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cap 05 Aconselhamento Pré concepcional

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os Aconselhamento Pré-concepcional 
Hábitos de Vida 
Tab.:.co 
D~t;a 
McdiCõl.mentos 
Álcool 
Cocaína e Outras Drogas UfcitJ~S 
Doenças Maternas 
Oi.lbctcsMellitus 
Hipertensão i\rtcria.l CrOnica 
Epilctnia 
NcJrop~tias 
A s mudanç-J.s do p.1pd da mulhrr n.1 soded01dc- õM> longo dos -l.OOS determinaram .J:Itcrações Stgtllfi· cariv,u no queM! refere i expectativa da gr.t,idez. 
Antig.miCnte, quJndo !'eu papel primmdiJ.l ('r.l a procnaçlo, 
er.1m comun~ a~ família~ numerO'>a~ . A P''rdJ 01.:asíona! J(' 
um:~ gcst.1.çl o ou, J.té ml'smo, o nasçimento de cnanç.t com 
J.t'IOm.tli.u cong~mt.u eram tid~ como :~ceith'ei~ e frc-
q\J('ntcmcntc J.ssoci.ldru a questões religk-~.u. ditJ' como 
""ont.kk de l.kus: Atu.lllmente. é creoante o núme:ro de 
mulhc:ort.s c;ue, pua .1bnç:ar llleU:o~ ci,etr.~ pro!Wtorws., 
ad•J.m 01 moatmlKUde e optam por ter rNu11do nOmtro de 
filhos. O dcscp pelo sucesso reprodum'O ~ ind.v;du:el e M't 
dai mente mu1to rrt.lis fOrte. Alem disso,asdotnç~ cr6mcon 
ttm hoje prognóstico bem mais favor.'i\'el em longo p~w 
pcrm1t10do que um número uda ~v n1:ai~ alto de mulhc· 
res :abnce cl pedodo de ~· idJ. ri.'produth'O c, consequente· 
Regina Amélia Lopes Pcs.soa de Aguiar 
Mário Oi.lS Corr'êa Júnior 
úrdiopati:u 
Docnçu Autoimunes 
Domç~ P.~oi<~uiitria!> 
Dccnç:u: lnfKciosa.s 
Docnç.u Tircoid ianas 
Outras Situaç~s C!Jnicas 
Idade Materna e Paterna 
Doenças Genéticas 
Defeitos do Tubo Neural 
focnUcetonúria 
Vacinação 
mcntl', u•nha !;l'St:ac;Oes de riscock\·.tdo P'l~;a o ictoc par.1 .si. 
O mco f:l'tal p<..-de ~r ~umcntado pdo uso de medk~ões 
utili zada\ p.1ra o cnntrnk dJ JO\.'tl'iõl materna de baH', pela 
própria interl~rêncio~ de :~.lgum,u doenças no dcserwohi · 
mento f'eta \,pela idade d.t mu!hcrl' do homem c pcl1 história 
f.1miliJ.r. l\·o pomo de \'lsta m:tfern('l, \-j n;~.s \à<' as d t)l'"llÇJ.'i. 
que podem ter SC\1 curso natural asn.\':ld() l""·'kl 3.\hcnlo Jc 
unugrJYtdez. 
A utlliU(..ão de pm.-enç.xt pnm~ri~ de diversos Jcfci-
tos congêmto" desperta amda pouco mtc~ cm ~so 
mrio. Contraditori~mtnt~'. o USIO de tKOOlogi.:." de ültJm:l 
gcr.aç~o para diagrtósllco pré'-natal des:!le3 de:fe-JtOS ganha 
raptd.l.mcntl' adeptos e d1sscm1n~ (C: de: &xma intens.t.. O 
maJS surpxrodcnte é: que ;a pr~ç.io pnm~ri~ tem cus-
to b.uxo e(, ,,plic~h-el em qu~k1uer loc.al onde se atenda J. 
mu!here\ em id:~.dc reprodutiva pou nlod('mandaeqllip.l-
menros so6stacadc<' nem mten.-cnçõn que CJ.IJOim habili-
dades esp..."Cificas. Para a prevcnç.io primária, nece.(~ita-sc 
b3SICamentc do.~ bons c .. ·dho" instrumentos da M~dk:uu 
tr.)(hcion;;~l: saber ouvir, saba-eumin.u,uher exphcu 
O melhor momento p.1r.1 garanttr uma gr~widcz 53U· 
d.âvd é intervtranle~ queJconteçJ, rninimiundo os ri.KQS 
ponckr.hl!i$. O estímulo ~ ..lconsdhamcntn prt-conn-p-
Cional como pr:ihca dc .uúdt' públkJ. poder .i ev•t:~r mortt."" 
m.atcrnas, perdas gcstJc::i\lllais, ocorr~nciJ. ou n:<"orrCoocia 
de defeitos ('Ongemtos, tanto an::~.tômicos (dcfc1tos de fe-
chamento de tubo ocul'3t cardu>p.atla't <kfc1tos de f«h.J.-
mcutn de p;lti.'dc abdominal, entre ootros) como fu ndo-
nJis (rctardo mental, cegueira, surdct). 
O connnge-.ne de gesunte$ enCI.m•nh.ad:u p;1u. uo; 5rt· 
v1ços de refertn.:ia em gcstl çiio dt' alto r i~o é ctCM:entc. 
Em que pt.~ a qualidack do s..:niço de as!>i:Stência especi.a 
lv.lda, a abonb~m pr~ concepaona~ sdc<ionando-sc oa~ 
mulheres que deverão ter a gravklc7. adiada par3 pc"rmJtir 
controle clinicn .satisfatório de stu dot-nça de b~se - ou, 
t'\'CnluaJmmtc. comra1nd~e.lda · permite result.adro5 muato 
matsSJtisf.ttóno~ 
A ideia de que o cuidado antes d.1 grav)(lel bc-ncficl.l a 
SoJúdccbmulhcrc,prinCJ~Imente,J.s.tUdedo(rtopode~rr 
t-ncontrada C'fT1 Jntigos textos ck diss.tcos illósofos gregos 
e no Antigo (I;'SI3mento. ~h~,. como aç:ío de s.nid.: oa ser 
mcorporadJ. no cuid.Jdo 1 mulhet", p.ass.t .a ter •mporllncia 
no linal da dêc.lda de 70, quando .vo pt"SqUisu msaltam "-
lunitaçSo dos cuidados di~.;;•cos da ~~shtênci.\ pré natal na 
pn:venç3.o d:.~q ;momali:J.s coog(:mt.:L\ l l 
N~tc Cllpituh .aborcbm-se J..S :»çnn cU s.aódr com im-
pxto ~ttl\'0 no resultado matemo c perinatal. 
HÁBITOS DB V I DA 
A rebcoio en1re hábitos de \'Kb t! desen\'olvimento fetal 
é cadoa "'URUIS. \';donzad.J~. Como h1hitos de vtda •nducm-
·SC mio a!X'OJS o con.sun" ' de sub~t;\ndas lcstvol.~ .110 feto, 
como tabaco. COColína. ilcool, mas tamb(.m .uptctos h-
g.Jdru ~ nutnçáo matcnl:J. que possam favorecer positl· 
\',lmcntc o de.scnvolvimento J.o feto, c.omo a5 dietas rica~ 
em :l.cJdo rólico; ou negati\'Jmcnte, nos casos de nutrM;;io 
•n~tlsbtóri.a, pnvando o ft<o de ol•gock-ment()OI rssenci:tis 
p3rJ o seu d!!~envolmnento; ou, aind.J~. I'IOS C':l.:k)~ ,!e com.u-
rno excessivo de :algunus vitaminas.~ 6 
TABACO 
O número de mulheres tabagis:t.u \'CRl 3Ument.ltxlu 
\ib'fli6C3ttv:tmente, ;aPfiJ.r d.11s amp;mhu de esdarea-
rnentos sobre o:; nscos do t~baco para a s.1l~d'c. Estima-se 
que cerca de 40 ;~, .)O~ das no.n;a~ g~tõtntes COIUomem cl· 
g..lrm<; de taboxo em algum mome-nto doa guvtdc-L' 
O t:~.b.lCO cont~m dri:~.!l subst~ncia~ teratogênic:~~s, 
com dc.;:t,,quc par:~ :-. nicotinl, o monóxido de carbono, 
o c.humho e h•droc.trbonct~ A. nicotnu hbcra c.:ateco-
lamina.~ qUC" eshmul:am o SI~Cm:a nervoso centr::~.l, pro· 
movendo elevaçlo da frequência cardflca, da prc-ssio 
s;angufoc~. do consumo de oxlg~nio e va~constnçlo. 
Além dLSso, a mc0(1113 inibt' o crc_çcimemo dos tec1&x 
ictahe rcd01.ns nfveis dt! \'itamina Bl2 no feto e n ;l m~c. 
Atr;n'eS.sa rapidamct\tC a plcacenra c J\ua cooctntraçao 1\0 
(etoé m:uorque noa mie, poa.;: o rrto não é:apazdc mel1l· 
bohzl-b. O monóxtdo de carbono mdu~ o aumento dos 
níveis Jc carboxi·hcmoglobin3, fa\'orc-ccndo a hipóxia 
(e-tal. O chumbo é neurotóxtro eafg.uns hKirocarbonctm 
,\~O mutag~nicos. 1 • 
0 tab.Ko assod.He .ii diminuiçiio do rc~o ao nJKi· 
mento. em rdaçao d1n't;~, com o número de ciguros con-
5umidos. EJ.istem rd.1to.~ de .lumento d,, ocmrênci.l de 
duenças rc~pira tórt.l.S c problem.lS comportJmcntai~ entr.:-
crU.nça.s expo.stoa~ IRlr:J.Ótcru ao t.:.bxo_ A mortalidade pc-
ri natal é maict-cntre usuin._~ de! t.:.h.t<"o e, deforma g\c>Nl 
C'stá associadJ a alto risco de descolamento !)!"('maturo de 
p!J.ccnta, placcnt;~ pnhia c P"'-'Maturkbdc.' Em n:L~lo ;~, 
der{"ttOS con~m!os aru.t6mtro~, encontrou--w: fUrte 3.~!o0-
ciaç3o Clltrc tabac.o c- l~bio leporhiO. com ou sem fend.l pa· 
Lltin.a. e reduçio tratlS\'Cr!>.i~. l termiNI de membn:l.l.1 6 
A macOnhA apresenta os mesmos nscos 11SOClados 
aotabaco.0 
As c.:.mpanha~ de pn.·••tt.>nçlo de.- comumo de.- tabxo 
entre gcst.mtes dco.'tm ~ prionud.u e o xon~lhamcnto 
indtYidu3ladquire Gda vez mais 1mport.1ncia. 
DI BT A 
Di''~ estudo.' llemomtram rtbçio dirtta entre nu-
tnçio .na&xtuada (subnutriçia/desnutriç3o} e result"lltb 
gc-.stacior»h: desf.1~'0d,•d<> (prl!'maturidade, mortalid~de 
perinatl~ defeitru de fechamento do tubo neural). O bcnc-
6c10 da sup\ement~\o periconcepcK..'I:lJ.l de âcido fól~eo C 
bem-cst.,bck<ido. Suporte nulrk:ional ac:kqu;~do para mu-
lhcresqUC"dese-jounengm·idar,pnnc•p.llmtnttnoque.;;cre-
fere à mgest.i.o de alimtntos rkos em fobtos e c.uutenmdc--s, 
é de LmporUncia \ital par~ o re5ult.ldo gest3Cional1 • 
O jtjum prdon~do pronlO\-c cctose e .a cC'tonemla l 
consJClerub c.apaz de 1nduzir dcíc1tos de fechamento de 
tubo neur.al Algumas dteus d1ta.s • alternat•\•as" podem 
mtluenciar no aportc ck oligoelement(l( essenciais pu-.. o 
feto. Entre as mais comuns, citanHe as \'Cgetarianas, oom 
consequente dillculdacle ru absofção de ferro r:kmento no 
trato g.utro~nttstinal1 
iimbora, cm oo.s~o meio, SC:Ja ma1s comum lidar com 
nutti(:.KJ in._ytub.tórU. nlo se de,·e \.-squtecrde que a cultur~ 
gklb.alnada tru rapKbmrnte p:m. I'IOSS3. popubçio hábitos 
comuns nos palses de Primeirn
Mu ndo. A~s1m, e preciso 
etar attnto p.~r:a Qtwc;õrs cm quC' a inge.~tJ.o compulsiva de 
dl\'ttsos t1posde vitJ.nlin~~, na buso do "corpo pnfcito ·,\e\ -e 
lt'Jt~çlo do feto a dosc:s tcr.u~n icasdc vitamina A.'·; 
MEDICAME N TOS 
t\ maiorw do~ m~dtcamentos .ltra\'CSSJ. a pl.1ctnt.l, 
.1lc....nça o fcto, mas~ s..--gura na gcs.t01ção mesmo quando 
ut.I!Wa no primeiro tnmestre. l:ntretanto. alguns ddcs 
podem determinar-' morte fetal ou o dcsenmlvimentn dr 
.1nomah.u congcmtas :matómica~ ou funcionais.1 Toda 
mulher que n«cssite d~ intc.rvmç:tio mrdic:amentos::a dnT 
S{'r orientad:1. sobre OJ riscos as,oc:iJ.dos em Cáso de gravi-
dC'l e .u :thcrn.r~tivu tl'rapCuticu, se existentes, quando a 
gr-..vide-1 é <kscj~a- ttmport.antrorimt-ar3s mulhcres que 
a .su ~pcnslodc methcaçao ncccss~ria para o controle d ini-
co de qu.dquer doença sem a orientação do mfdico pode 
acarretar nu is danos ao feto do qUC" o csp«fllroda e~i­
çlo ao mt\1110. No c:~,pllulo 9 Mcdk.'l mentos, o leitor en-
contra infonmções dctalhad;a" dos riSCO'< d.u medicaç~ 
rrequen:emcntc util•zad.u. 
Á LCO OL 
l\.lo C'lfi.Sit.' do~ :~lgunu de ~kool coru:tderad.1 xgur.1 
p;~.ra ser inscnda durante a ~sta~jo. Entretanto, seus cfci-
tos.sobreo fct:ocorreb cion.tm·SC com a época da exposi(ào 
e com a conantr-..çlo .alroólic.t, sofrmOO,aind.t. influtt.c:i.;a 
~Lhamtnto Pn!-concrpcion;~1 
da prcdispmiÇ'ào genéta.;\S"ilm S<'ndo. tod.u :u mulhcte. 
de\·cm ser encorajada~ a ma nter abstinência total de ,\lcool 
dur.mteagrl\idez..1-t 
Pan :ts alcoóbtras crónicas (m:~is de 10 dosesls.emJ.-
n..a), o~ progr,\m:b de .lUtoajuda s~o :1 melhor opçlo antes 
de engr.:wid.lr. t.import:J.nte rcsso~.ltu que, 1'1(1!1 C3SOS<k al-
c:oól.ttras crónKa~.nãoé nr:~a a.ssociaç.locom nutrição Ln-
S.1thfatória1 u~ de out ra~ drogat~, t.abaco c, frcquentemen· 
tt'1 :J.di.'Sàoin.xlcqwcbl3Ssastenci.1 pré-nat"lJ 
A dis\it'õl. sindromc .1koólic.a fetal caractcrit.ad::. pelo 
ad1:tdo de restriç.\o de crescimento pré e pós-natal, dlsfun 
ç:lo do sislmla llen'O'W central c anomalias cr;inio-f.aciai.S, 
como microcefalia, mlc.roli:aln\ia 0\l fissur:~ paq,ebr.ll pe-
qucn.t, filuolalml pouco desenvolvido, U.bKI ~u!Xrklr tino 
e \upopbsb de face média é m.lis ftt.qucntemcntc \ista l!m 
filhos de akoólatras crónicas. O retardo mento~l é a pri nâ-
p31 sequcl.:a d;aexposk.\n intr.u'ltero ao :ikool. Outra~ ;mo-
mallu (c.miiaC'.lS. esqueléticas, renais, oculan.""St Ubio lepo-
ri nocom ousem palnto fend ido) ~lo também reladonada5 
ao consumo de álcool. ~ tiTlfXIrt.antc ress.tltar que. como o 
dt.'Sen\"'ivuncnto doc~rcbro só se completa apN a inf'lnc•a 
tardia, o conS\lmn de ,\kool cm <jualqucr fase dJ gcW•çao 
pode produzir alteor,)ÇOts neurocomporta ment:tis. ~• 
COCAfNA E OUTR AS DROGAS JLÍClTAS 
Emboro~ nlo sej01 conlu·dd.t~ a t.u:a denposiçioà coca· 
fna na papul.;a-,"ão de ~'\!Slanl6, é S.lbido que seu Cór\fumo 
\'Cm aument:uldo em toJo o munJo. Os dJdos di .. ponh<els 
SUp!T't'!m q!J{' .a cccaín.l age de focma semelhante à ll i('Oiina, 
ptoTnO\mdo ;a libcnçJ:o de cat~l.1minas com w•socons-
tric;l o sccundir~o\ c dLmL nuição elo fluxo placentário c fetal. 
O consumo de cocafna na gr;wkkl t{'ffl .000 :.usociado .l 
pRmamridadc, cresamcnto mtrautenno fritnto. micro-
cefah.'l, l e~l>\.--s cerebrais dcstruti\"aS, gastmStJU I3C e dcscol.l 
mcnto pxmaturo de placent-1. ·• 
Outras drog:;as iHot.u {anretamm:zs,.opK~ides, tolueno e 
.k !do li~érgico- LSD) s.1o a~sociadas a rcsult.1do perin.lt::al 
destâvor.h-cl. A idcntilic.lçio d.t rdaçio cauu t"li..·ito I'IC'S~~ 
!lltuaç<ks l dificil, pcn~o ~ comum o uso ck m.Us de uma 
~ubstlncia nos CJ SO' de drogadieçâo._!o.,lfm disso, u~u inos 
de drog.u, fn.-qlll"nlemcntc, f.wenl uso também de tab..co, 
álrool e têm h:ibitosaiLmcntan:~ inadequados. De tocb for-
ma, é fundam('ntal qLJ{' mulhcrcs \lsuáriasdedwgas scíam 
onent'Jdas sobre os nu.lefJCios d.1 exp<mÇJo fctal a t5~ 
65 
' 
: ' c '. :l 
• ' - I ~~ 
substincw, dC\o-rodo.6et"" encor~=asJ busc~r tr.tJmcnto 
JKICO(rr.ipico.lnt.:s d;a gr.~vid~1-
DOENÇAS MATERNAS 
E.~tim:Hc 911e uma em c:td~ 20 g~antcs aprc~étllc 
.l l g:umr~ docnç.:a crónica. A gf'<;!Jç.\o pode :tgr.w.u J.S corl -
dtçOes m.ucrn:~s c aict.J.r o desenvolvimento feral, dctcrml-
nando, inclusive. anomali.J.s co~ênit~'· 
A gr.wklcz cm mulheres co~ qn:~lquer cioel'l(".a prévt.l 
deve Str precedida de avali~ão qu~nro aos rrscos m:.ucr-
no.~ e fet.n5. A .1\' . .tli.x~lo pli-conccpdon;al des\;u mulhr:rC's 
pcrmtte ao mffiko identtfic.u o momento mal~ oportuno 
p;ar.~: .a ocorrênci.l ela gr;a,•Jdel. mimmrz;mdo 0$ nsco.s p;~ra 
o bmõrmo m.ie-feto.1..&.N tnf.ue ser .i d.:.da a .llgumas. doen-
ças mais import;tnte.ç, seJ~ pelo! .S\I.l p1"t'"3~1lCIJ. fiCJ.l pelos 
n~qiX dctcrmm.1m. 
DIABETES M ELLJTL'S 
A t:lxa de prev-al ~nci:l de di:-~betcs mt!lttrll cm mulhe-
res cm k.l.~dc fértil abn<;il ci fras t.lo J.!t.u quJ.nto 1/ 100. 
Os efeitos do di..1hete.s durilnte :1 gr.m<kl p;:.rJ. a mk e 
p.lt.l o feto !lo Lem-e.~tud2dos.. O feto wfre agttssõcs re-
LK:.onad.ls 3 htpcrgliccmia em qu~lqu~r f.ase cLl gC$t3(lO, 
m.u: o upo de efeito vari.t com o momento do dt'S('m'OI-
vtmento no qual a hip:"rglicem•~ ~tu.a: ,·.d:a ('mbnon.lriJ. 
outeu.l. li.l l,t: 
A incidência de malformaçót."'S m:atorts tm fetO'! dr ges-
tantes com diabetes tipo I (diabetes msulino-dcpcndcntc 
préviO.\ gcstaç.ío) é de 5 a 10~. O mecan.smo tcratog~nrco 
pdo qu.1l o di:~bcte~ mell1tus produt ,,nomali:~s cong~nitJs 
.lind:-~ nlo C tot:1lmente esdareddo, mas sabc·sc que C!>Ü 
reb.cionado ~ htpcrgli<:cmi.l periconcepclon.1l. ~11 1 1 
A t: Mp<"l~içkl fet:tl à hipcrglk'Cml.l. Ú\"Ort!"CII! n de~cnvol­
v utl~'flto de mJcrossonu"J., cudklnüopatu dJl:J.t~ck r: :t Itera 
ÇÔI!-\ mc1aból.os nconatals (hipoglK.t>nuJ., hipcrb•l•nubi 
nc:mu,h!p0Cakcmu.).1> 
Tanto as anomalia~ congft"ll1as qwnto os cfc.tos kt.at~ 
COOtnbuem rara cb·uiL• t..I.U~ de mort~Jtdade ptf'Ul31..11.. 
Outr;e comp!iação&'--"Stacion::al frequem~:~1 prtrNturll'lldc. 
A )'fe''-!nç.\odc.sus compliaçüd atadas édcpC'ndcntc 
do controle glkê'mko adequado no periodo pt'TICnncrp-
cionr~l c durante tod2 a gestaç.lo. O controle ~~k~mico 
66 
antes cb concrpç.ín e n:a f.1.se pr«oct: d.:~ gral'Kk-z r...duz 
s.rg.nifi.ati\':J.mtnll' 3 mcidénc:U de defritos congênitos.111' 
O rontro]c. mct.J..bóhco no ~undo e t~Jro tnmestre.s 
~"·•ocu-.sC' :1 b.a1x.as taus de macrossomt;t, cmliomiopatU 
dilJt.lda e morte !é tal • 
i\1u!her<.'S com dJabctcs n:t!!JttiS devt.'fll receber suple-
me:ntaçio pcriconcepC.OJl:ll de :kido f61ico.11'"6 Embora 
não ~;a ai nd<~ complcumente cstabclc-ckio, tt·m sklo ~u­
gl'rido qul' nl'~~a situ~ç~o :~dose do ~cKio fólico deve ser 
dc4mg /di:l. 
Os dad(n. Ji ~f":OCJ h•eh m'tl:~m a f'!"Obabilidadcdc agravi· 
dez Jgt"J~·ar a rdmopatia em ~:ante.~ di.lbctk.u. i::.s.s..as mu-
lheres dC\·cm. porl.mto.~"C"dc~COfl.llelhada" :t engravichr. O 
controk da ncfropatl.l c ncurop;lh.l J,:abétia~ ex.ige equipt 
interdi<õOj'linar Mf«:tJhuda no scs:uuncnlo da gr.nMe1 
A.s diabetins tem t.:.mb&n aumentado nsco de dN>m-oll-er 
pn'-«l.imp~ia,cdooo~e inft«ócs lU gra\·idc:r...' 
HIPERTENSÃO ARTBRIAI.. CRÓNICA 
,-\ hipcrtcns.\o .utcriJI crónica, prin(:ipalmcntc a~ fôr-
mas grave", assocla·sc J. rcstriçlo d~· cn.•scimcntu intrau 
terino, prematuridJ.dc c, COtlSC<.jul!ntcmcnte, aumento d:ts 
ta :tas de mortalidJ.dc pcrillatal. A ~nci:a mais frequen-
te dedescCilamcnto prrm.nurode placenta (DPP) determi 
n:a nscodt-morlepau mkefeto. ,._ 
Os mibidorr~ da tn7Jma de con\'ttdo da .lng.totcnsin:a 
(IEC..'\) cosbloque~dmrKept~daangtotcnsin:a 
li são conlr.iindteadCl' n:a gt:~vidt:7 e drvrm SC":' substllul· 
dos porhipoc.t.'USOI"('S comp;~ti\<el\ com a gr;t'"idez no pcrio-
do rre-c:oocepcion:d. ~ ..... 
A~ hipertensas dcvt'nt ser ork:nt.-.das s.ol'« :1. import.ín-
cia docontro!e prcssórko antes dJ. gmvKbc esti mulada~ a 
õldótar e~tilo de '"id:-~
s~11d.h't'l. é importante inform:tr qw:, 
cmlxx-J o ri.<;co de DPP sej.1 m:~is <1lto nos casos de descon-
trole prc~sórko,.Jua ocorrênc:ia ~ eit."'".1da, n'I('SrTl(l nos casos 
~m·contro!.ados." ' 
EPILE PSIA 
,-\ cpikpsi:a :afrta um:a r:m c:~da 300 mulheres cm id.ldc 
rcprodutn·a.J Ú"eK1men1o intr:autr:nno restnto c mkro· 
ccfalia são ronscqu~ncia) conht."Cida~ d.1 epikpsia ma~er· 
na. O \ ISO de J.ntkonvulsivantcs IJmbém cst.i a~wciado 
Noções Práticas de ObstrtTfci~ 
a anomalias congênita9; como abordado no capítulo 9 -
Med;camentos. As mulheres epi kptica.~ tt1-m mai~ chance 
de apresentarem crise~ t:pilépticas durante a gestação, de-
vido aos efeitos do .1umento do volumc- de distnbuiçâo e 
consequente diminuição dos nlvris séricos da medk.Jç;w 
No pt.'tlodo pré· concepcional dcvNc avaliar a possibi-
lidade tlc controle das crises convulsivas com o uso de agen-
teantkorwulsh--.mtc ünko (moooterapia), na mínima dose 
possível e, se posslvel. evit~ r o :ícido valpmicoe a dif'enil-hi-
dantOi n.l . Entretanto, a melhor escolha é XlentilÍcar o ;mti-
convt!lsiv;mtc que melhor<:ontrole as crises conv ul~ivas, Já 
que as crises <:orwulsi,-as. por si ~ós, s2o ma i\ dano~a\ ~ m.ie 
c ao fct<).1 O uso de ácido (ól.i<:o deve ser introduzido antç-s 
da concepção c mantido durante toda a gestação. Sugeriu· 
-se o uso de vitamina K
1 
no últ imo mês de gcstaç.\o, com o 
objctivo de prc~'cnir J. doença hcmord.gk.t no n.xém-nasci-
do.H .!l f:ntrctanto, a tr.msfen!-nd.l pbcentária da vitam ma 
K
1 
é pobre, tornando ess..1 ter,lpi ~ de e~dci:-c questionável.• 
Além disso, o risco da 1l~Xnça hemorrágica do recém-nato 
é adequadamer~te <:ontrulado com a Jdministração d.!! Yi-
tamin<l K1 llo recém-na;;cido. imediatamente após o parto. 
N BFROPATIAS 
As mulheres )-'Ortador.ts de nefropatias devem St'r 
orientadas sobre os riscos de agravamento da hipertem(io 
e surgimento de pré eclãmp~ia durante a ge.,tação 1'\jo h.í 
con5en$o .se a gravide-z, por si só_. é capa7. de agrJ.\'ar a nefro-
palia. o~ h lhos de mães com nefrôpatia tem ri ~co .:mnwn-
tado de apresentar <:res..:imcnto intrauterino rcstnto. As 
taxas de prematurkhde s..\o b.1st.mtc aumentadas nessas 
gestações. O uso de IECA e bloqueadores dos receptore~ 
de .lngiotcmina li tambémest,i contraindicadoestM snbs 
tituiç~odcYeser feita no período pré-concepcitm:l.l. A~ mu-
lllcres com nivt:is de creatinina sérlca ~uperior a 2,0 mg/dL 
c com hipertensão nii.o controlada dC\'i'tn ser desestimula 
dasJ.engro~~·id.u. 1 ·6 ll' 
CARDIOPAT IAS 
Em Tl{lS.SO meio, ;~inda predomin am a.s carcliopatiJS Jd-
<JUirida::;, com dest<KJUC para <~s reumática.~. O ri~co matl.'rnt) 
c fetal e.~t.1 intimamente rttlacionado com a classe funcion.ll 
da gcstJ.ntc. Cl.tsscs fundon.lis II I c IV apreSL'flta.m alta. pre-
Aconselhamento Pré-concepcional 
val~ncia de complic.lÇÕCS p.1ra as mães e fet(lS, chegando, à~ 
vezes.. a ser proir,ihva ,1 gr.~\idn Situaç:lo delicada é :1 tx:or· 
rêncta de gest.lçao em mulher~~ cl)m val~·a metálicJ., f--'t>is o 
riKo de tromboémbd i~mo é muito alto, exigindo, com Ú\'-
quência, (l U:>et de anta~mi ~ta da vitamina. K (\\'arfarin) par.l 
manter anti<:oagulaçát) S..11i~h1tória A~ l~pJ.r inas n~o frJ.cio-
nada~ e de baixo peso molccub r nào s~ .seguras par.l g.lrJ.n-
tir ant>co:tgubç~o pknJ. ness.u ~--stantcs. Como abord.1do 
t\o capítulo 9 - Medicamentos, o warf.uin é teratogenico 
c r~o-pn:scnta risco par.! o feto, mr-smo qtundo utiliz.1do no 
wgu1x.io c terceiro trinl\.'SITl~S. Obviamente, o mais sepno 
ncs~as sJtuaçOCs seria a contr.lind ica(.:.O da gr,1\idez.. "'~) 
U.ts c.ard)()p.ltias congl!nitJ s, merecem de~taque a~ 
c.ardiopa.tia-. ci~n~~n ica..;. Falf!ncia cardit..::.\, 3rritmias, 
tromboemboli\mo e infeq·(:oe~ ~o complicaçõe.~ associa-
d.ls a essas cudioplti J~. A mmt<llidaJe materna c iCtal é 
significativamente J.umenti!.da. O feto apresenta cb';\Jo 
risco de cardiopJ.tia cong~nira. Esse risco é \',nián•l com o 
tipo de anomalia. A síndrome de .. \hrlàn, ak>m de poder 
determinar risco matemo mmto elevado, como nos casos 
de cnvohimcmo ,,órtico. determina risco de SO% de acn-
memnento teta 1. -~ 1' 
DOENÇAS AU TOIMU NES 
Incluem-se nesse tópi.;;o o lúpu.s crrtcma.toso sisrCmk:o 
(LES), a artrltc rt'umatoidc, a cspondtlite anquilos..1nte, a 
~índromc de Sjõgr('n c a csderodcrmi.l. Dessaf>. .1 mais im-
portante t , sem Júvida, o L.ES. Os riscos gcstacionai5 5kt 
intinumcnte relacionados~ gr.t.,i:bde d ~ doencr::a . .A pre,en-
ça de anticorpo:;; anti·Ro aurl'lenta o r i~o de bloqueio Jtrio-
·Ventricul.!.r <::ungf!nito. Os J.nticorpos antiLa sJo associados 
à mlnifcstaç:io neonati!.l dü lUpus. A.~ gestantes têm risco Jc 
ex::accrNção da doen~·;1 dur.1.nt.:: .t gro~v idc-L c dcdcscn,'OI~w 
prt-ed :unpsia. Os riscos (('(ais cstlo rcladon,1dos nlo só a 
gwidJdf da d(l{'nça ma~erna, rnas também ao usn de médi-
c.anl('ntos par~ seu controle. NO) <:a~~ graves, pode ser ní>-
c.essário o cmpreso de i mlt nos~upres.)(lre~. 9ue njo tem ~u:1 
SL"gttr,)nça n,l g~staçao brm·e)tabdecida até o mmmnto.' 
O ri ~co ge-stacional é mais baixo nas mulheres tup 
dO<'nÇ.1 c~ti cm remissão h.l pelo menos seis m.;oses, que 
não :tp!X"scntam comprometimento rcn.ll, não fazem uso 
de irmmossupressores c têm os nh·cis prcs3órir.os norm;lis 
ou facilm!':ntc controlados com hipotensores c.ompatí\·eis 
c.om .\sr.nidez.u• 
57 
Autrrte rtunutoidehab.tual~m"nlc melhora n,a gra~ri<kz. 
Mu lhcrcs com cspondilitc anquiloSJ.ntc apresentam crises 
~ lgicas mo~ i~ ffequcnte.t. Os risc:os nos casos de esderodermia 
estão a~socbdos .1 com·oh·immto renal e h1pcrtcns:io.' 
Ate.,çlo cspecial tc~'t' ser d.lda ao uso de anti·inflanu· 
tórim n;\o C!teroides. de\•ido aos ri'õC05 de diminuiclo de 
.. "Olume do líquido amni6tico e (cchamento prematuro do 
c:an.~! Jrt~rial fctal. 
DOENÇAS PSIQ.U IÁ TRJCAS 
A gravkkz representa flse de exprrulv:1.s mud:tnÇ.IS na 
vida da mulher. Sintomas dt' lristeu e mcsrno deprcss.i.o 
lelr-c ~o comuns ness:a f<tSe. I\' a matori<~~ das ve:re1, apmas o 
suporte emociorul e suficiente. 
O ri.~ de depressão põs.·~rto gr;we ou psicose é :m-
mmtado em mulhl.'fe5 com Joenç.u psrqurãulc.u preexi~­
tcntes. Os ri~cos fctais são rcl.tcionados ao uso das medica-
ções utiliz;~.du p.~r.t controle da doenço~ n\llema. Dl\'crscos 
I~ de doenças psrquiátnc.u Uo h~1Urios. F!UK>S de 
mulheres com t!$<)\IIZOfrenia ou distúrbjo bipolar t~m n.o;;:o 
.mmentadodedesfflvoh'Cf~'-SJS doenç:a.s.tOlongoda vkb. 
A prohabrhd3de de ~tio em filhc~ de mulheres com 
ckprl'5~0 tamb~m é aumentada.1~ 
No xonsdlummto pré-conccpcioNI, .1lém de! 41\'ah ... 
ç.áo cnh .. YI~ dos cbdos f.tm1l•a.res, o leumpanhamenro 
cm conjunto com o pSiqui~ura é fundamental. At"nçloes 
peocUI dc-.oe ser dJ.da aos rm'<i~mentos utilrudos ante' d~ 
programação da gr.J.vKiez.t,o 
DOENÇAS INFECCIOSAS 
Qualquer infecção que a !,'tStantC adqmr.J. durtnre a 
gestação pode comprometer o deo;:em-oh•imento fetal 011 
mcsmQ determinar .t morte do embrião oo feto. A prtYt'tl· 
ç.\oprim3rusef.rz.tm31gumassrtu.õ~Ç0a.pormeiodeimu­
nil.aç~ no período pré-concepcional (rubéola, hep:atltc B). 
Em outras .situ<~~ÇÔC:S, como na toxop4.smosc. 3 orllt':ntJÇão 
de medtd:as higiênw::o-dicttttO<~: que- pos..um mimm•T~r o 
risco de infecç.io agud.1 na ge~Jçâo é fundJmcnt.al par..t 
pre"<-enir a inf«çào materna na gravidc-L O r.rstrtJ.mento e 
tr.rt3mc:nto prn:occ <b sffih.s dur.ante :a gr3videz. permitem 
t:vitar as consequ~rx:i:J..; dessa doença para o feto. O uso d.a 
terapia :antirrctrovrr.:al cm geSf:antcs soropositin., p;~r:& o 
68 
virus da ununodchcibx:i.a hununa. (HIV) tem mostra.do 
resultados muito s.""ltlsfatórios n..t prevençlo da tro~n ~mlss..lo 
\'Crtical. Van mulheres ubidamente port..dons do HoJ'fS 
S:lt!ph: \'lnl$. o ;acon)C{h3n"ll.':nto pré<oncqx:iona.l deve ser 
feito vi ~Jndo c-sdarect-l.u sobre~ riscO" d~ trJ.nsmiss.ão
'~rti"C'o~l e os bcnd'Klos do puto por vi:a <~~bdomm:al. em 
c;~.so de l~s 3tiv:a~ na fase finotl dagest.Jçjo.' \t • 
l'.Jr:t aborrbgcm detalhada. de cada uma dcss.\S in-
fecções, o leitor dc\'l.'ri se n-portar aos c.t.pítulos .SI - A 
lnfecçlo pelo HIV c 52 - Infecções Pcnnatah.. 
DoEN ÇAS Tm.eo rDIA N.As 
1\o CõlSO do h'J>C'Tttrcoklrsmo, 3 ~t.lÇao é contrain-
drcada ~exiSte .1 rn:cr-ss1dJdt: do \150 de i<,do raJioativo; 
e o tempo ídeal p>lraliberar a gra\•Kkt ~pós o término do 
tr<~~t<~~mcnto com aodo ud)oõltl\'0 C de, pdo mcl'IO$, S('IS me-
~c~. O pro,~i lt iouracll den• ser a mcdicaçlo de e~ol h:& t·m 
mulheres que destpm engravidu 
Mulhen.--s com hrpcrtireoid rsmo d~mpcn..:.cfo <tpt'C-
scnt3m mais rism <I e infertilidade, abortament~ t: fetos 
comrnJ!formaçõc.~.1 4 '' 
Ü UTRAS SITUAÇÕBS CL{NICAS 
Ih5ic..lnW!nte, toda mulher em klade rcpcodutiV.l com 
doença crOora ou :aguda ~'t n:ccberoric'ntaçõe$ prC"CIS3S 
!>Obre a ex.sténcia ou não de risco de- gravrdcz c a~ alt~rnati· 
v.ts, 1oe e~Cistcntes, FX''a J redução dos ri~ por.endai,'$. 
A ~ mattrna ~. atu.Jlmentc, considerada im-
portante fil tordcrJsto para JllOitl.llias cOtl~'Cnitas. Mct:tnã-
lise recente demonstnm que filhO'i de mulheres obc.s.u tem 
rnai~ nSCO!'I de aprcsent.arc-m dc(ci~ d~ tubo neur.tl (OR 
1,87, IC 95% 1,62-2,15), e<pi"h.' blfod, (OR 2,24. IC 95% 
1,86-2,691 anomalras C"3rdio\·J..5Cu.Lul.~ (OR 1,30; IC 9S1b 
1,12· 1,51), ' '"'"""" o:ptais (OR 1.20; IC 95% 1,09 1,31), 
ftn(b b bia! (OR 1123; IC 9596 [,03·1,47), f('ndJ bbio~l r pa· 
lottma (OR 1.10; IC: 9.)% 1.03·1.73), . .un.··~U anomtal (OR 
1,48; IC 95" 1.12·1,97), h,droc<falia (OR 1,68; !C 95% 
l,I9-2,J6) c anomalias&! re..iuçlo de membro:-; (Ott 1,34; 
IC9S~ 1_,03-1,73). .:--J~teeltudo, o riscodcgastrosquisr h:ri 
rruis b :tJJO no grupo de mulher« o~s quando comra-
r.tdo com mulheres com índke de lll.l.\Q corporal (L"--1C) 
..ron>rndodo(ORO,I7, IC 95900.10-0..10)'" A mS'-stloa-
NoçOH Prátlc;n dt Obsteuit.ia 
lónc.J. Mkquad:~ ~ exerth..,os rasKOS PilrJ. <lllng\r 11\ IC J.pto· 
pri.ldo antesd..J conctpçlo ~tào mdk:ado .. ( com oob.Jcti\-"0 
de preven ir a ocor ftOCI:t de defeitos congt!-mto.s assooados 
à t~sid.tdc matem.\, :tlêm de reduzir os ri~c:os materní>'. 
como dt!s~n'\.ul\•lmcnto de diJ.bcte~ t hipcrtl'ns.lo. 
O IMC pré-gcstac10nal também se- associa ao rio;cu de 
descrwoh••mroto de pré td:lmpsta. Em paciffite<o Ct'CU o 
l~iC de 25, o risco k>i ~ mau alto do que em p.Kil'tlll'S 
como 1~1Cde 20 (OR 1.81C9S% I.S·l,I).Jinu p.Kicnt('S 
com I~ IC de 30 e.!$ o ns<o fOt 3 (OR 3,0 IC 95"' 2 l·.l,S) 
e S (OR4,91C 95116 3.5·6,9) vezes m;ais eln·.~do. · ' 
A pen~b de pc~o entre gestações em pacientes que t•ve· 
ram pr~·edlmps•J. na primei rói b"stação diminuiu o mcn 
da padcntc de aprcsrntar Tt'!Currincia de pré-ccBmpsi:~nJ. 
t-;CStJ.ç.kl subsequente {OR 0,70; IC95% 1,0]-1,73).11 
~-1ulhcf\:"5 com h1st"ru. pri\·ia di.' hcmotr:msfu~ dn-em 
scrte.st .. ubsp.Ira:~lmmun•7.<~Ç.ioporm.."'U>dotestedeCoombs 
tnd•rctoe,sepmllz'o'O,corn:art.lln::açiodop.linddehcnlkw 
Mulhen::' em qu1m1otctJ.pia e/ou r.tdiotCr:lplJ dev~m 
t~r a gestação contr.llndKJ.<b. durante todo o tratamento. 
Aboente~ citoU:UI:i(;OS podem cau~ar d~truiçlo ou d~pleç,\o 
dos folículos O\"""Jrl~ nos_. pmmowndo amcnorrc1a tempor.\· 
ri.1. ou dcfinnh-"'3..» A expo\içjo do útl!ro J radiO(erapi:. pode 
ser prcjudicu.l dctermm:.ndo mais risco de abommento 
p.trto p:i-·tcrmo. b.111IO peso J.O n:lSCimcnto e :acrtll~mu 
plac.cntáno.11 Os ~tud.o.1 :atuais S%"'Cfem qut o ri~o de ter 
filhos rom anomJ;I1as: cons-.'nnu ou çrom~-.;õmacu n~o 
está ;aumentado entre mdn·ídu~ 'tObmetidos 3 tr.u.,uncnto 
oncológKo na inflncl.l.u Atenç.\Q e'Speci:~l dc-w ser dad~ 
à a,·aliaçio clínica de mulheres com históriJ. prcgrcssa de 
tr.~tamento oncológico, principalmenh> naquclaS$llbmeti 
das J r.ldkJterapi.J tor:kic-o~.c./ou uso de :mtraóclmas, pelo 
risco dedaoos cardbcoç.). mc-sm.a.n 
I OA DE MATERNA E PAT ER NA 
Dtsdc o estudo origi n :~l de PcnrOSl',i• qu~ <ltscreveu 
o ..:feito da idade matcrn ~ nJ. ocorr\!ncia da síndrome de 
Do1-1-·n. essa \',ui:h"tl tem ,;do rtronhcckla como fator do.: 
risco de .1nomalia~ con~nit.ls. 
O ponto de alf"tca p.~r11rdoqualsc cooskll'f.l. .1. idack 
malerN a\":lnçatb é hoJC dclimdo com 35 a~. E..~ grupo 
de mulhere.,ç .ipre<>cot.\ mco aumc'otado de ter fetos com 
ancnnalidadcscromossóm:a.,:,princ~?almcnteln.s.som•:~" 
(21, 18, U e trissomi:a X) e slndrome de Klinefdrcr (47, 
XXY). Es« fenôm<n<> l6pl"ado pel.t ai" pmb.>bohd.>de 
de ocorrk!ca.l de No dt,JUilflo de um deste$ cromosso-
rnos na dJVJs.lo mt1Ól1C.a.u 
;\ idade rmterna ,\YJnçada e t~mbént .usodad.l .. :tho 
risco de abortamentos c de ocorrênda d~ doenças crónlc:ts. 1 
O aconselhamento J1Té·concepc:ional deve induir .waliJ · 
çlo clínica critcrío.Q. com o objetT\'Q de Kkntificar qUJ.IqU<"t 
doen~ crónO. Alem di~so, .a mulher de\'C ser orirnt.lda c;n 
bre os riscos de ancmaJ,a .. conginit.u; e a~ prus•b•IKI..dt~ de 
di;agnó:<.:.ico pre-nJto:~~diSCutnlo no capitulo 10 - A'l'p«tm 
bi~c~ cL. ge-nética ('m Ob~t~trki3. 
A idade p.1tcma elev.1d:1 :ts:>acia-sc a :mmentado ris-
co de algun\Js doenç:1\ autossómicas dom inante~. como 
acondropbsia, ncurotibrom.ltose, s.indr(mlc de Marfan, 
C'tttreoutra~.~-•1 
D OENÇAS GENÉTICAS 
Os dcfL'Itos con~nt!O\ ,jo causas unportantes ele mnr· 
talid.ldc pennatal. Entre~ K'l>rcviventes, os déhcib h~m 
cspcclro b.m~ nle di vt!r~o. ~·x.igindo sempre atcn~·lo cspc· 
ci.lliz..lda. A prevenç:lo primJ.ri:l dos defeitos cong~nitos C 
C<.'rt.lmcnte a nu i\ dcsc,~<~da, po1s impede asu:1 ocontnda. 
Viru.s são u ahern:tll\'.lS para a Pfe\'ençio pnmiru de 
defeitos congêmtos.. como ;u .1borWda~ nas scssOca .1n· 
tt<riort"\ de~te c.lJ,ftulo. <ÀIIr.l' mtn\'\'1\ÇÔC".S lmport.Jn!C!:$ 
indm'fll a wp!cmcnt.lc:.'lo periconct.'f'Cional do ;iczdo ltll.co 
n.1 prewnç;io dos dd'c•tos de tubó nrur:~l c o controle ck•s 
nivei\ d~ fcnil.lbnlna cm m11l~res portadoras de fenike 
tonún.1, na preven(~o do n.:t:ut.lo mental. 
DEF EITOS DO TUDO NEURAL 
Os dd"citos de ftc.h.:ammto do tubo neural (DT:'IJ} 
incluem a anencef.tli:a, espmhól blfida (memngocrk e 
midomeningocele) e enccf.,Jocclc. Afct.lm 1 a 2% dos 
rcc~m-nascKlos e ~5o o wgundo defeito congénito m:1is 
prc\-"""Jicmc. Os J)TN, podem ocorrt'r cm associaçan com 
outras anomalias conb~llltas. fazendo parte ck slndro· 
mes ~IK:a~ Como defcitos isoladO$, W rcllóonados 
~ mu'bçioes.pcdfic..:a no~neda metilen~ctr.~-hidro(ol.l 
lo·reduta.\t". [m func:3Q dl"SO, O \1.50 periconcepciOI\.\1 ck 
ácido fóhco é c.1paz de pmmonr reduçlo sig.OifiC3II\'<l df" 
casos isolados. o~.;,'' 
6g 
~·fctan.ilisc cnvuh"l>:nekt 6.425 mulheres mostrou que 
o uso do ácido fólko pniconcrpaon;~~l rtdmm ;~~ mado."n 
cia de DTN (ltR 0,28: IC 95~ 0.1 3 0,.58).'\ Nlo houve 
Jumento d.1 modéncia 1-k abmurncntos, gmrick:t tttópi· 
c a ou nMimortos. A doo:c prt(onln.cU p:.ra mulheres !tem 
hhtória de Mlhos <lntcriorcs com 01 N é de 0.4 mg/dia c 
para-aqucla\com li\00 antcnorcom L>TN,;~~ d~ de.tcido 
fõiJCO é dc-t mg/d i~. Es'l-0\ suplcmcnt:.ç.io deve ser umoJu. 
1idJ pdo mcno5 um~ antes da conccpçi1o t mantid:. até, 
pelo menos, sns 'mun-a\ de gcnação.1-4..Z161' 
Como o número de sest~ÕC' não pl.lRCJJd.u nJ r<'ru 
laçlo ,b.'Cral super;~, c muíto,.u planC'jóld:as, tem \ido dcfend1 
do o uso periconcepciocul de .i<1dofóhco na doscdc0,4 .1 
0,8 m~/d i.:. par:~ todas as mulheres em idade (ért•Lu' 
T:mbora as cvid~ncias .:.tua is mdiqucm que .1 ingC!It.l 
~bundamc ck altmentos rrcos:em foiJtoconfira protcçJo 
contra u dcse~wolvmlCnto de d tverso\ t iPQS de d ncer 
(colom:'ta~ m-ama, cn·.ino, plncrea\, cérebro, pnlmlo e 
COfO uterinO), aJgun~ Ntud05 tênl Sus~rKfo que O COll· 
sumo e:ocessí .. , ~ .tcido fóiK:o •intl-tico po~sa ter- cfe1to 
par.ldQ'(:ll n:l promoção da tumorigencsc cm indivídu~ 
com foco de neoplasi;~., :1cekrculdo o
crt.scimento du I e· 
sOe~ pré m.1lignas.!t.N 
Estudos sobre a suf-lemenuclo do ácKio fólico em 
:1limmtos de consumo h.lbimal t~m mostrado resultados 
~usf'i.tórios. m.u C':'i~.t sup!cmcnt.l<,';io ainda não f.u p.~;rtc 
OOs progn.mas scJ\'emament.tis d.1. matori.l dos p;aisc~. Nd 
B~sil .a Resoluç:io n• 34<t. de 13 de dezembro de 2002. 
tornou obrigatória. a IOrtiticação das farinhou de tn~oo c 
milho com (erro c áddo fóhcoa parttrdc Junho de 2.004; c 
a Port.ari.1 n" l.i93 de J 1 de :agosto de 2009 instirum a Co-
miS\~o lnterin~titucion:J1 p.ara.lmp{el'lll!ntaço\o. AcomJU 
nh:unento e ~toniroramentó das Ações de fortific.lÇlode 
Farinhas de Trig1), de Milho e de !K'm Subprodutos. .w Es~:.~ 
polítka defortillcaclo de altmC'ntos com ácido fólico tem 
o objetl\() de prtvmir anemiôls carrnciai.( brm como pro· 
mov~r a pfe'\"CnÇloprimiria do.~ defeito.s de t\tbo neural. 
f..xistem estudos lll0$tr.&ndo que a suplcmcnução JX'rl· 
concepcional com polivit.uninicos pode rtdutirtamhful .l 
inCidénd.t de \ábk) ltporíno (n."C!uç<io dt 4~)i. f onfaJo. 
ceie (6096).12 .tl~m de m.tlformações c.lldiK.&S (-43~)!',.. ~ 
tt.'fl:\ls (85%)." 13ssesdados. no entanto. nccwibmdecon· 
6rm~ç~ cm c.o.tudos de maior porte. 
F5NI LCBT0NÚRl A 
A femlcetonúr~a t: docnç.J autos'iÓmica n.:c~'liva <'. 
portJnto,o risco de ti\hosafetados pelad()('llÇ:l, oosc.tsos 
dcrnulhen.""' com r .. "'t\cctonúri:l, n.\o é il lllll~ntado, a nlo 
5«.'1' que o p;arcciro .sqa portador- do gene da (cnikétonú 
ria éntret:tnto. níwi~ ck-vados de fcmbbmnal\0 s.tngtu!' 
mJtcmo ;:Ur.l't't'SS<Im a pbcL'ntó\, ak<lnç.lm os tcc1do.~ fe-
t.ti<: e podem determinar d.mos gr.l\1$ O tccklo ncur.tl 
~ p:uticul;arn"M:ntc vulncr.ivd .lOS niveu de- fcmbbniOJ_ 
Ü COntrole ~rkoi'ICC\"Ciun.t/ do~ O(\'tÍS de fentla\anin-a 
matemo. por meio de dieta. rt."<l tl1 significati\'.lmcntc as 
t.U.ls de Joomalias fetais (mkroccf.11ia. rcurJo rnenl.tl, 
C<lttliopal13~) .... 
VACINAÇÃO 
Idealmente, .ts \',tdnl.~ devem ,\C1' admini.str:uh~ :an· 
tcs d :\ c:om:epç.10, maximb-.. ;uulo os bt-ncfkio..\ mlltcrnos 
efcta is.: 
Na J.\"al!acio pr~·conccpc:ional,c.lt!,'C ser 3~"'3.h;ado oc.:tr 
00 de \'lanJ<: da mulher, Jlu3liza!ldn VJC1nas contra. }l~X 
exemplo. infloe•l1:A, tétano. ur.lmpo, vartceb e caxumbJ c. 
nos c:~sos de No imumuçio pr~10. contra l11~patitc B. ru· 
hiol.t, $lt:~mpo. \õltkcla c au:um~. 
i\ v~cma contr.a pneumococos est.i mdte.llla p.tm mu-
lheres comdocnç.u pulmonan.., cardk:lp.ui;asc ntfropallas 
crónic.l-.. tfiabctes, cspici'X'ctomia c imunossupreult'. 
N.:~ d(j>Crx:U!nCI.t do amhk'nte J c tr.1balho ou moradta. 
\';l.Cin;t contra hep:ttite A c rneningococu t.Jmhém di'\'\.T.õÍ 
S(>1' pnnriuda no ~ríorlo i:l'!'t-concepciona\. 
A ncinJ contr.& hep.ttite A t"Sl~ 1.1mbém indtC':Id.l em 
mulhl.'ft'S com dQ(!nç:a~ hcmatdógios, doença~ hlrátic.u 
crómc:Js c usu~riJ.~ de droga5 ilia t.u. 
e impOrtante lembrar que \õiÓr\::115 com \'Íruo; ''1\'0 :'1\e· 
nu ado devem ser administr.l<bs com intérvah mim mo Je 
quatro SL'nunas ante., d.l cOL'ICt'pçiO. devW Jo risco t&i 
codc ksão fctal pelo \' ÍfU\ \'IVO. 
O Quadro 5.1 resume :1s prlncip.li" cv~ncias sobre o 
aamsclh.:~mento pré·concc.·pcion.ll. 
Qu:~dro 5.1 1 Ewdt-nc~~\obrco:aconsclhamC"ntopn! concqxional 
S! 1<1p ~ ile~ •ado :raJ de 
~>"orerca~ao 
Todas as Pacientes I Suplemcntaç&operioonce~l can 0.4 a 0.8mg de ácido IOiico;+-;-
Ve~uz o riSco de defettos de fechamento de ttilo neural 
Intervalo de 18 a 24 meses entro partos reduz a incidência de parto 8 
pré-termo 
1abagistas - - - - - -f-Progn:lrnas para parar de fumar redurem a inc~oda de parto pré-termo 
Perdadepcsod minui oriscodepré-oclárl'lpsia NB ObeS<lS 
H1st01'ia do foto anteriOf com defeito 
de lachemcnto de tubo neural 
Diabéticas 
Suplcmontoç&o p•nconc•pc;onal com. 4 rrg do ác;do IOI;co red. uz o A 
fiSCO do recon~ncia de defe1tos do fechamento de tubo neural 
O bom controle ghcêmtco pré-gestaoonal prev~re a ocorrência de B 
maHormoçOOs 
REFElWNCIAS 
I F~l MC. Ml'» MK. Curt•~ ~1. "ll:t hiSIOC')'Ci ri'«X.'~~Cf'P" 
hon C~R'- o·oh-il"'g guiddmc~ 4nJ ~II(H.btJJ M~tt~n (."..,,LJ 
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Junns p:cgu~•ICY ci tloe EllfOJltlft Sot:ldy ofCuddogy. EJC· 
~·' «Jns..!l\.iu~ dow1mnt on m..~nJgl.'mL'I'I I of cardiO'o"tscub r 
Ji~H~\~tl~prtgJU!'I.:)' l:uiLl't'JIL ~.IrtJ. l003;24 : 7ti l -8 1 
H Pe:ri M. P!'(){r'l:lncy md Rhoeum.1tlc Oise~ ~- Rh.::u m lJ!!. 
Chn i\orrhA m, 199i;ll: l 218 
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ct.-nftt fu.n.::itG J Nlfl C.fto.Y11n.~ \lm~'- UlO~l(W)M 8 
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cltwochundrons Nu!rRa •2009;67:20612. 
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m.-1hyl.at1Qil )1\\f'l>'t cc>lon CJrdnogt>oeSi$. J lnhtut ,\1rt,Jb 
Dh.20l0Jun l t ,IErub~htaJolprmcj 
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de2009 Ot.pon.~cmhn-p-J/www!!ó~Udt_pw.MA<t~ 
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'"'ct'f1"'1UI multr.-.bmt:t~<~nà eh;: OCCUt:-ct"'l«'ol~ 
tnln"l heart dd"tcet: ~!il!'ts frcm 1 f'C'I'Illt~wd,u~· 
-("Ct1trolst1Jdy P~l!1ttb 1996;9!l911-7. 
3Z. (k.no U), Mulina~J. I:rid:so!l JD O.:currtll(t of eornph,lo-
ctle m fl"'bfiCorl tO m~tcnul muki~·ht~in t:~ : ,1 pojlulJtx>n· 
-b.lstoJ~~udy. Ptdutrb200l.JO'J,91J.1 s. 
33. &tto LU, ~~~~ ~l t!'13rtJ. l;r~boaJD. Occurrffi.:~ofoon.gt:"tltl] 
IK..Jnd.fKt~ln rt!UWnt:on;~:tmitlmu~:rrr.uminc~ A~J 
f.r.d.,"nlkkl2000:1~1 !m-IH 
.H Bottni,O,Khcüry,\\J,Mdtnuej,Etxlc5mJO 1\o:IC('o"ICtp 
I:OCII.I multl'l'tt.lm .n uw andthcoccut:C1CC' o( COOOirun<:.ll 
Mut dcftett tl'lluh1 ~~~ a P"f'-.•htio:1-bJ.-..ed. cuc-<:etTf('l 
srudy.P.:du uln l99f.;9tl:911-7. 
l)_ IJ DK, D~lmgJR. MLidb 11:\ Hd<:~'< DE.. !'Jntci AG \V.:t~~ 
1\'~ - ~tlCOr)l.~ptt(•rul mul!ivbrnin us~ in rflat.onto tilc rlsk of 
c~~nttal~,;ww)· •r,xtanoln.lh~J. Ep!Lkm~.J995,6:2 1 2 S. 
36. R.o..'-!B,AzmC.KochR.~-bulonR.HlnkyW,Jc!a<.:nttF,tt 
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