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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA MANAUS/AM
JOÃO CULTO, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF nº, e RG nº, sem endereço eletrônico, com domicílio e residência na Rua, nº, Bairro, CEP, cidade, estado, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, por meio do seu advogado que esta subscreve devidamente inscrito na OAB nº, com escritório profissional constante no rodapé da presente, onde deverá receber as intimações correspondentes, com base no artigo 319 do Código de Processo Civil e artigo 247 do Código Civil de 2002, propor:
AÇÃO DE REPARAÇÃO POR PERDAS E DANOS 
Em face de JOSE ARTISTA, nacionalidade, artista plástico, estado civil, inscrito no CPF nº, e RG nº, sem endereço eletrônico, com domicílio e residência na Rua, nº, Bairro, CEP, Manaus/AM, pelos motivos de fato e direto a seguir exposados.
I - DOS FATOS
JOSE ARTISTA (Réu), realizou contrato de pintar pessoalmente 2 (duas) telas com motivos alusivos à nova casa campestre adquirida por JOÁO CULTO (Autor). Pelo trabalho o Réu receberia a quantia de R$ 130,000,00 (cento e trinta mil reais), dos quais R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil) lhes foram adiantados, com um prazo de entrega de seis meses. Passado o prazo o Réu entregou as telas ao Autor, ocorre que, as telas deveriam ter sido feitas pelo Réu, mas foram feitas pelo seu discípulo MANOEL MIGUÉ. Por conta disso, o Autor negou-se a recebê-las.
Diante deste fato, restou nitidamente configurado que o Réu agiu de má-fé, pois foi clara a determinação de quem deveria ter pintado as telas.
Em face dos acontecimentos acima relatados, vem o Autor, através da presente ação, buscar o devido ressarcimento e a indenização por perdas e danos, ocasionadas em virtude de má-fé provocado pelo Réu.
II - DO DIREITO
Decorrente de uma obrigação personalíssima (infungível), o Réu em virtude de suas qualidades pessoais, poderia cumprir com a obrigação a que se comprometeu a cumprir, não podendo ser substituído.
II. 1. DA OBRIGAÇÃO DE FAZER INTUITU PERSONAE
Foi avençado entre as partes que as pinturas deveriam ser exclusivamente feitas pelo Réu, caracterizando, desta forma, uma obrigação intuitu personae, também conhecida como personalíssima que é aquela cujo adimplemento não pode ser realizado por outra pessoa, senão o devedor, em razão das características especiais do contratado.
Assim, devido à natureza da obrigação, apenas o Réu poderia fazê-la, porém, não foi o que aconteceu, pois as telas foram pintadas pelo discípulo do Réu. Ora, Excelência, é consabido que o instituto da obrigação personalíssima não admite que terceiro a cumpra no lugar daquele que estava incumbido de cumprir a obrigação, uma vez que sendo a obrigação cumprida por outro que não o famoso artista com características únicas, o resultado será diferente daquele esperado. 
Diante disso, latente que o Réu agiu com má-fé, tendo em vista que este sabia que mais ninguém, além dele, deveria pintar as telas.
Desta forma, o réu desincumbiu-se de cumprir com a sua obrigação imposta no contrato, no momento em que transferiu para terceiro o trabalho de pintar as telas objeto do acordo celebrado entre as partes desvirtuando o caráter personalíssimo da contratação. 
II. 2. DAS PERDAS E DANOS
Devido à obrigação não ter sido cumprida como combinado, o Autor possui direito a reparação por perdas e danos, uma vez que conforme narrado anteriormente, o Demandante adiantou pelos serviços do Demandado a quantia de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais), Destarte, restou demonstrado e comprovado as perdas e danos sofridas pelo Autor, de modo que merece a indenização correspondente a ser paga pelo Réu nos termos do que dispõe o artigo 247 do Código Civil, in verbis:
Art. 247 cc – Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Ademais, o artigo 248 do mesmo diploma legal preceitua que:
Art. 248 cc – Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
No sentido dos artigos mencionados acima, leciona Pablo Stolze Gagliano:
”Somente o devedor indicado no título da obrigação pode satisfaze - lá. Pois se trata das chamadas obrigações personalíssimas (intuitu per Sonae), cujo adimplemento não poderá ser realizado por outra pessoa, há não ser o contratado, devido suas qualidades especiais”
Diante disso, por se tratar de obrigação de fazer personalíssima, ou seja, obrigação infungível, é essencial a presença do devedor e como não foi realizado pelo Réu, cabe a este indenizar o Autor pelas perdas e danos, além de restituir o valor de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais) que lhe foi adiantado pelo serviço que não prestou.
II. 2. DOS DANOS MORAIS
No caso em questão inconteste é o dano moral sofrido pelo Autor, que após ter pagado e esperado por meses para receber as pinturas que ansiava não as recebeu conforme havia sido estabelecido no contrato, frustrando, assim, todas as suas expectativas para um momento que seria inesquecível em sua vida, além do que o Réu tinha conhecimento da importância que as obras tinham para o Autor, porém não cumpriu com sua parte no acordo, agindo de manifesta má fé quando atribui a outra pessoa a realização das pinturas, acarretando com sua conduta severo dano moral ao Autor.
Com efeito, moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive, estando amparada constitucionalmente pelo artigo 5º, V, da Constituição Federal/88, veja-se:
Artigo 5º - (...)
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.
Além disso, devemos destacar ainda os artigos 186 e 927 do Código Civil de 2002 que assim estabelecem:
Artigo 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Artigo 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
O dano moral, como sabido, deriva de uma dor íntima, uma comoção interna, um constrangimento gerado naquele que o sofreu e que repercutiria de igual forma, em uma outra pessoa nas mesmas circunstâncias. Desta feita, restou devidamente demonstrado e comprovado o dano moral sofrido pelo Autor, de modo que prudente a condenação do Réu ao pagamento de indenização a titulo de danos morais em favor do réu no valor de R$..,.
Portanto, requer o Autor a condenação do Réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$...,
III - DO PEDIDO
Ante os fatos expostos, requer o Autor:
a) Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma prevista no artigo 334 do CPC/2015;
b) A citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo de lei, sob pena de preclusão, revelia e confissão;
c) Que o pedido seja julgado PROCEDENTE, com a conseqüente condenação do Réu ao pagamento de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais), além de perdas e danos causados, acrescido de juros e correção monetária;
d) Como também, condenar o Demandado por danos morais, com uma indenização justa e razoável, no valor de R$....,, acrescidos de juros e correção monetária a partir da decisão;
e) A condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais, honorários advocatícios e sucumbências. 
Requer provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, tais como documentais, testemunhais e periciais.
Atribui-se a causa o valor de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais), com fundamento no artigo 291 CPC/2015.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Cidade/ Data
OAB
Nº

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