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PLACENTA PRÉVIA
 É uma forma de prenhez heterotópica (quando a nidação do blastocisto não ocorre no corpo uterino) e se define como a implantação da placenta no segmento inferior do útero, após 28 semanas de gravidez, cobrindo, total ou parcialmente, o orifício interno do colo uterino. É uma implantação no útero, mas nao no local normal (fundo uterino). Tem incidencia de 0,5 a 1% de todas as gestações. 
Etiopatogenia= A pobre decidualização do útero, possivelmente relacionada a alterações atróficas ou inflamatórias do endométrio, tem vascularização pobre com implantação heterotópica do blastocisto e placenta, ou seja, o leito de implantação não está pronto! Pode ter hipóxia relativa. 
Fatores de risco:
- Multiparidade (em cada local de inserção placentária tem fibrose, forma uma cicatriz)
- Idade materna avançada (vasculopatias)
- cicatrizes uterinas prévias
- abortamentos provocados (raspagem, infecção, cicatriz)
- tabagismo (vasoconstricção)
- grande volume placentário (gemelaridade, hidropsia placentária)
Apresentações clínicas:
Placenta Prévia Central Total= todo orifício interno do colo uterino é recoberto pela placenta. É a mais grave das 3. Fica entre o bebê e o colo.Resolução é feita sempre por via alta!
Placenta Prévia Parcial= apenas parte do orifício interno do colo uterino fica recoberto pela placenta. Resolução sempre por via alta.
Placenta Prévia Marginal = o bordo placentário tangencia a borda do orifício interno, sem contuddo ultrapassá-la, não chega a obstruir o orifício. Você pode somente acompanhar a gestação e fazer parto vaginal. 
Quadro Clínico:
**- sangramento vermelho vivo, retilante da 2ª metade da gestação;
- sem queixas dolorosas;
- surgimento agudo e sempre exteriorizada (sempre exterioriza o sangramento);
- sem sinais premonitórios;
- sangramento sem repercussões hemodinâmicas e da coagulação.
Diagnóstico:
Clínico= deve sempre ser suspeitado quando temos sangramento uterino na segunda metade da gestação. Deve constar de Exame Físico Geral (cuidado especial para o estado hemodinâmico da paciente) e Exame Especular, para confirmação de sangramento de origem uterina da paciente. O toque vaginal nao pode ser feito pelo intenso sangramento que ele pode causar.
Laboratorial:
- USG  método de eleição nos casos suspeitos de placenta prévia. Temos que ter cuidado com o fenômeno da migração placentária, que transforma placentas diagnosticadas como prévias, nos 2 primeiros trimestres da gestação, em placentas normalmente inseridas, no 3º trimestre, logo o exame deve ser feito com > 28 semanas. Além disso, deve se evitar a USG Transvaginal, pois pode precipitar uma hemorragia. 
- RNM
Diagnóstico Diferencial:
 Deve ser feito com patologias que cursam com sangramento uterino no 2º trimestre, como o Descolamento Prematuro da Placenta normalmente inserida (principal diagnóstico Diferencial), rotura uterina, lesões do canal de parto e de vasos do cordão umbilical. 
Conduta Pré-natal:
- Hospitalização (necessária na maioria das vezes)
- Série vermelha seriada e monitorização da vitalidade fetal
- Realizar corticoterapia antinatal
- Tocólise (pode ser útil para reduzir a atividade uterina, reduzindo novos riscos de episódios de sangramento)
- EVITAR TOQUE VAGINAL
Conduta no Parto:
Varia segundo a localização placentária, a condição materna e a saúde fetal.
Placenta Prévia total= CESARIANA ANTES DO TRABALHO DE PARTO
Placenta prévia marginal e/ou feto morto= Amniotomia e tentativa de parto com vigilância da hemorragia, podendo optar por parto vaginal.
Complicações:
- placenta prévia cesárea (ocorre quando você abre o útero e logo vê a placenta na frente);
- hipotonia uterina (a concentração de progesterona será maior em baixo, alterando a contração uterina);
- acretização placentária (penetração excessiva da descidua na musculatura uterina, pq a espessura em baixo é menor);
- choque hipovolêmico;
- risco de histerectomia;
- risco de vida.
É uma gestação de alto risco, tem que ser tratada com muita atenção, pela melhor equipe e em um hospital equipado para isto.

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