepcmlentemente daquilo que estamos traballiando juntos
, ele apoia, enfrenta,
encoraja e desperta o meu melhor. Sou grata ao apoio dc meus queridos
amigos ao longo do processo da escrita deste livro
. Quero agradecer a meus
colegas próximos e distantes
,
 cuja aprovação das contribuições da FAP para
seus trabalhos cncreiza-me e sustenta-me Gostaria de valorizar nosso editor
da Springer
,
 Sharon Panulla, por reconhecer a importância da FAP e por nos
assistir ao longo do processo dc publicação.
 Nossa editora dc reprodução
,
Jamie Busby Grant, fez um trabalho soheitwe consciencioso ao publicar nosso
manuscrito final
.
 Sou grata aos meus clientes c alunos antigos e atuais que
modelaram aquilo que sou como pessoa; supervisora
, professora c psicóloga
clinica - Amo vocês mais do que vocês possam imaginar.
Robeii J. Kohlcnberg
Tornei-me behaviorista radical na faculdade
, muito antes de haver algum
tratamento dito Skinneriano para pacientes clínicos adultos. Eu estava
erroneamente convencido dc que alguém logo desenvolveriatal abordagem.
Esperei,
 o tempo foi passando e. eventualmente, perdia as esperanças de
que uma terapia clinica embasada no behaviorismo radical poderia vir a
existir. Enquanto isso,
 assistia a Mavis fazer "mágica"
 na sala dc terapia
,
parecendo transformar todos aqueles que trabalhavam com ela - desejava
poder entender e lazer o que ela fazia. Depois, cm 1 ORO, minha filha Barbara
Kohlembcrg disse: "Gostaria que fosse a um encontro da ABA (Associação
de Análise Behaviorista) comigo e a&sistúse ao seminário de meu orientador,
Stcve Haycv Você precisa ver o que ele está fazendo"
.
 Steve mostrou que
o Behaviorismo Radical poderia conceituar a terapia de pacientes atendidos
cm consultórios c iluminou o caminho para que cu seguisse cm frente
.
 Em
seguida, com a colaboração próxima da minha preciosa c inspirada
 parceira,
ix
Mavis, com considerável empenho, tempo c amor, desenvolvemos um
entendimento de como descrever c reproduzir os resultados terapêuticos
poderosos que ela obtinha. Meu querido colega de trabalho e falecido amigo,
Neil Jacobson. apressou-nos para que escrevêssemos sobre o que estávamos
fazendo
,
 c a FAP nasceu oficialmente. Nessa época, minha amiga c colega
de trabalho, Marcha Linehan, ajudou-nos a colocar a FAP "no mapa" ao
dizer a seus alunos e associados que eles precisavam entender a FAP para
que aluassem bem usando a DBT (Terapia Dialctica Comportamental).
Gostaria de agradecer aos coautores Jonathan, Barbara, Bill e Glenn, assim
como aos meus outros alunos (todos citados em autores contribuintes). Cada
um teve uma contribuição especial para sustentar e fazer a FAP crescer ao
longo dos anos. Finalmente, gostaria de agradecer a meus clientes que
nutriram pacientemente e desenvolveram minha habilidade para ser
terapeuticamentc consciente, corajoso e amoroso.
Jonathan W. Kantcr
Gostaria de reconhecer o mérito de Mavis Tsai e dos outros coautores
por criar um processo de escrita de livro coerente com os temas do livro -
um processo em que tanto CRBis quanto CRB2s ocorreram para todos
nós, sempre conduzidos amorosamente cm um espirito de produção do melhor
livro possível. Também gostaria de agradecer a Robert Kohlenberg pelos
anos cm que instruiu e modelou minha forma atual de um cientista do
comportamento e praticante da FAP. Meus alunos - Sara Landcrs, Andrew
Busch, Keri Brown, Laura Rusch, Rachel Manos, Cristal Weeks, William
Bowe, c David Baruel» - continuam a ocupar um lugar de destaque no
desenvolvimento da minha compreensão e abordagem da FAP c merecem
meu completo reconhecimento. Para finalizar, gostaria de reconhecer minha
esposa, Gwynne Kohl, por seu sólido apoio c tudo que ela faz nos bastidores
para facilitar meus esforços contínuos cm prol da construção de uma carreira
produtiva e significante.
Barbara Kohlenberg
Gostaria dc agradecer, com todo meu corado, minha mãe e meu pai, Joan
Giacomini e Bob Kohlenberg, por me prover de um amor firme e compassivo
ao longo de minha vida. Dc fato, o amor que ofereço ao mundo e,
particularmente, a maneira como o amor ocupa meu trabalho clinico, minhas
amizades c minha família, sào extensões do amor que senti a vida toda. Tambcm
gostaria de agradecer aos meus amados amigos, Liz Gifford c Debra
Hendrickson, que me lembram da importância de ser verdadeira cm todas as
minhas ações.
 Minha vida intelectual foi profundamente modelada por Steve
I laycs, que conduziu meus pensamentos desde a graduação até o dia de hoje.
Gostaria de agradecer a Mavis Tsai,
 cujo amor por meu pai e cuja coragem
como clinica
,
 pensadora e amiga, tem sido profundamente significativa para
mim. Meus colegas do departamento de psiquiatria
, particularmente David
Antonuccio c Melissa Piasecki
,
 que me têm sido uma fonte inesgotável dc
apoio. Recentemente
, meu colega Maik Broadhead tem dividido tanto seu
coração, quanto seu intelecto comigo
, e tem me ajudado a não me sentir só
nos momentos difíceis
.
 Sou grata a todos os meus pacientes que ao longo dos
anos mc concederam o privilégio dc ouvir a história dc suas vidas c mc
permitiram dividir com eles suas alegrias e angústias. Meu marido, Steve Davis,
que tem me ensinado tanto sobre amor c paciência. H, por fim, às minhas
crianças, Hanna c Jack
,
 que me fazem lembrar todos os dias que o amor é
tanto sentir como fazer
,
 c que me deram o presente dc ser sua mãe.
William C. Follete
Eu agradeço a todos aqueles que modelaram meu conhecimento
,
 cuidado
e humor. Não tenho ideia de quem são todos voccs c dc como fizeram isso
.
Eu posso agradecer a Bob Konienberg. que tem sido um mentor c amigo
nos bons momentos e em tempos difíceis.
 A todos os meus alunos antigos c
atuais; talvez vocês nunca saibam como eu continuo aprendendo com vocês
.
Se alguém é afortunado
, encontrará um amigo pelo caminho que estará lá
para quando for necessária a presença de outro para rir junto e, algumas
vezes
, dc você; aceita sua amizade e oferece a dele cm troca. Glenn
Caliaghan é desses amigos.
 Gostaria dc agradecer a Laura,
 mamãe c papai,
Dcbbic c todos aqueles que iniciaram a jornada comigo
, mas não puderam
chegar ao final
.
Glenn M. Caliaghan
Gostaria de agradecer a minha querida esposa,
 parceira c colega, Dra.
Jennifer Gregg,
 por seu amor, compaixão, orientação intelectual e apoio.
Sem ela
, cu não seria o terapeuta FAP ou académico que sou hoje. Mais
que isso, não seria, sem ela, a pessoa que sou. Minha relação com Jcn,
Hopc c Jack é a mais imponante que cu terei.
 Minha profunda apreciação
vai para Bob Kohlenberg e Mavis Tsai
,
 pelo convite para que cu fosse parte
deste livro e pelo encorajamento c compreensão no processo dc minha*
contribuições. Gostaria de agradecer a Bill Follete por ser o melhor colega e
amigo que eu jamais imaginei encontrar nesse campo.
 Não seria parte deste
livro
,
 um terapeuta FAP ou mesmo a pessoa que sou hoje sem sua gentileza,
paciência c humor ao longo dos anos. Gostaria dc agradecer a lodos os
meus clientes FAP por s»ir.s ajudas cm modelar a maneira mais efetiva que
faço FAP, com abertura, graça c coragem que eles têm me mostrado
Sumário
I O que é Psicoterapia Analítica Funcional (FAP)?.2 I
Robert J. Kohlcnbcrg, Mavis Tsai c Jonathan W. Kanter
2 Linhas c evidências que dão suporte à FAP 43
David E. Baruch, Jonathan W. Kanter, Andrew M. Busch, Mary I).
Plummer, Mavis Tsai, Laura C. Rusch, Sara J. Liindes, & Gareth I.
Holman
3 Avaliaçfio e Formulação de Caso...61
Jonathan W. Kanter, Cristal E. Weeks, Jordan T. Bonow, Sara J. I.andes,
Glenn M. Callaghan. & William C. Follcte
4 Técnica Terapêutica: As Cinco Regras -...- 89
Mavis Tsai, Robert J. Kohlenberg, Jonathan W. Kanter, & Jcnnifer Walt/
5 Self e Mindfulness-139
Robert J. Kohlenberg. Mavis Tsai, Jonathan W. Kanter, e Chauncev R.
Parkcr
6 Intimidade ____---171
Robert J. Kohlenberg, Barbara Kohlenberg e Mavis Tsai
7 O Curso da Terapia: Fases Inicial, Intermediária e Final da FAP. 187
Mavis Tsai, Jonathan W. Kanter, Sara J. Landes, Reo W. Newring e
Robert J. Kohlenberg.
8 Supervisão e Desenvolvimento Pessoal do Terapeuta.211
Mavis Tsai, Glenn M. Callaghan, Robert J. Kohlenberg, Willian C. I ollcie,
and Sabrina M. Darrow
9 Valores na Terapia r Green FAP..-.249
Mavis Tsai, Robert J. Kohlcmbcrg. Madelon Y. BollingcChristeine Terry
Apêndices--267
índice Remissivo-267
nu
Autores Principais
Mavis Tsai
,
 Ph.D., uma das coordenadoras da FAP, psicóloga clínica autónoma.
E lambem Dirctora da Clínica de Especialidade FAP inserida nos serviços de
psicologia e no ccniro dc treinamenlo da Universidade de Washington, onde
alua como professora
, supervisora e está envolvidacm pesquisa em
desenvolvimento de tratamentos. Suas publicações e apresentações incluem
trabalhos sobre tratamentos de transtorno de stress pós-tiaumático e trauma
interpessoal com a FAP
, desordens do self, questões dc poder na terapia de
casal
,
 incorporação da sabedoria oriental na psicologia, racismo e grupos
minoritários, ensinar os jovens a serem ativistas da paz e fortalecimento da
mulher via reivindicação dc reconhecimento e paixão.
 Tsai está no Fullbright
Sénior Specialisis Roster, já conduziu sessões do "Masler Clinician" na
Associação dc Terapia Comportamental c Cognitiva c liderou numerosos
workshops nacionais e internacionais
.
 Ela está interessada cm abordagens
multimodais de orientação comportamental que tratam e engrandecem mente
,
corpo, emoções c espirito. E-mail: mavis@u.washington.cdu
Rahcrt./. Kohlenberg
,
 Ph.D., ABPP, é um dos coordenadores da FAP,
professorde psicologia da Universidade dc Washington, onde ocupou o cargo
de Diíetor de Treinamento Clínico de 1997 a 2004. A Associação dc Psicologia
do Estado de Washington o honrou com o Prémio "Distinguished
Psychologist" em 1999. Ele está no Fullbright Sénior Specialisis Roster
e já conduziu sessões do "Masier Clinician" e do "World Round" na
Associação de Terapia Comportamental e Cognitiva.
 Já apresentou
workshops sobre FAP tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente
e já publicou artigos sobre enxaqueca
,
 transtorno obsessivo compulsivo,
depressão
, intimidade da relação terapêutica e abordagem FAP da
compreensão do self. Kohlenberg obteve fundos dc pesquisa para o
desenvolvimento da FAP. Seus interesses atuais são identificar os elementos
da psicoterapia efetiva
, integração das psicoterapias e o tratamento dc
comorbidades. E-mail: fap@u.washington.edu
Jonathan W. Kanter
, Ph.D., c professor assistente de psicologia, diretor
da Clínica Especializada no tratamento da depressão c coordenador da clínica
de psicologia da Universidade de Wisconsin-Mihvaukee.
 Suas pesquisas
são focadas na ativação comportamental
, nos mecanismos de ação na FAP
e no estigma relacionado à depressão.
 Ele já apresentou vários workshops
sobre FAPc fcmcce supervisão clínica em FAP e Análise do Comportamento.
E
-mail: jkanter@uwm.edu
Barbara Kohlenberg, Ph.D., é professora associada â Escola dc Medicina da
Universidade de Nevada, Departamento de Psiquiatria c Ciências
Comportamentais. Ela tem interessecspccia! cm combinar a I Al,com a Terapia
dc Aceitação c Compromisso. Ela tem sido a principal investigadora c co-
invcsiigadora nos FundosN IH focados rio desenvolvimento de tratamentos que
utili/am a FAP c a Terapia dc Aceitação c Compromisso, nas áreas dc ndicção,
estigmatização e Inimout. Seus interesses incluem FAI>, A(T e os elementos
de unta psicoterapia bem sucedida. Ela também está interessada em treinar
estudantes de medicina em técnicas de entrev isU paia que isso seja usado no
atendimento médico. E-mail: bkohlenbCTg@mcxlicine.nevada.edu
Hlllium C Folltrtte, PhJX, c professor associado dc psicologia na Universidade
de Nevada, Reno, onde é, axialmente. o diretor de treinamento clínico. Conduziu
vános uorkshops de FAP e conduz um grande grupo dc supervisionado# na
UNR. Apresentou numerosos painéis e simpósios em encontros nacionais na
Associação de Terapia Comportamental e Cognitiva ena Associação de Análise
do Comportamento. Ele obtém fundos do NIMH (Instituto Nacional dc Saúde
Mental) para estudar a FAP como uma forma dc intervenção para dependentes
dc ben/odiazepinicos. Além de seus interesses cm pesquisa dc tratamento e em
desenvolvimento c clínica da Análise do Comportamento, ele também conduz
pesquisas na aquisição de habilidades interpessoais complexas, depressão c
avaliação funcional. E-maii: foJlcitCiJ unr.edu
Glenn M. Ca/laghan, Ph.D., é professor dc psicologia na Universidade Estadual
dc San José. na Califórnia. Ele publicou uma variedade de artigos sobre FAP
abordando desde conceitos comportamentais até pesquisa metodológica essencial
dc desenvolvimento da FAPpara promoção de estudos em assuntos específicos.
Ele e co-autor da Escala de Medida da FAP (FAPRS), um eterna dc cudigus
usado para identificar os mecanismos c mudança através da I AP. Callaghan
desenvolveu c assinou o Modelo dc Avaliação Ideográfica Funcional (FIAI) c o
Modelo dc Avaliação Funcional dc Habilidades dos Terapeutas Interpessoais
(FASIF) Seus interesses em f AP estão envolvidos no uso de terapias baseadas.
principalmente, nas abordagens comportamentais interpessoais que focam
repertórios problemáticos estabelecidos como aqueles observados na depressão
nxofTcnte, qi-c são a distimia e os transtornos dc personalidade. Glcnn Callaglian
está envolvido com a psicoterapia, a superv isão dc terapeutas FAP. a condução
de worhhops que apresentam a FAP para novos terapeutas além dc treinar
habilidades FAP para terapeutas intermediários c avançados. F-mail:
Glenn.Callaghan@sjsu.edu
Autores Colaboradores
David E. Haruch Estudante dc Graduação
,
 Cardinal Stritch Univcrsity
.
Milvvuukee
,
 Wl, USA, debaruch@gmail.com
Madclon Y
.
 Bolling, Ph.D. Prática Independente; Instrutor Clinico
.
Univcrsityof Washington, WA
.
 USA, mbolling@u. washington.edu
Jordan T. Ronow Estudante dc Graduação
, University of Nevada
,
 Reno,
NV, USA
.jtbonow@yahoo.com
Andrew M. Ruth
,
 >15. Estudante de Graduação, University of Wisconsin-
Milvvaukce
,
 Milwaukcc, Wl, USA, ambush@uwm.edu
Sabrina M. Darrow
,
 M.A Estudante de Graduação, University of Nevada
,
Reno, NV
,
 USA. darrow@unr.nevada.edu
Carelli I. liolman Estudante dc Graduação
,
 University of Washington
,
WA
.
 USA, gholman@u.wu»hington.edu
Sara J. Eandes
,
 Ph.D. Pós-Doutorado, llarborview Medicai Ccnicr
,
University of Washington.
 WA, USA, sjlandes@ u.vvashington.edu
Reo W
.
 Newrlng, Ph.D. Pós-Doutorado cm Psicologia
,
 Bchavioral
Pediatrics a«d Family Scrv ices Clinic
, Boys Town, Great Plains, NE. USA,
rwcxncFgu.washington.edu
Chauncey R. Parker, Ph.D. Psicóloga Clinica independente
,
 Reno, NV,
USA. chaunceyparker@gmail
.
com
Mary D. Plummer
,
 Ph.D. Psicóloga Clínica Independente; FAP Clinic
Supervisor
.
 University of Washington, WA. USA. marydp u. Washington edu
I
-aura C. Rusch
.
 MS. Estudante de Graduação
. University of Wisconan-
Milwaukee
,
 Milwaukee, Wl, USA. IrusclKíi uwm.edu
Christine Tcrry Estudante dc Graduação
, University of Washington, WA
,
USA. cmt3@u.washington.cdu
Jennlfer Waltz
,
 Ph.D. Professor Associado dc Psicologia. Univeruly of
Montana
, Missoula, MT, USA, jennifer.wallz( mso.umt.edu
Cristal E. Wccks, \1.S. Estudante dc Graduaçfio, Universily of Wisconsin-
Milwaukce, Milwaukee, WI, USA, ccweeks@uwm.edu
Sobre os Tradutores
Alice Maria C. Delilti, Doutora em Psicologia, Professora e supervisora
-
 PUCSP c USP
, Analista do Comportamento, malydel@uol.com.br
Camila C. dc Menezes
, Mestre em Análise do Comportamento pela
Universidade Estadual de Londrina
, camenezespsi@gmail.com
Fátima Cristina de Souza Conte, Doutora em Psicologia Clinica pela
Universidade dc Sào Paulo. Mestre cm Psicologia Clinica pela Pontifícia
Universidade Católica dc Campinas. Especialista em Ensino Superior dc
Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos - SP
.
fcontc@sercom tel .com .br
Fernanda S. Hrandão Gonçalves, Mestre cm psicologia clinica pela
Universidade dc São Paulo, fernandasilvabi-andao@gmail.com
Fábio B. da Silva
, Graduando da Universidade Pitágoras - Londrina,
fabiobri nhol I i @hotmail.com
Grazicllc Noro, Especialista cm Ncurociència pela Pontifícia UniversidadeCatólica - PR c mestranda em Análise do Comportamento pela Universidade
Estadual dc Londrina, gra.noro@liotmail.com
Guilherme I). Ponce, Graduando da Universidade Estadual de Londrina
,
guiponcc@hotmail.com
Josy de S. Moriyama, Doutora em Psicologia Profissão e Ciência pela
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
,
 Docente vinculada à
Universidade Estadual de Londrina
, josyama@hotmail.com
Maria Zilah da S. Brandão
, Mestre em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica de Campinas, zilah@sercomtcl.com.br.
Mariana de T. Chagas, Mestranda em Análise do Comportamento pela
Universidade Estadual de Londrina
, mtchagas@yahoo.com.br
Marina T. F. C. Arndt
, Pós-graduanda em Análise do Comportamento
Aplicada pela Unifil
,m2ritropia@hotmail.com
Murilo N. Ramos
,
 Mestrando cm Análise do Comportamento pela
Universidade Estadual de Londrina
, muramos@hotmail.com
Natalin M. F. da Rosa, Especialista, Meslranda em Análise do
Comportamento pela Universidade Estadual dc Londrina,
nai
_
mendesf@yahoo.com.br
Paula Cordeiro, Graduanda da Universidade Esladual dc Londrina, cordeiro-
paula hoimail.com
Priscila Derdyk, Mestre em Psicologia pela Westcm Michegan Univcrsity,
prisdcrdyk@uol.coin.br
Regina Chrisfina Wlclenska, Doutora em Psicologia Experimental pela
USP-SP, wielensk® uol.com.br
Rohson /-azula, Especialista em Gestão de Pessoas, Mestre cm Análise
do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina,
robson/a/ula@gmai l.com
Simone M. Oliani, Especialista em Psicoterapia na Análise do
Comportamento - UEL, Mestranda cm Análise do Comporlamcnio pela
Universidade Estadual de Londrina. Docente na I acuidade Pitágoras -
Londrina, oliani@scrcomtcl.com.br
Vem Lúcia Menezes S., Mestre em Psicologia Clinica.
mene/cs@sercomtcl.com.br
Victor II. Bassetto, Graduando na Universidade Pitágoras Londrina,
victor
_
bsl ã.hotimi l.com
iria S. Siena, Graduanda em Psicologia na Universidade Esladual de
Londrina.iasiena@gmail.com
Capítulo 1
O que é Psicoterapia Analítica Funcional (FAP)?
Robcil J. Kohlcnbcrg
,
 Mavis Tsai c Jonathan W. kanter
Imaginamos que você
,
 que neste momento está cometendo a ler eslc livro
,
esteja intdectualmenle curioso e também ansioso pua expandir suas lubilniadcs
terapêuticas. Provavelmente vocc já teve experiências usando a I AP c quer
investigar mais sobre o assunto
,
 ou talvez, este seja seu primeiro contato. Sc
vocc nào sa!>e exatamente o que é a FAP,
 provavelmente está esperando
uma definição dc dicionário
,
 que tenha passado pelo crivo behaviorista
,
 ou
procurando uma resposta que esteja mais dc acordo com a sua intuição
.
Contudo.de acordo com a abordagem behaviorista
 que adoiamos neste livro,
acreditamos que não existe "o melhor" cm termos absolutos c independentes
do contexto
,
 no que se refere unto às definições
,
 como às intervenções
terapêuticas ou teorias subjacentes
.
 Ao invés disso
, consideramos que "o
melhor"
 sempre depende do que se está tentando realizar
. A FAP c uma
terapia ideográfica c que é experimentada de forma diferente
 por cada um
que têm aprendido, praticado, procurado, recebido
, pesquisado, ensinado ou
esento sobre ela. Assim
,
 começaremos com uma ampla variedade dessas
cxpcricncias. Esperamos que ao menos uma delas irá loca-k)
.
I) Uma cliente
Uma clienle vem sofrendo com sintomas dc TEPT" após experiências
negativas envolvendo profissionais da saúde nos quais confiava. Dc acordo
com a literatura de TEPT
.
 ela leria uma predisposição
,
 uma vulnerabilidade
que seria responsável pela intensidade e a gra\ idade incomuns dos seus
sintomas. Sua história incluía abandono precoce
,
 falta dc cuidados por parte
dc pessoas cm quem confiava e morte de familiares próximos.
 A seguir,
pequeno resumo de um e-mail onde ela descreve suas reaçòcs á scssào dc
terapia realizada com RJK
.
 alguns dias antes.
Vooí tonpre »«r. me pcpinuòo tobcc associação li»rc
.
 c nctu msohl cu acortkt i»
6 30. cantada ditso. Eotio. aqui vai Eu fico mc perfumando
.
 Por q«c você wm uòo
K I KOil.nl.., «0111101 IMIWIIMIII nf Iqtoomy,
 tinon-r d WAMIW-HH. UNA
.
 < hi«I
r>i>fiu ...iiiitfiiii «u
M li»..l Al . A O-b 1 Aio-hmwJ KM 10 O
u«i« 11r 1IK«
. !
 ... é. I- ; i ittTTl*. »«. f 11TOO
21
22 R J.Kohlrnbrtg el al.
lio persistente nesse caminho "perverso" dc especular, no qual, você uma hora
encoraja ostensivamente minha lijaçlo com você. ao mesmo Icmpo que voei fica
falando sobre o fim da terapia, c sobre outros fins lambem? Em que tipo de trégua
desconfortável Freud c o» BchavonHa» sc sentariam i mesma mesa c tomaram chi?
Bem, me ocorreu que voei esti usando ligação IcrapimicatraasíeríiKia para
dc*.scn*ibili<»ção/c.\po*içjo leraptulica Voei fica me pedindo, de novo, de novo,
pnrn ficor no limite da minha zona de conforto, na qual se está 
"conscicnUmcnlc"
ligado emocionalmente, confiundo cm wí, realmente podendo <lc cena forniu nnicnl/ur
o final c ate saboreá-lo. Terapia dc cxposiçSo baseada na transferência, nio 67
2) Um Estudante de Pós-Graduaçào
A FAP me impulsionou a crcsccr c . ser consistente, tanto do ponto dc vista teórico
como com rclaçio aos valores, cm todos os aspectos da minha vida A FAP me desafia
. ver a terapia pelos olhos do ctienlc. a mc engajar na introspecção c a analisar mais
a perada menir, a mim mesmo, c as minhas ir.tcraíòcs.
3) Um Terapeuta Cognitivo Comportamental.
Aprender como "estar
"
 na relação terapêutica foi unia das idíias mais valiosas que a
I AP mc deu. Agora percebo que. cm boa parte do tempo cm que trabalho com o cliente.
fico alento cm corno estou e mc concentro, na ir.tençào dc estar inteiramente presente
-
 isto lera sido um processo poderoso, mesmo quando e desconfortável. Eu fiquei
impactado dc modo muito profundo, t.into profissionalmente como pessoalmente.
Estou muito mais ciente do meu padrio dc esquiva. Tenho estado mais cm conialo com
meu desejo de ligar meu self pessoal c meu self profissional.de um modo mais real, mais
humano e mais presente. Aprender a FAP leni sido uma força dc cura c expUisAo, c tom
enriquecido muito a minha vida. Tem sido uma experiência dc mudança dc vida
4) Um Terapeuta Dialêtico Comportamental (DBT).
A FAP tem a ver com viver integralmente, experimentando as ctnoçdes. arriscando
lanlo quanto nossos pacicnlcs, querendo mudar o mundo, desejando aliviar o
sofrimento, movendo-se em dircçJo ao amor e à capacidade dc amar Eu simplesmente
amei a mistura dc criatividade, superar barreiras, dc intensidade, encontros existenciais
e a potente técnica terapêutica.
5) Co-autor do livro
A PAP6 unia psicoterapia dc orientação interpessoal desenvolvida para ajudiir n aliviar
problemas de dientes que lenham n ver. fundamentalmente, com relacionamentos
humanos. O sofrimento do clienle pode ocorrer na presença ou na ausência de pessoal.
Contudo, a dor emocional que os cl icmes sentem icm a ver com a sua falia dc vínculos
significativos. O que a FAP lem dc único í o uso de concepções comportamentais
básicas sobre modelagem e a aplicação dc rtfbrçamceio contingente, durante a tcssSo
terapêutica. Na essência da FAPcstt seu mecanismo hipotético de mudança clinica. que
ae <tt auaves do responder do terapeuta, contingente aos problemas que o cliente vive.
na própria sessi.». nu momento cm que os problemas ocorror
6) Co-autor do livro
A FAP usa princípios comportamentais pnra criar um espaço sagrado dcconsciência.
coragem c amor, ond<' a rclnçAo terapêutica ê o principal veiculo para melhor u c
I O que é Psicoterapia Analítica Funcional?
transformação do cliente
.
 A FAP modela habilidades interpessoaisefetivasno cliente
,promovendo suas habilidades dc (alar e agir com compauio sobre suas verdades e
dou. bem como de se engajar otimamente e dar e receber amor in gralmentc
Originalmente, nós desenvolvemos a I AP (Kohlenberg & Tsai, 1991) para
explicar porque alguns dc nossos clienlcs
, recebendo a Terapia Cognitivo
Comportamental padrão
,
 exibiam mudanças imprevistas c marcanics cm suas
vidas
,
 que iam muito além das expectativas usuais do tratamento. Cada um
desses casos notáveis envolvia uma relação tcrapcuta-cliente que ocorria
naturalmente e era particularmente intensa
, comprometida e emocional.
Procuramos explicar essa relação lerapcula-clienlc usando uma análise
behaviorista radical (Skinner
.
 19*45,1953,1957,1974) do processo de psicoterapia,
enfatizando a história individual e única de cada um
.
Certamente a noçSo de que a relação terapeuta-clienle desempenha um
papd central na produçio de mudança, encontra-se presente em toda a literatura
sobre psicoterapia e tem suporte empírico considerável (ver Capítulo 2). Nossa
intenção
,
 ao usar o Behaviorismo Radical para entender este fenómeno
,
 foi
fornecer uma nova perspectiva sobre a maneira
 pela qual a relação terapeuta-
cliente contribui para ganhos terapêuticos
.
 Usamos uma abordagem "dc cima
para baixo"
,
 começando por observações clinicas das intervenções terapêuticas
e seus efeitos
,
 utilizando cntào conceitos comportamentais para explicar tais
efeitos
.
 Usamos também uma abordagem "dc baixo para cima"
, aplicando
conccilos comportamentais
, aspectos teóricos associados c descobertas de
laboratório para dar forma
,
 modelar c refinar as intervenções terapêuticas A
FAP, como é hoje praticada
,
 refletc mais de duas décadas deste processo de
interaçlo.
Uma vantagem fúndamereal da abordagem comportamental contida na I AP
é que ela aponta para mecanismos hipotéticos dc mudança que, por sua vez, se
prestam a orientações dc tratamento que sâo especificas e passíveis dc serem
ensinadas
.
 Conceitos c definições comportamentais permitem aos terapeutas
implementar uma ampla gama de mecanismos terapêuticos potencialmente
signi ficari vos
,
 tais como "coragem", "amor lerapéutko". "criação de um espaço
sagrado" (ver capítulo 4),
 que não sào comumente tilxjrdados numa terapia
cognilivo-comportnmental.
 Trazer tal coragem eamor para dentro dessas relações
com os clientes é um processo difícil,
 que leva os terapeutas ao limiie da sua
zona de conforto - frequentemente evocando esquiva emocional. Nós também
buscamos o behaviorismo para facilitar que os riscos assumidos
 peio terapeuta,
dc maneira ctica c responsável,
 resulicm em benefícios para o cliente.
Conceitos Básicos Subjacentes à FAP
O Behaviorismo
,
 que está no núcleo da FAP.é facilmente mal compreendido.
Por essa ra/ào é apropriado rever alguns conceitos comportamentais básicos e
como eles se aplicam à FAP.
 Encaminhamos os leitores que queiram uma
2t KJ.Kohlenbeig ei at.
descrição mais detalhada dc conceitos comportamcniais básicos para o nosso
primeiro volume (Kohlcnbcrg & Tsai, 1991) Nesta sessão iremos abordar trás
conceitos chave: comportamento como ação, a diferença entre análise funcional
e análise topográfica, c reforçamento. Lembre-sc que o Behaviorismo é uma
teoria contextual que questiona a existência dc urna realidade lixa e passível dc
compreensão, ndotando, ao invés disso, o pragmatismo como critério de verdade(Hayes,Hayes& Reese, 1988; Roche, 1999) A realidade c a noção de realidade,
nesta abordagem contextualista que visa compreender as pessoas, é função
das histórias expcricnciais únicas daqueles, para os quais unu realidade particular
é relevante. Em outras palavras, a percepção que uma pessoa tem da realidade
é um produto do contexto na qual esta percepção ocorre. Como o contexto
desempenha um papel central nesta teoria, a questão mais importante não é se
a leona está certa, cm um sentido objetivo. mas sim se a leoru é útil do pomo dc
vista pragmático: ela leva ao desenvolvimento de intervenções terapêuticas úteis,
diminuindo o sofrimento humano e facilitando aos indivíduos terem vidas plenas
dc signi ficado, produtivas e satisfatórias?
Comportamento como Ação
O que é comportamento? A maneira tipica com que se responde a esta
questão, demonstra uma má compreensão muito comum accrca do
Behaviorismo Radical. O comportamento é definido, muitas vezes, dc uma
maneira muito restrita, limitando-sc a eventos abertos, publicamente
observáveis e não incluindo pensamentos ou sentimentos. Os
comportamentos (também conhecidos como atos), contudo, referem-sc, na
verdade, a qualquer coisa que uma pessoa faça. O com|>onamenio realmente
abrange eventos observáveis como andar, fumar, gntar, falar e chorar e
inclui também atos privados (só observáveis pela própria pessoa) como ter
um sonho, ver um filme, calcular um troco, sentir-se triste, desejar um dia
ensolarado, pensar, ver, ouvir, experimentar e conhecer. Também são incluídos
como comportamentos, atividades orgânicas do corpo, como os batimentos
do coração. Assim, cada aspecto da existência humana é contemplado nessa
definição dc comportamento, na medida cm que os atos sejam expressos
através dc verbos - ao invés dc ter memória, a pessoa se lembra; ao invés
dc ter um valor, a pessoa valori/a; ao invés dc ter coragem, a pessoa age
corajosamente.
O behav iorismo é uma teoria dc mudança de comportamento, portanto, se
entidades mentais interessantes puderem ser cspccificad-is como verbos, açócs
ou processos, as metas do tratamento ficam muito mais claras. l,or exemplo,
em vez de ter baixa auto-estima. as pessoas pensam, crcem. estabelecem
atribuições, sentem e agem dc manara que outros caracterizam como indicaçio
dc baixa auto-estima. Ao invés dc ter problemas com o self. as pessoas
apresentam dificuldade cm cxpcricnciar um estado consciência plena, ou se
I O que r INuilaqú Aiuliuu» 25
tornam temerosos de relações íntimas
.
 O psicanalista Schafer (1976) chamou
atenção para a necessidade dc realizar uma transição similar das estruturas
psicanalíticas para processos (verbos), e mostrou a viabilidade dessa proposta
.
Transcrever, assim
,
 substantivos cm verbos favorece a criação de uma
linguagem comum entre diferentes sistemas terapêuticos c auxilia na integração
di psicoterapia (Kohlcnbcrg & Tsai
,
 1994). A seguir estão mais exemplos dc
comportamentos como ações.
Unhando
,
 cantando, bebendo.
A miando
, falando, desejando, velejando.
Esperando
, dançando, tomando notas c voando.
Pensamentos c devaneios
,
 branqueamento e ponderando.
Pensando em um velho amigo, misturando uma fina mistura
,
Falando suas verdades
, bebendo um vermouth francês.
Correndo
,
 arremessando, suspirando, deixando
,
Arrotando
, atirando, assoprando, costurando.
Apanhando gravetos
,
 saindo dc uma fria,
Soltando gás,
 pensando sobre o copo.
£ comportamento se você o fizer
Não imporá que ninguém saiba.
Tendo mostrado a importância dos verbos
, precisamos ressaltar uma
advertência
,
 ou seja, quando vocc vir neste livro um substantivo que sc parece
com instâncias mentais
,
 ainda assim estaremos falando dc processos. Contudo
,
usamos um jeito rápido c prático de transmitir ideias
,
 uma vez que usar apenas
a linguagem dos v erbos pode ser complicado e tomar o texto pesado.Análise funcional versus análise topográfica
Para ilustrar o que significa análise funcional acompanhe o seguinte estudo
dc caso (Haughton A Ayllon. 1965). um dos primeiros relatos na literatura
de terapia comportamental.
 A paciente mostrada na Fig 1
.1 passou um longo
período de tempo na enfermaria de um hospital psiquiátrico, e onde as opções
de tratamentos, medicamentos ou dc suporte comunitário/social eram
limitadas. Até este momento
,
 na história da terapia comportamental
,
 os
modelos médicos c psicanalíticos dominaram quase todos os métodos do
tratamento
.
 Neste contexto
,
 os Drs Houghtor. e Ayllon tentavam demonstrar
,
desesperadamente,
 que as contingências de reforço podenam influenciar
no comportamento que era considerado
, quase universalmente, como
"patológico".
 Os pesquisadores procuravam descobri rsc os comportamentos
'
 .Vv-
.u tc.Ju. «Ill «Klí.U iiii |H*na cMirniunri»! hur-ln ?*r*ririevr nu |I0«1
26 RJ.Kohlcnbecg cl al.
dc segurar uma vassoura c varrer o chão poderiam sei modelados no
repertório dessa paciente, usando o cigarro como estimulo reforçador. Após
algumas semanas dc "reforçamento" deste comportamento, a paciente
gastava sua maior parte do dia segurando uma vassoura. Dois terapeutas
dc orientação psicanalítica, que nào estavam cientes do processo de
modelagem, foram questionados acerca dos motivos pelos quais a paciente
agia daquela forma. Dr A. deu a seguinte explicação:
Fig. 1.1 Esboço ds paciente na posição reforçada
A vassoura representa para esta paciente, algum elemento dc percepção essencial no
seu campo dc consciência. Como isto veio a ocorrer e algo incerto; na perspectiva
freudiana, podcr-sc-ia interpretar simbolicamente, ao passo que na perspectiva
comportamental, isto poderia talvez ser interpretado como um hábito que se tomou
fundamental para sua trunquil idade. De qualquer mune ira, estu é certamente umu
forma de comportamento estereotipado, que e comumente visto em pacientes
esquizofrénico* bastante regredidos, sendo bastante semelhante ao modo pelo qual
crianças pequenas ou bcb6l se recusam i sepaiar-sc dc um brinquedo favorito, um
pedaço dc pana etc
Dr. B*s relata o seguinte:
O constante c compulsivo perambular dela, enquanto segura a vassoura, pode ser
visto como um procedimento ntualístico ou uma uçào mágica. Quando a regressão
conquista o processo associativo, formas arcaicas e primitivas dc pensamento
controlam o comportamento O simbolismo i um modo predominante dc expressão
dos desejos profundos insatisfeitos e impulso» instintivos Como mágica, ela controla
o» outros, os poderes cósmicos estio ao seu dispor e objetos inanimados sc
transformam em criaturas vivas. Sua vassoura pode ser cniào: (I) uma criança que lhe
dá amor, que e retribuído com devoção, (2) um simbolo fálico. (3) um cetro dc uma
I O qu? é Psicoterapia Analítica Funcional? 27
rainha onípotente.
 Seu caminhar rítmico c pre-arranjado cm um espaço determinado
,
nio se assemelha às compulsões de um neurótico
,
 atí porque e um comporta mento
muito mais irracional c controlado
.
 Sob o ponto dc vista dc uni pensamento primitivo
.
este t um procedimento mágico no quai a paciente realiza seu» desejos, expressos
através de uma forma que está muito alem da nossa maneira sólida
,
 racional c
convencional dc pensar c agir.
O que há de errado com tis explicações dadas pelo Drs. A c B? Poderíamos
argumentar que eles não se basearam na análise funcional
.
 Finaram em sua
inferência de causalidade simplesmente olhando a topografia (aparência forma!)
do comportamento. Como behavioristas
,
 procuramos evitar inferências e ao
mesmo tempo tentamos descobrir os fatores causais relevantes para explicar
o comportamento.
 Nào e verdade que as explicações dadas pelos Dr A c Dr.
B nunca pudessem ser correias
.
 São numerosas as possíveis causas do
comportamento da paciente
.
 Sem uma análise funcional
, é impossível saber
qual explicação c apropriada para aquele "sintoma"
, daquela paciente em
particular, naquele momento específico. Behavioristas acreditam que o
comportamento não tem significado quando separado do contexto. Causas
.
de acordo com os behavioristas
, são estímulos ambientais que influenciam o
comportamento, em contextos específicos. A análise funciona! e uma tentativa
de identificar esses estímulos c também como eles
,
 historicamente, adquiriram
tal influencia sobre o comportamento.
Existem basicamente três tipos de estímulos de interesse
 para a análise
funcional.
I) Estímulos Reforçadores são estímulos que seguem o comportamento e o
torne mais ou menos provável dc ocorrer no futuro
.
 Estímulos reforçadores
sào essencialmente
,
 consequências que afetam a probabilidade futura ou
a força dc um comportamento particular
.
 Por exemplo, um copo d,água
poderia reforçar o comportamento de pedir um copo d,água por uma pessoa
sedenta. Na FAP
, o reforçamento c o que há de mais importante para sc
entender e a chave especial para a FAP c a compreensão dc como o
terapeuta pode reforçar,
 naturalmente, o comportamento de um cliente
.
2) Estímulos Discriminativos são estímulos que precedem
,
 dc forma
consistente, o comportamento c predi/em que provavelmente o
reforçamento poderá ocorcer
.
 Estímulos discriminativos podem ser
complexos. No exemplo anterior
, um copo d,água (ou a presença de um
copo de água disponível nas proximidades) c uma pessoa que possa ouvir
o pedido,
 seriam estímulos discriminativos para o comportamento de pedir
um copo d água. Em outras palavras
,
 estímulos discriminativos são as
circunstâncias sob as quais certos comportamentos são reforçados e,
portanto, são mais prováveis de ocorrer. Um comportamento que ocorre
devido a presença de um estimulo discriminativo e cuja força c afetada
pelas consequências, ou seja, pelo reforço, é comumente conhecido como
RJ.Kohlrotmg cl »l
cornporlamcnlo voluntário c tecnicamente nomeado como "operante
"
, se
utilizarmos terminologia técnica. O comportamento opcianleen volve taiito
estímulos discriminativos, como estimulo* reforçadorcs. Uma pessoa não
pediria um copo d,água se. com base em sua experiência anterior, não
houvesse chnncc de obté-lo (estímulos reforçadorcs) e se ninguém pudesse
ouvir o pedido (estímulos discriminativos).
3) Estimulas Eliciadores, como o* estímulos discriminativos, também precedem
o comportamento. Estes causam, contudo, um tipo diferente de
comportamento, c o reforçamento não é ncccssário. Estímulos eliciadores
eliciam comportamento involuntário ou reflexo, tecnicamente chamado de
comportamento "respondente". Comportamento respondente é o tipo de
comportamento que está relacionado com o paradigma do condicionamento
Pavloviano, tal como a salivação, cm resposta à comida na língua. Muitas
reações "viscerais" podem ser consideradas comportamento respondente.
A análise funcional responde a questão "Qual i a função de um
comportamento?" através da identificação de estímulos reforçadores,
discriminativos c eliciadores dos quais o comportamento é função. A FAP
está principalmente (mas nio exclusivamente) interessada no reforçamento,
entào ele será discutido posteriormente, em detalhes. Por agora, o ponto crucial
é que o reforçamento é um processo histórico. Alguém pede água, nio porque
o reforçamento irá ocorrer e a água será djda naquele caso, mas porque o
pedido foi consistentemente reforçado com água no passado.
A análise funcional requer a compreensão da história única de cada cliente
c essa compreensão nos permite identificar funções diferentes emcomportamentos topograficamente similares. Por exemplo, considere o
comportamento de consumir excessivamente bebidas alcoólicas em uma festa.
Para um indivíduo, isto pode representar uni reforço negativo, se no passado
o álcool diminuiu a sua ansiedade social, c o deixou menos tenso. Para outra
pessoa isto pode representar um reforço positivo, se o consumo de álcool o
levou a ter algumas horas divertidas. Claro que frequentemente há múltiplas
funções envolvidas, especialmente no comportamento complexo. O importante
agora é a compreensão de que como behavioristas, definimos o comportamento
de acordo com sua funçào. Dizer que uma pessoa tem problemas com bebidas
alcoólicas não é suficiente. Isto é a simples descrição da topografia do
comportamento - como ele se parece. Nós preferimos descrições como. por
exemplo, que o comportamcnto-problema tem a funçào de aliviar a ansiedade,
ou de propiciar ganhos pela diminuição da inibição social, ou se o problema
tem múltiplas funções. Lembre-se do que foi discutido, o behaviorismo é um
sistema contextual. Deste modo, a análise funcional é preferida não por estar
"
certa" ou ser "melhor" em termos absolutos ou objeti vos, mas somente porque
que ela é pragmática e conduz a intervenções terapêuticas úteis.
I Oqtic c ISmíibjh Amltnoi I inocHaf" 29
Uma analise funcional pode ser feita de varias maneiras. O método ideal
envolve realizar um experimento que cuidadosamente controle c manipulediferentes variáveis isto é
,
 criar uma história real no laboratório-ao mesmo
tempo cm que se tar.
 mensuração da frequência do comportamento em
questão, para identificar claramente quais são as variáveis que funcionam
como reforçadorcs. Com raras cxceções (e.g. Kanter et al
.
,
 2006.), tais
análises funcionais cxperimenlais
.sào difíceis de serem realizadasdurunlea
psicoterapia com pacientes ambulatoriais. Realmente
, como as funções são
determinadas pela história
,
 raramente o terapeuta tem acesso dircto a ela
.
Entào
,
 ao invés disso, o terapeuta apenas faz perguntas para discernir, tào
acuradamente quanto possível,
 as funções potenciais de um comportamento
.(ver capítulo 3 paru uma discussío detalhada sobre a avaliação)
.
 Já o
terapeuta FAP também observa atentamente como o cliente responde á ele.
o que é uma fonte importante de infonnação para auxiliai a análise funcional.
Reforçamento
Na teoria do behaviorismo radical
, o reforçamento é visto com um
processo onipresente em nossas vidas diárias. O termo "reforçamento" é
usado aqui tanto no seu sentido preciso e como
 genérico, referindo-se a
iodas as consequências ou contingências que afetam (aumentando ou
diminuindo) a força de um comportamento
,
 incluindo o reforço positivo
,
negativo e a punição
.
 O fortalecimento ou o enfraquecimento de um
comportamento geralmente ocorre em um nível inconsciente, de modo que
a consciência ou os sentimentos não são necessários no processo. Ainda
que os indivíduos frequentemente relatem prazer quando são reforçados
positivamente, ou dcspra/cr quando sào reforçados negativamente ou punidos
,
tal consciência não é uma parte necessária do processo de reforçamento, c
não deve ser confundida com ele
.
O reforçamento é a causa ultima e fundamental de uma açào. Uma
explicação completa
, do ponto de vista behaviorista radical
,
 necessariamente
envolve a identificação da historia de reforçamento
.
 Por exemplo, um cliente
pode di/.er ter gritado com sua esposa porque estava com raiva. Como
explicação para o comportamento,
 isso é incompleto c exige informações
sobre as contingências passadas que dêem conta de ambas as ações: ficar
furioso e gntar. Isto é
.
 nem todo mando fica furioso sob tais circunstâncias e
mesmo que fique,
 nem todos gritam. Uma explicação completa levaria em
conta essas questões,
 além dos estados internos do indivíduo c da situação
corrente
.
Ainda que as explicações completas
, sempre façam referencia a história.
e sejam elas preferidas,
 às vezes pode ser suficiente ou útil ver os problemas
do cliente como resultantes dos estímulos discriminativos (influências) mais
próximos e no ambiente atual, incluindo as suas emoções e pensamentos
30 R.J.Kohlenbcrg cl sl.
Ires aspectos do icforçamento são de relevância particular para a
psicoterapia - reforços naturais versus os reforços arbitrários, as contingências
intra-sessão e a modelagem.
Rc/orco NaturaI versus reforço arbitrário. Infelizmente, simplesmente
dizer "muito bem" ou oferecer uma recompensa tangível para o
comportamento do cliente, que está de acordo com os desejos do terapeuta,
é a imagem que vem à mente quando o teimo "reforçamenlo" é mencionado.
Esta imagem não apenas está tecnicamente errada, como também
exemplifica o "reforço arbitrário". A distinção entre o reforço natural c o
reforço arbitrário é de especial importância no processo do mudança. (Fcstcr.
1967; Skinner, 1982). O reforçamenlo quase sempre ocorre de maneira
natural e raramente c resultado de alguém tentando reforçar o
comportamento de outra pessoa. Os reforçadores naturais são tipicos e
confiáveis cm nossa vida diária, ao contrário dos reforçadores arbitrários.
Por exemplo, dar doce a uma criança por essa colocar o casaco seria um
arbitrário, no entanto, colocar um casaco por estar sentindo frio e sentir-se
aquecido c um reforçador natural. Similarmente, privar um cliente de dinheiro
por não manter contato visual e arbitrário, enquanto a atenção espontânea
do terapeuta quando um cliente está olhando para ele é natural.
Reforçadores arbitrários podem ser muito efetivos no tratamento de
clientes que estão restritos em seu movimento e/ou vivem em ambientes
controlados como escolas, hospitais e prisões. Nesses cenários, reforçadores
arbitrários podem ser usados consistentemente e não apenas no contexto de
uma breve interaçâo terapêutica. No entanto, reforçadores arbitrários podem
deixar a desejar quando se espera que o comportamento modificado se
generalize para a vida diária. Considere por exemplo um cliente que tem
problema em expressar raiva, e acabe expressando raiva durante uma sessão
de terapia, diante da inflexibilidade do terapeuta no que se refere às datas
de pagamento. Sc o terapeuta responde sorrindo e di/: "cu estou feliz por
você ter expressado sua raiva em relação a mim" isto provavelmente e um
reforçamento arbitrário, já que tal consequência c improvável de acontecer
cm um ambiente natural. Clientes que aprenderam a expressar raiva porque
isto foi seguido por sorrisos podem não estar preparados para expressar
raiva durante sua vida diária. Um reforçador natural provavelmente teria
consistido em levar o cliente a sério, discutindo e talvez alterando a politica
de pagamentos. Qualquer mudança produzida por tais consequências teria
mais probabilidade de generalizar-se para a vida diária.
Infelizmente, o uso deliberado de reforçadores pode favorecer para que
se torne arbitrário ou "falso", perdendo sua efetividadc. (Ferster, 1972).
Esse problema foi comentado por Wachtel (1977), que observou que
terapeutas comportamentais que estavam frequentemente exagerando no
uso de elogios, tinham sua eficácia diminuída. Além disso, o uso deliberado
de consequências pode ser, considerado pelo cliente aversivo ou manipulativo
I O qiic c Psicoterapia Analítica Funcional? 31
e induzi-lo a realizar esforços para reduzir ou alterar a mudança terapêutica
-
 o que Skinner < 1953) chamaria de "contra-controle"
.
O uso de reforço de psicoterapia
,
 portanto, representa assim um grande
dilema. Por um lado
.
 reforçamento natural contingente ao comportamento
alvo é o primeiro agente de mudança disponível cm uma situação terapêutica.
Poroutro lado
,
 se o terapeuta tenta fazer "uso" deliberado desses reforçadores
"
naturais"
,
 eles podem perder sua efetividadc, induzir o contra-controle e
produzir um tratamento manipulativo. Este dilema c evitado, contudo
, quar.do
a terapia se estrutura de modo que as reações genuínas do terapeuta ao
comportamento do cliente,
 naturalmente rcforçem os avanços, quando eles
aparecem. Mais especificamente
,
 dado que a interaçâo é o aspecto
dominante na psicoterapia
, o reforçamento natural imediato dos avanços do
cliente, torna-sc mais provável quando a relação cliente-terapeuta
naturalmenle evoca os problemas apresentados pelo cliente
.
 A seguir, tem-
sc. um exemplo de tal relacionamento.
Um cliente masculino acabou de demonstrar melhora no decorrer dc
uma sessão - após ter evitado por alguns meses falar sobre seu luto diante
da morte da mãe, ele quebrou o silêncio c começou a chorar a morte dela
.
Até este momento
, o casamento do cliente estava rompido, cm parte porque
sua esquiva cm relação à expressão do luto também foi possível em função
de seu distanciamento emocionai cm relação à esposa. Neste cxaio momento
o terapeuta da FAP poderia ter se questionado sobre vários aspectos como,
"
como eu estou me sentindo cm relação ao cliente,
 especificamente nesse
exato momento?"
,
 
"estou me sentindo intimo
, perto do cliente, disposto a
apoiá-lo, ou estou me sentindo distante
,
 aborrecido, longe do cliente?"
"Expressar minhas rcaçòcs perante o cliente
, nesse momento, melhoraria
nossa relação e nos deixaria mais próximos
, ou poderia isto assustá-lo ou
puni-lo por mostrar esses sentimentos?""É provável que minha reaçào neste
momento possa ser parecida com a da sua esposa? Ela sentiria o mesmo
que cu?"
 Dando respostas apropriadas a essas questões
, o terapeuta da
FAP poderia ampliar seus sentimentos dizendo: "Mc sinto conectado a você
de uma maneira muito profunda
, por estar me mostrando esses sentimentos.
Estou me sentindo mais próximo de você como nunca estive". Isto se constitui
em um reforço natural. O terapeuta pode encorajar, posteriormente, o cliente
a deixar sua esposa ver também esses sentimentos.
Na essência a FAP fornece um conjunto simples dc dirctrizes (as cinco
regras discutidas no capitulo 4) especificando quando e como aplicar
reforçamento natural na relação terapêutica.
Contineências dentro do sessão. Uma característica bem conhecida do
reforçamento é que quanto mais próxima,
 no tempo e no espaço, uma
consequência ocorre cm relação ao comportamento, maior c o seu efeito.
Scguc-se então que o tratamento será mais efetivo se os componamentos-
problema e os avanços do cliente ocorrerem durante a sessão, quando estão
R J.Kohlcnbcrp c( il
mais próximos, 110 tempo c no espaço, do reforço disponível. Por exemplo, sc
uma clicnlc tem problemas para confiar cm outras pessoas, a terapia será
mais efetiva se ela manifestar tal desconfiança na própna relação terapêutica,
onde o terapeuta poderia reagir imediatamente, ao invés de falar sobre os
incidentes ocorridos entre as sessões. Uma mudança terapêutica significativa
decorre das contingências que ocorrem na relação clientc-terapcuta.
AliMlelayrnt. O conceito de modelagem pressupõe a presença de uma
ampla classe de respostas para o terapeuta reforçar. Isto é. do ponto de vista
comportamental, equivalente a dizer "os clientes irão fazer seu melhor para
melhorar e o terapeuta apenas precisa reconhecer quando isso acontece 
"
 A
modelagem é contextual, porque considera a história de aprendizagem do
cliente e os comportamentos presentes c ausentes no repertório do cliente.
Assim o mesmo comporiamento pode ser considerado um problema para um
cliente e um avanço para outro. Por exemplo, considere o caso do clicnlc, que
bate no encosto da cadeira c grita para o terapeuta: "Você não me entender.
Sc este comportamento é apresentado por um cliente que entrou na terapia
incapaz de expressar sentimentos, poderia ser considerado um progresso e a
abertura do terapeuta para essa "explosão" seria importante. É evidente que,
sc explosões como essa forem tipicas, o terapeuta deveria lhe sugerir uma
maneira alternativa para expressar sentimentos de desconforto, que não
envolvesse demonstrações físicas agressivas.
Unia Visão Comportamental da Psicoterapia
O que ocorre durante sessões de psicoterapia? Essencialmente, um cliente
e um terapeuta estão sentados cm um consultório e falam um com outro. O
cliente esta lá cm função de problemas que tem cm sua vida diária. Procurou
voluntariamente um atendimento regular e paga o terapeuta pelo tempo. O
terapeuta não observa o cliente além da sessão semanal de 50 minutos, nem
tampouco, controla os eventos ambientais do seu dia-a-dia Contudo, o objetivo
da terapia e ajudar o cliente a ohter progressos em sua vida diána, fora do
consultório.
Em função do que foi visto, uma questão teórica interessante que se
impõe à todos os psicoterapeuta» é: "o que faz um terapeuta dentro da
sessão que ajuda o cliente cm seus problemas fora da sessão?" A visão de
mundo do terapeuta e as ciências do comportamento têm implicações
relevantes para a escolha dos métodos e das práticas terapêuticas utilizadas.
De acordo com a perspectiva behaviorista, argumentamos que a resposta
sc encontra na análise funcional. Tudo o que um terapeuta pode fazer para
ajudar seus clientes envolve a apresentação dos três tipos de estímulos
discutidos anteriormente (reforçadores, discriminativos e cliciadores). Cada
um deles definido pelas funções ou efeitos que têm sobre os comportamentos
dos clientes.
I Oqucé lsi..«aioí Autaa Flndmd? 33
Toda e qualquer açào do terapeuta pode assumir uma ou mais funções
ao mesmo tempo.
 Considere uma pergunta do terapeuta
,
 
"
o que você esta
sentido agora.'" Est3 pergunta pode ter a função de estimulo discriminativo.
indicando que "agora é adequado que você descreva seus sentimentos"
.
 A
resposta do cliente que decorre disso corresponde a um operante. Contudo,
também é possível que essa questão seja uma estimulação aversiva para o
cliente c assim poderia punir o comportamento que imediatamente a
 precedeu.
Por exemplo,
 imagine que o cliente estivesse chorando imediatamente antes
de o terapeuta,
 que fizesse aquela pergunta sem que cic, o clicnlc. soubesse
exatamente o motivo de estar chorando c que deteste não ter respostas.
Nesse caso
,
 a questão do terapeuta pode ter punido a expressão emocional
que sc deu através do choro, fazendo com que sua ocorrência seja menos
provável no futuro. Este enfraquecimento anterior do comportamento do
clicnlc rcsulla de uma função (punição
, neste caso, resultado de
contingências). Essa pergunta também poderia ler função clkuidora
,
 la/endo
com que o cliente ficasse vermelho
,
 apresentasse sudorese, ficasse ansioso
,
ou induzindo ainda outros estados corporais privados
.
 O motivo especifico
pelo qual o cliente reage dessa maneira poder ser encontrado cm sua história
.
A aplicação da análise funcional na psicoterapia ambulatonal pode parecer
uma ideia estranha. Contudo
, tem ficado muito claro
, que a análise funcional
é extremamente benéfica em outras áreas da psicologia. Na verdade, a
aplicação da análise funcional e dos princípios básicos para obter mudanças
de comportamento cm ambientes instilucionais controlados
,
 tais como salas
de aula ou unidades de internamento permitiu que os
 profissionais analistas
do comportamento tivesse impacto imenso na área
.
 Tais analistas criaram
uma variedade de tratamentos bem succdidos para muitas populações, com
perturbações comportamentais severos e deficiências físicas e cognitivasgraves.
Por muitos anos
.
 apesar de continuo sucesso em contextos corno os
mencionados acima
,
 analistas funcionais (com exceção notável de Hayes
.
1987) não atentaram para a aplicação do princípio fundamental de
reforçamenlo com adultos
,
 em contexto psicotcrapéutico ambulatonal
.
 Os
fatores que atrasaram o nascimento da FAP foram descritos cm detalhes
cm outras publicações (Kohlenberg.
 Tsai c Doughcr, 1993; Kohlenberg
.
Bolling. Kanter e Parkcr
.
 2002; Kohlenberg. Tsai c Kohlenberg.
 1996). Aqui,
apenas ressaltamos que das razões para a relutância em aplicar princípios
de reforço cm terapia pode ter sido o desconforto gerado pelo reforçamenlo
arbitrário ou artificial
,
 que muitos náo-behavioristas, erroneamente, supõe
ser a única forma de reforçamento
.
 Por exemplo, é difícil para os terapeutas
enxergarem a relevância dos reforçadores frequentemente utilizados na
pesquisa básica (c.g, pelotas de comida ou água), ou daqueles usados cm
trabalhos apl içados cm ambientes controlados (e.g.. direitos ao lazer ou tiõnus
para adquirir cigarros) seu irabalho com clientes adultos cm regime de
RJ.KoUcnbcft c« «I
ambulatório. Acreditamos que a FAP resolve este problema de maneira
(
->lesante c utiliza o poder do reforço para criar experiências terapêuticas
genuínas c que podem transformara vida.
O Foco Terapêutico da FAP no Uaqui c agora"
A FAP está baseada nas suposições de que (I) o único modo pelo qual
um terapeuta pode ajudar seu cliente é através das funções reforçadoras,
discriminativas e eliciadoras de suas ações (2) essas funções terão seus
efeitos mais intensos sobre os comportamentos do cliente se ocorrer durante
a sessão. Então, a característica mais importante que toma um problema
adequado a FAP é que ele possa ocorrer durante a icssào. As melhoras do
cliente também devem ocorrer durante a sessão e devem ser naturalmente
reforçadas pelas ações c reações do terapeuta. Implementara abordagem
"aqui c agora" c a essência da FAP.
Comportamento Clinicamente Relevante
Para implementação do "aqui c agora" da FAP ê de importância central
o conceito de comportamento clinicamente relevante (CRB-"Clinically
Relevant Behavior"). O terapeuta I AP deve fazer a distinção entre os três
tipos de comportamentos clinicamente relevantes do cliente que podem
ocorrer durante a sessão; esses CRBs sào de importância fundamental para
o processo terapêutico.
CRBs I: Problemas do cliente que ocorrem durante a sessão. CRBs
I sào ocorrências, durante a sessão, de repertórios do cliente que foram
especificados como problemas de acordo com as meus do cliente para a
terapia c a conccitujçào do caso. Deve haver corropondência entre os
CRBs I específicos c os problemas particulares da vida diária. Entender os
CRBs I requer uma avaliação do comportamento cm termos de amplas
classes dc resposta que incluem diferentes topografias comportamentais;
algumas ocorrem durante a sessão, relacionada ao processo de terapia c ao
terapeuta, ao passo que outras ocorrem fora da sessão, estando relacionadas
ao trabalho, amigos, lamilia. a outras pessoas significativas c assim por diante.
Em uma FAPbcm succdida,CRBs 1 devem diminuir dc frequência ao longo
da terapia. Geralmente, CRBs 1 estào sob controle dc estimules aversivos e
consistem dc esquiva (inclusive esquiva emocional),porém,é claro, existem
CRBsl que não sào restritos ao problema da esquiva. Seguem alguns
comportamentos que são exemplos de problemas clínicos reais.
 Uma mulher que não tem amigos c "não sabe como fazer amigos
"
 evita
o contato visual, responde as perguntas falando de modo desconcentrado
c tangencial, tem uma "crise
"
 atrás dc outra, exige cuidados e fica irritada
com o terapeuta por ele não ter todas as respostas e frequentemente
I o <j«r t Pa>«ejjú Anafei ImnoT IS
acusa o mundo pelas "porcarias" sobre cia
, queixando-sc dc ser tratada
dc maneira muito injusta.
 Um homem que evita entrar cm relações amorosas
,
 sempre decide
previamente o que vai falar em sesvlo dc terapia
,
 olha frequentemente
para o relógio para poder finalizar a sessão no tempo preciso
,
 sempre
fala que só poderá ir A terapia a cada duas semanas porque está apertado
financeiramente (ganha 70.000 dólares por ano) e
,
 ainda, cancela as
sessões seguintes depois de fa/er uma importante auto-rcvclação.
 Um homem que se autodcscrcvc como "eremita**
 e gostaria dc
desenvolver uma relação intima
,
 está na terapia há 3 anos e
periodicamente diz que seu terapeuta "só faz isso por dinheiro" c
 que,
no fundo
, ele o despreza.
. Uma mulher que tem o padrão dc entrar cm relacionamentos com homens
impossíveis se apaixona pelo terapeuta.
 Uma mulher que tem um histórico dc ser abandonada
 por pessoas que
dizetn que "estão cansados" dela introduz assuntos novos c complicados
perto do final da sessão, frequentemente ameaça se matar e aparece
bêbada na casa do terapeuta no meio da noite
.
*
 Um homem que sofre de ansiedade cm situações nas quais tem que
falar cm público
,
 
"congela"
 e não tem habilidade pura falar com seu
terapeuta durante uma sessão.
 Um homem deprimido que se sente controlado por sua esposa, mostra
sessão após sessão,
 um comportamento que cm nada contribui com a
terapia e aceita passivamente,
 todas as sugestões do terapeuta.
 Um homem que tem que ser a atraçfio das festas,
 passa a maior parle
do tempo de cada sessão contando suas histórias dc diversão ao
terapeuta,
 sentindo-sc inicialmente satisfeito após cada sessão
,
 mas
considera que sua terapia não está progredindo
.
 Uma mulher que erroneamente
,
 acredita que seu marido a está traindo
,
sente que existem outros clientes de quem seu terapeuta gosta mais.
CRBs 2: Progressos do cliente ocorridos cm sessão. CRBs 2 são as
melhoras do cliente ocorridas em sessão relacionadas aos CRBs 1 c que
devem aumentar de frequência ao longo dc uma FA P bem sucedida. Durante
os primeiros estágios do processo,
 os CRBs 2 sào raros ou têm pouca força
quando comparados com instâncias dc problema clínico
,
 CRBs. Por exemplo,
um cliente cujo problema é sc retrair
,
 tendo sentimentos de baixa auto-estima
quando "as pessoas não prestam atenção nele" durante uma conversa ou
outras situações sociais Esse cliente pode mostrar comportamentos dc
retraimento semelhantes quando o terapeuta não presta atenção ao que ele
está falando ou o interrompe.
 Possíveis CRBs 2 para essa situação incluiriam
»6 RJ Kohlcnbcrg cl *1
repertórios de comportamento assertivo que poderiam dirigir o terapeuta de
volta ao que o cliente estava dizendo, ou a habilidade em discriminar a
diminuição do interesse do terapeuta, antes que este interrompesse sua fala.
Outro caso a considerar codc que uma cliente que foi abusada
sexualmente quando criança por seu pai c que tem problemas de ansiedade
crónica e insónia. Alem disso, ela também evita relações íntimas c não sc
mostra aberta cm confiar ou manifestar vulnerabilidade. Os objetivos
terapêuticos poderiam ser a redução da cvitaçào (fuga) generalizada e
aumentar CRBs 2 de: (I) entrar cm contato com seus sentimentos como
dor. raiva c irislcza; (2) aprender a pedir o que ela quer (i.c., que suas
necessidades são importantes c merecem atenção), (3) aprender a aceitar o
cuidado do seu terapeuta, sentindo leveza cm seu coração e em sua
respiração, bem como respirar mais profundamente.
CRBs 3: Interpretação do cliente do seu comportamento. Até agora
enfatizamos que a análise funcional, isto c, o processo de tentar entender o
comportamento cm termos das histórias de reforçamento e das funções dos
estímulos é fundamental para FAP. Tal análise é o componente principal da
I AI,, uma vez que tal descrição funcional

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