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POLICITEMIA E HIPERVISCOSIDADE

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RESUMO: Bruna Souza – 2010.2 - ∞
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POLICITEMIA E HIPERVISCOSIDADE 
P2 – Pediatria III
O ambiente intrauterino relativamente hipóxico requer do feto um substancial aumento da massa eritrocitária. A elevação do hematócrito se dá pelo aumento do número de células vermelhas, pela redução do volume plasmático ou pela combinação desses dois mecanismos. 
No período neonatal, o hematócrito é significamente maior do que em crianças de mais idade, possivelmente pelo aumento da massa de eritrócitos. Em alguns RN, essa elevação do hematócrito é exagerada e resulta em policitemia com manifestações clínicas relacionadas à hiperviscosidade.
( Policitemia neonatal: definida pelo hematócrito venoso acima de 65% (hemoglobina maior que 22g/dL), porém, no período neonatal, dependerá da idade do RN (horas e dias), do local da coleta (dignóstico confirmado pela amostra de sangue venoso e não capilar) e da técnica de análise (medida direta da hemoglobina e volume celular médio ou microcentrifugação –>maiores valores).
*** Amostras de sangue capilar apresentam medidas de hematócrito maiores do que amostras de sangue venoso.
- Proteínas plasmáticas, plaquetas e fatores endoteliais são elementos determinantes da viscosidade intravascular (a que realmente é responsável por toda a sintomatologia). Este é diretamente proporcional ao hematócrito, e a hiperviscosidade sanguínea pode ocorrer em uma variação normal do hematócrito neonatal (entre 60 e 65%).
◘ Causas:
- Principais fatores são a transfusão placentária e as situações de hipóxia crônica intrauterina (crescimento intrauterino retardado e o diabetes materno).
◘ FISIOPATOLOGIA:
◘ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
- A incidência varia de 0,4% a 12%, sendo maior em RN pequenos e grandes para a idade gestacional (PIG e GIG), sobretudo em filhos de mães diabéticas e asfixiados.
- Do total de RN com policitemia, apenas 0,4% a 0,6% é sintomático ou apresenta complicações da hiperviscosidade.
- As manifestações clinicas mais frequentes são as relacionadas ao SNC, as metabólicas, as cardiovasculares e as gastrintestinais.
Obs: A policitemia/hiperviscosidade é uma das causas mais importantes de enterocolite necrosante, embora essa relação também possa ser atribuída à utilização de cateter umbilical para a realização de exsanguinotransfusão parcial, que pode resultar em alteração do fluxo mesentérico.
( Diagnóstico Laboratorial:
Histopatológico – insuficiência placentária.
Diferença de mais de 4g/dL Hb entre gêmeos: transfusão gêmeo-gêmeo.
Hematócrito venoso maior do que 65%.
Hiperviscosidade.
Trombocitopenia.
Reticulocitose e normoblastemia.
Hipoglicemia e hipocalcemia.
EEG e ECG normais.
Raios X de tórax (aumento da vascularização; derrame pleural; hiperaeração; infiltração alveolar; cardiomegalia).
Eritrócitos maternos no sangue fetal (método da aglutinação parcial).
◘ TRATAMENTO:
- Além das medidas gerais, como correção dos distúrbios metabólicos e da hipoxemia, o tratamento específico consiste na exsanguinotransfusão parcial com o objetivo de reduzir o hematócrito para 50% a 55%.
- O volume (V) em mL a ser trocado (derivados comerciais do plasma e da albumina) é calculado pela seguinte fórmula:
V = Volemia X (hematócrito observado – hematócrito desejado)
 ________________________________________________________________________
 Hematócrito observado
- Após a realização da EST parcial há melhora ou reversão das manifestações clínicas e das anormalidades fisiológicas da policitemia/hiperviscosidade, com aumento da perfusão capilar do fluxo sanguineo cerebral e normalização da função cardíaca. Entretanto, não há evidências de que esse procedimento altere a freqüência de sequelas neurológicas a longo prazo – diplegia espástica, hemiparesias e atraso no desenvolvimento cognitivo.
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