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semana aula 6 mão de obra indígena

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SEMANA AULA 6: A MÃO DE OBRA INDÍGENA 
CULTURA BRASILEIRA E HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES 
– PROFESSORA CAROLLINI GRACIANI 
 
Resende, 09 Abril de 2018. 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO 
O primeiro contato entre os europeus e indígenas foi primordial para o aprendizado 
das línguas e costumes nativos. As diferenças entre a flora e a fauna brasileiras e 
européia seria um empecilho natural às primeiras relações, baseadas no escambo e, 
na posterior ocupação e colonização do Brasil. 
O projeto colonial fez uso da mão de obra indígena tanto de forma escrava quanto 
liberta, dentre os serviços existiam os batedores, combatentes no enfrentamento de 
invasores estrangeiros, piratas, corsários e etc. Assim podemos compreender porque 
franceses e portugueses aliaram-se a grupos étnicos diferentes e como as antigas 
rivalidades desses grupos foi utilizada para garantir apoio às disputas pelas riquezas 
das colônias travadas por diferentes povos europeus. 
A catequese e o estabelecimento de aldeamentos jesuíticos foi um fator de 
aculturação poderoso, assim como importante veículo de formação e fornecimento 
de mão de obra para colonos, a ser usada principalmente na agricultura, e para a 
coroa, na lavras, em especial, as de diamantes, nas quais os particulares não 
recebiam autorização para atuarem. 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO 
A ocupação da região que vai do oeste paulista até o Rio Grande do Sul só foi 
possível graças a batedores guias índios que conduziram paulistas à região 
habitada pelos guaranis. Seu conhecimento agrícola lhes tornava mão de obra 
cobiçada e disputada por paulistas, espanhóis e jesuítas. 
 Durante a administração pombalina, novamente o conhecimento indígena do 
território, da fauna e da flora amazonense tornou-se necessário dentro de um 
projeto que visava garantir a ocupação e a defesa das fronteiras norte e noroeste 
do Brasil. São também desse período as leis que incentivavam o casamento entre 
brancos e índios, objetivando assim o crescimento populacional, sem que os 
preceitos da Igreja católica fossem desrespeitados. 
Costumes alimentares e fitoterápicos, hábitos de higiene e de estética, práticas 
religiosas, assim como manifestações artísticas e culturais, presentes no dia a dia 
dos brasileiros são legados pelos povos indígenas. 
Boa parte das sociedades indígenas brasileiras era nômade ou semi-nômade, praticavam a 
pesca, a caça, a coleta e a agricultura num mesmo local por cerca de três a cinco anos e 
depois se mudavam. Além de continuarem a manter contato com roças e pomares da 
região anterior, na nova área estabeleciam outras áreas de pesca, caça, coleta e plantio, 
dessa forma, diferentes estágios de desenvolvimento da floresta eram utilizados, desde o 
solo recém queimado, passando por locais onde a mata voltava a se recompor, até em 
solos nos quais a floresta não havia sido queimada ou havia já se reconstituído totalmente. 
Logo, o que percebemos, é que para o indígena atual, herdeiro de muitos desses 
conhecimentos, o plantio, a pesca e a caça, não são viáveis em pequenos lotes. 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO 
• A Colônia deveria satisfazer os interesses mercantilistas. 
• Pacto Colonial garantia o monopólio comercial. 
• Queda na produção do Pau-Brasil (exploração predatória). 
• Qual outra fonte desenvolver? Qual outra atividade? 
• Escolheram o açúcar (largamente consumido na Europa). 
• “A solução açucareira” – Século XV 
• Começou na Vila de São Vicente (atual estado de São Paulo). 
• Depois espalharam pelo litoral nordestino. 
• Em 1610, eram cerca de 400 engenhos. 
• Utilizava-se da monocultura para garantir o máximo de produção. 
Açúcar e escravidão no Brasil colônia – 
Projeto Apoema 
 
• Solo fértil, clima quente e úmido. 
• Mercado certo na Europa. 
• Portugueses já tinham experiência. 
• Preço elevado compensava o frete marítimo. 
 
 
 
 
 
 
Motivos para a plantação da cana-de-açúcar: 
O QUE É O ENGENHO? 
• UNIDADE DE PRODUÇÃO AÇUCAREIRA (MAQUINÁRIO E A FAZENDA). 
 
• MAQUINÁRIO; 
• FERRAMENTAS; 
• TODO COMPLEXO DA FAZENDA: TERRAS, PLANTAÇÃO (CANAVIAL), 
CONSTRUÇÕES (CASA-GRANDE, SENZALA, CASA DO ENGENHO). 
Qual foi a primeira mão-de-obra utilizada? 
• Os índios escravizados. 
• Tinha também trabalhadores livres (mestre de açúcar), 
especialistas em produção (Feitor). 
SENHOR DE ENGENHO 
COLONOS 
ESCRAVIZADOS 
• Os indígenas eram uma solução barata 
(havia em grande quantidade). 
• Os escravos trazidos da África passaram 
ser uma experiência que Portugal já tinha. 
• O comércio internacional de escravos era 
mais lucrativo. 
• Os indígenas não tinham resistências às 
doenças contagiosas trazidas da Europa 
(grande mortalidade). 
• Além disso fugiam com facilidade pelas 
matas. 
• “[...] a Coroa portuguesa, apesar de ter começado a criar em 1570, uma legislação para 
proibir a escravização indígena, deixou suficientes brechas na lei para não extingui-la de 
vez. 
 
• O período de 1540 até 1570 marcou o apogeu da escravidão indígena nos engenhos 
brasileiros, especialmente naqueles localizados em Pernambuco e na Bahia. 
 
• O regime de trabalho nos canaviais era árduo. 
Os jesuítas pressionaram a Coroa e conseguiram que os senhores dessem folga aos índios 
aos domingos, com o objetivo de que assistissem à missa. Mas, esgotados pelo ritmo de 
trabalho, eles preferiam descansar ou ir caçar e pescar, como forma de suplementar sua 
alimentação. Muitos senhores não atenderam a essa determinação régia e os índios 
continuaram trabalhando aos domingos e dias santos. Tentando resolver essa situação, os 
jesuítas intensificaram as ações contra a escravidão, promovendo intenso programa de 
catequização nos pequenos povoados e aldeias da região. 
• O sarampo e a varíola, que entre 1562 e 1564 assolaram as aldeias da Bahia, fizeram 
os índios morrerem tanto das doenças quanto de fome, a tal ponto que os 
sobreviventes preferiam vender-se como escravos a morrer à míngua (Carneiro da 
Cunha 1986). 
CARACTERÍSTICAS DA MÃO-DE-OBRA INDÍGENA 
• As mulheres escravas: “mucamas” (cuidavam das crianças, 
amamentavam, ganhadeiras ou escravas de ganho (vendiam 
produtos). 
• Além da exploração de mão-de-obra tinha também o fator 
da exploração e violência sexual. 
DEFINIÇÃO DE PACTO COLONIAL MONOPÓLIO COMERCIAL DA 
METRÓPOLE SOBRE A COLÔNIA 
PRIMEIRO PRODUTO CULTIVO NO BRASIL CANA-DE-AÇÚCAR 
ESTRUTURA DA PRODUÇÃO MONOCULTURA (LATIFÚNDIO + MÃO-
DE-OBRA). 
DEFINIÇÃO DE ENGENHO UNIDADE DE PRODUÇÃO AÇUCAREIRA 
(MAQUINÁRIO + FAZENDA). 
CITAÇÃO / Atividade discursiva 
“O fator mais negativo para a cidadania foi a escravidão [...] 
Toda pessoa com algum recurso possuía um ou mais escravos. O 
Estado, os funcionários públicos, as ordens religiosas, os padres, 
todos eram proprietários de escravos. 
Era tão grande a força da escravidão que os próprios libertos, 
umas vez livres, adquiriam escravos. 
A escravidão penetrava em todas as classes [...] 
A sociedade colonial era escravista de alto a baixo” (CARVALHO, 
2001). 
Comente sobre a citação acima: O que foi o apresamento indígena? Para qual tipo de 
trabalho? Era qualquer tipo de índio? Quem fazia a captura? O que impediu a utilização 
dos escravos africanos? Por que os índios não eram a melhor opção de trabalho escravo? 
Quais foram as consequências da escravidão na vida indígena? 
CUNHA, Manuela Carneiro da. HISTÓRIA DOS ÍNDIOS NO BRASIL. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1992. 
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/esc_indigena.html 
 http://www.sohistoria.com.br/ef2/indios/p1.php 
REFERÊNCIAS 
LINKS PARA ACESSO: 
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