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Farmacocinética Mecanismos de Transporte • Processos passivos –Difusão (simples, por poros, facilitada, por troca) • Processos Ativos –Transporte ativo –Endocitose e exocitose Fatores que influenciam os transportes •Membrana: espessura e área permeável •Fármaco: tamanho e forma / pKa / lipossolubilidade. –Meio rico em ácido: Ácidos fracos AH = H+ + A Bases Fracas B + H+ = BH+ O fármaco mais competente para transportar-se através de membranas é o que reúne adequadas lipo e hidrossolubilidade. Absorção • Para alcançar o local de ação o fármaco é obrigado a atravessar membranas biológicas como o epitélio gástrico, o intestinal, o endotélio vascular, ou ainda as membranas plasmáticas celulares. • A absorção é a transferência do fármaco do local onde é administrado para os fluidos circulantes. • Oral: dissolução no suco gástrico - esvaziamento gástrico - duodeno e intestino delgado = absorção (circulação porta) = circulação sistêmica. • O período de latência dura: 5 a 60min. • Influenciada pela alimentação. • Apresenta fino epitélio vascularizado • Velocidade absortiva da via Oral: – Dose / Formas sólidas ou líquidas – Estabilidade química nos sucos digestivos – Esvaziamento gástrico / Trânsito intestinal – Fluxo sanguíneo – Flora bacteriana digestiva – Presença de alimentos no trato digestivo. • Sublingual: rica vascularização=rápida absorção de pequenas doses. • pH levemente ácido favorece forma não-ionizada dos ácidos fracos. • Evita inativação pelos sucos digestivos e metabolismo de primeira passagem. • Retal – Quando a ingestão oral estiver impedida • Paciente inconsciente ou apresentando vômitos. – 50% do fármaco passarão pelo fígado. – Absorção irregular e incompleta • Podem causar irritação da mucosa • Respiratória – Grande área absortiva = níveis séricos iguais aos obtidos pela IV. – Evita perda de primeira passagem hepática. • Cutânea = Lenta. – Placas tópicas de liberação controlada. • Mucosa conjuntival: – Absorção sistêmica é indesejável (Nasolacrimal) – Absorvidos pela córnea • Mucosa geniturinária: – Creme de estrogênio produz ginecomastia no parceiro. • Intramuscular = Rápida. Fluxo sanguíneo (deltóide/vastus lateralis/massa glútea). • Subcutânea e submucosa = Absorção constante e lenta = produz efeito prolongado. • Intraperitoneal = superfície ricamente vascularizada. • Intravenosa = prescinde de absorção. Biodisponibilidade Proporção da quantidade administrada do fármaco que chega ao sítio de ação ou aos fluidos orgânicos. Quando 100% da dose chega a corrente sanguínea diz-se que tem biodisponibilidade equivalente a 1. • Decrescente nas formas: solução, emulsão, suspensão, cápsula, comprimido e drágea. • Absorção adequada não garante biodisponibilidade (alguns fármacos são biotransformados no fígado antes de atingirem a circulação = metabolismo de primeira passagem). • Classificação dos tecidos: – Suscetíveis: sofrem ação farmacológica. – Ativos: metabolizam o fármaco. – Indiferentes: reservatório temporário. – Emunctórios: excreção do fármaco. Depois de se completar a distribuição, existe uma relação constante entre as quantidades de fármaco no plasma e no restante do organismo. Ligação a proteínas plasmáticas e teciduais • Fração ligada: farmalogicamente inerte/reversibilidade. • Forma livre: difundi para fora dos vasos e tem ação farmacológica. A determinação de níveis séricos para monitorizar efeitos terapêuticos avalia a concentração total (formas ligada e não-ligada). O complexo fármaco-proteína age como reservatório temporário na corrente sanguínea. Os fármacos competem entre si pelos sítios de ligação protéica... Eliminação • Excreção renal • Biotransformação hepática Meia Vida Biológica Tempo gasto para que a concentração plasmática ou a quantidade original do fármaco no organismo se reduza à metade. A eliminação se completa após quatro meias vidas. Biotransformação Consiste em carregar eletricamente o fármaco para que, ao passar pelos túbulos renais, não seja reabsorvido. Ocorre no fígado, pulmões, mucosa intestinal e plasma. Fármacos lipossolúveis nessitam ser transformados antes da excreção. Capacidade de Biotransformação Hepática • Fisiológica (período neonatal, gestação e velhice) • Patológica (cirrose, hepatite, insuficiencia cardíaca, desnutrição, alcoolismo) • Farmacológica (inibidores e estimuladores metabólicos). O fígado é capaz de excretar ativamente fármacos por meio da bile para o lúmen intestinal. No intestino podem sofrer reabsorção pelo circuito êntero-hepáticos ou excretados pelas fezes. Excreção Passagem dos fármacos da circulação para o meioexterno. Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente não sofrem reabsorção tubular. • Renal – Fatores fisiológicos e patológicos • Fecal ou biliar (tubo digestivo) • Outras vias (pulmões, suor, saliva, lagrimas e leite materno) Depuração Volume de plasma que na unidade de tempo fica completamente limpo de um determinado fármaco. Como ocorre? Excreção do fármaco na forma ativa ou Biotransformação a metabólitos inativos. Quais órgãos mais contribuem? Fígado e Rins. Aplicações da farmacocinética • Latência (Tempo que decorre entre o momento da administração e o início do efeito). – Influenciado por: velocidade de absorção, distribuição, localização no sítioalvo e eliminação (indiretamente). • Pico de efeito (Tempo necessário para se atingir concentração máxima). – Influenciado pela resultante do balanço entre a distribuição e a depuração. • Duração de efeito (Tempo dependente da velocidade dos processos de): – Eliminação – Distribuição Concentração plasmática de equilíbrio • Situação na qual a quantidade de fármaco que entra no organismo iguala a que é removida (biotransformação e excreção). Administração de doses repetidas • Depende da concentração plasmática de equilíbrio – Ocorre em torno da quarta meia-vida (Janela Terapêutica). O espaçamento de intervalos com o aumento compensatório de doses é limitado por potencial toxicidade da concentração e por níveis subterapêuticos.
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