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CEL0725 – História da Educação
Aula 02: Concepções de História
AULA 02: Concepções de História
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
 Concepções de História:
1. Positivismo; 
2. Marxismo; 
3. Annales; 
4. As novas concepções de História. 
História da Educação
Formas de fazer História 
A história como já falamos é um exercício contínuo de produção pelas sociedades humanas, quer dizer, membros se especializam na forma de contar, perceber, e construir os discursos da História.
Mas como disciplina, como uma cadeira acadêmica, surge no século XVIII, quando a investigação histórica ganha contornos de ciência. Seu surgimento é muito marcado pelo Eurocentrismo. 
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
História
Várias maneiras de conceber e pensar a História surgiram desde então, muito marcadas pela organização e formas de pensamento do mundo Europeu, e sempre determinadas por acontecimentos, interesses, posições, relações de poder e conjunturas da época em que foram formuladas e de acordo com os intelectuais que a pensaram.
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Positivismo
Defende que:
• Historiadores devem buscar a neutralidade e a imparcialidade diante dos fatos;
• Os fatos se explicam por si só, não precisam de interpretações;
• Só admitem o uso de documentos escritos como fonte de investigação;
• Privilegia os fatos políticos, os de curta duração;
• Valorização dos vencedores, herói, militares e políticos na narrativa histórica.
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Positivismo
A história científica, portanto, seria produzida por um sujeito que se neutraliza enquanto sujeito para fazer aparecer o seu objeto. Ele evitará a construção de hipóteses, procurará manter a neutralidade […] não julgará e não problematizará o real. Os fatos falam por si e o que pensa o historiador a seu respeito é irrelevante […] Passivo, o sujeito se deixa possuir pelo seu objeto, sem construí-lo ou selecioná-lo […] Para obter esse resultado, o historiador deve se manter isento, imparcial, emocionalmente frio e não se deixar condicionar pelo seu ambiente sócio-político-cultural. 
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Positivismo
Acreditavam os ditos “positivistas”, parece, que isso era possível. Acreditavam que, se adotassem uma atitude de distanciamento de seu objeto, sem manter relações de interdependência, obteriam um conhecimento histórico objetivo, um reflexo fiel dos fatos do passado, puro de toda distorção subjetiva. O historiador, para eles, narra fatos realmente acontecidos e tal como eles se passaram.
REIS, José Carlos. A história entre a filosofia e a ciência. 
São Paulo: Editora Ática, 1996. p. 13 – 14.
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Positivismo
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Defende que:
• História é a ciência dos homens;
• Todo conhecimento humano é resultado de um contexto histórico determinado;
• A sociedade não é algo pronto e acabado, mas sim resultado da constante ação humana;
• Prioriza a produção da vida material como forma estruturante, não única, da organização social; 
• O motor da história é a luta de classes;
• Toda a história do homem é a história da forma como o grupo social produz seus bens materiais, é a maneira pela qual os homens se relacionam no processo produtivo.
MARXISMO 
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Defende que:
• História é a ciência dos homens;
• Todo conhecimento humano é resultado de um contexto histórico determinado;
• A sociedade não é algo pronto e acabado, mas sim resultado da constante ação humana;
• Prioriza a produção da vida material como forma estruturante, não única, da organização social; 
• O motor da história é a luta de classes;
• Toda a história do homem é a história da forma como o grupo social produz seus bens materiais, é a maneira pela qual os homens se relacionam no processo produtivo.
MARXISMO 
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Assim, Marx e Engels buscam entender a mecânica das transformações sociais, marcando o quadro de conflitos entre aqueles que são proprietários dos meios de produção e aqueles que não são, explorados, portanto, pelos primeiros. Explorados não apenas no campo econômico, mas simbólico, político, social e moral. 
Deste modo, a História da humanidade é, em última instância, a história das lutas de classes. Isto é, expressão dos antagonismos entre diferentes sociedades e/ou dos diferentes membros de uma mesma sociedade. 
Movimento dos ANNALES
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Surge a partir das pesquisas efetuadas por historiadores franceses e publicadas na revista “Annales d’Historie Économique et Sociale”, criada em 1929 por Marc Bloch e Lucien Febvre;
Compreendem a história como uma ciência em constante construção;
Entendem que as fontes históricas devem ir além dos documentos escritos;
Buscam, além de narrar, explicação dos fatos históricos contando com o auxílio de outras ciências.
Marc Bloch
 Lucien Febvre
Movimento dos ANNALES
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
“Não há história a não ser a do homem ... 
a história, ciência humana, e então, os fatos, sim: mas são fatos humanos; tarefa do historiador.” 
 Lucien Febvre
Movimento dos ANNALES
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
• Fernand Braudel, historiador francês da chamada segunda geração dos Annales, cria a noção de múltiplas temporalidades através dos conceitos de:
• Curta duração: refere-se a fatos que duram um curto espaço de tempo. Ex: acontecimentos políticos.
• Média duração: é o tempo dos fatos econômicos, por excelência. Ex: tempo das conjunturas inflacionárias, de crise, duração de uma guerra, de movimentos ideológicos como o abolicionismo;
• Longa duração: é o tempo de fatos estruturais que se prolongam por séculos. Ex: o racismo, o machismo, etc..
Movimento dos ANNALES
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Assim, o movimento dos Annales é europeu, fruto do caldeirão do século XX, momento de afirmações nacionalistas, guerras, disputas comerciais, novas fronteiras do mundo sendo revistas, a necessidade de repensar o papel da História é fundamental. A crítica era a história total, a forma factual de pensar o papel do historiador. Autores como Marc Bloch propõem o diálogo que supere as fronteiras, como no seu livro Os Reis Taumaturgos, comparando França e Inglaterra, independente de seus conflitos como um único processo sociocultural.
Novas Abordagens 
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
A história dos annales representou a possibilidade de novas formas de fazer e pensar em história, veja por exemplo, a proposta de uma forma de pensar o tempo como a feita por Braudel, que afirma que os processos históricos tem temporalidades diferentes, e política se transforma muito mais rapidamente do que cultura. 
Novas Abordagens 
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Autores como Georges Duby e Jacques Le Goff trouxeram objetos até então inimagináveis, como o exercício de pensar a questão das mulheres, do preconceito, de aspectos culturais que passam a não ser vistos como curiosidades, mas como elementos vitais para compreensão da história. Daí por diante as possibilidades não cessaram. 
HISTÓRIA HOJE
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
Reinhart Koselleck, nos anos 1980, alertou para uma questão fundamental, afirmando: que cada tempo produz sua própria história, uma vez que cada sociedade produz sua própria relação com o tempo e dessa relação com o tempo é que nasce a história.
Vamos ler 
AULA 02: Concepções de História
História da Educação
• LOPES, Eliane Marta Teixeira, GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. História da Educação. Rio de Janeiro, DP&A, 2001.
• LOPES, Eliane Marta Teixeira. Perspectivas Históricas da Educação. São Paulo, Ática, 1995. Série Princípios.
• BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O queé educação. São Paulo, Brasiliense, 1995. Coleção Primeiros Passos.

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