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cap 10 Aspectos básicos da genética em Obstetrícia

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10 
Importância das Anomal ias Congênitas 
Etiologia das Anomalias Congênitas 
Doenças Genét icas 
Cl~5itico~çlo das Docnçu Genética~ 
Aconselhamento Pré-concepcional 
D~nc;a Autossõmica Dominante na F.unília 
Consanguinidade 
Doença Reccss.ivil Ligada ao X na Famíli.l d:t Mulher 
Retardo Mental em Parente Próximo 
Idade Materna EIC\•ada 
l,erdasCest01donais 
filho Anterior com Anomalias M\\ltiplas 
Filho com Defeito de Fe<hamcnto do Tubo Neural 
Filho com Cudiopatia Congénita 
Mulheres com Diabete:5 Mt::it:u 
Mulhcrct em uso de Substâncias Tcratog~níc;~~ 
Idade P.1tcrna E.levada 
Anomalias Cong~nitaJ em Parentn l">róximos 
Portadores de Gene$ Mutantes pua Oocnçu 
Autossómicas RKe~ivas 
A ~nétla hoje~:i pn~tecm todlsaJ e;.:peciab-dades mé<L~ sendo n~ria para a boa com pret'flS."to c atualilaçlo nas mesmas. A Obstctrkia 
é uma da~ especlrtlidade-s medic.u com ma i' intcrf.1cc com a 
gMéua .. LKbndo com a vida, o obstctr.l é te..~ttmunh.l. dos 
pmcrnos gcnftl~ na reproduç.i.o hum.uu. O obo«~ ne-
Aspectos Básicos da 
Genética em Obstetrícia 
M.ucos Jos.é Burle de Aguiar 
Regina Amélia I;Qpcs Pessoa de Aguiar 
Testes de Triagem 
Medida da Translucfnc:ia Nuc.d 
Avallaç3o Ultr.1ssonogr.Hica do Osso Na.s.al 
Dopplervclodmetria do Dueto Venoso 
Testeç Dioqufmkos em Sam Matem o 
Diagnóst ico Pré-natal 
E~tudos UltrauonDgrifico§ 
Estudos Cromossómicos 
Estudos de DNA 
Fi.sh, Citogenrtla Molecular c CGH Ârnl)J 
.. :.\tudosB1oqulmicos 
Técnicas de Coleta de Células Fetais 
para o Diagnóstico Pré-natal 
Coleta de VUo Coriotl 
Amnioccntesc 
Cnrdoccntt•.o.e 
O Heredograma como Medicina Personalizada 
Cb~ta infonn.u·k e .uwla.u-~ com dio.-t:ll05 ~.:x da 
gcnétia par.1 a sua pnitia oxJdi.U\l. 
Ter filho .. tx'rfeltos é o dc~jo de todo c.1.sal que dc~_ia 
procriar. An \e prc-p;1rarp;m uma gtJ.videz ou ~ovfo,.·c,lCiJ.· 
b de formot nlo f'lancjada, ~ c.1sa1s busc.1m conkcer os 
mcM-ck filhos com ;arom.tliascong!nit.u.A pn!\'tonç.aod:: 
tochs a:> anomalia~ {ongí>nitas é i mpo~~ívd. 1\'o entJ.nt(), 
o csludo d<' cada c:..s;ll cm puticubrpcrmite t ranquilit..'lr 
muitos deb c identific.u inúmcras situ.,çóes de risco, aJU-
dando-os .1lidar com a gravidez de form.l mais ad cqu.lda 
IMPORTÂNCIA DAS 
ANOMALIAS CoNG~NITAS 
Aprox imadamen te 2 a 4% dos r<'cém-nascidos \'i -
vos apt'<'sent,U11 pelo menos uma anomalia con~nit,\ 
identificável .10 nascimento. Ao fim do primeiro ano 
de vida. esse número dobrJ . Entre as mortes pcrinat.lis, 
t!.s~a proporçio é. ainda ma is alta c cerca de 20% dessas 
morte'!õ .se devem a anom~ lias congênitas. Com o pro-
grl'SSO da;,. l~Cnicas de cuidados intensivo.,: permitind'' 
a solm.·,·iv~neia de m:tis: a lto númt.:ro de recérn-nascidos 
- morfologicamen te normais de b;lixo péSO, a proporção 
de anonl.llia.s. eong~nitas entre as mortes pcrinatais ten-
de~ a ;mment.u. 
Embora os avanços em tratamento se~1m reduzidos, a 
p revt!"Tlçiio, o diagnós tfco pre natal e o a comei ha mento se 
nético de u m número crescente de anom a lias sâo possíveis 
ent>cessário~ 
ETIOLOGIA DAS 
ANOMALIAS CoNG~NITAS 
t difíc il determi n ~r com precisão J S causa~ de Js ano-
maliascongt!n itas e pcrcentagem signiíicativada~me~ma.o; 
pcrmam:cl'rcm com L1io logia de$Conhecida. A.) C1USJ..'; 
gcrtéticas, isoladarlt~ntc ou em conjunto com fatores am-
bientais, cst;"~o cn-.uh·idas cm um terço dcss.ls .momalias. 
As anomalias congênitas podem ser cbssifi<.td.u ctiolo-
gicamente em dois gr.lndes grupos: ambientais e genética s. 
Os principais tàtores :tmbien tais que determ inil m ano 
mali al.C(Jnt,.~n ita~são: 
• Dawças ma/UrliH: diabetes mfllilrd insulino-d('-
pcndcntc, fcn ilcctonúria, distrofia miotônica. lúpus 
critcmatoso sist~mico. tumores sccrctorcs de an-
drog~níos; 
doen{(l$ !•tf'ecciNtt.• . .- sífilis, to~opla~mose. rubéola, ci· 
tontl'g.llovíru~, lti'rpê~. varirda, par\'OvÍrus; 
1rgwtr; ionizw;!r:s.· radiJÇào tcnp..-.utiea, ioclo radio-
,J.tivo; 
drt•g.·Js r nu·d.icmr:rr:to>: .i.lcool, c.ocaín.l, talidomid.l, 
mctotrex.1to, difenil-hidantoín.l, ácido valproico, 
.kido rctinoico c seus d"rh·.u~m, lít io, warftrin e 
sem deriva d os, in ibldorcs da EC,\ (enzi m~ con-
Yersora da :lngiotensina). c.nb.1.maz.cpina e mim-
pn•\tol; 
clgtr./C$am/tit da:$: mctilmcrcUrioe chumbo. 
Ai C<'lu:->..\s ambicnt<'lis das anomalias cong~n it;\s se-
rão ahord.1d.1s cm mais detalhes cm outros capíh1los 
desta obr.l . Neste c.lpitulo, abordaremos apcn .1s ~ ctio-
logiagcn&tica. 
DOENÇAS GENÉTICAS 
A informação $'-'nl!tiea das cl!lu!J.s humanas é trJ.ns-
mitida através do .kido dcsoxirribonucleico (D0JA}, cuj:t 
maior pute se loc:~liza no núdeo celular, so b forma com-
plexa. e o rest.mk·, de IÜrma mais simples, nas m irocón-
drias. Toclo DN.-\ m ito condri:tl de um indiví.luoe herd~ 
do do óvulo, gameta femin ino ( heranç.a citoplasmática). 
o D:.JA nudear e t ransm itido riO ind iv iduo pelil fu.sâo 
do s núcleo)> de u m óvulo e dt! um espemlatowide . .-\ ss irn, 
a partir dos g .unctas, haploides, tem-se o zigoto, diploide, 
que sofr.:'rJ inúmeras di\'isõcs c difcrct\Ciaçócs cdular\.-s, 
formando o individuo. 
De-nomina-se genoma hlllmno o contcl1do hap!oidc 
de DNl\ de um g.-1mcta humano. ~endo comrosto d e 22 
cmmo~S<Jm()-')::mi<J~~ôm icos,numerad,').o; de u m J 22,e um 
cr()mossomo .sexual, X nu Y. De~,_a tOrm.'! , o eneontm de 
um óvulo ~· u m t!~pt'rmatn:.-oidt.' produúr.i o :úgott>, com 
dua~ t:ópia~ genómicas C(xnpo.~t;l'>. no tütal, do: 46 cromm-
somos . "IOdas JS c.élubs nud~adas d~.,-ssc indivíduo tcrl o. 
aproximadamente, a mesma sequCnda d(• D::"-JA 
As mo!éçulas de D N A estão Or\;,"all izadas na !Üm1a d e 
uma dup!a helice, em q ue dua~ lit3s ... de Dl\A e~iio lipda5 
por ponte:-; de hidrogênio. Cada fita tl!m um eS<Juelet(J de 
rcslduos Jc Jcsoxirribosc unidos por lig.:tçõcs cov.:tlcntes 
fosfod i~steres . O gcnoma humano contém em torno Jc tr~s 
bilhócs de !_-.ases. Destas, somente 2%, aproximadamente. 
são c.x.pressas, est.mdo distri\:luid.u cm cerca de :mooo ge-
ne.5-A po~;çào ocup:lfb por um t.-ene em um cromo~~mno 
dcnomina-sei{l(.uJ. 
Noç~-s Pr~tica-s de Obstetrícia 
A m(onll.lÇlo gendic.a em detcrmuudo Irou dcno-
mln.Hcaldo. Para di,~geneo; existe uma ~l-"'ftstnt.;~ 
çJo predominante na maioria dos ltlChvfduos. dennmi-
JYd.il ;a )elo normal ou ·sch·.lgc'm·. As dem;aro: \'tt~lle.~ do 
gme d.n dt.onominad;tS alclO$ mut.\01('5, que d1ferem do 
ale/o norm:al por uma ou mais mut.u;Oes. Uma muta1,-:lo 
é um.1 m udança permanente na !equ ência dos. n uclc-
otfdoos ou no .manjo do ONA. Qlrando existem pdo 
menos dois alelos relativamentt: comuns z\a populaç,,o 
normal, diz.-sc que aquele I1Kus cxibé o 4uc se dcrlomina 
polimorfismo. 
Além do .1lelo normal e de>!> polin)()rfismos a~hcos co 
mun.., podem existir, nos lo.:i. um ou mais .a/elos \'~nJnt~ 
Algun\ dc.~scs alclos foram idennfiados. in1d.llmentc, 
por QUS.oU'~o."'ll do..."'lÇ.as gcnettca.s, enquanto outros n:'to 
t..!m Signitk:adopara.l sall<k. 
Üg<"nóupo de um individuo e o conJunto de ~dos que 
f'ofmam sua constituição, rokfi,·amente, cm todos os 'e"\ts 
loc1 oo, mais e~peOficamentc, cm dctcrmtn,l(io !«tiS. 
CLASSIFICAÇl\.0 DAS 
OOI! NÇAS GE NÉTICAS 
Embora outros padrões de hert~nça tcnh;un sido descri· 
tO$, C' scrlo apresentados ne$1e upftulo, rostunu-.se dass• 
fic..ar ~ .. dOt"nç~ .. senetica.~ cm monogb'IIC.lS (ou men.-klu 
n.u). muluf .. roriai§ {polib-"-'tniC3sou de hcrançJ.compleu) e 
As dom~s ~n.cas sào c..all$1das por um a leio 
(fonna alti.'1'nah\-a de um gene) mutante ou um p.tr de J.ldos 
mut.\nt:;os em um mesmo foo~S b"i'l:lK:o. (bs se sulxlt,·rdem 
cm dOC'flç,ls .mtossõmica.~ do min ;tnll'S, autoss6rnu:,\( re 
cessiv.\ s, domin;tnles ! ~adas ao cnm)()s~mo X c r~o.X"e<;..,.\-;~o; 
lig.\d;u ao cromos5<.1~ X 
As doença~ mu ltifa.toriais rcsult,un da inter.lçoio entre 
fatore~genêticos c d{'tcnninante<~ ambM.:ntais. Acrcd1tJ.-sc 
que os f:1te«s gçnêticos e nYOiv:Jm v:i do.\ ~'t.·nc$, dai o t)()llle 
pobgbuc.u. Alguns autore.<> preferem refem·M: :1 cssu do-
ença.scomo • docru;:u de htr.tnÇil complexo{. 
A$ doenç~s cromO!i."lâmica..; W c:tusad.u por alter.~ 
çóts no número ou estrutur:t dos cromossomosc-.a<tSim. ~ 
d1vide:m em anomalias cromossónucu numénca'! e ano-
mahu cromossõmicas l'Sfruturats. 
Mpectos B.h!tos d~ Gt!r1ét ica ~m Obstetrle!a 
DtllX\_o\S,-\l·fO("SCh!l(".J,\ Dti\U,.1..0,:Jl.\ 
Esse t1po de doenÇ'õl (: dctcrmirudo pc'l,l ~~nÇ2 do 
J.ldo mutante em hetemn~ oo SC,JJ..- cm dose 'inia. A, 
pnnnpais caracterht~e.u das docnç.a autouômk:<l .. domi-
nantes slo de-;cril<l~ fl(' Q.\.l:l.dro lO l. 
Qu:.dro 10.1 1 Prmc•r:~i, cou:l<:ll'rblic:.s da s .. loxnç.l.~ 
;~utossômicls dominantes 
Distribuição 'ffltticat ele ~ndiYIOOOs afetados no hmcr!ograma, 
com várias gerações acometida_• _ ___ _ 
Os iQ'jivlduos afetadas. oeralmo"lto, t@m um genttor com a 
doença 
Ambos os sexos s!o afetadas em proporções tguais 
Homens e roo'heres têm igual probabtltdadod&lrMsMtr a 
dcença a filhos de ambos.:..:c••..:c••:...••.:..:• _ __ _ 
Se um OOs pais é afetado.l'â risco de 50% pa~a cada Lm 
dos fi th_:.os ____ _ 
Familiares normais~ trensmitem a doonça ao:s filhos 
PropOI'ção significativa dos casos i!o!aclos se deve~ muta-
çõesncwas 
A Figura 10.1 mostra hcrcdogl'1mack dornça ~utossó-­
mtca donunantc-. 
Figura IO.l lllenxlogrlll\l.Jcdocoça :mtouCmicadar.intr.tt. 
Outr.lS C3rxti.'1'ÍSt1ClS das ckrrnç:as aut~mic:a..; do-
mJnamcs podem dtticuhar <'I ~u recunhecimroto: 
fxprtHn'Jdadr mnifl-rf- inu .. •nsKbdl'S c iorm.u dife-
rentes de exprc-ssao di me-" do fcnótipo; 
149 
rrnc:nlnria lnromr!dil: possibilidade d.l au.~nci.l de 
CXpt'\"SslO cHniC:.a da doenç.1 n.1 pn""S<'nç.l do ~-cnc; 
:mrns..<do grnJm~<a: ~lgun5 genes e:tpres~am·SC dtfc-· 
rc:ntcmentc: i.!m funçlo de terem sido hcrdJdos do 
p.ti0\t d:~m5L'i 
m~umno: coc.xls:t~ocia t:"m um mes.mo tndivkluo 
de ciful.:tScom gtflótipos diferentc.s; 
mt.;o ttJnlw: .llgum.1s doenças podem se man.k<l:ur 
tud.a.nc:ntc, como :.a corei.l de Hunr1nston: 
o:tr.!ffl1'~·;"do: tcndntcU de :.algum~ docnc:u a te rNm· 
festarcm m.ltS precna e gr.t\'t'meme ~m serAÇi~ sub-
.so..-...luent~s, como" di~ t rofi a miot6oica e ri n~ policl:.-ticos. 
~1ando um c.1sal s~dio tem um filho com docnç.1 au· 
tossômica dominante, é importante tdt:"ntificu seda é re· 
sult.mte de mutaçlo nova ou de nãopmctrinciJ.. Qy.mOO 
se trat.t de mutaç:.lo nov:t, :.a doenç.t nlo CIISte na f.1mílí:a 
e os gcmtort'S, dehmtn·.l.mente, n:i:o .1 .tpresent.l.m. !::la \'.li 
COO\('Ç.lr nJ. famfl•a com :.aqut.>lc.> caso. O n.sco de r«orrfn· 
ciJ ~ nlluto ba•xo p;1r.1 novos filhos do c.ls.11 e de .SO~ p.1r.1 
os fi lhos do :~ fetado. Qjl<'lndo se tr.lta de n5o pcnctr~nci ~ , 
a doença existe cm parentes próximos ou com cxprcss.to 
k '·e em um do~ membros do casal, com ri(CO de r.xor~n­
cia de .SO~ cm futur.&s gt.&\'.dC'tes. Isto pode CllSir cnme 
cuidadO{,() nio:~pcna$ do asai. m.l.\ t:ambém de rarentes 
prüximO:I. 
Um (a(Or dC' mco p.ara mut.&çõcs autossómic.t\ donu-
nJ.ntcs novas é a idade p.&tcrna clcvadJ.. 
A .Kondroplasia é e ~cmplo de doença au m~')6mka 
domina me, podendo M:r tr;m smitida de pai/ml~· p.1.r.l fi-
lho/filha. A m.&iori.l dos casos de acondropl3.$i:.l se deve a 
mutaçóe§ novu. 
Outn-. d1spl.uiu ÓSSC.lS com u quais os o~tetr:.a.s 
lidam, como :1 displas1a t.1natofóricot c acondrosrne:\t, 
t:~mbém $\o autos.sóm.c.1s dominantes. mas .s:e C.ll'liCtcri· 
zam por repreo;entJrcm.scmprc mut3ç00 n<»·u, pol$ slo 
k tais no perfodu pcrin.ltal. A5sim, o afetado nlo ter,\ a 
o~'Ortnnid~de de ~obrcv lwr c rcprodu1ir. 
L>l•r~~or.~ -' .-\(rrt)\~r, \ti<..A ~ Rrcrs~a',' -~ 
Esse upo de doença ocorre cm homoz.igotm:, pcsso.!.s 
com dois .tidos mutantes c nenhum norm.;aL poo nesse 
tipo de doença umacópl;.ldo a.lclooormal e-m hctcroz1~· 
se ê capaz de compms.u o a leio mutante e impedir que a 
doença ocorr"' Su.u princípai:;: car::~.ctctfsticas esUn t.~u­
das no Quadro 10.2. 
1.50 
Quadro 10.2 I Prtnc1p.ns nractl'rislic:.as da., doenn~ 
.lUtos.IIÕmx:urect:Ul~·.ls 
Geralmente 3 distribuiçi\0 da doença no heredograma ê 
horizontal. ou salta g~açõos. quando são fe1tos herodOgra· 
mas longos 
A OOença costuma ser vista em ifmâM do pacionte,I'MS 
não em seus pai$ ou outros parentes 
... Genllmente.ambososuxos sãoaletados,.e"'l ~roporçf!es çu~ 
Os pais dls afetedos. geralmente são sad1os Sllo heterozi· 
~tóriosechamados apartadores' 
~mais freqOente o consangOinklade entre os pa1s dos 
afetados, cspccia1mente em doenças mais raras 
Há risco de recorrência de 25% para crianças futuras dos 
pa~s de afetados 
Na F'Sllr:~l02.lprcsrora-seum hrredogram~ded()('fl· 
Exemplo dlniro de doenç:t autmWmica rcctSSIVO\ ru 
pr.itica ob-.tétrk.1 ~ ,, hipcrpb.si.l conglnita da supra r renal. 
Figuu 10 .2 1 Heredogranu de doenr;.1. .mto~iu fi.'(CSS.Ív~ 
()oj_,"(."-" Rfl'f\\1\ ,_,J_Il,".o\.1_1-\SAO ( R0 .\1()';..\n'f(),\" 
.A. m;üou.t d.u dOl'nç~' ligadas .to cromossoma X é 
rece:t.~iva. Suas pnncipai ~ c:.aracteri.sticas cst~ h~t:lci.n no 
Quadm IOJ. 
Ao lidar comc.1so~ esporádicos t \J. famili~, é precho dc-
lt'rminarse a mãe é pmtadorJ do ai elo muta nte, com riK'o 
de recorrmci3 de .SO~ cm futuros h!hos do sexo mascl'li 
no ou )e a mutaç-lo ocorreu no h lho (mut:açlo nov.t), com 
risco de rec~ncl:l pr.itlc.:nnente nulo em filhos fut\lros. 
l\lradetcnmnarsca mkCportl:dor.a,podemserut•llt.ad.:r.s 
informaç"" do her«<ogranu, tc.stcs btoqufmicos ou ani· 
lisesdeONA. 
Qu:adro 10.3 I Pt-iocip1is car.lCtMstius d:~.<~~ dornç.~, 
l'f'«'(\l\';J..S lig:~d.u :~.o X 
Afela pnnc1pa:mente homens 
lndivldam alelados são conectados no heredogama a1ra· 
VOS do m11theras não afetadas (heterozigotas portadoras) 
Pa o mae de afetados são gera'mente norl'ni:li.s A mJo é 
ccmumente portadora assintomátk:íl c pode ter irmãos 
afotados . 
Cinqllcnta p01 cento dos filhos de uma poltadora serüo 
afetados. 
CI'IQUenta por cento das filhas de trna pOrtadora serão 
também pmtadoras ____ ___ _ 
Nao há transfTlssão da doença de pai para 611lo (o p& passa 
para o seu filho o cromossoma Y e não o X). Cem por oonto 
das filhas de UTI afetado são portadoras 
Propcução signifcativa dos casos se deve a mutaç6es novas 
Outro ôl!tp~cto importante J. ser coruidcrndo em do 
cnças recessivas ligadas ao cromossomo X r. o procc!\\0 de 
lnativJçJ.o Jl•ssc cromossomo nas mulheres. Su;~. inati\'.l-
ç.\o po<k permitir a manifestJção da doença cm mulheres 
hctC'ro'l:lgot.u, se o ~;ene normal esti,•er no cromossoma X 
mat,,·Jdo, na maioria das células, e o gene mutante no cro-
monomo que escape da inati\'aç.n Outra conscqu~"" da 
uut'"~lo doCJt)I1XW(Jmo X nas mulherest que isto b·.a ~ 
mnu,cignoem rebçlo acs.sccroroos:somo (alguma<dlu 
las tbn o crom~scmo X normal t' outr.u com o grne mu-
t.lntc-~ o que d1minui a pcnctclncia d.a d0('1"1Ç2 na mulhn. 
QJ!ando se diagnostiCa doenca rece,;oliY.I hg.ada ;x, X 
cm uma mulher,dC'\""e·SC sempre lembrar da po!~hlltda­
de de. que ela tenha monossomia X (4.S,X; síndrome de 
Turner). 
A ~indmme de feminiz.1ç:io testicular ou de in sen~i 
bilid:idt' ao andi'Ob"'Cnio é exemplo de doenca recessiva 
líg.1da aoX. 
A f~gur.t 10.3 .lprcsenta heredog:rama com p.ldrlo de 
hcr.Ul\.1 recessh·.~o ligad.t~ox. 
Dllf ''<"~Dmr:.,·\~wTr~<l.rc;_.o,n_H ... u L'~H!(I."XI-\!0 .\ 
Existem poucu docnç.u dominanlt'S l•vd:~< :10 cnl-
moo.loOmO X. Suas princip:m C-.lT.lCtm'sllC:IS es1lo l,st:ld:as 
no Quadro 10.4·. 
O r.1qmtismo hJpofrufatêmico e exemplo de do...--nç..a 
domin:'lnte lig3dJ :10 X. 
AspectO$ B~sicos da Genética em Obstetrlcla 
Figura 10.3 I Heredograma de her.anç.t rece~siv.~.li).:Jda :10 X 
Quadro 10.4 I Principai~ a.ractnC~tlcu das do...--nçJ.S 
domirunt~ lig.xlas ~X 
Afetam maisfrefjjentcmente mulheres do que howens 
As mulheres cost umam apresentar a doença de forma mais 
leve que os homens (a mulher tem dois aootossomos X, 
enquanto o hom em tem apenas um). Além disso, par causa 
da inalivação do aomossomo X {ver acima) a ckleoça tem 
expressividade bastante variával em mulheres 
Mulher afetada terá soe!~. dcchenco de ter um ~ff"ID ou ~lha com 
adoer.ça. inde-perdentementedesexo 
Todos os fi:hos de um homem afetado serão sadios enquan· 
to todas as suas fillas se rio af,etadas 
l>Ot '<.:""' PO! I(; ~_NICA"~1l'LTIFATORI .\ t::, 
OL r>E HER \XÇ'-CoMPLtx:A 
A~ doenças pob~rucas ou muhd':nonm não :apresen-
tam <Lstribu~~,-"'lo r~gular no hcn:dogr.una, embora pos-
suam padrão de 2grt.'g"JÇ:,O fJmili:u. SJ.o dC(Otrt'ntcs da 
interação entre fator~s .lll\b~ent.tls e ~ntticos.;\credit.a-.se 
que o~ fator-e:-~ gtnéticos cm'0\\',\1\l vir[ os gen~ daí o JXlme 
puli ~nicas. Algmts autores t~m prdCrido referir-se a e\~il\ 
Jocnças como ·de h"rnnç.l compku·. Suas principais ca-
racteristkas estao listada, no Quadro I O .S. 
f'Jra o cila1lo do ri~ de r~nda de doenças mui· 
tifaroriais. ~r2lmeme ~ uuliu.m t:~bclasJc risco empírico. 
Esse"~ risco~ devem ~ mcxhí~C.idos k vando-sc cm coma o 
.wm do afeudo, o número de a(('(ados na familia c :1 gr.t· 
vxbde da chcnç.t no :tf'ttJdo. rode tambim ~ utili7.ada a 
chanuda ·.lpnmm.lÇ.k:l dr Edw.ards~segundo:a q\Lll o ris-
co de rerorn'ncu de UrN doenç;1 multif.:~tori:a.l em parentes 
di." primeiro grau do afet:ado é, :~.prmimad.tmentl.", iguall 
raiz quadrada da frequCnciJ d.lqucb docnçJ. na população. 
l51 
Os defeitos de f~hamento do tubo neural sjo exemplos 
ele doenças nmltifJtoriJis. 
~lad ro 10.5 I Prindpais caracteristic.a s das JocnçJs 
poligênic:as 
Resultam da interação entre múltiplos fatores, genéticos e 
ambientais 
Geralmente, o componente genético é dependente de 
~ári t:~s genes, cada um com efeito peQueno 
A combinação de fatores genéticos e ambientais determm . 
para cada individuo, um grau de susceptibihdade. Quando esse 
grau de susceptibilidade excede um certo limiar a doe~a se 
expressa 
Algumas doenças multifatoriais são mais freqUentes em um 
dos sexos 
O risco de reCQnência é ma'or para pa rentes de p!"imeiro grau e 
depende do número de individuas afetados na famíl ia, da gra-
vidade da doença e. em algumas doenças. do sexo do afetado 
DotN('ASCttU\10ssô,1tCAS 
As doença5 crQmossômic<~ s podem ser diYididas cm 
numérica~ c c~truturais . A diferendaç~lo entre as mesmas t 
de fundamental importând a no aconselhamento genético. 
nm rocA~ C.:roMo.>SO.\tJc.~~ NL:.~J t...:Jc~.~ 
Corno j.l visto, o número normal de cmmQsmmos na 
espé<:ie humana é de 46. As dOt>nÇa'i. crúrTKl~Sômicas numé· 
rX:as, tambem dr.nomin.ldas .anc-uploidil-~, S-ão determinadas 
por um número anômalo de c.romos.somos. Na maioria Ja'i. 
VCZl'S, existe- um cromossomo extra (trissomia) ou Jusente 
(monossomi.l). 
Gc-rJ.lmcntc, .l'i. triSl>omias não sJo f.tmiliarcs. Ocor-
rem por a(idcntc genético e o mecanismo erwo!vldo C a 
n3o disju nção de doi~ cromos somos homólogos dur.1nte .1 
meiose. O risco de ocorrCncia .mmcnt.l com a dcvaç;lo da 
idadc matt"rna 
A síndrome de Down (trissomia do c.romossomo 21) C 
a trissbmia mais fre<juente na espécie humana. Após dJ.,as 
mJ.is comuns s:-1o as trissomias dO$ cromosSQmos IS (sín-
drome de EdwJrds) c 13 (síndrome de P.atau). A tri~somi.l 
do cromossoma 16 é comum cm abortanu-.i\tos 
As monossoolias. gcr.tlmcntc, são letais no período em-
brionário precO<:e e são enc.ontradas cm abortamentos. A 
t\nica encontrJ.d;~ em "i"os na e~péóe hu mana é.\ monos-
152 
somia X {síndrome de Tumer). No enf<~ nto, estima-se qnc 
98% dm fetos com monossomia X s.âo abortaílo~ e esta é a 
anomalia cromossómkJ mais frequente cm aht>rtamen to~ 
de primeiro trimestre. 
Outros t ipos de doenças cromossóm.icas numéricas 
s.io as poliploid ias. Denominam-se poliploidias quando 
as célula~ contêm conjuntos extras de cromossomas. Nas 
trip!oidias, há um conjunto extra de cromossomos, ou scj.l, 
69 cromossomos. Geralmctlte, é cau.\ada pela penetraç~o 
de dois espcrm .. , tozoidcs no óvulo. Podem estara.~.sociadas 
à degeneração mol.ar. N~s tctrap!oxlia.s, há dois conjuntos 
exuas de cromossomos, ou ~ja, 92 cromos:o;omo.~. A~ po· 
liploidias, geralmente, s.i.o cncontr.:~das cm abortamento~ .. 
embora alguns casos de triploidi,\ possam alcançar o ter-
mo da ge~taçãoe evolt1irp.1ra a morte nconatal 
Da me~ma forma <jll e as rrissomias, J S monossomi..u e 
as pol.ipl.otdi.as, não costumam ser f<lmil iares. 
O OL\ "ÇAS CRO.\!O.'i.,Õ.\JJCA.~ f.\ J"J>.L' J "I..!RA!~ 
As anomalias cromossómica.~ estrUturai.~ ocorrem por 
rearr-lnjos de segmentos dos c.romossooms, sem alter<l\.âó 
no número dos me.smos. Resultam dJ qucbrJ. c fusão de 
segmentos cromossúmicos de tàrma di(crcntc dJ. habituJ.l. 
As anomali.tS cmmossófnlcas e.stmturais cstáwis mai.s ft"('-
quentcs .tio a.~ dtdeções, duplic.l{óes, trrms!rxaçõcs. inver-
sões, isocrOfrK).~~omos, cromoswmo..~ em a néi ~. sitios (r.igcis. 
Q.1 ~ ndo o rearranjo ocorre sem pt.>nla de material cro-
n""IOssómko, a translocaç.\o se denomina balanceada_ Q!1an 
do O<:orrc perda (dclcçã.o ou monossorniJ parci.1l) e/0'.1 
ganho (duplkação, tri.ssomia parcial) de m.aterial cromos!>Ô· 
mico, a translocaçàoé n~o balanceada. 
As anomaliJ~ cmm(~si)micas ~tnltur;ús b.da.nceJ.da~, gc· 
rJ.l.mcntc, não t~m \'h.. 'i to sobre o knótipo e o inchvidoo cos:tu-
masc.,'l" t"IOT!naL l'mbora. tmha ri~oaumentad(lde\ir .'lterlilhos 
com anomaliJ.s cromossômic:l<; nio balanceadas:. As anoma-
li:as cmmossómic.ls cstmturais n.lo b.lbnceadas normalmente 
dt:tcrminam <momaliascongênitas e/ou I\.'t:udo mcnt.Jl 
As anomalias crornossómicas estruh1rais podem acon-
tecer por acidente genético (de mwo), <:om baixo risco de 
t"('COrrência, ou .serem herdadas. <2\ntndo heniadds, o seu 
risco de recorr~ncia pode- ser alto, algumas Yoe\ até de 
100%, e depende do tipo de anomalia encontrada, do cro-
mossomo envolvido e do genitor portador (pai ou mãe). 
i\..fuitas vezes, JS anomalias cromossómkJ.s eHrulurais 
podem .(Cr familiares. Sempre que for feito o diagnóstico 
de anomaliJ. cromossómica estrutural, impõe-se o estudo 
Noç~!. Prát ic.u d ~ Obstet rici.l 
cromossómko dos gcnitorcs, p.m identificar se da ocor· 
rcu tle mwo ou é familiar. A históri01 de ~bort.lmenlo$ nu 
ru.timortos em um c.tul é comum m .. s.~ t1po de anom:tli.l. 
S;io 6e111plos dc anomalU. cromossbnuo estrutural 
.a sindrum ... do choro cm miado (dcleção parcial do braço 
curto do cromossomo S ou Sp ) c a .lSSOCi:Jçio .:aniridia-
tumor de \·Vilms (ddeçio parciJl do braço curto do cro-
mos.somo 11 ou llp"). 
C0\10 LER UM C.\lliÓTIPO 
Q.1ando ~ud:tdos n.as mrt:.í fa.!d,p3t.lc.onstituir o que 
scdenomin.:aanótipo,osp;trgcromossómKoss.lonume .. 
rado!>de I a22eop3rstxuai. XXouXY,de:~cordocomo 
seu tJ.m:~.nho c forma. C:~da cromossoma 01presenta uma 
constr)çJ.o, o centrómem, que o dJvkl( em duas rcgióe<;, 
denominadas braço loob'O c braço curto .. N:~. notacão &1 
c.uiót1po. o braço longo rcprrsenta ·se peb letra q e o braço 
curto peLlletr3 p. Os br.aços longo e curto dos cromono· 
mos, por )Ua '-ez.do subdl\'ididoo em n.'gtôc.S e sub-regtõcs 
dennmin.tdas b.mdJs1 que ~lo também numeradas 
N:1 notação do cariótipo, es<:r('\o"C·SC o número de cro-
m~~~ encootr.ldos, ~uKlo pdos cromossumos se-
xual\. ~ polunorfumos ~/ou 2nonu.hu (rteontr.u!os slo 
dcsc:ritos após m crom())wmos se.xwis. 
O Quadro 10 .. 6 aprescnt.1 lista com alguns sm:ai~ c 
.abreviaturas ma i~ comumente encontr:~dos .. 
A.st-guir,úo.:apr~u.dosalgunsexemplos: 
.ui;. XX t .f6,XY· c:mótipos; femmu\0 c nusculino 
nonnai~; 
47,.n; ... 21: C'Xistem 47 cromossomos, o sexo é mJS· 
cuhno e o crommM>~no ext r.l ~o 211 trissomialivre 
do cromossoroo 21 (~ndrome de Down); 
46XX/47,X,~+21: m~kistnC'I ent~ céluLufem1 
mnas normus e trissomia livredocromossomo 21, 
~uó feminino: 
46XY/47,XXY: mosaicismo entre células mascu· 
linu nOfl'T\.llS e células rom 47 cromossomos c o 
cromossoma v:tr:a ~o X (mos;udsmo para Yndro-
JlX' de Klmefe!ter); 
4S,X: existem 45 cromoswn1os e ~ c.xutc \Jm cro 
mossomo ~éxual, que e X (~lndromc de Turner) .. 
Antigamente rtpr('S('nt.lda como 4S,XO; 
46.XXJ..t(3)(p25pkrJ 46 cromo<somos. "''" rc. 
mi nino, d.:)«;w, de parte d.: um cromos!IOOlo 3, o 
mat.:orial que fu lt~ v:;li d.1 b.mJa 2S ~té o térmtno do 
braço curto; 
46,XYim{2)(p13p22): 46 cron1os.'õ0mos, sexo m:l~­
cu)ioo, '""~ cn\'Oh.Tndo o cromossoma 2, 3. 
p3.rte ln\"trfld:. vai d2 band2 13 ~ band.1lldo l:nço 
curto do CTOmúS5omo 2; 
46.X.Xt(2;3}(p22-pter:q22 qtu); 46 cromossomos, 
seto fem1nino, transloCJç~ cnlre os crorno-.~'fno~ 
2 e l A p;t.IU' tr-:~mload.a Jo CrorrtOSKJmo 2 \'.li da 
banda 22 do br-'ÇO curto 2té .a p.trlc te:minJ.I d.tqudc 
br-J.ço e õl p . .ut~ tr.1nsloc.xb do cromossomo 3 v:u dJ 
b:mda 22 do lx:tço loo~, ,ué ~sua parte t.:rmirul 
Qu.;r,dro 10.61 Si n.&~' e 2breviatur.ls util17,ados n.1 <k"SCri· 
ç-J.oJocanóc:•po 
Smal nu ln to rp ret aç ~ o 
abrev1 atur1'1 
I Sigmf.ca"'"htl umcromossomoamars. c;ua serj anotado a segu•r Significa que há duas tmhage ns crorrmsôrr.r-
ces (mosaicismo). represeota~os petas nora-
çOes ~o !l'ecedem e sucedem 
-de- I -1 Alx'evi.ltta"a de deleç~o. 3tgnifica!'ldo ~..a hou· 
L-,__,_____ \'8 U'T\a perda de ma teu~ cromoss(Jrmco _ 
dup Abreviawra de duplicação, si~ific<:~n ~o que 
houve dup!icaç:;o de material cromossOmtco 
Abre~attl"a de '"""'lo. o~Pf<ando que 
J--- ooveirwe!Wtde 1.m1 regiãodoaanos.somo_ 
1 Abreviatura de t$0CI'omos.somo. SJQrllf~toodo 
que o cromossoma representado a Se<Ju ir, 
entro parênteses, é lXTl isoc10mossomo. ou 
J 
soja . • um cromosscrno c«n dois traços iguats 
(nao tem IJ'1l braço bngo e tn o.rto. mas oJ 
dois braços lol"9)s ou dOis braços curtos) 
- - - -- -- - - -
t Abreviatura de transtocação, sigrificoodo 
que os dois cromossomos representados a 
seguir. entre parênteses, trocáram material 
(que também estaria represontados entre 
p;Mnteses. ap6s_l __ _ 
Abreviatura de Mg. S~gnir.c..ldo que o cro· 
mcssomo escrito a scgurr .. cntr& parênteses, 
tom a forma de <Jnol 
153 
J•.o\oR<it1SAr it>tcO!t or HhRAN<;A (;nN~.TICA 
O ~''tllvimcnto da genética permitiu evidencur 
uma série dedomç.as de natureu gmkiC<l. que n.io se com· 
P"nam dentro dos J'ladrõcs me~li:anos, de anomalus 
crornossómicas Q\,1 doenças multifatoriJ.is. Elu apresentam 
IJUtros p.1drõcs de herança pl'Culiue:,.. 
fll«.~Ao"ÇA ,\lrroco....:vat.u 
A mrtocóndrU ~~doa m.aroria d.u re.açõcs oxxbtlvaS 
cclul,m:se produz. .a m.aiorparte doATP c, portanto, da cM r· 
gia cclulu . Um:.t série de doenças está n:bcionada a mula· 
(ócs no DNA mitocondri.ll. O DNA mitoc:ondrioll humano 
earrul.tr,muitoptqueno,contendo l6..S61Jp3resde-N~e 
sr1ua.sc no citoplum.L Ca.d.t mitocónc:lna tem mil~rt' dt: 
cópias do DNA mitocondno1L Diferentemente do DNA nu 
dear,a maior parte do DNAmitocondn.tl (m.1isdc90%do 
total) é codificantc,ou !<ja, é usada como molde P'lraa sfn· 
te.sc de polipept~ que Uo ronstitumtcs tb"' enrinw d01 
c..1dcu respi~tóna J\l.5 próprias mrtocóndrias. lsto confcort l 
~r.1nça mitocondrial algumas peculiandJ.dC"S: 
Í cxclusi,•amente materna, ji 9ue o ón!lo, c não o 
espcrmatozokk, ~ I'('Sponsiwl por 10096 das mito· 
cóndrias do 71goto. Consequmtemenlc, uma mu 
lhcr com unu mut.~ÇlO cm M"U O~A nutocondn:al 
a pass.tri a todm os seus filhos c hlh:as. Jã o homem 
niio tr.tnsmlte o Di\' A mitocondr!JI :1 seus descen· 
dente~. I ~toddine herança e:.:c lusiV:J.mcnt~ materna: 
a segr~(lo do 01\A mitocondl'lJ.I rUo ~ uo es· 
tritamC"nt~ controlada como no DNA nuclear. ~a 
divisão celular, cada 00\'a c~lula hl!u podcrJ. rece 
ber quantid:adcs aleatórias do DNA mitocondrial 
norm.tl c do Dt\A mitocondrial mut.:mte. Como 
~ fuoçlo m1tocondrial ~ essencial para quase to-
das as células. a expressilo fmot(pica dcopenckri da 
prnporçlo entre DNA normal e mutante em cada 
célula. A~~m, penctrlnci.1 redu, ida, exprcssividJ.dc 
\-""Jriiwl e pleiotrop!a (múltiplO\ ef'eitos ~obn.' o fc· 
nótipo tk um úmco gene) sioarxten'sticas tlpi:a.:il 
da herança m1tocondrial 
Atrofia ótic.l de L..--bcr éexemplodtdocnça rnitocondrial. 
I \IPHI.~-.;.oc;,,_-,),tfV 
AJguns gme-t e ~.oes c~miC.\S se e1preuam 
difcrentemente, conforme coles sc~m de origem materna 
154 
011 p~trrna.Atê o momento, s~oconhccidós m~i\dC 30gc-
nes humanos que sccxpre~m diwrsament<!,dependendo 
d.: .'iua origem. t\o entanto. acrethU·se qtw ess.a \i._~t;, devc-
.!Umcntar. Dfnomuu-51.' impre:.s..io genõmx:.t o pmctl-
so 3. p.trtlr do qual os s~ do drfer~ntcmcnte m:arado:s 
durante a g;nnetogêocsc dos s~nif<'reS. Seus ll\C<.'~IIi\tnOS 
ainda n.lo c~tloeluc1d.Kios, m:as ~redita-sc que o proc:c~'o 
de mctil..açlodo D~A desempenhe p.oapel chJ.,-e 
(h; exemplos m.ais benH'.studJ~ do p<~pd <4.1mpres· 
üo gtJJómu:.t nas doença~ hunun:u são a~ síndromC"S de 
Prader-W11ll e de Anselman. Em .1mba.s há dt:tlci~Jletas 
(boeralmentc deb;õcs) da me.;;ma rc-gt\o (b:mda qll -q \3) 
docrotnO.\.'IOmo IS.Entretanto, a-.du..uslndromcs.1prt\tn 
tam fcnóhpos lwtantc dirC'I'CiltCJ. canto no uprcto R\ico 
quanto romportamrnta.l A cxplaçlo para l'SSC aparente 
p.,radoxo é que il \índrome de Pradcr-Wtlli e c:ms:~da pela 
ausênda do scgrm:nto crítico no cromossoma 1 S paterno, 
enquanto a slndrome de An~lman est:i .u,owci:ad:a a dclc-
çõe:s docrornouomo 15 materno. 
Out~docnça.nasqwloftnOmroodaim~St"OO­
mk.a j:í ft1i descr~to é a síndrome de lkckwith-Wic!lem.1n, 
qtlc tem prc\'al~ncia mais alt.l do que a habitual nos proce-
dimentos de fcrtili:~:aç3o rn l'itro. 
Or~~\IM l'.''//1'.-Uf . ._.T.\1 
Como j~ visto na ~çáo .anterior, para a normJ.Ikladc, é 
ncccs~rio n:ao apenas :1. cxi~Mnda do número c cstrutur.l 
correto.~ dO!! c:romossomos, mas também a sua ori~m. 
Conccpto\ com canótipo 46,X X, nos quais amboo. os se· 
noma..~ -~Jam de origem de apenas um dos gcnitort:~t (d1s· 
somia umparcntJ.I). nunc..1 se descn\'ol\'t"lll normalmcnh! 
.~ di~soml:~ uniparenta I p<~tcrna pode :;e r obscrvJda nas 
molas hKh tiformcs, nas quais o conccpto CQm c;ulótlpo 
46.XX,de ougcm cxdusivamC"nt~ paterna. exi~ h•rcrpl.l-
sia acentuad.t do ti'OiOblasto, no ent-anto. sem componrn-
tes fctai~ e com a!to nsco de tr.an~fomução cm corioca rci· 
nom:~. A dlssomia unip.m."ntal matcma pode srr obscr~·ada 
nos teratom.u ovari.1nos. EH~ tipo rJ.ro .:k tumor benigno 
consiste de t«idu\ embnonárlo.t desorgamudos, sem 
membranu extracmbrion.áru.s. l:ks resultam da .l.ll\'3.Çlo 
de um oóc1to n~ ovulado. 
RcsultJ.c\osd lfercnci.ldos. cm funçao d.!ongem p:~terna 
ou mo1tcrru, podem ocorrer tamhem com parcsc:romo.t~l 
micos u.olaJos (esprá.almcnte n<X'I cromosKlfllos que ex i 
bem o 1\.~mcno da impress:Jo genOmica). Otnomina-5e 
di~somia unlp.tn:-ntal.apn-.w:nçade lmhagcm cdularcom 
Noc;6ts P1~tic~ de Obsatrlcia 
um par cromossómica originado total ou parcialmente lie 
apenas um dos ~nitores. Se doi ~ cromos.somos id~ntioo~ 
cst;i.o pre-sentes, denomina-se i.~odissomia. Se ~mbos os 
homólogos de um dos gcnitorcs estão presentes. denoml· 
na-scheterodissomia 
Esse fenômeno fot descoberto no final da década de 80 
e, mais uma vcz,.ls síndromes de Pradcr-Willi cAngdm.m 
tiveram papel1mportamc cm seu esd.uuimento. 
Algu ns pacientes com sfndrome de Prader·Willi apre· 
sentam irodissomia materna, ou seja, os sem dois cromos· 
somos JS são de origem matern a. Falta-lhes, portanto, o 
sc-gmt;>nto do braço longt-1 do cromo~S(Jmo IS de Nib-ern 
p.1tcrnJ, crítico para que eks fossem normais. Semelhante-
mente, alguns pacientes com síndrome de Angdman pos-
suem ambos m cromossomas 15 de origem p.ttcrna, isto é, 
um3 isodissomi..t paterna, e f.1ha-lhes o segmento do braço 
longo do cromossomaIS de origem mil.t('rna, critX:o pari!. 
que a sínd rome não se manifeste. 
Esse meca!\ismo também já foi deS<:rito em outras sín-
dromes, como ade Bcckwith-Wie.Jcm.:ane Russd-Silvcr. 
A isodissomi..t unip.:arcntal também pode ser vista cm 
algumas doenças autossómkJs recessivas, qua ndo o cro-
m<momo du}---l icado, de origem materna ou paterna, conh-
wr un1 gene de doença autossõmica recessiva alterado. Há 
relatcn; de p<tcientes com fibrose cístka com esse mecanis-
mo em w.a gênese 
Ji f-oram descrit~ casos de .dndrome de Prader-V.~ll i em 
pacientes submetidos a t~stes diagnósticos p!t-natai.s, cuja 
biópsia de vi lo canal demonstrou trissomia do cromossoma 
I S. E, nâo tendo h.wido abortamento, fel solkrtada J amnlo-
centese para conlirmaçâo d.lquele ach.ldo, que revelou Cari-
ótipo normal. Ao nascimt.'f"lto, OS recCm·n~idos apreSenta· 
vJm a sindromc tk Prade-r-\"\~1\ i. A expiX:ação para o a(:hado 
é que um dos crornossomos 15 {pateroo) da tris~omi .:a foi 
eliminado c perm.~necer.1m doiscromos..~ornos 15 rn.1tl'r"nlX. 
Houve oorrcção da trissomia, mas, por causa da imprcss.'io 
genómic<~ , const.1too·se anormalidade fenotípica. J.i for.m1 
descrit:~~ dissomla~ uniparentais em:olvendo os cromosw· 
mos7, 11,14e22. 
.~fOS,t,f(lS .\W 
f a presença cm um mesmo ind ividuo de duas linha-
gens de células ge.netk.wtcntc ou epigenctkamcntc dife-
rentes, ambas derindas de um úmco zigoto. Estamm acos-
tumados a pens..1rcomo se cada indh-:iduo tivesse em todas 
a~ sua~ célula.; o mesmo complemento de gt!nes e cromus-
A~ctos s.l~icos da GenHica em Obstetrícia 
somos. No entanto, esse cor.ccJto é umJ simplificação.J:i 
vimos antes que as mulheres. dc\'Jdo a inath·J.ção ao .1caso 
do cromossomo X. aprcscntJm duas populacõcsd Jferentes 
de células somátiCas: uma cm que o cromossomo X paterfXl 
é o ativoe <ltltra cm que ocromossomo X materno é o ati'--o. 
Essa. é uma diferençacpigcnétic.'l . Mut,,çôe.s cm cdubs iso· 
!adas, tanto na 'tida pré-natal quanto na pós·n<tta!, podem 
levar a clones de células genetica mented iferente~ do zigc,to. 
O mosaicismo é tCnómeno impórtanté em doença~ 
cronlOSsómicas , podendo levar a fen6tipo~ mais lt,~,·es d:~~ 
doenças. Ele~ podem ser devidos :~.não disjunçOO preco-
ce~ na vid.:a cmbrioniria, levando J trissomias ou monos-
somiu cm apenas algumas !inha~ns eclnlarcs. O mosai-
cismo, cm anomahJs cromossóm.icas, l--xxie serdassific.1do 
cm vcr<"bdciro e de bJixo gr.m, de acordo com o percentual 
de células variJ11tes .1cometidas. Quando esse percentual é 
igual ou superior a I 0'*-, ger.1lme11te tem significado clínico 
e denomina-se moS<tici:smo vcrdadéiro; quando rnais bai-
xo, costuma não ter signific.:tdo clínico ou tem significado 
muito lc\'C, dcnominJndo-sc mosakismo de baixo grau. A 
rcpcrcuss..lo clínica do mosaicismo também depende do 
teddo acometido. 
Os mo.saicismos de bai:-.:o grau par~ monossomia do 
cromossomo X são .. muitas vezes, encontrados em mulhe· 
res com abortamentos repet idos. embora não se saiba~ 
existe relaçáo de cama e efeito entre Q\ doi~achadcJS 
O mos:ticisrno pode ser de-te-ttJ.do tanto em células so-
mitic.lS quanto gcrmin.ltivJs. Qyando em c!!:lulas gcrmi-
nativas, podem levar indivíduos sem o fcaótiro de docnp 
autossômica dominante, por exemplo, a ter mais de um 
filhoafetado pela mesma. As mutações sontátk:il.s sâo reco-
n hecid.as como causa importante de .,·ári~ tipos de câncer. 
[.o~ indivlduos com esse tipo de clncerc::x ibem mo.uicis-
mo de célula~ ~omáticas, com uma linhagem de célul~.s 
normais e outra(.~) Je células com a(s) mutação(ôe~) que 
originou(naram) o dnccr. 
éxPAi\."SÕEs REPI"TlOA.<;: lxsrAvus 
Nos tipos de herança discmidos anterio~mente, no 
c:~~ de uma mutação ela l'e transm ite de maneira estâ,·el 
de ger:r.ç.:io em ger.ação. Ou M'Jil• todos os membro~ de uma 
Úmllia compartilh.:un a mutação herdada id~ntica. t<o en-
tanto, extstc uma classe de doenças devidas a expansões 
rcpetid.ls itutá\·cis. Por ddiniç.âo das se caracterizam por 
um.l e.xpansào de um segmento do DNA, consistindo em 
unidade:. repetidas de trisou mais nudeotideos em lnlfduu 
{ou se~, ~dpcn1tts unu ãs ouLTõlls}. Os meo.numo pelo 
qual ~s~as expansões se ,.m ficJm não slo l>cm conhecidos 
Emgl'r.ll, os gene\ :associad05a cssetipo de docnç.t ttm em 
~ ak-kJ ~'\""J.gcrtl um número \'J.riiwl de repct•çnn c 1 
medida que eles ~5o p:~ss.1dos de gcraç~o a gcr.;~;çlo o nú-
mero de re~tiçóc.~ pode- :mmentJ.r l.' k"·n J. .monuli.1s n.t 
funçlo c express:lo genétic:L Q!•asc 20 doen<as com esse 
mecamsmo de hcr:ux;a já s.lo cunhtCido~, t!ntre dJ~ :~. sín-
drome do X f~1l, a di~trofla m•otônJCa. doença de llun-
tJ01,-tOn, au .. xia de t=rK..Jrei<:h. ~a !oínd ro!Ut" do X fr.\gil, o 
trinucleotkiio repttido é o CCG, as pessoas norm..\h tem 
SC'lS a 54 rtpctiçõts CCG no cromossoma X, nJ. rtg~ q 
27..1 na por('.ãoS' do gene fMR I. Quandocss.1.~ repetiçót.~ 
situanHc rntrc 100 c 200, o portador tcm uma pré-mu-
tação. que, pa.s.s.lnt!o ~la nll'lose fcrmnin.l, pode muh.u 
na ampli.ll;.w par.t m.lis de 200 tt'fX'tiçúes e dctcrminaro 
..lparedmcnto da docnç.1 cm St'\1.1: fi lhos. Os portJ.dores d.1 
pre-mutolÇ.k> podem apresentar J. dOC"nç.l denomuuda sin-
dromt> do trcmor/at.lxiaassociJda ao Xfdgill! u mulheres 
podí.>m t .. m\bém t~rfJ.I~ncU 0\'Jriana prematuro~. 
A c oNSELHAM ENTO P RÉ-coNCEPCIONAL 
O mumento ideal para o aconsdh:tmcnto genético 
~ ;antt"S da gr.lvldc-L, pois, Kkntitic.adC6 ~ ri$COS. ~ c.U,\15 
po.:krio decidir o seu cuJW de aç.lo, com base nos ri.«:os. 
conceitos éticos, morai ~, religiosos e dcttrrninaçócs kgais. 
O flb..tdra necesSita conhecC'r as situac~ de nsro mais 
fn."qumtes. par~ que possa .alcrtarocasalcm tempoh.ibi1.1 • 
DoENÇ A AUTOSSÔM JCA 
DOMINAN TE NA FA M ÍLIA 
A qtuação m:t iS ób\·ia é quando um dos membros do 
c.ual é al~tado por doença com c-so;,a ~tlok;,gia. Qpando a 
histórU ~de domça t'm parentes próxirno5,scr.l ntcrssiri3 
.wa[i;:aç;.o cwd:K!o~a do C:J....-;J 1 r:cn bu~ca de sill.lis e \ l nto mas 
mais ~uti~ que pn m1tJ.m o di.1gnó..stiro. 
S1twçôe5 como ex~i\1dxk \":lriá\'C!, rUo pcnctr.inc:u. 
mut:'!Çôcs nm·~s. antcdpaçao,m~~idsmogoo :l<ia l ccxprc~~o 
tardi~ podem ditícukaro aconsclh:unenro genético nesse tipo 
Je dotnça, sendo mais pnx!entc uma .tvah.açlo pelo médico 
gencticüt~. Para um m}mcm crescente drdocnç.1.~ j~ ~ possh•d 
o diagn6.1:hcodc centta por lllCIOde té-cnic~~ mok-cuUres.. 
CONSANGUINlOA OB 
A coru:mguinidadc é F.ator de risco para dOC"ncas au-
tos<>ÕmiC.as rt'C\.~1\'U. No cnt.tnto. n.a m;uoriJ. d:as \'t":z.c<; 
esse ri:«:o nJ.o ~alto. Estimo~ $C' que t(ldos nós llej.l mos 
port:K.Iort"" de pclo menos lO .aleloi mut;~ntes p.11n doen-
ças autos~micas rtassivas. A prev.ll~nci a das rnC'"\mas se 
mantém bo~ix:~ porque. par.t que um port.ador tenha um 
filho homozigoto {portanto. .1fetado), é necessirto qtx" 
de herde do outro parceiro 1.1mbém mn a Ido mut."~te da 
mc'ma doença. A COO.\angmnldade f.worccc t"'W possihi 
I .Jade.. {hi.11nto mJ.JS próxima fOta cons:lnguinid.llde, m.tis 
.. dtoon~o. 
Rt.-comenda-~ que todo CJ.s.\1 con~angulnco ~qa C'n-
cammhado i .l't'al•aç;~o gcnéuc.a . .a qu:.l, a p.utir da histó-
ria famili ~r. poderá estabelecer esse ri\CO com prcds.io. 
QuJndo neo;;;~1 aYai.J.ç.ío for dcu.-ctad~ uma docnç-.1 ~utos­
~)mic:a 1\.'Ce~~i'""J. ou J. exi<Otfnci;a de portadores de genes 
de~$e t1po de doença c m pal'cntc.~ pró:tmtos, em ::tlgwm~ 
ocasiót's pode ha\W nccl"'sKbdcde oft'fC'CCro dí.1gnóstico 
molccul.lr para idrntificaç~ de port<~dom. 
Outra reçomcncbcão importante Jos cas.tjj c::onsan-
guí~ mesmo ljU.tndo nlo 'lle_)lm idcnt1fiados p:lrentcs 
afctado~ ou port:adores de doenças auto:c5Õmica.s recc~~­
\',\S, é a :waliaçlo morfológica fct.tl pda ultrassonograha na 
gr.1\·ide..:, pois cons.deri'"d número deue tipo de doençJ 
exibe m.d(orm.:~cócs que podem ser diag.lmtic.ldas por 
cs~eprcxcdimento.DOEN ÇA RE CESSIVA LIG ADA AO X 
NA FAMÍLIA DA MU LHER 
Esse tipo de históri.1 pode rt.-presenl..\r risco muíto .Jig-
ni6c.l.h\"O (50% par.1 filhos homens) ou muito b.tixo, em 
(unç3o de a mulher sçr ou n5o portadora. A con~tnl\~O do 
hcrcdt,granu permite J\•ali;ar n~ mcoe para dri;a,Cocn-
ças é pm>sh·-d n.'l.ll'l..lr testes moleculare--- p.tra a idt.'ntifica-
ç:\o d~: pnrt.tdora~ 
R ETARDO M ENTAL I!M PAREN T E PRÓXIMO 
O rtt3rdo ment.ll pode ter dh·~as er.•olog•a;:, J.lgu· 
lllilS imphc.uRio rilleo .mmcntado pam p .. ucntc\ pró:<i-
mos. Todo c.1sal que 1em parente próJ:imo com tl't:udo 
Noçbn P1éticu d ~ ObstEtric ~ 
mental mereçe avaliação gcnétic.l. V ma sítuaç.io parti-
cularmente importante é a existência do retardo mental 
cm packntcs do sexo ma~ulino na família da mulher. 
A slnd rome do X frigil 15 a causa mais fre<juente de retar 
do mental familiar 
IDADE M ATE RNA ELEVADA 
É bem-estabelecida a relaç;\o entre idade mJ.tenu de-
vada e o risco de doenças cromossómicas numérk.as, es-
pcxialmeme a .sínd rome de Down. Assim, mulhcrt's que 
destj.Hn engr.widar a partir do~ 3S anos devem receber 
orient.Kóes específicas sobrt: ~us riscos e pOl>l>ibilidades 
de diagnóstico pré-natal 
Está indicado o t'Studo cromos:Wmico prc!-natal em 
toda mulher grávida com 1<!.-tdc de JS anos ou mais. Nessa 
faixa ct:l.ria, os testes de ui.,gem não sjo tmis adequados, c 
snn o diagnóstico pré-natal. 
PERDAS CESTACIONAIS 
Duas ou mais perdas ge$tacionais, <'Cjam aOOrtamen-
tos ou natimortos,alcrtam para a possibilidade de um dos 
membros do casal ser portador de anomJ.lia cromos!>ômi-
ca estrutural, com risco aume ntado para 110\'J.'> perdas ou 
filhos cocn anomalia.~ congênitas. Nestes c.1sos, est~ indi-
cado o estudo cromo!>Wm ico do c.1sal para o acomdha-
mento ~!lético adequado. 
f i LHO A NTER IO R COM 
A NOM ALI A S MÚLTIPLAS 
CJs.ais que tiveram fi lhos natimortos ou f.1kxidos no 
período neon.1tal com :momalias múltiplas .• sem diagnósti-
co bem-estabelecido d;;:vcm ~er avali :~.dos pelo generjcista, 
para tcnt~u definir o diagnóstico etiológia) e determinar o 
risco de recorrCn.::ia. Na maioria das vezes., ser:l. solicitado 
estudo cromossómica do casal. A lgumas vezes, a história 
famili.tr com a com trução do heredograma, bem como 
rt.sultados de necropsia.s. fotogra6as, r.1dK:Jgrafias c m1tros 
c.umcs complementares poderão levar a urna possível c:m-
saetiológkJ.. 
Aspectos 8âsicos da Genética tm Obstetrlcia 
F ILHO COM DEFE ITO DE 
FECH AMENTO DO TUBO NEURA L 
Os defeitos de fechamento do t1.1bo nCllral (anencefalia, 
meni ngomielocele, meningocele, encef:,!ocele) isolados, 
t,-eralmente, s..1o multil:1toriais, com risco de n.xórrêncLl 
em tornn de 4%. O tàt()r de risco mais bem-conh<"ddo C a 
ddicit!nci.J. de ;kido I~.'J lico e o risco de reçorréncia p01.-k o:er 
reduzido para meno~ de 1%, com ou~) perié(Jncepciona l 
domcsn)(). 
t nt:CI.'~sirio lembrar que og defeito~ de tt>chamento 
do tubo neural podem f:~zer parte de d iver ... a~ sindromes 
c, nestes casos, o risco de rccorrtncia scd o da síndrome. 
F I LHO COM CARDIOPATIA CONGÊNITA 
A~ cardiopatia~ congénitas isoladas pode111 ser 
dcttrmi nadas por diverso~ mecanismos, embora na 
maiori.\ das veze~ !.e.iam de natu reza multifatorial . O 
risco de rccorrtncia depende rá do tipo de cardiopatia 
e d a história familiar. DC\'e-sc ter prcSl'!ltc qut: J.l. CM· 
diop.Hias tam~m podem f.ucr parte de diversas sín-
dromes e o risco de rccorrênd.l scr.'t o J,, síndrome. 
Par.l melhor J\'a.liacão, o c;\ sal deve ser enc.1minh.1do 
a<Jgcncticista. 
M ULHE RES COM D I ABETES }Yfl!Ll.IT US 
A inddl'-ncia de malformaçôes em filho~ de mulhe· 
res com diabetes mdhfll5 insulino-depcndcnte, especial-
mente de evolução h,i v:í.rios .1nos, é duas a trCs vezes 
mais .1lta que na popubçJo cm gcr.1l. A medida m:li.s 
impurt.1nte, nesses c.lsos, é o controle dos nh'Cis glicC-
micos no perlodo periconcepcional. Além de malfornu-
ções, podem ocorrer macrossomia fetal e C')mplicaçõc.s 
perina t.lis 
M U LH BRBS EM USO OE 
SUBSTÂNC I AS TE RATOGÊN ICAS 
Algumas mul here~ necessitam utiliur cronicamcntt' 
n'll.--àicJ.mcntos pot•m.::ialmentl" teralf>t,>Cnicos. t net:essário, 
então, pbncjar a~ alternativas posslwis antts de l'I1gravidar 
157 
!! o uso du mulhere;; que uum 3RhCOM-'Ulsn".tntes. l!bs 
de."tm ~ ;altrudu lb.srus ri'k:OS c, c.uo opttm porengr.a-
Vld..r, ~"t ser on-~liado o melhor esqliC'mõl tmplutiro no 
cuoo d<J ~'f:.lvldet. 
IDADE PATERNA ELEVADA 
A ktJdc p..1terna elevada as\Oda·~c a ai! o riSCO ?Jr.l tllho' 
com doenças .mtos.sómicas OOminantcs. A kbdc linutc, no 
entanto, não é ainda bem·t.'Stabclccida. 
ANOMALIAS CONCÊNITAS BM 
PARENTES PRÓXIMOS 
Esse tipo de história requer :woaliaç-l o nJ. ttntJ.hVJ dt t' 
cbrl'Ccr o t1po de anomaiU. e o risco rcprodutl\'0. 5<-tmtntt 
,\ com.truçlo de hertdograma com induslo de \".i. ria~ gt:ra 
cõcs ir.l perm1tir .Konselhamento gcl\.!-tko .1dcqu~do. 
PORT ADORES DE GENES M UTANTES PARA 
DOENÇAS AUTOSSÔMl CAS RECESSIVAS 
Com a dJSscmin.lcào da triõl!,otm nconatJ.l CSSJ. s:tu· 
.lÇlO pus.ul a ser mais frequentemente ldcnufic:ula n;a 
pr.itin cotidi.ln.1. Stmpre que um dos membro~ do C~SJ;i 
for l'l"Conh«idamente port.1dor de um scne p;ar.a domça 
autOS5ÕmlO recessiva. o consorte mcr«t: in\~~ligaç.lo 
p;~ra :1.\'.lliJ.Ç".lo dt> riscos. Com a triagem nmmtt3l rolJneJr.l 
cb :1.ntmia fakiformc (drepanO<:ito-.e), c.~ta tende J. ser·' 
doença mais fn.-quentcmcnte identificad~ n~~ situação. 
O desenvolvimento de te~tes genêlicos par.t dc"ado 
número de doenç.ls perm itirá também ampli:u de ma 
llClr.l signi ficativa a identificaç.lo de por1.1dore' de scncs 
mut.unes par01 doença.~ autossónHc.u recessiv.1~ em fami-
li3.rcs de ;afetadru por esse tipo de docnc.a 
T ESTES DE TRIAGEM 
Enlboradi\'\nlscondiçõesderi5COJ.Umt"flt.xiornr.a;ano-
malu.s oongênitas sep.m ronlll'·cid.u. :1. mJIOfl:l. d•~ ~ 
com e,:.w~ddfitos rusccdec.U.1t!!i nosqua~ nlo IOrJ.m kkntl-
fiodos (J.tOTI.'S de risco. 
Os testes de triasem tém como obj~l\-'0 identihor 
gravidezes com nsco ;tumcnt;,do de I'C'$\IIt.lrno nascimen-
to de ronccpto com :momJ.h.u con~•t.l5. S.Kt proo..>di-
mentos náo im-a.si\US:. com o OO,cll\'0 de identihc.ar entre 
as gest;~çón um grupo curo mco de ;anom;alias fcta15 é 
mais alt<.\ do que o cspcr.tdo n.1 populaç5o. Identificado 
esse grupo de risco, de deve ser submetido ao diagnóstiCo 
pré-natal.!-" 
Todo teste de tnJg('m, pela ~U3 própria dctiniçlo,apre· 
senta resultados fu. l ~-po~ith·t~ c (.o~. lso-ncg:tüvos. Teste de 
triJ.gcm :~. ltel'":l.do mdic:a situa~ lo Jc ri~o, nm não tírnu. 
Jiagn6stko. Exige te..~c diagn~ko específico, pruterior, 
q~ confirme ou -ifJ.ste a doenç.a sus:peitad.a.. Por outro 
b.do, teste de tri:.S'-'rn normal n:.O J.f:.<.f;1 a J""$ibilid.ldc <k 
docnço. 
F.m noo;so me:.o, os tc.srts de tn.agem ptê-natal mais 
utiliu.dos.slo .I.S medtdasclltransluc~ia nucal c do 05SO 
n01.sal. J. doppervdoc1mttri.l do dueto venoso e os t~es 
bioquimiCo.s. ~5 teste' ~e diugcm ~ tr~gem de doenças 
cromossómicas numériel~, cspCCIJimcntc d.1 trissomia do 
cromossomo 21. 
MEDIDA DA TRANSLUC~NCIA NUCA L 
!: :. medida ultras:510nosr:ihc.1 J.1 i n-a .o~.ncroiC.t. d~ por· 
çào posterior do pe:KOÇO fetaJ trUn' )I e IJ.scmana~ r., gc~ 
r.tlmcnte,cortsKktad.t anornul quando supenora 2.5 mm. 
Existem programu de compot3dor q~ n::bcion.am a mc-
di.d..t obtida com ot idade gtU3Ck:lnal. calcul:~.cb pdo com-
pnmenlo c;~lx"Ç.o~.-~l.ldcg:a. é contiderada J.norm.tl :l IlX'<ikla 
aci m.a do pcrccntil95 para a idade b'\!~lacion.ll. Esse.s pro· 
gramas també-m f.1:tem estimath•a de risco de aoom;~li a 
cromossómica feta l, .mociando :1 nu~dida da trans!ucénda 
nucal~ a Kbdc nnt<"nu.~ 1 
Cri.1da p.1ra a tri~'Cm dJ trlssomta do ctomoSSOino 21, 
a tramlucénc:i:l. nucal pode estar a.ument;td:l, em rutr.u ano-malias crornossómicas. como tris~il do cromosscrno 
IS. monn..qomia do CI'OOlOSSOmo X (')fndromc de Turner), 
defeitos anatómicos (ponCip.11mente:c.mhop:atl:t.s} e do-
e:nçu gl!'n~e:.s. Alguma\ \o"t'.tCS, .1 tr.anslucéncia pode e.su.r 
:~.umcot.1da e os eume' pré-nJ.I3ÍS nlo dettct<Jrrm qual-
quer .morm.tlid.ldt,lruendo dificuldade\ n01 oritnlação 
d.-. gestante. Antes da fC3lll.l(:áO do t.x01me. defc o cJ.sal 
ser alt:rto~do sobre a naturcu dt lti3gcm do exame e so· 
brc todJ. s css.u passivei.~ evcntu.11idades. 
Como se trnu de rrf'~todo d~ triagem. e~ e,-ame 
dc\·c se dirigir 3 populaçao de baixo mco, ou sep, ;\~ mu· 
lhcrcs com menos de 3.S :lllos por ocasião do p;utu. As 
gestanteS com 35 ano~ ou tllJI! devem ser semprconen· 
tad.ls a realinr o diagnóstico pré·n.ltal, a partir do cstu· 
do cromos~mico cm \'ilo corial ou liquido amniótlco. 
Para eb"- o..~ ll>Sit'S de triJgem de .momali.as cromossó· 
mic.nnJios.loos mJis indicados. 
AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFTCA 
DO OSSO NASA L 
Outro exame incorporJdo aos testes de triagem é .:t .tV'J.· 
1iaç.io uh.r-.u~onogr.Hica dJ. presença ou ausé:nc:iJ. do osso 
nasa.l no primciro ttimestrt <k sesta.çio. Pan:da stgn•ha-
tw.a dos ii-tos com srndrome de Do\\-n não a.prcscnum o 
osso nasJ.I ness.1 fue. Ass1mcomo no caso da tr.~nslucmcl:. 
mK.ll, .1 JY.llia("ão do osso tu.Y.I é teste dt rast~amento c 
nJopermite firmJra pre~ .. 'flçJ ncmJJusêndad.adoençJ.•·~' 
DOP PLERVELOCIME'I"RIA 
DO OUCTO VENOSO 
A av:iliação pd.1 doppler"l'~ml"1.ria Jo dlKto \"C'n<"IKJ 
~ sendo pmg~vamcntc u11hud.l oomo um lt=\te de 
tnagem de primeiro trimcstrt.Admunuíc;3oda velockladc 
do tlu:{oj espe-cülmentc o JpJtccunento do Auxo rt."\'CN> 
entre 10 e 14 semana~, J">dc se associar a aneuploidia~ c~ 
tlrdiopltias?·' 
TEST ES BIOQ.UÍMICOS 
BM SORO MAT BRNO 
Amp:;mx:ntc utilizados em pahes de~volvkios, os 
testes bioqulmicos ainda s,\o pouc:o u~:.dos cm nosso melo. 
Vo!ddos micialmcnte pa r::t :. triJgem de anomalt.u 
cromossómJCJS, ho)C d el!l podem ser empregados pJr,1 :~ I 
S\•mas oorr:as doenc;u.l!ntrc l'ks,o nlJ.isutili"ZJ.doé o te~· 
te trfplice. com a do.ugtm simultlne:~. da alfa · fetopmteino~, 
gonadotrofina cor;õntca e tstriol conjug<~do. Quando~ 
opta porn~re~mtnto bioqulmKo no primeiro lrim .. "'tre, 
.z dougem da .alfJ.fetoproteln.ól e sub~ituida pcb dosagem 
da proteína pb(m:ltica :1\'-tJCiad .. à gravidez (PAP-A). au 
Aspectos Bilsko~ da Genh lu em Obstetrlc.i<~ 
005AGI! ~t IH \I Po\·rETOPROTEiNA 
A alfa.fetoprotclna é uma proteín:~ sintetizada pelo 
saco vitelino, tr~to g.lstrointeo.;tinal c fígado do feto c em 
menorquantidJde pda pl acenta e rins fetais, Eb atr.wcl!· 
5.1,1 placenta c é encorur.ldó1 n::t ci rcubç.}o m.ltcrna. 
As seguintes sitU3\ÓC' :moc·i:am-sc :J. nfwis de :~!f:,. 
-fetoprotdna aummt.1do~ na cí!X"ul.t\"ào mJtern:a de · 
fcttos de fet:h::tmcnto do tubo nt"Ur.tl (ancncc:fJ!iJ, Cn· 
cefJlocde. meningomiclocd~). defeitos de kch:.mcnto 
d::t parl--dc abdomin:al (onf.,Joce:lc. g:tstrosqui-.e, cxtrofi.t 
de- dooc:1). ob<itruç-i>c~ do trJto d1gcstivo, Jg~nc-.i .l rc•MI. 
rins P'Jiicíst icos, ncfro~ t:ongénita, ostt!ob>Cnesc imper· 
feita, higron~a clstico, defeito~ de pele\:: outr.,s mcno~ 
frequente~. 
Nin~i~ r...-du2idos de alfa fetopnxclna s.\o descnt0<1 
em docnçJs cromossórruc.Jo.; !\:tais - CS)X"Ci.ll~nte tri'l· 
soml.ls- c doençJ trufi>hlistrca. 
A dosagem dJ .elfa·fetoprotcína no soro mJtcrno é 
utilizada como te\tC de tri:.gcm pré-natal para docnç.t" 
c;romosWmK::J.~ c~pcdalmcnte da .~oíndn.nm: Jl• Down c 
dos Jefeifosde fcch,,mcnto do tubu neub l. 0~'\·e ~cr n.•a 
li7.J.dJ.cnfrr 15 c20 scm.1 n.1~ de gravidr:r. Sl'US rcsuh.ulm 
Yo e.xprc.ss.os como mlilt •plo.~ d:a mcdi.tna (.\toM). Sw 
utili1...3çio com esses ~n·l.'IS o-i~oe hboratórtoexperien 
te e cuTV:l de normaltdade na popul.tçio-.Jh"'. 
Como 05 nlvei., de .l!fJ.fctoproc:dn3, variam ~m fun· 
çlo da ;dade gt:"tacion.ll, esta tem de ser conhecida com 
ccrtctJ. Bai:to pe'>O fetal, ol.igo;drlmnio, gemelaridadl.! c 
b.üxe't pdo m::tterno podem dC\'3f os nh·ei., séri<:(h rllJ· 
terno' da alfa-(c-toprotctna, Morte fetal c pl'~o materno 
eJ.."'·•uJo !oão causas de nivd .. b:ai:<os. 
Dos.--.GE.'-1 oF (;ONAOOTROfiNA CORJÕ...,.Il..'\ 
E. o marc.:.dor bioqufmico mólÍS senSI\·t>l p.lf<l .\Iria· 
gem pn!-nat,ll da sfndrome de Down. Er.lre l.S c 20 
~emana .... de gcst>"tç,,o, Q( ní\"ei~ de gmiadotrofina cori-
ônK:a no soro m.uerno encontram-~c s:ignlíicath'":!.mcn 
te elevados em gr.widezc~ de fetos com e~s."l slndmme. 
Diferentemente, na tti'\:Wmia do cromossoma IR slo 
cncontr.ulos nh-ci\ mu110 b:a.lxos d.a fraçáo livre da ~u· 
bunicbde ~da gonadotrofin.t corióniCl (P·hCG). Seu~ 
resultado~ são expresSO! em mUitiplo.s da mcd•.tn:. da 
populaçlo (MoM). 
159 
F'OI RIOLNÁOCO~JUGADO 
Os nh"Cis de cstriol No conJusado no ~ m.1terno 
encontram-se diminuidos no segundo trimestre de gn· 
vdcrcs de fetos com síndrome de 00\o\•n. Seus resultados 
também são expressos em múltiplos d:t mtd1:tn.t da popu· 
la,lo (MoM). 
PR01 f- f NA Jll,.ASM.4.TJCAASSO<.: IAUt\À (;RA\'lOiiZ. 
ésst": exame wm sendo re.1llzado em nouo p.1ls ;,.pc-
n2S e-m bbor.ttórios espt"Cialiudo, A protcfn.a plasm.\tica 
2ssoc:LMb .\ gr:~.nkt (PAP-A) é de origem pl.tccnt.i.ri:l e 
2umenu c:rponmc~lrnc:nte no soro m.ttcrno, até o lim da 
gravtdez. Nr.-e" reduzidos d..t mesrn~ ,_t no pnmeuo tri 
mcs1rede grnidez,ll.s.~am-sc a docnç.u crom05S6micti 
numéricas fetais.. 
Ttsrt•.s ourto rTRli'Lu 
& dosJ.gcns bioquímica~ no ~Jro materno s.\o testes 
de trUgcm. Assim,. qwndo alterado\;, c.xigcm a rtahzação 
de t~es diagnóstkos, como a .1mnioccntcsc c bl6psl.1 de 
vik:lcoruLp.trasuaconhnn~Autilluç.\ock.lpc:nuum 
desses ma rodares fn com que c~·..do número de- lHL~ 
d•agn&tico3 tmha resuh.Kios nomu.•s. o que •mplie:a gas-
t~ económicos e esl.rc'SSC' cmocton.1l desnecttúrioi. P.tr:~ 
redu ti r es~s pml~. criou-se .1 estratégia de associar as do-
.ugms de .aJf:a-fctoprotdna e da~ hCG (teste duplo) ou as 
tn."s dtw.gem, mduindo o a triol (teste triplo). O ptdodo 
ótlltlopara.lSU.l realizaç.iioéentre 16e 18semanasdegravi· 
dct, podendo secestendido par:l l~c 20scnunas.O ro1.stre· 
anlcnto no primeiro trime-stre ~ feito entre 1 O e 13 ~em.1nas. 
Persistem dificuldades p.lr., lkl.lr com e\se~ testes cm 
nosso meio, pois des cxi~m CUI'\'.lS de norm:thcbdc na 
populaçio,l:tboratório experimte, conhecimento c:ratoda 
idade gest.x:iorul do peso matemo e c.lo número de fetos e 
tabd.u cspcd6cas de con'<ef'),jo d~ n.'SUI~dos em riscos. 
D IAGNÓSTICO PRÉ-NATAL 
O nUmero de docnçu PJ.~fve~ ck d.agnóstico pré-na 
ta.lcrcscccontimJ:m)(nte. A ~ metodologias pJ.ra o di otgnó~-
16 0 
tico pre.-natal utiliudas mais frequentemente são: ~udos 
uluassonogr.ihco~. estudos ci'OfllOSIÓmJCos. testes btoqul-
mlcos e análí\es do DNAP 
E STUDOS ULT RA SSONOGRÁ FICOS 
A u!tr.lssonograli a é utiliz:uhl. p.trJ. estudar a anatomia 
fetal. Ela é capaz (!c i(lentiflc;lr aJ,Onta!ias estmturais maío · 
rcs, como htd roccfãlia, hidrancncefalia, defeitos de fech:l-
nt{".nto do tubo neural, holoprosCncefollia, microc:ef.1.lia, 
macrocefalia, ci~tos de plexo cor01de, .tnom.1lia de D.tnJy-
\\'allcrr, higronus dstiCOS. dr\'t"f'tO.S t1pm. de cudiopatias, 
hémia.s d.afragmitte.lS, onf.lloctle, gaMrosquise, e.:rtro6u 
de bexiga c de c~. atrt~iu do tubo digesli'r'O, agenesia 
rena~ hidronefro~. rins poltd!h~ cistos renau. obstru 
ções ureu:~iscom ~bcx•g.:~. tnlreoutr.1s.l\xle toam bem 
estabelecer o diagnó:\:t•ro de algum.n d•spl.1sia:~ ~-.eas e 
alertar par:~ acxi!lt~nci.a dcoutr.ts." .1 
Ao ser encontr.1da uma anom.lli.l fetal esti indicado 
cuidado~o e\tudo da :uu tomia feml en, busca de outras 
anomali.l..~. Ú tamWm irxli~peon)i\'d o c~tudo cromoss6-
mico fetal, pois as doe-nça~ cromo~!ómicas associ.l m-se .b 
malsdi"x--rs.u anomaliascong~nit2 ... 
Já existem estudos determinandD aas:socia.çào de al-
guma.s anomalias e algun11 parimctros fetJ.is otcontr~ 
i ultr:wonografla e alguma~sfndromcsespedhcas. princi-
p.t]mente .1 ~ndrornedc Down. SJoos cham..dos ·m.trca-
don:s cromossómJco:s' 
Diante de feto com .lnoma~ou t!truturais e rstudo 
crom01.~iro nonnJI. é preciso ter muita cautela c C\'t-
tar tcntol.ti\":l.S preciplt.l<las de d~gnós.tko smdrómico. 
Mesmo após o nascimento, com o cx.mx físico comp{eto 
c todos os dem.us e"aml!~ d i~pon!vcis, os melhores cen 
tros dl'd bgnóstico dismórfico do mundo não con~eguem 
estabelecer diagnóstiCO sindr6mico em cerca de 40% 
dos pacientes. A .1bordaS'=m dc55a situaç.l<.> deve ser (cita 
preferenci.llmcntc por equipe multtdisciplinar que conte 
com a parhcipaç3o de uhn..s~rafisU cxpc-rk'nte em 
morfologia fct.t~ gencttelW-l, obstetra. neon.ttolog;sta e, 
algum-'s \"eZes.cirurgiio-ptdaátrkoc psicólogo. Por outro 
bdo,quandotudoindac:lqucaanan.lliaéisdada,d~-e~ 
e'\-il.u tr:~nquihur 0:.o1 ~n1tores prematuramente com a fi r~ 
milçócs do tipo ·o feto é norma~ cxceto por e.ne achado 
uhra:t.«>rlogrifJCo", pois mutt2.5 anom<'llias só podem ser 
idet)ti&adas após o na~cimcnto. 
NI)Ç6es Praticas de0bstetrici.l 
ESTUDOS CROMOSSÔM!COS 
Mprlncip;usindicacõcsde~udoaomossómicofttalsio: 
ldadt maltrna t!nuda: como p. \'Ú!O. o ruco de h· 
U1os com sindrome de Down de,• .-.se SJgnifiuth-a 
mente, nas mulheres, :a p:.ut1r dos 3.5 anos. Esta l. ~ 
il)dicação mais frequente de diagnóstico prt-n.1t.t\; 
rt$ult11do ar.om1.1l tm /t.stfs rit triagmt prl ntltal· quan· 
do a tnnsluc~nciJ nucal, .wali ~ç5b do 0-'SO n.u;~l ou 
<1.'1 testes bioqulmicos indicaren' risco aumentado 
pur.t doc-nç;ts cromossómicas; 
.filho nnJtrior rom tmscmra livrt: o risco de r«orrm-
da da sfrxlrome de Down por trissornia ltvrt t de 
l-1 2%emgravidn~futur.udocaAI.A~rde:o 
risco de ~orrênc:ia das demais tnssomta.s~ mais 
ha1x~ é comum a indaçlo d(' estudo Cf'OI'I'IO$.~­
mico em sr;tvidczcs dt casais com hlho :anttrior 
rum outr.u:trwomi.lslh~; 
cmoma1Jas at1mO:SSOmica.s W.rulumrs bttlmKtadaJ tm 
um ,{as mt.mbros do awl: os portadon..-s de .lll0111alus 
aomossómlcas e~truturais b.lbnct..:~d.u têm rtlco 
.._unentado de terem filhos com Jnom~\ta, crom~­
sômiCdS eStruturais não OOhnccadas e tem indlc.tçâo 
de di ;agnóstico pré-n.1talcm tod.l gr.widez. f:.s!le risco 
d~dt do tipo de anomalu prt"Stf\te e do membro 
do moi portador (hom<m ou mulher~ [m .Iguns 
casos,clcpodese:rdeatC lllO'J'; 
.monkllifls Jtta15 dt:t«tadtu d ultro~fol; como 
)1 ''ISto anteriormente, quando for dctcct~d.l ma~ 
fornYçâo anatômio no feto, de\'t sempre ser soh· 
Qtõldo o estudo cromossómico fcta~ uma w:r. que 
as :momaiW cromossómicas podem cursou com as 
m:1is dh·('rsas mal(ormações; 
dttc.rminllÇ!1o do uxo fetal: indic:~da quando :1 mãe é 
l?<'rtador.1 de docnçal'i recessiva~ ligadas .1.0 X(' n~o 
~possível o diagnóstico pré-nat:tl com OOse em 
estuch~ de DNA; 
t)iftf\1Iimlita(&t: muit.u vnes, ca.uis que teriJm tn· 
dicaçio de avaliação pré-concepdoml engnvKI:~m 
,ant~ de realiú.U.. Em algunus dessas s.tua~. 
como nuis com perdas gestxion.li.s anlttiores, 
6Jho :.nterior natímorto, neomorto ou com ano-
maJUs ml'iltipl<~s. sem du.gnóshco cstabdecxlo. 
retardo mental em parent(' pcóximo, anomahas 
conginit<~S em parente próxtmo,.de\'t' 5er 2\':1hada .1 
n•alizaçio de eltudo cromoss6nüc:o pré-natal. 
AspectO$ Sãslcos da GenHica em Obstttrlcía 
ESTUDOS DE DNA 
Grande quanudade dm: ~s responWTis pelas 00. 
Mç.tS ~~cas pé conh«icb. Apnu disso, o dtagnóstico 
molecular nem sempre é d1sponh-c~ poís muít05 desses 
genes são grandes e o mímero de mutações ~ívels deo 
alter.u sua função também é muito devado, chegando_,;\.~ 
vezes, a cemenas. Além disso, muitas doenç:ts aprtt~tam 
heterogeneidade btenética c m.1is de um g!ne pode c~taren­
Yolvido em sua etiologi.l. 
E,:i.stem métodos dii'C105 e lndiretos de diagn6stiC'o 
molecular. Os dirt.'tos estudam a própria t.Urutura do gene. 
O diagnóstico mok-cular direto pode utiliur a reaçlo em 
adtia d.t polimer.ue (PCR) eosoull~ttn IJ<,t 
Nas abord:JR't'JU mdndõiS. slo rea.Li:udos estudos de 
lt~io ~ia"'(/ml-agr} P.ar.t que iSSOSCJJ passivei. é ne-
ccssirio que se conheç'3 um l«us poLmórfico próxtmo do 
gene emolvido na etiologi.t d.t doença. O principio do C'S· 
tudo de ligação~ que d01s loo qui!: do muito próximos não 
sofrem rtC'ombin..tçlo na mt!iosr:. De~u mant"ita, um foros 
polimórfico · lig:tdo" a um gtne de docnça pode funcionar 
oomo sim! que predita pre,ençaou aus~nc1.1 do gene com 
a mutação no fero. Para i~to, ~ãoa n.tlis.tdosos DNAsdo feto 
c dos gcnitores, que serão tipado.s pda Pq R, p;~ra o locus po-
limórfico conhecdo. 
Os estudos de ligaçlo slo indk.ldos quando o gene é 
de$Cünheódo, sendo lmpossll"el procur:u mut;~.ç&5. ou 
quando possui significatwo nUmtf'(l de mubções enenhu-
rru. dela_( é comum na populaç;io, sendo gtr:~.lrnen.te multo 
dispendiosa a procura suttmitK:~ cUs dt\"t'TSaS mutações. 
FtsH, ClTOGBNÉTICA MOLECULAR 
I! CGH i'IR RAYS 
Apei:lr de c.sscndalmente moiecubrcs, essas abor· 
dagens se situam na fronteir.1 entre os estudos cromos· 
sómk:os e os de DNA Trata-se de e.studo de regiões crí-
ticas do DNA de diYems regkx!$ cromOS5Õmica.s para 
tdenti6car a sua pre~ em dose extca (trissomias, por 
exemplo) ou 'õ1.l.l au~ncia (monossom~s). Em diagnósti-
ro pri-natal. elas Solo us.1das. mutra.s vt'U$.. para resulta.do 
rápido, que não depende de culrura.s celul.ares, ou para o 
di<~gnóstieo de algumas sfndrorT"~es es~dfica.~. como dc--
leçõcs cromossómK:.u mmlo r~uzidas c síndromes de 
genes contíguo:s. ~' 
16 1 
,A ampllfiC.lÇlO pela PCR de mi(rOSS.1télitesdncromos-
~omo 21 , conju ntamente com drnsitomctria a la~>tr JSSIStida 
por rompmador, ''\!m sendo uul1t.uU poc diversos pesqui-
s:adore.s. especi.11mcntc J.'11'3 o dJ<lgnósllro pre.n.u.d da 'in· 
drome de Dm~TI. em 01\A extr.ddo de céluW fe1m, crlu 
lu do líquido :1mniótico ou de v1lm cor;ómcos. Ue forma 
semelhante, a cít~"'t'n~tica molecubr podr ser uSJ..J:. p.tra 
odiagnóstko pré-natal das trhwnu.u 13, 16, IS e 21 c do~s 
anorrNiid3dcs numn-w docrornossomo X. Alguns l3bo-
n.tór~ j.1 comcço~m a oferecer o dlol.gnóstico de triuomw 
de todos os cromossomm, pcb cit~nétíca mo!t.><:ul.u, 
Outra t~cnk.l recente que JX'rt'nite ldentificar pcquc· 
n.a ddcções e duplicçõcs de s.cgment~ de D;..JA, que n.to 
podem ser ''ISI~'> pelo miCroscópiO, r ~ hibr.d122çlo com· 
~\Uatrva do gl!110ma {CGH). l».wJdJ em m•cro..1rr.r.np' 
(CGH (trruy). Et.';t ll~·mca, u s.1d~ micialmcntc cm onco· 
logi ~, Yem sendo emprcgJda par:J j, diagnóstico de feto~ l' 
cri:J nçA~ com mal rormat;Oeo: e ~n o~oomalias detectl\'riS 
no estudo cromossómica, nu..' com reduzidas dei~"ÕtS c 
1n~ resuh.mtes de inuabtldldts gmõmie~.._•• 
ESTUDOS BIOQUÍMICOS 
Dn·'Cf'S.l1; dornç.1\ mctabóhco~~ como as muropohn.a 
co~ridoses, lipid~.:s c erros matO'/ do 11ll'tabohsmodo-; .un•· 
no.kidos, podem ter o seu di.tgnóslico pré-natal feito a p>H· 
ti r de dOSJ.gcns cmimátiças ou dd met.tbólit~ rcaliudos 
em líquidoamniótteoou vilocon.al. No entanto. cm nosso 
~1), muito poucos I:.bonrórios dommam essa~ t«nK.u.A 
mttodol:ogu de f~tudo\ cm DNA vtm, aos poucoJ, subst1 
tulndo com vanl:tb-.:ns os estudos: hinqufm icos. 
Embora M:jJ. poss.ívd utiliz..u a do:t.1gcm de .1ltà têtopro-
telna e de .act:tikohnestmse p.ua o d•;:~gnóstJCo de defeit~ 
de tedl:nnento do tubo neural c da parede 3bdominal o 
rmbmsodaultr.wonogrnliatcmfrltocomque~tcstcs 
hKKJLiím~eos vtnham sendo pr•ll ic~mente ab.andOOJdos. 
TÉCNICAS DB C OLETA 
DE CÉLULAS FET AIS PARA o 
DIAGNÓSTICO P RÉ-NATAL 
O ohJl'til'O d"-u.., tknlc.ls ~ a ookt.a d~ ctlutu Cet.tis: 
que permit.lm a r.:-Jil73çiO do~ t'tudos cromo~~ÓflliC~ 
de 01'\.A ou Jos:~gem hil>f4UfnHcu.l\ técnic;t nl:lJS .Kie· 
quada depende da a,·ali~~ de cada caso c tb e,;pcn~ncia 
do obnetr.l ~do l.aborntório que,.,~. reo~.liur o exame.As 
m.us 1mpo:t.antes.W coleta de vil o cori.l1, amnioantcse c 
cordoc-rnt~~- · "' A discusslo dos drulhcs t&mcO\ de c.tda 
uma delas t\ objeto de outro~ cJ.pltulos tkste hvro. 
COLBTA DE VlLO CORLAL 
Con!.í~te Zl.l ret•rada de pequena quamidadc do córkln 
lrcmdoso. P.u.1 mais .~egurJ.nç.l, deve ser rell i"Lada ;"lj>Ó\ 10 
semanas de gnvidi.""L. É ta mbém denominada bóp-;~ de 
pb.etnta,quandore.aliz.KiaJpó~ 12'ol.m:masdeg~.Jçlo.t6 1" 
.H~r, r:n~ proccdlfll('nfo é rt"::;liz:u!o exclus:n·:amrntc 
p<'lll vi~ tr.Jmahdominal, que pode 5Cf utilr"ZJda ~té o linaJ 
da gravidez. A n.l tr.mscervJcal foi abandonada pelo~ rm:os 
queac.arret.t. 
O ,,lumr de materi.tl.t scrcolludo dependcr.i da habi· 
lidJdcdo laborJtórioe :Jigum.u '~esd~ exames .1 serem 
rcalizados.l!m geral, FJf3 estudo~ qomossóm•cos. a quan-
tid.tde ide:ll e (I c 20 mgdc vilo; no cnranto,;\lguns bboro~.tó ­
rioiconseguem re5ult.ldosem quantidades bem menor...-s. 
Qll.t.ndose" dtst"}3 nu.tcri.lll par:aesrudos de O~A (di;~g­
nó.si.Jcock doenç~ p.'rucas, dttmninaçãodc PJtemid.lde). 
cstt é o método de escol h:~ , p<>Z\ par.l esse tipc> de an.l..li-
se, n3o é ncccss.íria a rcJ.Ii ·~Jçlo de cultura. Par.l estudos 
cromos.s6nüc.os, a lgu n~ labor.ltórioo;. preferem J cultm.l de 
curto pr.uo (24 hor.u), que permite o remlt:ado entre três 
ecincod1U. 
A gr.-znde ''~n~oem da cokc::t de "i lo nYiJ.! é .1 ~la pTe\."0-
c.dade, rer!u7indoo período ele: in<:l'rtC"ZJ do c.lSJI 
Em torno de- I% dos ca~ ~o encontradm mos.akis· 
mos cromm..."lãmieos. l'\a maioru. das veza, ek.c c~tlo res-
tnlo:s ..1. tec:ulos trofoblis!lcos. No c-nunto, p:~ra tSS3 deli· 
nição é ncc~Jsáriõl" re.tlil.lÇlo ~cnor de :ammoccnt~e. 
Nos poucos casos cm que " amnioccntc~c contirrNr o 
mos.1 lCIStnO encontrado no vil o, o :tconSI:'lllamcnto ~enéti­
co é complexo e cxigir.i .\ consult:~ a g ... -ncticiSU com ape-
ri~ncu. em d•:.gnóshco prt -na~l.1' 
O n.sco de .tborumento com .1 rc.tliuç.io d.t colcta de 
.,.;Jo~cmi .tls é ma1s baixo que 196. Os riscos mJ.ternos mai.s 
frequente~ s~o sangramcnto v~glnal, i nf~q . .lo C' sensJbili7..a· 
ção pdo (.uor Rh. E.!es s;\o mln•mi7.adc)!,com a experll!nci;~ 
dos proflSSIOIUi~ tm""Ol\•ido.s N CQ)eU e rom O dtagnóstiro 
c cu.d.1.dm nL"Cl'SS.i.rKX na\ mulher...'S Rh negatwo.." 
N~s Pr.iticasdeObstetricia 
Em l991 e 199l.fOt"õirfl(eJtos.l!gunsrebtnsprdimin.:.-
l't'S. .tlert:mdo p:tr:l pos.<dvd :~.ssociaclo entre Oll defc110J de 
rtducàodel'Tl('mbrme a bl6psiadc\•ilocohal. 01Vcrsose~­
tudo~ co!iborJtlVOS COI\du z.ido~ em vários centros do~ f \ 
tJ.do~ unjdo~ c Europ:t n~o constJtaram àssod3ç;1o com 
"gnihc.incia t:~tat1slica entre o .. defeitos: de rcduc.lo de 
membro."; e a biópsia de \'i lo corial. Estudo condur.ido ~b 
controle da Orsaniu~o Mundi.1.l de Saúde .t~br<lng._'fldo 
1.18.996 colet.ts de vilo corial concluiu que euc tipo de 
exame e seguro, com tau de perda fetal rompar.h-cl.\ ~ 
J.mmoccntese e com .1. mesma incKiêrx:ja de dc(cltos de 
membros da popul:;açl o cm ger.tl. Esse me~mo 1.'Studo 
concluiu pela i nexi st~nci.\ de qualqut:r anomalia cong.~n i 
ta a~~ocdda i biópsl3 de vilo CQriaJ.11 Em rcl.tçlo .\ perd :1. 
trl~J. rev i:tão sist('m.iuc.l public.1da pda Cochr.mC' 5Ub'Crt 
que a me~onu. seja kvt"mcnte m.ti~ acentuadJ. OC'S~ procc· 
dmX"ntodo que n:a 01mnioce:ntese.~ 
A MNIOC.E NTES t 
Consi~tc n3 utillzaç~o de lfquido amnióllco colhido 
~-1.1 pun~:.o da c.wkiadc :~mn iótica como amostr.t para a 
rt:.tli uçd.o dos e-studos necessário~. 
O volume- colhido habitu;~lmente t de cerca. de 20 mi. 
Slo .1.\'.l!tadas céhll.as fetai .. (~broblastos) proveniente\ d-1 
dcoscamação d;~ pele, vi.u urin.lrus e tubo digestivo, após 
cultura. Podem ')eT re:alu.tdos estudos cromossómK()(, 
m.Hise do D>JA e cHudos bioquímicos, O líquido .tmni· 
ótko pode ainda )C r utili:e:tdo p.1r.1 dosagens hormonJ.is e 
diagnóst'ic<> de infecções congén ita~ 
Gcralm<'nte, a amn loctnti:'Sc ê rc-ah:zada a partir de IS 
scm.t!US de gr-l\'ick7. O r~ult.ldo do estudo cromo~:~óml· 
co normalmenteéobtklo:a~ 10:~.14dJa~,poi\:dqx-ndc 
do Cres(lmento cdul:n P:~~ rrsult~o m..ti"' rãptdo ttn rt'· 
b.ção.b anormalKI:u.tcs mais frequentes (tris:som1.u 21, IS, 
13. 16, 22, monossom1.1 X, triplokiias), permitindo lr.tn· 
quil iur b C;J.S.ll, alguns laboratórios utilizam técnica) de 
citogend ica molccul:tr ou PISII, que prrmitem diagnós· 
ticoprcllminar c-m 24:.4~ hor-J.S. Posteriormente, qu.1ndo 
concluído o estudo croml))sómico em cultur.. cclul,tr, t 
fornecido o re~ultado dcfiniti\-"0.'~ 
A amniocentese é proccdiiTK'nto b;a~nte5eguro, com 
risco de :~hort.J.mento de meoos de O.S'1i-. Suas compi1Q 
Ç\X~ mah frequentes sloSJngramento n ginal c stmnb1l1 
zaç-.io~lo fator Rh.1~ 
Aspectos 8ásieos d3 Gtn, tlu em ObstHricia 
A ~mnioccntese precoce, antes de IS lo(fOan:ts. I01 
ab~ndoo.tda pelos riKO\ quc- ac.meta. 
CoRDOCENTESE 
I!. .1 coleta <k SJnguc dm:t:tmentc do rordão umbil ic:al, 
ortentada pcU ultrassonogr:liÜ. O s.mgue ohtido poJe ser 
utilizado pua estudO' cromoo.~k'OS, ~ do DI\A. 
~gms bioqulintU.S,du~PJlÓ!.tiros de hemogloblnúp.llias. 
~gens de lgG e lgM t"eui~ t' m.'SC"l.""Otcv:aried:tdede 00\'0.$ 
er.~:mes.:l 
SuJ..s indicaçóc~ nu is frcqu(nte~ <io: ad 1aJo de :too 
malias feta i\ pelo ~:-..tudo ultr.monogrãfioo, falha cm obter 
r(sultadoem lrquir.lo amn16tico, re\ultado amhlguo na.lm 
nioccntesc, doenças qur só podem ~r diagnosticadu JX'C" 
testes bioquímicos cm pluma fetal ou ~lulas sanguíne.u. 
Podesert'C3hnd.a.ap:~rllrde ISSC'Jltlnasdegr.l\'idcz, 
no rot.mto. sua t&nic:~ ~ m:;a~.s d1Rril que a colet.a dr v1lo 
cori.ll c .1.mmocr-ntesc. A percl.l fetal pdo procOOuncnto 
~itua-sccm toroo de 2%. 
Su.u comphc·.u;õ.:~ m.liS comun~ sào ~.1ngra mcnto 1'1('1 
local d.1 P,mçãn1 h~'lllalom.l de cord:io umbi.lk:.l. bracl icar 
dta fetal h~morr~i.l. feto-materna, '-tn\-ibiliz.açlo p<"Jo f011or 
Rh, descclamento prcm.uuro da placenta e p.1rto pré·tmntl 
Ü H EREDOGRAMA COMO 
MEDICIN A PERSONA LIZADA 
O imtrumcnto mais Importante da Gcné-tic:. Clfnit.'"l.l 
perm.anece~~ohcredogr:amõl. Esse, quando bem·fcih\ 
pode tomar óbvio um meonismo de hi!t".tnça,sej:~ ele ti· 
pk:o,comon:a hcr."lnc;a mendeli.t~n:a. SCJ.lOOS padróe<l atipi· 
~como na hennç.l mitocondrial, nos mo\.lici\mos de 
células germinativ:a~ c n:ls doenças de herança complexa. 
A dctcrminaçJo dc:1 p.~drlo de herança é import.lntc tanto 
para o dlagn<htko do probando quanto para kf('ntlfit.lr 
outros indivfdum na f.lmlli.l cm ti sco Lia docnç:. e que 
necessitam de avah.)Ç.\o genét ic.l c .lCOflsdh.tmento b"t:· 
néttc:o. Apcur dos e:nn"'Cll mokculares e citosenétK:o~ 
w~sti<'2dos. históri.l Dm1li.lrcorrcta com a comtruç.\odo 
hen>dograma pcrm.:mecc como :1. fcrr.lillenlil fnnd.:tmtn· 
t..1l para o pf:mqamroto t trotJ.mcnto indh-idw.lizado..c dos 
p.tciente$. 
REFERÊNCIAS 
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