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CEREBELO JOSÉ C. B. GALEGO ASPECTOS ANATÔMICOS • O cerebelo localiza-se na fossa craniana posterior. • Posiciona-se dorsalmente à ponte e medula oblonga. • Limita-se na porção superior com o lobo occipital dos hemisférios cerebrais. LOBOS E FISSURAS Fissura primária Fissura póstero-lateral Lobo floculo-nodular Lobo anterior Lobo posterior Vista superior Vista inferior Lobo posterior LOBOS E FISSURAS Lobo anterior Lobo posterior Lobo floculonodular Fissura primária Fissura póstero-lateral • Pedúnculo cerebelar inferior: conecta-se com a medula oblonga e medula espinhal. • Pedúnculo cerebelar médio: conecta-se com a ponte. • Pedúnculo cerebelar superior: conecta-se com mesencéfalo. PEDÚNCULOS CEREBELARES Núcleo do fastígio Núcleo globoso Núcleo emboliforme Córtex cerebelar Núcleo denteado Centro medular NÚCLEOS CEREBELARES PROFUNDOS ORGANIZAÇÃO CELULAR DO CEREBELO • Camada molecular (externa): célula em cesto e célula estrelada. • Camada de células de Purkinje (média): células de Purkinje. • Camada granular (interna): célula granular e célula de Golgi. CÓRTEX CEREBELAR - MICROSCOPIA Córtex Mol. Gr. SB Molecular Granular FIBRAS AFERENTES E EFERENTES DO CÓRTEX CEREBELAR AFERÊNCIAS: • As fibras musgosas originam-se na medula espinhal e tronco cerebral. • As fibras trepadeiras são axônios de neurônios localizados no núcleo olivar inferior. EFERÊNCIAS: • Axônios das células de Purkinje. FIBRAS MUSGOSAS • As fibras musgosas fazem sinapses com as células granulares e com núcleos cerebelares profundos. • O axônio da célula granular atravessa a camada média e na externa bifurca-se em “T”originando as fibras paralelas. • Assim uma única fibra musgosa indiretamente pode estimular milhares de células de Purkinje. FIBRAS TREPADEIRAS • São axônios de neurônios localizados no núcleo olivar inferior e fazem sinapses com dendritos da célula de Purkinje e com núcleos cerebelares profundos. • Cada célula de Purkinje recebe aferências de uma única fibra trepadeira. • Cada fibra trepadeira se projeta para 1-10 células de Purkinje. 1. Célula de Purkinje 2. Célula granular 3. Célula em cesto 4. Célula de Golgi 5. Célula estrelada 6. Fibra trepadeira 7. Fibra musgosa 8. Fibra paralela 9. Núcleo cerebelar profundo 1 1 2 3 4 5 7 8 MICRO-CIRCUÍTO CEREBELAR (sinapses excitatórias e inibitórias) 9 6 MICRO-CIRCUÍTO CEREBELAR Glomérulo cerebelar FIBRAS MUSGOSAS • É uma sinapse excitatória fraca. • A somatória têmporo- espacial de aferências excitatórias de muitas fibras paralelas produz uma única espícula na célula de Purkinje, chamada de “espícula simples” Espículas simples Espículas simples Complexo espicular • É uma sinapse excitatória forte. • Cada espícula de fibra trepadeira produz uma onda de picos nas células de Purkinje chamados de “complexo espícular”. FIBRAS TREPADEIRAS Complexo espicular MICRO-CIRCUÍTO CEREBELAR • Neurônios cerebelares estimulam ou inibem as células de Purkinje. • Fibras trepadeiras são fortemente excitatórias. • Fibras musgosas estimulam células granulares. • Fibras paralelas de células granulares estimulam várias células de Purkinje simultaneamente. • Células em cesto inibem fortemente as células de Purkinje. • Células estreladas inibem dendritos das células de Purkinje. • Células de Golgi inibem diretamente a aferência de fibras musgosas. CIRCUITO CEREBELAR Medula espinal, córtex cerebral (via núcleos pontinos) e sistema vestibular Córtex cerebelar Núcleo olivar inferior Núcleos cerebelares profundos Tronco cerebral, Tálamo e mesencéfalo FIBRAS MUSGOSAS FIBRAS TREPADEIRAS Medula espinal e córtex cerebral + _ + + DIVISÃO FUNCIONAL DO CEREBELO • Vestíbulo-cerebelo Lobo flóculo-nodular • Espinocerebelo: Verme e a Zona intermediária dos hemisférios cerebelares • Cérebro-cerebelo: Zona lateral do cerebelo ESPINOCEREBELO CÉREBRO-CEREBELO VESTÍBULO-CEREBELO VERME ZONA INTERMEDIÁRIA CONEXÕES DO VESTÍBULO-CEREBELO AFERÊNCIAS • Canais semi-circulares e órgãos otolíticos, núcleos vestibulares, colículo superior e córtex visual. EFERÊNCIAS • Núcleo vestibular lateral • Núcleo vestibular medial CONEXÕES DO ESPINOCEREBELO AFERÊNCIAS: • O verme cerebelar recebe informações somático sensoriais da musculatura axial e proximal dos membros via trato espinocerebelar. • Também recebe aferências visuais, auditivas e vestibular somato- sensitivas da cabeça. EFERÊNCIAS: núcleo do fastigío e este projeta-se para formação reticular e núcleo vestibular como também para o núcleo ventral lateral do tálamo (contralateral). CONEXÕES DO ESPINOCEREBELO AFERÊNCIAS: • A zona intermediária recebe informações somático sensoriais da musculatura distal dos membros superiores e inferiores via trato espinocerebelar. EFERÊNCIAS: • Núcleo interpósito (globoso e emboliforme), e deste para os núcleos rubro e ventral lateral do tálamo. CONEXÕES DO CÉREBRO-CEREBELO AFERÊNCIAS: • Exclusivamente cortical via núcleos pontinos e núcleo denteado. EFERÊNCIAS: • Núcleo denteado, núcleo rubro e núcleo ventral lateral do tálamo. FUNÇÕES DO CEREBELO Vestíbulo-cerebelo (lobo flóculo- nodular): controle do equilíbrio e dos movimentos oculares. Espinocerebelo (verme cerebelar e zona intermediária): regulação do tônus muscular por meio de aferências de receptores de estiramento muscular e coordenação dos movimentos voluntários. Cérebro-cerebelo (zona lateral): planejamento e iniciação da atividade motora voluntária. Espino-cerebelo Vestíbulo- cerebelo Núcleos vestibulares Sistema medial Sistema lateral Área motora frontal Cérebro- cerebelo PROCESSAMENTO CEREBELAR • As áreas motoras frontais de associação do córtex cerebral indicam suas intenções para iniciar as contrações musculares voluntárias. • O trato piramidal através de fibras colaterais notifica o cerebelo da sua atividade. • Ao mesmo tempo, o cerebelo recebe informação a partir dos proprioceptores de todo o corpo (tensão dos músculos, tendões e posição do corpo no espaço. PROCESSAMENTO CEREBELAR • Esta informação permite que o cerebelo possa determinar onde o corpo está e para onde vai, mais especificamente, onde as partes do corpo estão localizados no espaço e como elas estão se movendo. • O córtex cerebelar avalia estas informações e calcula a melhor forma de coordenar a força, direção, extensão e a contração muscular necessária, impedindo erros na postura, garantindo movimentos suaves e coordenados. PROCESSAMENTO CEREBELAR • As informações do cerebelo vão para as áreas de coordenação do córtex motor cerebral, que faz ajustes apropriados no seu plano motor. • Fibras cerebelares também vão para os núcleos do tronco cerebral (núcleo rubro no mesencéfalo), que por sua vez se projetam para neurônios motores da medula espinal. FUNÇÕES DO CEREBELO • Comparação da intenção e ação, verifica erros e gera sinais de correção. • Aprendizagem motora e adaptação (desempenha papel importante na automação e otimização do comportamento motor). • Planejamento, raciocínio e fluência verbal, cognição visuo- espacial , organização da memória visual e relaciona emoções e linguagem. SÍNDROMES CEREBELARES • Síndrome vestíbulo-cerebelar: Distasia, ataxia da marcha e nistagmo. • Síndrome espinocerebelar: Dismetria, ataxia da marcha. • Síndrome cérebro-cerebelar: Dismetria, disdiadococinesia, disartria e hipotonia.
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