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28365_Arte e Arquitetura Barroca

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Arquitetura e Arte Barroca
Bibliografia
ARGAN, Giulio Carlo Argan. História da Arte Italiana. 
São Paulo. Cosac & Naify, 2003.
ARGAN, Giulio Carlo Argan. Imagem e Persuasão. 
Ensaios sobre o Barroco . São Paulo. Cia. das Letras, 
2004.
BAUMGART, Fritz. Breve História da Arte. 2 ed. São 
Paulo. Martins Fontes, 1999.
BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo. 
Perspectiva, 1999.
BENEVOLO, Leonardo. Introdução à arquitetura. 
Lisboa. Edições 70, 1999.
GIEDION, Siegfried. Espaço, Tempo e Arquitetura: O 
desenvolvimento de uma Nova Tradição. Martins 
Fontes, 2004.
GOMBRICH, Arnold. História da Arte. Rio de Janeiro. 
LTC, 1999.
HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e da 
Arte. V 1. 3 ed. São Paulo. Mestre Jou, 1982.
JANSON, H. W. História Geral da Arte. São Paulo. 
Martins Fontes, 1993.
NUTTGENS, Patrick. The story of architecture. 2 ed. 
Phaidon, 1997.
Bartolomé Murillo : A imaculada conceição
(Prado: óleo s/tela – 2,06x1,44m; 1660)
Bartolomé Murillo : A imaculada conceição
(Prado: óleo s/tela – 2,06x1,44m; 1660)
Nossa Senhora entronizada com o menino 
(Têmpera sobre madeira, 81,5cm x 49 cm; 
Galeria Nacional de Arte; Washington, 1280)
Giotto – 1305 
Ognissanti Madona ( Uffizi)
Rafael
Madona di Campi (Têmpera s/madeira, 113 x 88 cm, 1506)
Arquitetura e Arte Barroca
Na Itália, após o Concílio de Trento (1545-63), surge uma igreja 
revigorada pela definição de novas posturas pela Contra-reforma, 
que se volta para as massas e permite uma concepção mais 
emocional e universalmente compreensível.
O barroco rompe, assim, com o intelectualismo classicista do 
Maneirismo. 
Apesar do desejo de influenciar um público tão vasto quanto 
possível, o espírito aristocrático da Igreja manifesta-se por toda a 
parte. A Cúria gostaria de criar uma arte do povo, para 
propagação da fé católica e ao mesmo tempo limitar o elemento 
popular à simplicidade de idéias e formas, evitando assim a 
simplicidade plebéia de expressão.
Os sagrados personagens retratados têm que falar de fé tão 
insistentemente quanto possível, mas em nenhuma circunstância 
descer do seu pedestal. 
Roma vive seu esplendor, não só como residência papal, mas 
como capital da Cristandade católica. Os papas mandam erigir, 
não apenas novas igrejas, como também palácios, vilas e jardins. 
O catolicismo torna-se, cada vez mais, palaciano e o 
protestantismo, da classe média.
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Michelangelo Caravaggio – A Crucificação de São Pedro e a Conversão de São Paulo ( Sta. Maria del Popolo, Roma: 
1601)
Vejamos o seu quadro de São Tomé: os três apóstolos, de 
olhos pregados em Jesus, um deles enfiando um dedo na 
ferida em Sua ilharga, têm um aspecto nada convencional. 
Pode-se convir que uma tal pintura poderia impressionar 
pessoas devotas como desrespeitosa e mesmo ultrajante.
Estavam todas habituadas a ver os apóstolos como figuras 
dignas, envoltas em belos mantos; no quadro de 
Caravaggio, eles pareciam trabalhadores comuns, seus 
rostos eram curtidos pelo tempo e as testas enrugadas. 
Mas, teria replicado o pintor, eles eram velhos 
trabalhadores, gente comum - e quanto ao gesto indelicado 
de Tomé, o Incrédulo, a Bíblia é muito explícita a esse 
respeito. Disse-lhe Jesus: "Põe aqui o teu dedo, e vê as 
minhas mãos; aproxima também a tua mão, e põe-na no 
meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente" (S. João XX, 
27).
O "naturalismo" de Caravaggio, ou seja, a sua intenção de 
copiar fielmente a natureza, quer a considerasse feia ou 
bela, talvez fosse mais devoto do que a ênfase de Carracci 
sobre a beleza.
A luz não faz o corpo parecer gracioso e macio; é áspera e 
quase ofuscante no contraste com as sombras profundas.
Faz toda a estranha cena destacar-se com uma honestidade 
intransigente que poucos de seus contemporâneos 
souberam apreciar, mas que iria ter um efeito decisivo 
sobre artistas subseqüentes.
Caravaggio : Tomé, o incrédulo
(Sanssouci: óleo s/tela – 1,07x1,46m; 1602)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Michelangelo Caravaggio – Tomé o Incrédulo (1602; óleo sobre tela, 42 1/8 x 57 1/2; Neues Palais, Potsdam ))
Caravaggio : Tomé, o incrédulo
(Sanssouci: óleo s/tela – 1,07x1,46m; 1602)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Michelangelo Caravaggio – Tomé o Incrédulo (1602; óleo sobre tela, 42 1/8 x 57 1/2; Neues Palais, Potsdam ))
Roma
Itália 2009
Roma espalha-se pelas margens rio Tibre, compreendendo o seu centro histórico 
com as suas sete colinas: Palatino, Aventino, Campidoglio, Quirinale, Viminale, 
Esquilino e Celio. Segundo o mito romano, a cidade foi fundada cerca de 753 a. 
C., (data convencionada) por Rômulo e Remo. 
No interior da cidade encontra-se o estado doVaticano, residência do Papa. É
uma das cidades com maior importância na Histórioa mundial, sendo um dos 
símbolos da civilização europeia. Conserva inúmeras ruínas e monumentos na 
parte antiga da cidade, especialmente da época do Império Romano, e do 
Renascimento, o movimento cultural que nasceu na Itália.
ÁREA: 1.285 km²
POPULAÇÃO: 2,5milhões (2001)
Giacomo della Porta – Il Gesù ( Roma: 1568)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Giacomo della Porta – Il Gesú ( Roma: 1571 – 75)
Giacomo della Porta 
Il Gesù ( Roma: 1575)
"Barroco", realmente, significa absurdo ou grotesco, e era 
empregado por homens que insistiam em que as formas das 
construções clássicas jamais deveriam ser usadas ou 
combinadas senão da maneira adotada por gregos e romanos. 
Desprezar as severas normas da arquitetura antiga parecia, a 
esses críticos, uma deplorável falta de gosto - e daí terem 
apodado o estilo de barroco. Não é fácil avaliar corretamente 
tais distinções. Estamos acostumados demais a ver edifícios 
em nossas cidades que desafiam as regras da arquitetura 
clássica ou que as interpretam mal. 
Assim, tornamo-nos insensíveis a essas distinções, e as velhas 
controvérsias parecem muito distantes das questões de 
arquitetura que hoje nos interessam. Para nós, uma fachada 
de igreja como esta pode não parecer muito excitante, pois 
temos visto tantas imitações, boas e más, desse tipo de 
construção, que já nem voltamos a cabeça para as fitar; mas 
quando erigiram em Roma, em 1575, o primeiro edifício 
nesse estilo, sua construção tinha aspectos verdadeiramente 
revolucionários. 
Não se tratava apenas de mais uma igreja em Roma, onde são 
tantas. Era a igreja da recém-fundada Companhia de Jesus, 
uma Ordem na qual se depositavam grandes esperanças para 
combater a Reforma na Europa. 
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Giacomo della Porta – Il Gesú ( Roma: 1571 – 75)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Giacomo della Porta – Il Gesú ( Roma: 1571 – 75)
Gian Lorenzo Bernini
Praça de São Pedro/Colunata 
( Roma: 1568)
Sob o governo de Urbano VIII, Roma torna-se o centro cultural e artístico da Europa. Bernini e 
Borromini são os mais importantes arquitetos (os 4 B´s da arquitetura italiana com Bruneleschi e 
Bramante). A praça de S. Pedro envolve projetos de Michelangelo (a cúpula, em 1547), fachada de 
Maderna (1606) e de Bernini (colunata, 1657).
O Barroco
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Bernini - Praça de São Pedro (Roma 1568)
Itália 2009
Roma 
Basílica de São Pedro
Itália 2009
Roma 
Basílica de São Pedro
Gian Lorenzo Bernini
Praça de São Pedro/Colunata ( Roma: 1568)
O Barroco
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Bernini- Praça de São Pedro (Roma 1568)
Gian Lorenzo Bernini
Praça de São Pedro/Colunata ( Roma: 1568)
O Barroco
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Bernini - Praça de São Pedro (Roma 1568)
Gian Lorenzo Bernini
Praça de São Pedro/Colunata ( Roma: 1568)
O Barroco
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Bernini - Praça de São Pedro (Roma 1568)
Um dossel colossal (de quase dez andares de altura), feito de 
bronze e mármore, o baldaquino marca o local de sepultamento 
de São Pedro.
Bernini planejou iluminá-lo com a luz dourada da Cátedra Petri, 
para elevar o impacto emocional.
Gian Lorenzo Bernini
Baldaquino / Basílica de São Pedro ( Roma: 1633)
O Barroco
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Bernini - Praça de São Pedro (Roma 1568)
Gian Lorenzo Bernini :
O Êxtase de Sta. Tereza/ Capela Cornaro ( Roma: 1648)
No século XVII, na Europa, surge um tipo de arte que assume grande 
variedade de formas e interpretações. 
Até há pouco tempo, o Barroco era compreendido, em parte, por sua 
definição etimológica: bizarro, grotesco.
Na verdade, pode-se considerá-lo, não como uma ruptura com o 
classicismo da Renascença, mas como uma evolução, que passa pelo 
maneirismo e vai desaguar nos estilos rococó e romântico classicista.
A arte Barroca se utiliza de elementos de ilusão, de aproximação dos 
personagens principais, linhas diagonais, claro-escuro... 
Certamente, trata-se de uma nova forma, mais popular e menos 
intelectualizada que a de seus antecessores, em que o papel da arte, 
como divulgadora de uma ideologia, de uma forma de pensar, se 
expande e multiplica seus objetivos. 
Sob o governo de Urbano VIII, Roma torna-se o centro cultural e artístico 
da Europa. Bernini e Borromini são os mais importantes arquitetos (os 4 
B´s da arquitetura italiana com Bruneleschi e Bramante). 
Nas artes, o naturalismo de Caravaggio e o emocionalismo dos Carracci, 
representam as duas principais orientações. A expressão do Cristo no 
calvário, da piedade de Nossa Senhora, entre outros personagens 
sagrados, como temos até hoje, origina-se das pinturas e esculturas 
barrocas.
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Gian Lorenzo Bernini : O Êxtase de Sta. Tereza
Itália 2009
Roma 
Bernini - Arte nas ruas
Bernini
Fontana de Trevi ( Roma: 1629)
Itália 2009
Roma 
Bernini - Arte nas ruas
Bernini
Obelisco della Minerva (Piazza Santa Maria Sopra Miverva – 1666)
Itália 2009
Roma 
Arte nas ruas
Desconhecido
O Pé de Mármore
Gian Lorenzo Bernini
Piazza Navona ( Roma: 1653)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Gian Lorenzo Bernini : Piazza Navona
A Piazza Navona transformou-se, do espaço rígido em que se 
transformara o circo Domiciano, em espaço vivo e agitado. 
Em 1651 foi inaugurada a Fontana dei Fiumi, de Bernini, no 
centro da praça, com o obelisco que Domiciano havia 
mandado construir no Egito. Em 1652 iniciaram-se as obras da 
igreja de Sto. Agnese. Gian Lorenzo Bernini
Piazza Navona ( Roma: 1653)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Gian Lorenzo Bernini : Piazza Navona
Gian Lorenzo Bernini
Piazza Navona ( Roma: 1653)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Gian Lorenzo Bernini : Piazza Navona
Itália 2009
Roma 
Bernini - Arte nas ruas
Bernini
Fontana dei Quattro Fiumi ( Piazza Navona – 1648)
Borromini – San Carlo alle Quattro Fontane
( Roma: 1641)
A igreja de San Carlo alle Quattro Fontane, em 
Rome, foi construída entre 1638 e 1641. A 
fachada foi iniciada em 1665 e concluída em 
1667, logo após a morte de Borromini.
Na parte superior, sobre o pórtico, apresenta a 
estátua de São Carlos Borromeo, sob uma 
espécie de camafeu sustentado por figuras 
aladas. 
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Borromini – San Carlo alle Quattro Fontane 
Projetada como uma elipse expremida, a igreja exibe 
uma forte tensão que ajuda a criar a dramaticidade 
típica da arquitetura barroca.
Borromini – San Carlo alle Quattro Fontane ( 
Roma: 1641)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Borromini – San Carlo alle Quattro Fontane 
Borromini – San Carlo alle Quattro Fontane ( 
Roma: 1641)
No interior da igreja, nota-se uma relação 
ambígua entre as colunas – elas parecem 
pertencer a colunatas diferentes, enfatizando 
os efeitos da perspectiva.
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Borromini – San Carlo alle Quattro Fontane 
Notam- se no claustro detalhes não-
canônicos, como o ábaco octogonal na parte 
superior e a balaustrada com elementos 
alternados.
Borromini – San Carlo alle Quattro Fontane ( 
Roma: 1641)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Borromini – San Carlo alle Quattro Fontane 
Itália 2009
Roma 
Arquitetura Cristã Barroca - Borromini
Borromini
San Carlo alle Quattro Fontane ( Roma: 1641)
Borromini
Santo Ivo della Sapienza ( Roma: 1642-1660)
Borromini – Igreja de Santo Ivo della Sapienza 
( Roma: 1642-1660)
A planta da igreja de Santo 
Ivo parte de 2 triângulos 
equiláteros (como a estrela 
de Davi), cujas interseções 
formam capelas côncavas e 
convexas alternadas.
Esta forma é rebatida do piso 
ao teto até o vértice do 
domo.
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Borromini – Santo Ivo della Sapienza 
A vista do interior da igreja mostra que os planos da parede prolongam-se 
diretamente da cornija para a cúpula sem pendentes ou outros elementos 
intermediários, como ocorria tradicionalmente.
Borromini – Igreja de Santo Ivo della Sapienza 
( Roma: 1642-1660)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Borromini – Santo Ivo della Sapienza 
Claustro e vista do domo da igreja
Borromini – Igreja de Santo Ivo della Sapienza 
( Roma: 1642-1660)
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Borromini – Santo Ivo della Sapienza 
Borromini – Oratorio di S. Filippo Neri
( Roma: 1637)
Planta e fachada adjacente à igreja de Sta. Maria de Vallicella
Arquitetura e Arte Barroca
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Borromini – Oratorio di S. Filippo Neri
Embora não tivesse ainda estado na Itália, Velázquez ficara muito 
impressionado com as descobertas e o estilo de Caravaggio, que 
conhecia através da obra de imitadores. Absorvera o programa do 
"naturalismo", e devotou sua arte à observação desapaixonada da 
natureza, independentemente de convenções. 
A ilustração mostra um dos seus primeiros trabalhos, um velho 
aguadeiro nas ruas de Sevilha. É uma pintura de genre, do tipo que 
os holandeses tinham inventado para exibir sua habilidade, mas foi 
feita com toda a intensidade e penetração de "Tomé, o Incrédulo", 
de Caravaggio.
O ancião com sua face cansada e cheia de rugas, a capa esfarrapada, 
a grande bilha de barro, a superfície vidrada do jarro de louça sobre 
o banco e o jogo de luz no copo transparente, tudo isso está pintado 
de um modo tão real que temos a impressão de poder tocar os 
objetos.
Ninguém que se coloque defronte desse quadro se sente inclinado a 
perguntar se os objetos representados são belos ou feios, ou se a 
cena é importante ou trivial. Nem mesmo as cores são 
rigorosamente bonitas por si mesmas. Predominam os tons 
castanho, cinza e esverdeado. E, no entanto, o todo compõe uma tão 
rica e suave harmonia que a tela se toma inesquecível para quem 
quer que faça uma pausa diantedela.
Diego Velázquez : O aguadeiro de Sevilha 
(Londres: óleo s/tela – 106,7x81cm; 1620)
O Barroco
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Diego Velázquez – O Aguadeiro de Sevilha
Vemos o próprio Velázquez trabalhando num quadro 
enorme, e, se observarmos com mais cuidado, também 
veremos o que ele está pintando. O espelho na parede do 
fundo reflete as figuras do Rei e da Rainha, que estão 
posando para o retrato. Portanto, vemos o mesmo que os 
monarcas: um grupo de pessoas que entrou no ateliê do 
pintor. Aí está a filha pequena do régio casal, a infanta 
Margarita, ladeada por duas damas de honra, uma delas 
servindo-lhe um lanche, enquanto a outra faz uma 
reverência ao casal real.
Conhecemos os seus nomes, assim como sabemos também 
quem são os dois anões (a mulher feia e o rapaz que açula o 
cão) que a corte mantinha para divertir-se. Os austeros 
adultos ao fundo parecem zelar pela boa conduta dos 
visitantes.
O que significa exatamente tudo isso? É possível que nunca 
o saibamos, mas eu gostaria de imaginar que Velázquez 
fixou um momento real de tempo muito antes da invenção 
da câmera fotográfica. Talvez a princesa tenha sido trazida à
presença de seus régios pais a fim de aliviar o tédio da longa 
pose para o quadro, e o Rei ou a Rainha comentasse com 
Velázquez que ali estava um tema digno do seu pincel. 
As palavras proferidas pelo soberano são sempre tratadas 
como uma ordem, e, assim, é provável que devamos essa 
obra-prima a um desejo passageiro que somente Velázquez 
seria capaz de converter em realidade.
Diego Velázquez : As meninas
(Prado: Madri; óleo s/tela – 3,18x2,76cm; 1656)
O Barroco
A Europa católica, primeira metade do século XVII
Diego Velázquez – As Meninas
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Frarnz Hals – Banquete dos oficiais da Milícia St. George Company
(Óleo s/tela: 175X324cm; Haarlem : 1616)
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Franz Hals: Banquete dos oficiais da Milícia St. George Company
Frarnz Hals –
Pieter van den Brocke ( Londres: 1633)
Comparado com retratos anteriores, parece quase uma 
fotografia. Temos a impressão de conhecer esse Pieter van den 
Broecke, um autêntico mercador-aventureiro do século XVII.
Os retratos de Hals dão-nos a impressão de que o pintor 
"capta" seus modelos num momento característico, fixando-os 
para sempre na tela. É difícil imaginarmos como essas pinturas 
audaciosas e não-convencionais devem ter impressionado o 
público. 
A própria maneira como Hals manipula a tinta e o pincel sugere 
que ele registrou rapidamente uma impressão fugidia. 
Parece que testemunhamos seu ágil e rápido manuseio do 
pincel, através do qual faz surgir a imagem de um cabelo 
revolto ou de uma manga enrugada, com algumas pinceladas 
de tinta clara ou escura.
É claro, a impressão que Hals nos dá, a de que viu o seu modelo 
num relance, num movimento e humor característicos, jamais 
seria obtida sem um esforço muito aprimorado. O que à
primeira vista parece ser um enfoque displicente é, na 
realidade, um efeito cuidadosamente premeditado. 
Embora o retrato não seja simétrico, como eram quase sempre 
os retratos anteriores, tampouco lhe falta equilíbrio. Tal como 
outros mestres do período barroco, Hals sabia como obter essa 
impressão de equilíbrio sem parecer que estivesse obedecendo 
a uma regra.
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Franz Hals: Peter van den Broke
Willian van Haecht
A coleção de quadros de Cornelis van der Geest ( Antuérpia: 1628)
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Willian van Haecht : A coleção de quadros de Cornelis van der Geest
Jan van Goyen –Moinho à beira de um rio (Óleo s/madeira 
25,2x34cm; Londres: 1642)
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Jan van Goyen: Moinho à beira de um rio
Willem Kalf – Natureza Morta
(Londres: 1653)
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Willen Kalf: Natureza Morta
Jan Davidz de Heem –
Natureza Morta (haia: 1642)
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Jan Davidz de Heem: Natureza Morta
Rembrandt van Rijn
Autorretrato ( Haia: 1658)
O maior pintor da Holanda, e um dos maiores que a arte 
conheceu até hoje, foi Rembrandt van Rijn (1606-69)
O quadro mostra-nos o rosto de Rembrandt durante os 
seus últimos anos. Não era um belo rosto, e Rembrandt 
nunca tentou, supomos, esconder sua fealdade. 
Observou-se num espelho absolutamente sincero. E por 
causa dessa sinceridade depressa esquecemos as 
indagações sobre beleza ou finura. Temos, diante de nós, 
o rosto de um ser humano real.
Não há qualquer sinal de pose, nenhum indício de 
vaidade, apenas o olhar penetrante de um pintor que 
examina atentamente as próprias feições, sempre 
disposto a aprender mais e mais sobre os segredos do 
rosto humano. 
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Rembrandt van Rijn: Autorretrato
Rembrandt van Rijn
A aula de anatomia do dr. Tulp ( Haia: 1632)
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Rembrandt van Rijn: A aula de anatomia do dr. Tulp
Jan Vermeer – A leiteira
(Óleo s/ tela, 45,5x41cm; Amsterdam: 1660)
Jan Vermeer van Delft (1632-75) foi um trabalhador lento e 
meticuloso. Não pintou muitos quadros em sua vida. E poucos 
representam uma cena importante. A maioria deles exibe 
figuras simples num aposento de uma casa tipicamente 
holandesa. Alguns não mostram mais do que uma figura solitária 
entregue a um afazer simples, como uma mulher despejando 
leite numa vasilha de barro.
Com Vermeer, a pintura de genre perdeu o último vestígio de 
ilustração bem-humorada. Seus quadros são, na realidade, 
naturezas mortas incluindo seres humanos. É difícil explicar as 
razões que fazem de uma tela tão simples e despretensiosa uma 
das maiores obras-primas de todos os tempos. Mas os poucos 
que tiveram a sorte de ver o original não discordarão de mim de 
que se trata de algo que está muito próximo de um milagre. 
Uma de suas características milagrosas talvez possa ser descrita, 
embora dificilmente explicada. É o modo pelo qual Vermeer 
consegue a completa e laboriosa precisão na reprodução de 
texturas, cores e formas, sem que o quadro tenha jamais o 
aspecto de elaborado ou rude.
Como um fotógrafo que deliberadamente suaviza os contrastes 
fortes de uma foto sem com isso anuviar as formas, Vermeer 
também suavizou os contornos e, não obstante, reteve o efeito 
de solidez e firmeza. É essa combinação estranha e ímpar de 
suavidade e precisão que torna tão inesquecíveis as suas 
melhores pinturas. Elas nos fazem ver a serena beleza de uma 
cena simples com novos olhos e nos dão uma idéia do que o 
artista sentiu ao observar a luz jorrando através da janela e 
realçando a cor de uma peça de pano. 
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Jan Vermeer: A leiteira
Jan Vermeer – A moça com brinco de pérola
(Óleo s/ tela, 45,5x41cm; Amsterdam: 1666)
O Barroco
A Europa protestante, Holanda e Países Baixos
Jan Vermeer: A moça com brinco de pérola
Paris - Vista geral (séc. XVII)
A vitória do absolutismo foi uma conseqüência do 
enfraquecimento da estrutura feudal e do desgaste das 
guerras religiosas.
Sob Luiz XIV, instituiu-se a Monarquia Absolutista que 
agiu duramente sobre a nobreza, sempre pronta a 
conspirar contra a Coroa. A burguesia, que sempre 
prosperou em tempos de paz interna, apoiou 
entusiasticamente o novo regime. O enobrecimento de 
membros da classe média se dava agora mais 
indiscriminadamente do que nunca.
As velhas famílias aristocratas, ou desapareceram 
parcialmente com a série de campanhas, guerras civis e 
revoluções, ou estão em parte arruinadaseconomicamente e incapazes de ganhar a vida. Para 
muitos, o único meio de existência era instalar-se na 
Corte. À medida que o exército regular se consolidava a 
importância da aristocracia como classe militar diminuía.
O Absolutismo não aboliu de modo nenhum a estrutura 
de classes existente. A distância entre a aristocracia e o 
plebeu, entre a nobreza de nascimento e de privilégio 
são alargadas.
As diferenças entre as categorias individuais da nobreza 
palaciana são obliteradas. Na corte, todos são cortesãos 
e, em relação ao Rei, todos igualmente sem importância.
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Paris
Nicolas Poussin : Ergo in Aradia Ego
(Louvre, Paris: óleo s/tela – 0,85x1,21m; 1639)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Nicolas Poussin : Ergo in Aradia Ego
Claude Lorrain : Paisagem com sacrifício a Apolo
(Cambridgeshire: óleo s/tela – 1,74x2,20m; 1663)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Claude Lorrain: Paisagem com sacrifício a Apolo
O rei promove e segue com prazer os trabalhos de arquitetura, destinando para 
este fim somas sem precedentes. Em seu longo reinado (de 1661 a 1715), leva a 
cabo uma série de intervenções importantes em Paris e nos arredores, que se 
tomam o modelo obrigatório para todas as outras cortes européias.
Em Paris, todavia, os meios do Rei Sol não são suficientes para transformar em 
larga escala o antigo povoado, e obtêm apenas:
- a inserção de alguns episódios arquitetônicos limitados no tecido já construído: 
o novo arranjo do Louvre (para o qual é consultado também o velho Bemini;
- a Place des Victoires; 
-a Place Vendôme; 
-o Palace des Invalides.
- a formação de uma nova periferia, descontínua e misturada com o campo. De 
fato, as antigas fortificações são derrubadas, e em seu lugar é traçada uma coroa 
de avenidas arborizadas (os boulevards).
Este contorno provisório encerra uma área de quase 1.200 hectares, mas o 
organismo urbano já está crescendo no território circunstante. Paris se toma uma 
cidade aberta; um sistema de zonas construídas e de zonas verdes, livremente 
articulado no campo. A população atinge cerca de 500.000 habitantes. 
O território ao redor da cidade, vazio e sem obstáculos, pode ser efetivamente 
transformado segundo os novos princípios de simetria e regularidade. De fato, o 
rei e os outros grandes personagens fixam sua morada no campo; Luís XIV 
abandona o Louvre e transporta a corte para sua nova residência de Versailles, 
que é progressivamente aumentada até tomar-se uma pequena capital artificial.
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Paris: Intervenções urbanas
Place des Voges (1608)
Os reis da França – que na Renascença residiam habitualmente nas cidades do Loire –
se estabelecem em definitivo em Paris em 1528, quando Francisco I começa a 
reconstruir o velho castelo do Louvre na margem direita.
No final do século, Henrique IV inicia um programa de obras públicas que não é mais 
composto de iniciativas pessoais e desconjuntadas, mas está inserido dentro de um 
balanço econômico regular, e depende de uma organização estável de funcionários e 
de repartições especializadas.
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Paris: Intervenções urbanas
Place des Voges (1608)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Paris: Intervenções urbanas / Place des Voges
Place des Voges (1608)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Paris: Intervenções urbanas / Place des Voges
Place des Voges (1608)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Paris: Intervenções urbanas / Place des Voges
A cultura barroca torna-se, cada vez mais, uma 
cultura palaciana. É a corte que dá a grande 
orientação para o estilo e fornece os princípios 
orientadores da arte.
Além disso, o rei também domina a academia 
(Academie Royale de Peinture et de Sculpture). 
Em 1664, nomeia Colbert ministro das Belas 
Artes (surintendant de bâtiments); Le Brun, o 
primeiro Pintor do Rei (premier peintre du Roi); 
e Racine, seu historiador. 
Durante vinte anos, Le Brun foi o ditador da 
arte francesa e o verdadeiro criador do 
academismo, influenciando a pintura, a 
escultura, a decoração e a arquitetura.
Em 1664, iniciaram-se na Academia as 
Conferénces , em que eram analisados, de 
forma dogmática, quadros, peças de escultura, 
etc. O resultado desse dogmatismo é a 
repetição de valores importados da Itália para 
consumo das classes superiores.
A tensão entre a concepção dos círculos oficiais, 
eclesiásticos e palacianos, e o gosto dos artistas são 
típicos de todo o barroco. Este é um fenômeno que 
nos é familiar, pois perdura até a arte moderna.
Le Brun
Escultura em Vaux-le-Vicomte (1661)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Le Brun – Vaux-le-Viconte
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Vaux-le-Vicomte (1661)
Esta cultura prepara os instrumentos para um 
controle mais rigoroso do ambiente natural e 
artificial, e de fato toma possíveis, depois da 
metade do século, grandes arranjos unitários em 
escala até então desconhecida. 
O primeiro destes é a residência de Vaux nos 
arredores de Paris, construiu de 1656 a 1660 para 
o riquíssimo superintendente das Finanças de 
Mazzarino, Fouquet. O jardim é projetado por Le 
Nôtre (1613-1700), a arquitetura por Le Vau (1612-
1670), a decoração por Le Brun (1619-1690).
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Le Brun – Vaux-le-Viconte
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Vaux-le-Vicomte (1661)
O arranjo de Vaux não ocupa um lugar panorâmico, 
como as vilias italianas ou o Castelo de Saint-Germain; 
situa-se numa pequena depressão, entre os bosques 
do Vale do Sena, mas compreende todo o ambiente 
visível do edifício principal, e transforma-o num 
espetáculo arquitetônico unitário. 
O primeiro eixo de simetria sai do castelo e corre 
transversalmente ao vale, através de uma série de 
terraços, até uma fonte no declive oposto; o segundo é
materializado por um canal retilíneo, que ocupa o 
fundo do vale, e é a transformação de um pequeno rio. 
Estes dois panoramas medem mais de um quilômetro, 
e o parque todo, da alameda de entrada até o leque 
das alamedas abertas no bosque, tem três quilômetros 
e meio de comprimento. 
Os edifícios vistos de longe se tomam cenários em 
claro-escuro, como as massas das árvores e os 
espelhos de água; mas quando nos movemos ao longo 
dos percursos estabelecidos adquirem gradativamente 
seu relevo volumétrico, e vistos de perto revelam a 
riqueza dos acabamentos e das decorações. 
Todos estes elementos - dos fundos paisagísticos aos 
mínimos detalhes decorativos - formam uma gradação 
contínua e ordenada; e para executá-la, é preciso ter 
uma ampla organização coletiva, com numerosos 
especialistas guiados por um pequeno número de 
coordenadores.
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A Europa protestante, França (séc. XVII)
Le Brun – Vaux-le-Viconte
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Vaux-le-Vicomte (1661)
Os "jardins à italiana" são espaços ligados à
medida da casa, e as vistas arquitetônicas não 
são de comprimento maior que 200 ou 300 
metros, mesmo quando olham para uma 
paisagem natural ilimitada. 
Ao contrário, este primeiro "jardim à
francesa" é uma paisagem completa, 
simétrica e regular até a linha do horizonte. 
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A Europa protestante, França (séc. XVII)
Le Brun – Vaux-le-Viconte
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Vaux-le-Vicomte (1661)
Na metade do século XVII, semelhante 
organização pode trabalhar em benefício de 
um particular como Fouquet; mas, a seguir, 
somente o governo real pode continuá-la e 
desenvolvê-la. 
Em 1661, Fouquet convida o rei e sua corte 
para a inauguração de Vaux, que compreende 
uma ceia cozinhada porVatel, um balé escrito 
por Moliere e musicado por Lulli, um 
espetáculo de fogos de artifício. 
Três semanas depois, o imprudente 
proprietário é preso por ordem do rei, e sua 
equipe de artistas passa para o serviço de Luis 
XIV, inserindo-se na organização pública 
coordenada pelo novo superintendente, 
Colbert. 
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A Europa protestante, França (séc. XVII)
Le Brun – Vaux-le-Viconte
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Palácio de Versalhes ( 1655 – 82)
Não foi somente a Igreja Romana que descobriu o poder da 
arte para impressionar e dominar pela emoção. Os reis e 
príncipes da Europa seiscentista estavam igualmente 
ansiosos por exibir seu poderio e assim aumentar a sua 
ascendência sobre a mente de seus súditos. Também eles 
queriam parecer criaturas de uma espécie diferente, 
guindadas por direito divino acima do homem comum. 
Isso se aplica de maneira especial ao mais poderoso 
governante da segunda metade do século XVII, Luís XIV da 
França, em cujo programa político a exibição e o esplendor 
da realeza foram deliberadamente usados. Não foi, sem 
dúvida, por acidente que Luís XIV chamou Bemini a Paris 
para ajudar no projeto de seu palácio. Esse projeto 
grandioso nunca se concretizou, mas um outro dos palácios 
de Luís XIV converteu-se no próprio símbolo do seu imenso 
poder. Foi o palácio de Versalhes, construído no período 
entre 1660 e 1680.
Versalhes é tão gigantesco que nenhuma fotografia pode dar 
uma idéia adequada do seu aspecto. Há nada menos de 123 
janelas que dão, em cada andar, para o parque. 
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Louis le Vau & Jules Harduin Mansart: Palácio de Versalhes (1655 – 82)
Louis le Vau & Jules 
Hardouin-Mansart
Versalhes (1655–82)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Louis le Vau & Jules Harduin Mansart: Palácio de Versalhes (1655 – 82)
Versalhes é barroco mais por sua 
imensidão do que por seus detalhes 
decorativos.
A intenção principal dos seus 
arquitetos foi agrupar os enormes 
volumes do edifício em alas 
nitidamente distintas, e dar a cada ala 
um aspecto de nobreza e 
grandiosidade. 
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Versalhes (1655–82)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Louis le Vau & Jules Harduin Mansart: Palácio de Versalhes (1655 – 82)
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Palácio de Versalhes (1655–82)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Louis le Vau & Jules Harduin Mansart: Palácio de Versalhes (1655 – 82)
Com uma simples combinação de formas renascentistas puras, dificilmente 
teriam conseguido quebrar a monotonia de uma fachada tão vasta; mas,.com a 
ajuda de estátuas, urnas e troféus, produziram uma certa dose de variedade. 
Portanto, em edifícios como esses é que melhor podemos apreciar a verdadeira 
função e finalidade das formas barrocas. 
Tivessem os arquitetos de Versalhes sido um pouco mais audaciosos do que 
foram, e usado meios menos ortodoxos de articulação e agrupamento no 
enorme edifício, é bem possível que o seu êxito fosse ainda maior.
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Palácio de Versalhes (1655–82)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Louis le Vau & Jules Harduin Mansart: Palácio de Versalhes (1655 – 82)
O próprio parque, com suas 
avenidas de arbustos aparados, 
suas umas e estatuária e seus 
terraços e tanques, estende-se por 
muitos quilômetros de campo.
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Versalhes (1655–82)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Louis le Vau & Jules Harduin Mansart: Palácio de Versalhes (1655 – 82)
Louis le Vau & Jules Hardouin-Mansart
Palácio de Versalhes (1655–82)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Louis le Vau & Jules Harduin Mansart: Palácio de Versalhes (1655 – 82)
Museu do Louvre 
Pátio externo e interno
O Palácio do Louvre foi a sede do governo 
monárquico francês desde a época dos Capetos
medievais até o reinado de Luís XIV. 
A transformação do complexo de edifícios em 
museu iniciou em 1692, quando Luís XIV ordenou 
a criação de uma galeria de esculturas antigas na 
Sala das Cariátides. No mesmo ano, o palácio, 
então desabitado, tendo a corte se transferido 
para Versalhes, recebeu a Academia Francesa, e 
logo a Academia de Belas Letras e a Academia 
Real de Pintura e Escultura também ali se 
instalaram. 
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Claude Perrault - Museu do Louvre 
Museu do Louvre – Propostas de Bernini
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Gian Lorenzo Bernini – Proposta para o Palácio do Louvre
Museu do Louvre –
ClaudePerrault
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Claude Perrault - Museu do Louvre 
Museu do Louvre – Claude Perrault
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Claude Perrault - Museu do Louvre 
Museu do Louvre – Ieoh Ming Pei
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Ieoh Ming Pei - Pirâmide do Louvre 
Pirâmide do Louvre - Ieoh Ming Pei
(Paris, 1983 - 1989)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Ieoh Ming Pei - Pirâmide do Louvre 
Pirâmide do Louvre - Ieoh Ming Pei
(Paris, 1983 - 1989)
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A Europa protestante, França (séc. XVII)
Ieoh Ming Pei - Pirâmide do Louvre 
Jules Hardouin-Mansart
Palais des Invalides ( 1650)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Jules Hardouin-Mansart - Palais des Invalides
Jules Hardouin-Mansart
Palais des Invalides ( 1650)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Jules Hardouin-Mansart - Palais des Invalides
Jules Hardouin-Mansart
Palais des Invalides ( 1650)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Jules Hardouin-Mansart - Palais des Invalides
Jules Hardouin-Mansart
Palais des Invalides ( 1650)
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Jules Hardouin-Mansart - Palais des Invalides
O Barroco
A Europa protestante, França (séc. XVII)
Paris
Aleijadinho – Igreja de São Francisco de Assis
( Ouro Preto / Brasil: 1765)
A Igreja de São Francisco de Assis de Ouro 
Preto é, com certeza, a obra-prima de 
Antônio Francisco Lisboa e, possivelmente, a 
mais importante criação da arquitetura 
brasileira da época colonial.
O projeto é inteiramente proporcionado 
segundo o número de ouro.
O Barroco
Brasil (séc. XVII)
Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho): Igreja de São Francisco de Assis
A magnífica portada é coroada por medalhão que representa a 
Virgem. Ligado a este e em substituição ao óculo tradicional, um 
baixo-relevo figura a cena de São Francisco de Assis ao receber as 
Chagas de Cristo. 
Todo esse trabalho é obra do Aleijadinho e dele são igualmente 
os dois extraordinários púlpitos com baixos-relevos de pedra-
sabão, que se inserem nas aduelas do arco-cruzeiro e o retábulo e 
a decoração do barrete do teto da capela-mar.
Aleijadinho – Igreja de São Francisco de Assis
( Ouro Preto / Brasil: 1765)
O Barroco
Brasil (séc. XVII)
Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho): Igreja de São Francisco de Assis

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