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Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 1 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Angiodisplasias Heloisa Galvão do Amaral Campos José Hermílio Curado INTRODUÇÃO Os hemangiomas e linfangiomas são anomalias vasculares que podem ser reunidas no grupo das angiodisplasias. São lesões que apresentam como elemento comum a célula do endotélio vascular. A maioria das angiodisplasias são pequenas manchas de nascimento e não inspiram cuidados, algumas podem regredir ao longo dos primeiros anos de vida. Porém, a involução das lesões vasculares ocorre durante a infância, em um grupo específico, os hemangiomas com proliferação de células do endotélio vascular. As lesões vasculares que não apresentam proliferação celular são consideradas malformações do tecido vascular, cujas células endoteliais apresentam ciclo celular normal. Podem ser divididas em malformações capilares, venosas, arteriais e linfáticas; a associação de um ou mais destes elementos não é incomum. A nomenclatura encontrada na literatura é variada. A classificação que adotamos define as anomalias vasculares mais freqüentes, permitindo um diagnóstico correto e uma orientação terapêutica específica para cada tipo de lesão.1 Classificação A classificação adotada considera aspectos clínicos, histológicos e de evolução para definir as angiodisplasias mais freqüentes:1 1. Hemangioma Hemangioma Plano Superficial Profundo Hemangioma Tumoral Fragiforme Tuberoso Cavernoso Linfangioma 2. Síndromes Hemangiomatosas Estudos da cinética celular das células endoteliais demonstraram que as lesões vasculares podem ser divididas em dois grupos distintos:2 a) lesões que apresentam proliferação celular e; b) lesões que não Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 2 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro apresentam proliferação celular. Os hemangiomas fragiformes e tuberosos são lesões que apresentam proliferação de células do endotélio vascular. Os hemangiomas planos, cavernosos e os linfangiomas são malformações formadas por tecido vascular maduro com ciclo celular normal. O aumento de volume apresentado pelas malformações é decorrente do processo de dilatação progressiva dos vasos, determinada ou acentuada por alteração local de fluxo que pode ser desencadeada por trauma ou por variação hormonal. HEMANGIOMAS Hemangioma plano Na literatura médica internacional é denominado Port Wine Stain. Os hemangiomas planos são malformações do tecido vascular e representam um aumento da rede vascular da área comprometida, principalmente dos capilares da derme. Não há proliferação celular, os vasos que infiltram a derme são maduros e as células endoteliais apresentam ciclo celular normal. Clinicamente são manchas vermelhas ou cor de vinho localizadas na pele, bem delimitadas e com contornos irregulares, presentes desde o nascimento. Situam-se em qualquer localização na superfície corpórea e podem estender para as mucosas. Os hemangiomas planos superficiais são claros, cor de salmão (figura). Os planos profundos são mais escuros, arroxeados (figuras 2). Figura 1a - Hemangioma plano superficial. Figura 1b - Hemangioma plano superficial. Figura 2a - Hemangioma plano profundo, visível desde o nascimento. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 3 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 2b - Hemangioma plano profundo, a mesma paciente na adolecência. Epidemiologia. Hemangiomas planos incidem em 0,3 a 0,6% das crianças. Ocorre no sexo masculino e feminino com igual freqüência. As lesões estão localizadas 80% no segmento cefálico, 8% em tronco e períneo e 16% em membros; o hemangioma plano pode ser extenso e comprometer várias regiões do corpo. Evolução. Estão presentes desde o nascimento e, durante a infância, as manchas são planas (Figuras 2). A partir da segunda década de vida tornam-se progressivamente mais escuras e podem apresentar nodulações na superfície e hipertrofia das estruturas comprometidas principalmente nas áreas apendiculares da face como pálpebra, nariz, lábio e pavilhão auricular (Figuras 3). A hipertrofia progressiva é resultante da dilatação dos capilares que infiltram a derme. Quando o hemangioma plano localiza-se na cavidade oral pode ocorrer hipertrofia de gengiva. Pode haver comprometimento ósseo de maxilar e mandíbula. Figura 3 - Hemangioma plano que durante a segunda década de vida apresenta hipertrofia de lábio inferior. O diagnóstico do hemangioma plano é clínico. Tratamento Laser: O tratamento mais indicado para os hemangiomas planos é a fotocoagulação seletiva dos capilares que infiltram a derme; feito através do raio laser3 (Figura 4). A especificidade necessária para um tratamento efetivo sem seqüelas só é obtida por aparelhos que apresentam raios com o mesmo comprimento de onda da oxi-hemoglobina, porém com um pulso curto o suficiente para evitar danos para as estruturas adjacentes. O Flash Lamp-Pumped Pulsed Dye Laser (Candela Corporation) emite raios com comprimento de onda que varia entre 585nm a 600nm. Este comprimento de onda é absorvido pela oxi- hemoglobina e também pela melanina da derme, produzindo calor, mas a curta duração do pulso, de 360 a 450 ms, limita a transferência do calor para áreas adjacentes fotocoagulando seletivamente os vasos. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 4 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 4a - Hemangioma plano, antes do tratamento. Figura 4b - Hemangioma plano, após aplicação do "flashlamp-pumped pulsed dye laser". O tratamento não deixa seqüelas mesmo quando realizado nos primeiros meses de vida; nessa faixa etária a sedação da criança, às vezes é necessária. A aplicação do laser com anestesia local é bem tolerada pelas crianças maiores. Nos aparelhos mais modernos existe acoplado ao laser um jato de nitrogênio líquido que promove analgesia local. O início precoce do tratamento pode evitar o processo de ectasia progressiva. Cirurgia: A cirurgia reparadora está indicada para correção de deformidade de pálpebras, nariz, lábio e da face decorrente da dilatação progressiva dos capilares. As nodulações que surgem a partir da segunda década de vida devem ser removidas. Hemangiomas Tumorais Os tumores vasculares que apresentam volume são os fragiformes e os tuberosos, ambos com proliferação de células endoteliais, e os cavernosos, caracterizados por tecido venoso malformado, dilatado. Hemangiomas Fragiformes e Tuberosos Também denominados como hemangioma capilar, juvenil ou strawberry. São tumores vasculares que apresentam proliferação de células endoteliais mediada por fatores estimuladores de angiogênese (Figura 5). Figura 5 - Hemangiomas proliferativos: massas de células do endotélio vascular. Epidemiologia. Representam 70% dos tumores vasculares da infância; a incidência é maior nas meninas, com uma taxa de 3:1. Os primeiros sinais da lesão são detectados no primeiro mês de vida em 90% dos casos. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003Página 5 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Apresentam a seguinte distribuição: 73% no segmento cefálico, 23% em tronco, 8% em membro superior, 5% em membro inferior e 6% em períneo. O hemangioma visceral pode ocorrer 1%, geralmente associado a lesões cutâneas. Os hemangiomas fragiformes e tuberosos são maiores que 5 cm de diâmetro em 33% dos casos. Os ferimentos ocorrem em um terço dos casos. Podem apresentar componente superficial e profundo, avançando da pele para o subcutâneo e raramente para estruturas mais profundas. Evolução. Os hemangiomas fragiforme ou tuberoso se desenvolvem após o nascimento; raramente são congênitos. Ao nascimento, em dois terços dos casos observa-se um sinal que pode ser uma pequena mancha vermelha, uma “veia” superficial na pele ou até uma área mais clara. No final do primeiro mês 90% das lesões já surgiram e encontram-se em fase de crescimento muito rápido como tumores cor de vinho distendendo a pele que se torna brilhante e frágil. Nesta fase de grande celularidade o hemangioma pode ter consistência firme. A extensão da lesão já está definida ao final do 3 mês. Até os 6 – 7 meses ocorre aumento progressivo do volume em ritmo mais lento. Há uma fase de crescimento proporcional ao da criança dos 7 aos 12 meses. No segundo ano de vida inicia a fase lenta de involução que irá se completar em torno dos 7- 10 anos. Hemangioma fragiforme São pequenas lesões que se originam a partir de um broto angiogênico. Apresentam tendência circular e raramente ultrapassam os 5 cm de diâmetro. Podem ser únicos ou múltiplos (figura 6). Figura 6 - Hemangiomas fragiformes na face. Hemangioma tuberoso São lesões que se originam de vários brotos angiogênicos, caracterizando tumores com limites irregulares; podem atingir grandes extensões e causar destruição (figura 7). Figura 7 - Hemangioma tuberoso extenso em membro superior. A maioria dos hemangiomas fragiformes e tuberosos são pequenas lesões que não Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 6 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro necessitam de intervenção na sua evolução natural, a regressão espontânea ocorre naturalmente sem comprometimento estético permanente significativo4 (figuras 8 a 9). Figura 8a - Hemangioma fragiforme em ponta nasal, lesão exuberante ao compoletar um ano de idade. Figura 8b - Hemangioma fragiforme em ponta nasal, após involução espontânea. Figura 9a - Hemangioma tuberoso na face, presença da lesão com tonalidade brilhante. Figura 9b – Hemangioma tuberoso na face, aspecto rendilhado da involução espontânea, liberando progressivamente a pele normal. Cerca de 15% destes tumores apresentam situações clínicas alarmantes que exigem intervenção terapêutica. Os fatores que determinam a necessidade de intervenção são: a) lesões extensas e deformantes; b) obstrução de vias aéreas ou digestivas; Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 7 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro c) obstrução parcial ou total de visão; d) comprometimento do débito cardíaco; e) ferimentos de difícil cicatrização; f) plaquetopenia. Os ferimentos são a maior causa de intervenção no primeiro ano de vida. São mais freqüentes nos hemangiomas extensos em lábios, nas dobras da região cervical e no períneo. Ocorrem espontaneamente e atingem a superfície vinhosa e infiltrada da epiderme. Os ferimentos podem ser refratários ao tratamento tópico e quando atingem vasos de maior calibre na derme pode haver sangramento. Deixam seqüelas definitivas (Figura 10). Figura 10a - Hemangioma tuberoso em região geniana, surge a mancha nos primeiros dias de vida. Figura 10b - Hemangioma tuberoso em região geniana, crescimento rápido do tumor. Figura 10c - Hemangioma tuberoso em região geniana, ferimentos de dificíl tratamento. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 8 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 10d - Hemangioma tuberoso em região geniana, seqüelas cicatriciais que persistem após involução. A situação de emergência já se manifesta em torno dos 3 a 6 meses de idade, fase de maior índice de proliferação celular. As opções terapêuticas para intervenção imediata são: a) corticoterapia; b) interferon-alfa. Corticóide: O tratamento dos hemangiomas de crescimento rápido com corticóide sistêmico foi estabelecido desde 1976 para conter os hemangiomas em fase de proliferação.5 A resposta ao tratamento é efetiva em 30-50% dos casos mas pode ocorrer efeito rebote com a retomada do ritmo de crescimento após a interrupção da terapia. O tempo de tratamento deve ser curto apenas para conter temporariamente o crescimento e acelerar a cicatrização dos ferimentos, impedir obstruções de visão ou respiração, ou seja, contornar de forma temporária a complicação que o hemangioma pode causar (figuras 11 a 13). Figura 11a - Hemangioma tuberoso em raiz da coxa, presença de ferimentos. Figura 11b - Hemangioma tuberoso em raiz da coxa, cicatrização após corticoterapia. Figura 12a - Hemangioma tuberoso extenso em pálpebra superior, com grande volume e obstrução do campo visual. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 9 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 12b - Hemangioma tuberoso extenso em pálpebra superior, a mesma criança após um mês de corticoterapia sistêmica, com diminuição do volume e liberação da visão. Figura 13a - Hemangioma tuberoso extenso em face, grande volume e obstrução do campo visual. Figura 13b - Hemangioma tuberoso extenso em face, recebeu corticoterapia sistêmica; aspecto tardio da mesma criança em pré-operatório para correção de seqüelas. Durante o tratamento o paciente deve ser monitorizado quanto aos efeitos colaterais associados a alterações no equilíbrio hidreletrolítico, alterações de crescimento e alterações imunológicas. Interferon-alfa: A ação do interferon-alfa em um paciente com hemangiomatose pulmonar foi relatada por White et al em 1982.6 Desde então vários relatos confirmam a ação efetiva do interferon para conter hemangiomas em proliferação, mesmo nos casos em que a corticoterapia não foi efetiva (figuras 14 a 16).7 Figura 14a - Hemangioma tuberoso comprometendo pálpebra superior, antes do tratamento. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 10 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 14b - Hemangioma tuberoso comprometenco pálpebra superior, a mesma criança, após três meses de tratamento com interferon-alfa e grande melhora do volume da lesão. Figura 15a - Hemangioma tuberoso em região de parótida, lesão volumosa antes do tratamento. Figura 15b - Hemangioma tuberoso em região de parótida, após seis meses de tratamento com interferon-alfa. Figura 16a - Hemangioma tuberoso extensoem face, com ferimentos, antes do tratamento. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 11 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 16b - Hemangioma tuberoso extenso em face, com ferimentos, após tratamento com antibióticos, cuidados locais e interferon-alfa. Os pacientes recebem doses subcutâneas diárias de 3 milhões de unidades por metro quadrado de superfície corpórea; o tempo de tratamento pode variar de meses até 1 ou 2 anos de acordo com as circunstâncias específicas de cada caso. A freqüência da administração da droga e a dose devem ser reavaliadas com exames para controle de toxicidade. As alterações tóxicas causadas pelo tratamento com interferon costumam ser transitórias e revertem, se detectadas precocemente, com interrupção da administração. Os efeitos colaterais observados na prática clínica são neutropenia e aumento das transaminases séricas e a monitorização clínica e laboratorial é necessária durante todo o tratamento. Há relatos recentes na literatura sobre toxicidade para sistema nervoso central. Portanto, a avaliação neurológica antes do início do tratamento e o acompanhamento durante o tratamento é fundamental para a detecção precoce de qualquer sinal ou sintoma. Cirurgia: A cirurgia precoce pode ser indicada desde que não promova cicatrizes e deformidades permanentes (figuras 17 a 19). Figura 17a - Hemangioma fragiforme em região frontal, antes da cirurgia. Figura 17b - Hemangioma fragiforme em região frontal, mesma criança, após ressecção de toda a lesão. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 12 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 18a - Hemangioma tuberoso em nariz, antes da cirurgia. Figura 18b - Hemangioma tuberoso em nariz, a mesma criança, após ressecções parceladas. Figura 19a - Hemangioma fragiforme em região geniana, antes da cirurgia. Figura 19b - Hemangioma fragiforme em região geniana, mesma criança, após ressecção de toda a lesão. O papel fundamental da cirurgia no tratamento dos hemangiomas ocorre após involução parcial ou total da lesão e correção das seqüelas. Os hemangiomas com proliferação celular sofrem involução e neste processo as células endoteliais desaparecem e são substituídas por tecido fibrogorduroso exuberante. O comprometimento estético com resquício fibrogorduroso é maior nas regiões apendiculares como pálpebras, nariz e lábios. Em regiões aonde os ferimentos foram profundos ocorrem seqüelas cicatriciais e hipotróficas. A correção das seqüelas exige cirurgia plástica reparadora para harmonizar e diminuir os danos. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 13 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Embolização: Pode ser indicada principalmente para proporcionar condições de ressecabilidade em situações extremas e controlar o sangramento intra -operatório. Hemangioma Cavernoso Os hemangiomas cavernosos são malformações do tecido vascular. Estão presentes desde o nascimento mas nem sempre são detectados clinicamente porque podem estar incipientes. Comprometem qualquer órgão do organismo e o aumento de volume é decorrente do processo de ectasia progressiva. Não há proliferação celular, os vasos que constituem as lesões são maduros e as células endoteliais apresentam ciclo celular normal. A visualização do hemangioma cavernosos é possível nas lesões superficiais que comprometem pele e subcutâneo (figuras 20 e 21). Quando localizados em estruturas mais profundas nem sempre é possível estabelecer o diagnóstico clínico (figuras 22 e 23). Os hemangiomas cavernosos podem ser localizados, formados por novelos de tecido vascular dilatado, ou difusos, comprometendo extensões variadas, acompanhando e afetando a rede vascular normal. Figura 20 – Hemangioma cavernoso comprometendo principalmente lábios e cavidade oral. Figura 21 - Hemangioma cavernoso em dorso comprometendo também estruturas mais profundas. Figura 22a - Hemangioma cavernoso região temporal: a) tumor palpável; b) esclarecimento diagnóstico através da cintilografia com hemácias marcadas. Figura 22b - Hemangioma cavernoso região temporal, esclarecimento diagnóstico através da cintilografia com hemácias marcadas. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 14 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 23a - Hemangioma cavernoso região geniana, notar aumento de volume local. Figura 23b – Hemangioma cavernoso região geniana, esclarecimento diagnóstico através da cintilografia com hemácias marcadas, com concentração do marcador na área afetada. Epidemiologia. A incidência é discretamente aumentada no sexo masculino em 1,4:1. O hemangioma cavernoso é visível ao nascimento em 60% dos casos. A localização das lesões é no segmento cefálico em 70%, no tronco e períneo em 17% e membros em 27% dos casos. Evolução. O hemangioma cavernoso apresenta crescimento proporcional ao da criança, mas pode ser abrupto relacionado com trauma ou alterações hormonais. Nunca regridem espontaneamente (figura 24). Figura 24a - Hemangioma cavernoso em face, comprometendo região geniana, lesões ainda incipientes, a) na adolescência: evolução lenta com aumento progressivo de volume. Figura 24b - Hemangioma cavernoso em face, comprometendo região geniana, na adolescência: evolução lenta com aumento progressivo de volume. Diagnóstico. O diagnóstico do hemangioma cavernoso é clínico nas lesões superficiais localizadas em pele e subcutâneo. A lesão é amolecida e cede a pressão digital por tratar- Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 15 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro se de grandes lagos venosos, contidos por vasos de parede muito delgada e a palpação de flebólitos é freqüente. Nos casos de comprometimento mais profundo os exames de imagem são necessários para esclarecimento diagnóstico. A radiografia pode mostrar calcificações e comprometimento ósseo. A cintilografia com hemácias marcadas pode determinar a origem vascular de lesões maiores que 2 cm de diâmetro8 (figuras 22 a 23). A ultra-sonografia com doppler é um exame não invasivo, pode determinar o caráter vascular de um tumor, permitindo a verificação do seu componente arterial. A tomografia computadorizada define limites e extensão da lesão. A ressonância nuclear magnética pode definir a relação do hemangioma com os órgãos adjacentes. A arteriografia pode diagnosticar o componente arterial das lesões e permite a abordagem terapêutica com embolização. A cateterização super-seletiva dos ramos arteriais que participam da malformação para embolização é um procedimento invasivo que exige grande habilidade técnica. A angiorressonância fornece excelentes imagens para a maioria dos casos. Tratamento. O início precoce do tratamento é indicado e evita a piora progressiva. Escleroterapia: A punção percutânea dos lagos venosos e das ectasias para injeção de substâncias esclerosantes é indicada paraos hemangiomas cavernosos com componente venoso predominante (figura 25). As lesões mais extensas podem exigir mais de uma aplicação e neste caso é recomendado um intervalo de 3 a 6 meses entre as aplicações para diminuição da fibrose local. O extravasamento para o tecido adjacente é indesejado por causar necrose local e seqüelas posteriores. Figura 25a - Hemangioma cavernoso em lábio inferior, notar presença de ectasias. Figura 25b - Hemangioma cavernoso em lábio inferior, após tratamento com escleroterapia. Embolização: Nos casos com componente arterial evidente a escleroterapia não deve ser indicada porque o alto fluxo local não permite a permanência e ação da substância esclerosante; a embolização tem sua indicação Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 16 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro definida através da arteriografia. Atualmente optamos preferencialmente pela arteriografia e embolização como procedimento pré- operatório para diminuir o risco de sangramento intra-operatório e permitir maiores ressecções mais completas. Cirurgia: A cirurgia está indicada para os casos de hemangiomas cavernosos localizados, que permitem a remoção de toda a malformação (Figura 26). Para programação da cirurgia é necessário conhecer a extensão total da lesão e as condições do sistema venoso profundo. A remoção de pequenas lesões superficiais distais são seguidas de recidiva quando o sistema venoso profundo está comprometido e incompetente. A abordagem terapêutica combinada com escleroterapia ou embolização e posterior cirurgia é uma opção que permite atingir um melhor aspecto estético. Figura 26a - Hemangioma cavernoso em pálpebra superior. Figura 26b - Hemangioma cavernoso em pálpebra superior, após cirurgia com remoção total da lesão. Linfangiomas Os linfangiomas são malformações do tecido linfático. Podem se manifestar como vegetações vesiculares em pele e mucosas, como grandes cistos (higroma cístico) ou como uma associação entre as duas formas (Figuras 27 e 28). Podem ser localizados ou difusos. Não há proliferação celular, os tecidos que constituem a lesão são maduros e as células apresentam ciclo celular normal. Ocorre dilatação dos vasos linfáticos que podem se manifestar após traumas ou processos infecciosos agudos. As grandes lesões císticas, os higromas, em geral já são visíveis ao nascimento. Outras lesões podem aparecer durante os primeiros anos de vida associadas a um fator desencadeante. A evolução é proporcional ao crescimento mas não se observa um caráter progressi vo como nas ectasias venosas. Ao contrário, pode ocorrer involução após punções de alívio ou infeções recorrentes. A localização das lesões foi 58% no segmento cefálico, 17% em tronco e 26% em membros. Figura 27 - Linfangioma superficial em face interna da coxa e joelho. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 17 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 28 - Higroma cístico em região cervical direita e parede anterior do tórax. Há relatos de involução de linfangiomas geralmente associados a infeções recorrentes, porém a regra é da persistência do linfangioma ao longo da vida com períodos de acalmia e diminuição temporária do volume total e episódios de piora. O diagnóstico dos linfangiomas superficiais com infiltração da pele e mucosa por vesículas translúcidas é clínico. Nas lesões mais profundas podemos contar com os exames de imagem como ultra-sonografia com doppler, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética para detectar o componente cístico e de baixo fluxo que caracteriza o linfangioma. No tratamento, a cirurgia é indicada sempre que as lesões sejam ressecáveis e que não promovam mutilações ou seqüelas; o tratamento clássico para os linfangiomas é a remoção cirúrgica da malformação quando a localização permite o procedimento. As ressecções deformantes devem ser evitadas por tratar-se de uma lesão benigna. Devemos lembrar que a ressecção extensa de tecido linfático pode promover a dificuldade de fluxo linfático. Neste caso pode haver estase linfática distal a ressecção, com desenvolvimento de novas ectasias. Os linfangiomas localizados em membros e axila, quando removidos cirurgicamente, por dificuldade de encontrar novas rotas de retorno linfático estão mais sujeitos a evoluir desta forma desfavorável no pós-operatório, principalmente nas formas mais difusas. Nas lesões extensas que envolvem áreas complexas da face preferimos a abordagem mais tardia. Muitas vezes o crescimento do linfangioma não acompanha o ritmo do crescimento da criança e podemos indicar a cirurgia posteriormente para a remoção de uma lesão mais localizada. Na criança maior podemos individualizar melhor e preservar os vasos e nervos envolvidos pelo linfangioma e evitar seqüelas. Os surtos de linfangite são detectados clinicamente pelo aumento abrupto do linfangioma com sinais flogísticos sobre a lesão e febre, deve ser contornado com a antibioticoterapia sistêmica. Quando os surtos são freqüentes indicamos antibioticoterapia profilática com a penicilina benzatina. Tratamentos alternativos. O uso de outras substâncias como a bleomicina e o interferon tem sido relatados mas são resultados contraditórios. A melhora referida pelo uso sistêmico de interferon pode ser interpretada como a ação desta droga sobre a porção venosa de lesão e sobre o componente de edema do processo inflamatório que pode estar associado ao linfangioma. O interferon não tem ação sobre as ectasias venosas ou linfáticas. Os estudos mais promissores para tratamento alternativo referem-se a injeção de OK-432, cuja ação local é de desobstrução dos vasos da malformação, promovendo a retomada do fluxo local com conseqüente desaparecimento dos cistos, que nada mais são do que vasos linfáticos obliterados, dilatados. SÍNDROMES ASSOCIADAS As síndromes dismórficas são associadas freqüentemente com as malformações Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 18 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro vasculares, ou seja, aos hemangiomas planos e cavernosos e aos linfangiomas. Os hemangiomas com proliferação endotelial, fragiforme ou tuberoso, foram recentemente associados a malformações do sistema nervoso central, particularmente malformações de fossa posterior, caracterizando a Síndrome de PHACE - posterior fossa malforma tions, hemangiomas, arterial anomalias, coarctation of the aorta and cardiac defects, and eye anomalies . Defeitos de linha média em abdômen e tórax, coarctação de aorta, malformações sacras e geniturinárias também têm sido citadas como associados aos hemangiomas proliferativos. Os hemangiomas planos podem estar presentes como sentinelas na pele que recobre meningocele e espinha bífida. A Síndrome de Kasabach-Merritt é a ocorrência de hemangioma proliferativo extenso determinando uma coagulopatia de consumo. Neste caso não há outras malformações congênitas associadas. Os hemangiomas planos, cavernosos e os linfangiomas podem fazer parte de uma ou mais das seguintes síndromes: Klippel - Trenaunay, PHACE, Proteus, Sturge-Weber. Síndrome de Kasabach-Merritt Foi descrita em 1940 como uma associação entre “hemangioma capilar” e trombocitopenia.9São hemangiomas tuberosos extensos que evoluem rapidamente no primeiro ano de vida (figura 29). Surgem equimoses e petéquias no corpo determinadas pela coagulopatia de consumo. A trombocitopenia está associada ao aprisionamento das plaquetas no interior da malformação. A instalação do quadro pode ocorrer durante o processo de crescimento do hemangioma ou mais tardiamente associada a contusão da lesão. O diagnóstico é clínico e laboratorial, com número de plaquetas em torno de 10.000. O tratamento deve ser instituído imediatamente com as seguintes opções: corticoterapia em altas doses ou interferon- alfa, associados ou não à embolização. Figura 29 – Síndrome de Kasabach-Merritt: hemangioma tuberoso extenso em membro inferior, associado a plaquetopenia. Síndrome de Klippel-Trenaunay A Síndrome de Klippel-Trenaunay é a associação de hemangioma plano, ectasias venosas e hipertrofia da área comprometida. 10 Acometem principalmente membros, e em geral, uma única extremidade é afetada (figura 30). Os surtos de celulite e trombose venosa são freqüentes. O uso de meia ou faixa elástica está indicado como paliativo para minimizar os sintomas. O sistema venoso profundo dos pacientes portadores desta síndrome devem ser investigados sistematicamente. Existem relatos de agenesia de vasos profundos. Devem ser acompanhados clinicamente para a detecção e tratamento de intercorrências tais como trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 19 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 30 – Síndrome de Klippel-Trenaunay no membro inferior esquerdo. Síndrome de Phace Foi descrita em 1990 como uma sigla para resumir as seguintes alterações, de acordo com a publicação: posterior fossa malformations, hemangiomas, arterial anomalias, coarctation of the aorta and cardiac defects, and eye anomalies. É uma associação entre hemangioma proliferativo extenso de face com as seguintes malformações: em fossa posterior tipo “Dandy-Walker”, anomalias arteriais, coarctação de aorta, defeitos cardíacos e malformações oculares (figura 31). São hemangiomas tuberosos extensos; geralmente afetam as pálpebras. Figura 31 – Síndrome de Pache. Síndrome de Proteus A Síndrome de Proteus é a associação entre hemangioma plano, linfangioma e comprometimento nervoso tipo neurofibromatose. Geralmente são grandes massas localizadas em parede torácica com associação de malformação venosa e linfática (figura 32). A pele que recobre a lesão apresenta mancha vinhosa que corresponde ao hemangioma plano. A alteração de tecido nervoso se manifesta como grandes cordões nervosos, hipertrofiados na intimidade da lesão que se estende para a extremidade, causando gigantismo de pés, mãos ou dedos. O tratamento envolve ressecção parcial ou total da massas de parede do tórax, cujo crescimento é progressivo. O gigantismo de mãos, pés ou dedos pode exigir tratamento cirúrgico com amputações parciais para permitir o movimento das extremidades. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 20 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro Figura 32 – Síndrome de Proteus. Síndrome de Sturge-Weber A Síndrome de Sturge-Weber é a associação de malformações neuro-oculares com hemangioma plano região do nervo trigêmeo (figura 33-a). As manifestações neurológicas decorrem de malformação vascular em leptomeninge e coróide, com ou sem calcificações (figura 33-b). Podem ocorrer convulsões e retardo mental. As manifestações oculares são: malformações vasculares de conjuntiva, episclera, coróide e retina associados ou não ao glaucoma. As crianças que apresentam hemangioma plano na área do nervo trigêmeo devem ser avaliadas periodicamente pelo neurologista e oftalmologista. Figura 33a - Síndrome de Sturge-Weber: hemangioma plano em área do nervo trigêmio. Figura 33b - Calcificações em sistema nervoso central, na Síndrome de Sturge-Weber. Angiodisplasias Heloísa Campos 16/05/2003 Página 21 de 21 Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em : URL: http://www.lava.med.br/livro CONSIDERAÇÕES FINAIS A maioria das angiodisplasias são pequenas manchas de nascimento e não inspiram cuidados, algumas podem regredir ao longo dos primeiros anos de vida. Outras podem necessitar cuidados especiais por sua evolução e/ou localização, requerendo estudo detalhado para ser planejamento quando possível. REFERÊNCIAS 1. Curado JH. Tratamento dos hemangiomas e linfangiomas. In: Mélega JM, Zanini AS, Psillakis JM, editores. Cirurgia Plástica: reparadora e estética. 2a. ed., São Paulo: MEDSI; 1992. p. 177. 2. Mulliken J B, Glowacki J. Hemangiomas and vascular malformations in infants and children: A classification based on endothelial characteristics. Plast Reconstr Surg 1982;69(3):412-22. 3. Mulliken J B e Geronemus RG. Treatment of periorbital port-wine stains with the flashlamp- pumped pulsed dye laser. Arch Ophthalmol 1992;110(6):793-7. 4. Lister WA: Natural history of strawberry nevi. Lancet 1938;1:1429-34. 5. Edgerton MT. The treatment of hemangiomas: with special reference to the role of steroid therapy. Ann Surg 1976;183(5):517-32. 6. White CW, Sondheimer HM, Crouch EC, et al. Treatment of pulmonary hemangiomatosis with recombinant interferon alfa-2a. N Engl J Med 1989; 320(18):1197-200. 7. Ezekowitz RAB, Mulliken JB e Folkman J. Interferon alfa-2a therapy for life-threatening hemangiomas of infancy. N Engl J Med 1992; 326(22):1456-63. 8. Barton DJ, Miller JH, Allwright SJ et al. Distinguishing soft-tissue hemangiomas from vascular malformations using technetium-labeled red blood cell scintigraphy. Plast Reconstr Surg 1992; 89(1):46-52. 9. Kasabach HH, Merritt KK. Capillary hemangioma with extensive purpura: report of a case. Am J Dis Child 1940;59:1063-70. 10. Klippel M, Trenaunay P. Du noevus variqueux ostéohypertrophique. Arch Gen Med 1900;185:641-72. Versão prévia publicada: Nenhuma Conflito de interesse: Nenhum declarado. Fontes de fomento: Nenhuma declarada. Data da última modificação: 13 de outubro de 2000. Como citar este capítulo: Campos HGA, Curado JH. Angiodisplasias. In: Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em:URL: http://www.lava.med.br/livro Sobre os autores: Heloisa Galvão do Amaral Campos Cirurgiã Pediátrica, Titular do Departamento de Cirurgia Reparadora, Hospital do Câncer, São Paulo, Brasil. José Hermílio Curado Cirurgião Plástico, Diretor do Departamento de Cirurgia Reparadora, Hospital do Câncer, São Paulo, Brasil. Endereço para correspondência: Heloisa Galvão do Amaral Campos URL: http://www.hemangioma.com.br Correio eletrônico: heloisacampos@hemangioma.com.br Rua Pintassilgo 59, Apt 31B 04514-030 São Paulo, SP. Fone: (+11) 884 3099
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