Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
40 Doenças da Tireoide na Gestação Fisiologia e Função Tireoidiana Materna Protclnas Ligador.u de 1iroxina Estimuladores Tirooidi:mos na G~taçlo M~taholi~mo do lodo Conccntr~Õf:i d~ T iroxina (T 4} c Tri·iodotironina (T3) Conct:ntraçOcs de TSH Determinação de Anticorpos Antitircoidi.mos Octcrmin<'lç.5o de Anticorpos A.ntlrrcccpt'orcs de TSH A Placenta e a Função Tireoidiana Função Tireoidiana Fetal Doenças da Tireoide e Gravidez Hipertir~oldi.smo e Gr.wld~ Hipoti~oidismo e Gr.a\·tdez. FISIO LOGIA E FUNÇÃO T !REO!Dl A NA MATERNA Agc.widczc.~erceel~itm radkJ.is 11:1 ii~cl.osi.a tin:oidiJ no~. Ü<otrcm alter.tÇõe~ no JTletaboL.smo do lod~ na :nivi d.adc d.t g).indub. ti~ide, oo tnmporlc dos horm6nq llrcoidl31'10.1 ~·no metõtholimlopniféricodJ. hroxma (T Jc d.l tnlodot•ronut.t (T.). E.~ mudanç,u excn:cm .K~ntu· ~da :-cpercu'qo no diagnóst.ico c tr.uammto du doenças da l1rc01ck na gestame, confonnc demonstr:~do no Qpa. dro 40. I. ONa forma, é r.xomcnd.t"cl qut :u: mulhtres com doença~ crónic::as da tireoide pbnCJcm SU3!. b'C~taçoes. A~ doenças auloünune.~ da tireoide ~omt"tcm cmco a oito Anclisc lmpcliúcri Nogueira Bócio, Nódulos Tireoidianos e Câncer da Tireoide Aconselhamento Pré-concepcional t-liperdreoidl.smo sob Tratamento Tr~tamento Jla,s,ado com Radioiodo para Dotnçtt de Graves Tr.lt.uncnto P.urJadocom H. adioiodo pan CarcinQma da Tireoide Hipotireoldbmo sob Tr.1.t:unento T1rcoidite Crónica em P.:aciente Eutireoidca Tireoidite Pós-parto "eze~ mais mul ~res que homens c seu curM~ pode serafe- tado por alter.1.çôcs imunológtc.as que se veriricam na gra- videz e no perÍ<lrlo pós-parto. No início da gravide7, h-1 sigmfk,,\Í\',"1 mtKiança no pa· dr.io de secr~):.lo de lwrmóni<n~ tireQid~nos, dc\·td:lprin- ci~lmente: 3.0 J.UillCOtO da slobu!Jna carreadora de titOXi- n.l (TBG}, efeito cstimui.JMr)n do hCG n(.'IS rt'Ccptores de TSH e aumenlo do d..tti.'J.mmto n!n:al de ioCo S('(.undário ao :aul"l'lento d.t IUJ. ck liltr:~çlo glurneTular. A g.Un..-iuli. Un..'Oidc norm.:al é coip.n dto comp.:-nur tsso:a~ demandas, aumcnt.lll:do :a ~cnç~ <k hormóntos lirooàdianoo. t m.ln· tendo normais~ niv~h dos hormónlos livrei. úttret:antc. em Situações l'l.lS quai~ hJ. anorm:.lidacks prévias ou ~ub clin ica~ na f\lnção dJ. til'('oidc, os mccanismN de comfX'ní f uçlo podem C"St.a.r comprometãdó~ colocando tm nsco .1 progresUG d3 gr:~.vtdn} E)!l-.1~ .1.lteraçõcs: scrlo dLKutKI.1.~ sq>.~roldlmrntr: a ~eguir. Quadro 40.1 I Rc~u!tadosd<K te.~t~ de funç.io t1rtOKf1;ma llJ.ml.llhergrivlcU Te!>tP. Ef~ello T4total J - - T4!1vro T3total Aumentado Inalterado• Aumentado -~-- TSH nreog-loWi- .na- - --1- Inalterado • At.rnentada 'Os•••~-- . ,iltados cmo mt:e..tls ....,~J.!:.scam "'~ndlrefert-wpar, ,.l..,.SMoQJ.i'•t.:n.l\«rte,...t•n KO'I· ltct,n.uos\G!oresP.tsen-.se~ptnasCI:If-.n PROT.E ÍNAS LIGA DOR AS DE T IROXINA As concentr.1çoes ~érica~ das glohulitus l igador.a.~ de tiroxina (TBG) tomam-se a.pro:dm.ldamcnte 2,.5 \'t"l<'S m:.iorr:s dur.1ntc a gcstaç.io, com pico de concentr.lÇlo cm tornod.a 21·~an:.. Essaclc'l--açãoé ckvkb :.g~ndcpro· duelo dt e.stn'8!!nio scm .. 'tado pela placent;a A) TBC:s SC· CT\'tadu cm resposta ao estímuloe~tfOb~ntco slo ric;as en1 cadcw bpo 1\-.x:etilgalactosamin.a., que (ucm com que as TBGs sqam d:ueadas rNis lentamente que as TOGs de mulheres não gr.ivldas. OCI~ionando .:mmcnto nas con ccntr.tçócs plasnútios das mesmas. o que kn ao :mmen· to n;a)conccntr:I.ÇÕCS dc-T, c 'l' 4 rotai", porém njo interk-re m.~ li.>rmas liHl'S. Na !Z:rJ.videz também se \otrili~ discreta h ipo::~lbuminern iJ., m;s que não interfere n:~ l ig.açào ou dis· tribuiç~o do T , sú il'o.l êSTTM ULADORES TIREOI DIANOS NAGBSTAÇ,i.O Dur.tnlcagcsl,)Çlo.outros~imulantesd.lativid.adeti n.-o.duna que No a tirotropina (TSH) Qocncontrad~ no s.1nguc m:atemo. especialmente J. gtm.ldotropm:t corlónr.t humJn;a (hCG) e ;t ;L!ialo-hCG, que possm :tll,·íd.ack tire· otrópb :ainda mais .KentuadJ do que a hCG. Logo após :a impbntaç.lo do O\'O, a\ conctntraçOC's sb101s de hCG ele~m-se raptdamente.dohr.anJoa ad.a di.1 até .1tingir um pteodc roocent~ no lin.tl do pCimt'lrotnme-tre.Após esse período, hã reduç:.O de s J. 1096 :tléo linal na primcir.l metade da gt"S~;v;ão. Dur.tnte esse ptrfndo, :t'> C'OOCentr.a.- çOO das iorma~ li\'!e( dC' Tl c T4 cle\':l.m '-'! d•scrctamcntc, usualme01e dentro da Úix..l suprrior da norrnahd.Hic, en- qu.1.niQ o T SH tem ~'\IS nf"cis reduzidos para os hmitr s inferiores da normalid.tde. Ao mcMnO wnpo cm ql•e a~ connmtraçõcs ck hCG cJcm, há M!bSHluLçlo por (Qrm<r.!> m:a.is i.~nesath-as, com meno.~ pot~nd:'l tircotrópica. O e ....ta forma, O cfo:-110 ('Stimulanfc: da I. IT\.."'idc ~ 11ÚXimo 110 rri- ntl'lfO trim~re d.a gl!'taç.io. Na n'l.l.iOno\ d:tsgc~taçi)IS nor· mais, C'5SC efertn es.timul:ttóno da hCG ~obre a tircoLdc é de curt.1dur~.bo e,gcralmcmc,nlo det«to5vel. P.tr.ascrdt- niamente ~arent~. os nh'I:IS ctrntlant~ W hCG dc\'Cnt estar ilCim.1. de 300.000 mi U/mL e se mantc:n.'tu e!..."'V.ldos dur.mtc p..."tiodos mau prolon~' METABOL ISMO DO l ODO Há ::mmento nacaptaçlodeiodopeb tireoide duran- te a gestação, prov.wdmente devido à de\·aç.io do hCG c dodare:a.ment(l do íodo rc:nal, c..ms."U'ICio diminuiç.iona.'io concentr.1çôes dt· iodo inorg:\nico m:a.temu c, sc.cunda- riaiTK"nto:-, por autOC'f"C'Snbç:.io, .11umc:nto no d.trc:tmento do lodo molrgânk:o pel1 tlfecHdc. O iodo é tr.msporndo da mie par.1 o frlo por d1fus.X> pbcentina. As dem:.md41S fct.lis l~m fr:~.co impxto .;obre o OOI:.nço de todo mater- no, pois su:t5 nece:s._..i&uks slo nlUJIO b.11X.õ1"- Apí.."Sõlr dis~ to, a tireoide fetal~ cxrremamcnt~ vulncr.i~·d ;\ dcficiên· cia de Kxlo, do:-\'ido ;\ imaturid~de fetal na ,\ulorreg\tbçaQ da captaç.1o de iodo. A Organi 7.:u;lo Mwx:{i.l l da Saúde (Oi\-I S) rccomo:-nd.1 a ingc-,t.i" di:\r i ~ de 2SO !'g/di;~ de todo para nmlhere" grâvida' (I.SO ~g/di.l p.1ra n:io grivi- d.u). De acordo com a Q,\1$, di st ú rbio~ dt"Correll.tcs da de6ciência de iodo a(et.tm i40 m1l hõc, de pt.'SSOO.s c JO% da porulaçio mundial correm o risco de Q.pn?M"ntar C'SS.l deficiência~ .A. ingcsUo limkrofe dt.._o;c: eiL•mcnlo, croni- camente, b•l cstimulaç.\o d.:. tireotde c: ao bóc;Q, que pode po:rsistir ~pho parto. prmetp.tlmcnte em mulhc:-cs qne .am.1ment".1m. Os neonatos desus mulheres com de· ficiéocia iódica também OlprtSC"nl'am \'OiumL'li tin..'Oidia· nosmaion:~-~ Noçhs Pf.\tleu de Obm trfcia • 11. : 1 .:. ~· : . , .. ! I'. CoNCENTRAÇÕES DE TIROXINA (T4) E TRH000TIIl0NINA (T3) As COI)('C'nlt:J.çóes de T3 c T4 tendem J. ~\Jmerlt;u no tnlcio d:~. ~l.tÇ'jo. com mockstJ. diminuiç.io no terceiro tn- mestrt. Em resiÓI"S todopn\'U, há te~oci.t de nh'eh m;ais bJ.ixos ~'1"4 Jur.antc tod~ a gestação. Rcromtnda-~. prin- op.tlrne=tre dur . .mte ~ g-.'St~Ç<W.qUI! 2 túnçlo tirrotdJ.ln;a ~fi .n".l.liada utili~ando-M:Qs hormlm ios ~rn sua forma livr<",d<:- vkio ao :.umenro d..as conccntrJçôes d.a TRG que interfcn.'m na dosagem do hormónio total. m.u njo de su:tlürrn.a Ltw-c. As concenttaçôes d<.' T 3 e T4livre~ permanecem den- tro dm limite:( de nurm.liJdJ;de coosídL-rados p.tr.~ mulhe- m: nlO gr;h,ida~ porém encont111.m se no limite mperior no inkio dJ. gl'sUçlo devido ao estimulo do hCG c nos Lm1tes mous 001xOS no final da ~t~ão.~ CoNCBNTRAÇÓES DE TSH As concentraçOcs de TSH tendem J; pmn:ane«t" den- tro d.'l fJ.iX.l de normalidade eon~derada p:tr.1 nlo gr.ivi- J.u_ [Nntro dcs~ro: limitn, 2 gravidv exerce efdtos nu concentrJçiXs de TSH, com discreta reduç.io nos nh·~,,. no primCiT(• trimc)tre c dhcreta elcv:»ç~ até o tercciro tri· ~n:. Ape-sar d.u l•mitaçõa na intl!'rprr:taçlo do TSI-I no pnmei~ trimestre, de continua s~ndo o teste mais prático, \imp!c~ t cconômicop.m. rutrc.u .l disfunçio tircokii.)- N na ~ação. Ni\'ru elevados dr TSI-I tio c:ons.i~tentc-s com hiporircoidhmo prim~rio. cnqu:mto que n{\'Ci~ ~uprl· midos requerem" detcrmmação de T4 hvre para mdhor n'J.Ii:aç~o diagnóstiCo\. Níveis bai"os de TSH c cleY:ados de T4 li\·rc s.\o comp.ltíwi5 com hipertlrcoidismo ou tirco· ~ E:r"te uma condt~oem que o hipert1n>oidi5mo pode c~tar pr .. -set'IIC com T41ivtl.' normal, sendo nttes.s.1rla .a ''erifie.&ç:ao do T3livn:-, que pode t.>neontn.r•~e eh :!do 1 .. DETBR.\i i N AÇÃO DE ANTICORPOS ANT I'l' IR EO IDIANOS A pn:\tnca dt 01nticorpos anhtltee~di:t.OO$ •.solad.l:mrn· te não parece ,,(ct;u a tJX:t de coocepç.\o, mu tem sido usociad.l li dcv.uú tau de •bortameruos r«nrrentcs, •proxin)Jdamentc duJ.s vc~c<. m..us frcquemcs que n.u mu lheres CQm anticorpos :mtJtlreoidianos ntg:;ativos. Pan ;\ ;\\'aliaç~o de distUnç!\o tireoldiana aotoimune1 os anliccxp<)$ omtipcroxid:a"-C (~ntiTPO) ou~ntimlcros.Wl m.us c .mtrtarroglobullru têm sido ut1lit:tdoo con10 mara dores, demonstrando se qu~ ctrca d~ 10% das mulhcrcl! ~rteu tó!Jn AntiTPO posatim • Algun~ es:tud1)S prospcctivos cncuntram·<;e em :uxb mento com o intuito de determinar se: AntiTPO pos.!li\'0 du~nle :a ~~çào .~m um fator de nsco par1 dt~onicns no desenvolvirnenro cogniti\'0 Ja criança,1) DE.'f BRM IN .t<ÇÁO IJE AN T ICORPO S ANT IRRECEPTORES DE TSH A dc-trrmin.1çlo do ant icorpo õlntuT~ccptor <k TSII (TRAb) é mdiuda t:m circun~thcia~ mmto c.~pt:ci.lis, t~· pcci:1\mente R.l ge~Unte. para predi1:et a possibilidade de disl'unçilo tm.'Oidi.lna ft-tal ou ncon:at:al.f- 1 Esses ;\1\ttcorpos Uo imunoglobuhnas, geraln'K'11te d:1 subcl:as~ JgG, com atividades (undonai.s di\~f'AS. ou seja, atr.·td.tde escimulantc ou TSI\b (qu.1.ndo setr.at2 de p.tcien· t e.~ com hipertirwidisn"IO) e iflibitória {em padcntt's com hipotiR'Oidl"lRR). Essa~ 1munoglobulinas .Hr:l\'tssam ~ placenta c podem altt!rJ.r a funç~o tin.>t1idia.na fct.~l e fll'On:Jial. É ~dvd dl'- terminar o TR.J,b cornercialmcnte. mas 0\ ensa.k>s nio dl5- crlmin<~m c-ntr~ <llltiCOI'pn~ esthtluladorcs ou inibidores. Qls.lndot"an(tCOrpOJtSiimubdorcsencontnm-.seem~lw conccntr~õcs no ~ng\le JN;temo, podtm resultar tm hipt....-· tireoidismo fetal ou noonatal, rnqwnto a\u.s concmtr-JçOO de -'nlicorpos mibulurts podtm oc.uionn ht?<JC.Irteidismo fetal ou nconatal, .uubo.~ transitórios, devido à curta mei.1· ·vkil dmes anhc~- A~ ch.tnc~ do filho wr afctJdo por es~ om11corpo.~ ~multo ba1x.u, acometendo .1prru:im~· mente 2% dos ca~ns. V.1lorde1'RAbtrês acinC<J mcsmai(Jr que o norma~ no t«a1ro trnnQire ~ ~aç..io, ~ 90nsidc· ndo rr~~~li~'O dedlsfunçao tircoidia.na (ct3l ou flC'Oftat~l.l )-o l A P LACENT A E A FuNÇÃO n REOIDIANA 1\ ."tdminimação de TSI I à mulher gr.lvida nào c-stinlu· la a funç.io rireoidiaN fcta~ indicando que a pl:.centa C im permc.i\'cl ao TSH, porem o mtSmO nio a.cootece qwndo s~ administm TRH, havendo, ne~sa sttuaçâo, Jumento de 1 s«U'Ç.:i.o de hormóniOStireciÍdla~t(t:us (Quadro40.t). 637 Quadro 40.2 1 Trlln ~fCrÇnd~ pbccnri ria de hormôniost mediu.~ruos tircotdunos HormonHl1 MediCoHllen•o Tr.1nsfer~n t. <t .~ 1oc1o I Tu:mamtdas -1 rm-- 1- ·~ TRH sim sim L _ _ __ _ L ~~-·--- T4 J mfn~ma - - -- -- -- - -- -TSH nentuna Ao contrJ.rio do que se pcnsav.1, os hormõok>s tireoi· di.mos m.Ucrnos atr.wessam .1 placenta, antes c após o lnkio da ruf\Çi U tircoidiana fetal. o T4 é encontroldo tlO llUtdo cdc)nuco c-nl~ a qoart.a r a se.:u.to wman.tos de ge-s- tação. A dem(mstraç11o dt• que ne<:matos com JSC'ne5iJ. da gUndob ou defci.tos compktos di! orpnili:caçlo aprescn· t:~~v:~.m concentr.acôe$ de T4 correspondente-s a 30% dos t)Í\'Cis nornu.is cir<:ul11ntes sugere qut: atramfer~nciJ t rans· pl.x:~ntán.\ continuot J.té o n.a.sc:imcnto. A .denti6C3ção de l\"'(eptore5 de T3 no cérebru (ctJI por volta da lO• seman.1 c.\ obsen·.\Çlo d.J. pdn'K'ir.l f.uc de rif"do dcsen\'Oivimento cn-ebr.al no segundo trimcst~. perrodo oo quJI o ~ mcnto de hormón\o~ tircotdbnos se F.t·r principalmente~ custJ.. d;a p~ss.1gem nutcrn;a, o;;ugcrem que baiJas conctn· traçOcs maternas de T4 podem rcsuh11rem d~ficzt neuroló- giCo irre\"cnh--cl na crianç..1.11 Durante toda a gestaç.\o ocorre modilicaç;\o do met;~bo\lsmo dos hormôrllos maternos por meio de sua dc.siodaç~ pda placcnt1. Trts en7imas atalisam a desiod.1çâu dos hormónicn tireoktianos (HT) nos te· cidos humanos.,\ atividadc da dcsiocb.se tipo I parece n.lo se:r modificad.õ'l nJ gest.Jçlo. enquanto~ do tipo 2 é expressaria phct!nta, porquanto sua ottividadc rcpreSCr\· ta meca.nlsmo homeostitico para manter .1 produ\'lO mats acirrada de T 310C2L quando as conccntr.açõcs de T4 matern.1s s.lo redu2.idas. A placenta contém grande~ quantidades de dcsioclues tipo 3 que con-..'Crtcm T4 cm T 3 rc"-c~o (rT3) e T3 cm T2. Essa intensot .ltivida· de durante .1 vida fetal pode cxplic.lr u concentrações b.lix:as dC' T3 e 3.h.l! de rT3, que s:to caractcós.ticts do mt!tabolhmo dos HT fetal. ' 1 FUNÇÃO TI REOI DIANA FETAL A gl3ndul:a t•rroldiJn;a fl"tal d~nvd\-e· \C cm torno da sétima scm;m:~. de gesl õlÇ.'tO. ,-\ ~C"crcçao atlva de hormô· nio~ ttrroidianos pda sJ~ndub t 1n.'Oide h:: tal inicia·.Stapro· ximadam~nte com IS St•nu.naJJ de gestação, cntretJnto, a capt;açio de iodo ocorrC" entre tO e 14 semanal>, quando a fomuçio de foHculos e cok'lde Já pode ser cvidcncOOJ. n.l gl.\ndub.. ~ neo;sc mome-nto qm~: a gl:lndula tircoKiiana fetal se torna CSf"C'<=ialmente vulnerivcl ao 10do cxógeoo c às medrcaçõcs antit it"l."'Oidi;anJS.1,. O eixo lupotilamo hipófisc-tircoi.dc: fetal paR'Ce ter funç.lo indc-pm(k•mc da matmta. O papd dos hormó- nios tircoidi anos maternos no dcsc-n,'Oivimcnto tê tal pre· coce permanece desconhcddn. A transfcr~nda de tiroxi· na d.l mãe p.~r.1 o embnlo aconlt'Ce' apt•n;u no infno da ge~taçlo. A tiro:c:in;~ m~tcrna foi demonstc.lda no liquido ~mniótico cm frlos de~$ seman:~s e no cérebro~ fetos com no~·.: semanas. bs.1 tr.1n.sferéncia pcr,i.stc at~ o p.arto ape-nas em sttu~ôcs ~ hipotrreoklismo fet;al. RC"ceptores dC' hormómo ttrcoldl.lno foram dcmon~tr.xfos no W:te· ma nervoso ccntul (SI'\ C) de fl!tos de oito sem.ln.u de gtsiJC~O. nidcncUndo zmportJ.nte papel do hormónio tircoidia no no descn\"Ohimento cerebr:al fetal no pnmei· r o trimestre de gr.widc:t. f J. Estudos nxentc~ sugemn que mtilllO le\"e ddlciên· m tin.:o idJ,\ 1,:\ matcrn ~ no primeiro trimestre di! gt~IJÇ.'iO pode n."'St..tlt.lr cm prtjolro no dt!.4..'fl\Uivimcnto neuropsi COffi()tOr da CT13.1'1Ç.l. 1..' DOENÇAS DA TIREOIDE E GRAVIDEZ Ao;; desorden~ da tlrwidc ocorrem em quase 0,2~ de tod 3~ as gravkll' teS, com inddtlncia prO\·~~'l"lmcnle ma1s de\·.lda cm regtõo: K>dopri\"ai. EnquantooeJJtadocutireói· dco f\1 rec~ ser benéfico ?'\ ra a concrpç:i.o e m:~nute:nç~o d.l gcsuçlo,o pJ.pd c:utod:~ gUndul~ tirookle na n:-produção ~ ro-.•co romprcendtdo.'J.! O di.lgnóstico c sC'guinwnto dt disfunções tireoklianas dur.ante a gC).t.açlo é usunto atua\ e complex-o (Q.tadro 40.3). A cmnpkxidadc ad\-ém das ;alter.ac~ fi~.alógica.s quC" SC'. registram durante a gra\>ldc7. c que intl>rfcrem não só na '$iolopa tin.'Oadtan:~o mas t.;ambém no~ tcste.s uul.t· zado ~ p;lr.l sua ;wah.\çlo.1~ A k m cL.5 alter;aç-6...--s nu rcJnlo '0- ilo cu ,. "' lo ... to •· lo • • b " nos níveis ck proteín.u sbicas, indush-c 'fHC, o<; ní\·eis ele· \';Idos de gon<~dotroSna coriónK:a. emc.spccial no ptimetro trimntrt,dcsempmhamimf"'Tbntep;lp('loo pn~6- siológico. Desta ft:xm.:a, h~ nt'C~e de predu dcfin1ç.lo da faixa da nonnalidade dos níveis de TSH c T4 li\·rc, ;'10 longo tf:a C"'Oiuçio d,. gestJçlo. Algun.s ;mtores t~n ~ugeri do J.ftpt.u os v:~.!om de rtft.ltncU de TSH c T.flivr~e pdo tnm~~gestaoonal,comod~riton:aQu~ro40.4."11 H IPERTlRBOIDISi\·tO F.CRAVIDE.Z A grovidez. comphcad:t por hipcrtu•eoidismo n~o é evenlo m o. Su.t prc,·alênc~ tem sido estimilda entre 0,02 e 3.~de ttxbs .ls gcst3Çl)n." Enquanto :asdtsordcns meru truais do comuns em mulhcres hipt'rt1rtóideas, a krtih d.Jde parece não ser afrtada. Não hi e\•kitndas dc que a gr.u•klcz piore a evolução da cl1~nç.1 ou a torne maisd iflc:il de tratar, mas a crise tirc-otóxka é cnrnplic:ação grave, 100· riad;a .a.lgum3S veus a gn:tantcs sem th.lSnóstico ou snn t~tõlmento .xlcqtuOO.• O controk> ~equado do htpcru· rroidiMno t essencial p;~.n o ~m-est.u rn:atc:rno-fet.al, unu vcz que :1. dornça n.io cmllrolada t JS.súeiJcla Ji aumcnt.:u:b. incidênci3 de nulformJçÕfs congênitas c: morbidadc pm· ruul resultante de.> p.uto pré-termo~ buxo pe50 .10 rw«r. além de mmhdénei:l cudfaca matcmJ.. IIi conti'O\"émU ~c a pré-cd;\mpsia é mais comum nessas gcst:antes.•~ l ltAG:'\Ó~m.oCtiNtCO O hipc:rtirl'oiJi~no leve pode .ser difrcíl dediagnostar durantt: a gestação. uma \ttque san;:.l~ c sintom.u htpcnL· nlmiC<>'I comumcnte ocorr~m durante a mesm.a." Alguns sinats que: auxiltJ.m na kl~ntitic.1cão do hipertireokltmo ru gr:widcz. induem Quadro 40.31 T~t~ de função til1!'01di.lna ~ di\-eBaS snwçôt.'S.cllnius Teste G·~v dez Norm<ll Adrrrmstrapo rle Hrper• rcorrltsma Hrpotrrcordrsmo Estr oqumo ~H __ - -- __j_Scmaltera~ I SemaltE!faç3o ~l'lllda Aumentado T4 tatal __j_ Atnentado ALmentado ~umentada ~iminutdo Globulna carrcadora de tifoxina (TBGJ Aumentadrt- Aumentada Sem a!tOJ<Içã-;-! A~man. tada lij,,. - _ I Semalteraç.lo Sem oltcração _ALITlent~ Ormónulda T3 total Aumentado Aunentado Al.rnentado Dimmu'do T3 ~vre Sem alteração Sem alteração Diminuída Quadro 40.4 I Dlllribuiç.ao di! \'.dOr<'S de TSH e T4 \i'l'rc, por 1rimc:"slre d~ ~açk\ <'m gnu.n1es sem doença 1i~1o1~ comAntif lt0rK"g311VO Hormon o Tr rrestre Mmr'T10 p25 p7' Maxrmo MrdiJ Ocsv10 Padr01o Segun~o 2~5 TerCCirU 3.86 T4Uwe(ngldll Pm~iro + 0.60 1.30 Segundo _ _ 0.50 0.70 1.20 j Terceiro 0.40 o.80 1 1.00 0.94 0.24 Adil)tldodcl l\a eu• Oot nçnda TfrtoidenaGestaç' o 639 • história clln íca de-sintomas hi~metaból ícos que precedem .1 gra\•idez; pcnb.dcpeso.ap61rdeingestaal•ment-ar~u;;ada; Insuficiência C3rdi.K.I de iníclo sUbtt~ sem aUY J}'.Jrente; • t;~quicardia ~m repouso; títulos. ~\·ados de 1\ntiTPO ou TRt\b; bócio ou c~oil;;almo. CAU~AS DE1 lt t 'fllt i iR~OI DI~.\tO "" C:t lOTAÇÃO D<-ntre :lls cauu~ n'IJis comuns, cst.lo o hipcrtircoidis· mo induzido pela gon;Wotrofiru coriônic.:. t .a doença de Cr.t\<ts.~·fcnos comunss~: o bócio nodular tóxico, a tire· otoxiCo.sc factícia, a doci'I(:J troK)blástie:t gcstadonal, a fase de tireotoxicosc da rif\.--oid ile de Hashimoto, entre outras. lltNNIJMlOIP~I:.\'O ixm:zwo P[l \ ( ;("',tliO L'\Ort:\'-' ÜlRJch'CA T:tmbém chamado de hipcrtireoidi~mo gestaoonal ou tmnsitódo, ocorre lubltu.limente entre 8 c 14 semana\ <k St'SIJçlo, com prev.d~nda de cerca de 2.5~. Pode r«uhar de nl\~ c:trtubntes clc\'3dOJ de hCG O TSH C' o hCG têm cm comumt'mJUaestrutuu.asubunldadralf;a,ccmalt;asconcen· tr.1ç~~;~ hCG podccsumullr a tirecidca produzirT4e T3.11 No pcimctro trimestre d.Jõ gr;wide7., o hCG frequente· mente atinge nivci!> tk> altos quanto IOO.OOOmUI/mT. c pode ter ~ruh-d pela quooi:a no TSII. Gest.!Çóes gc· mdatts apresentam nr\'\'1s nuis altos de hCC, :IISSliD como p.lCientes com condt('ÕCS ncopl~sica~. como portadoras de mola hidatiformc ou corioc.ucinorna. Nfv~i s de hCG :teima de 300.000 mUI/mi podem ~soda r--«" a hiperlircoidismo. Mesmo RÍ\'Cis normais de hCC podem UMK'iar-sc .a lc\'f' hipcrturotdismo dimco e Uboratona~ sug..'flndo que õil gumas pacientes pc.w.lffi apresentar umot ~·.1ri:tnle do hCC. com mús ativK.bdc cstimul ~tória tireoidlaN. Vár)()s cstu· dos têm demonstr.tdo que o hCG dcgiKosUado e desialila· do aumenum sw poc~ncl:ll tireotrópb. Essu formas t~m .stdo ,o;ot;uW de mota, h1datifomx-s c t'l11 mulhm•s com hiper~mcsc gravk!D., mtn'l.rnto. o mccõlmsmo cxato de crn~'SC' hxhrzida pek1 hCG permanece de-.conhccido. Habitu.;;almente, o hi!X'rtircoidismo induzkio pdo h CC se J'{'S()}\-c e!<pOnt.meamcnte .;;após o pciltiC'ItO trime.ure, quando os nÍ\'CJS de hCG d1minucm.. No primeiro lri· m~rc pode K'r diOOI d1ningutr f'nrn: hipcttirooidismo hCC indmkk1 da doct'IÇJ de Graves. A ausência de bócio. cxoftalmo e nh•eis de antiTPO e TRab negativo~ suS"rtm tr.:at.u-se de hipertirro!dismo indubdo pcolcJ hCG. Como a mulher gr.hid:. tokr.~ bem o htpcr11rtttdiYno b"<' .;;a mo- derado. o mais pntdente é monitorf:t.lr cuid.:adosammte .1 função tircokhJ.na, C\'itando·se o uso de tiourc-ias, pois St trnt<~. de.<iituaçãoqu<' t<~.r:tmentc requer tratamento. M~.smo em p1dcntc.s com hiptrtiroidismograve ;~,srn<"diCaçõe,:Jin· t1hrotdianu de\o-em Sf::r utila:ad:u com c;autrb.. •~ •• no.~.r.~;:.4. ·r li'•)fr)fl/ .~,,.u Gr ~1 .u u ) .. J\1._ A mola hidatiiOrmc c o corioc:u cinootJ podem ~r aS· soci.ad~ .11 conn'ntr:tçóes cxtrcm:m)CI'Jle de"<<~da.o. de hCG e o hipcrtirt.~ldLSmo bioquimico é docunw:nt~o cm~ da5 mulhere.t. O tratlmento dessa condiçio subjxtntt: restattr:ttá a funç.lo normal da glãndub tin~o;dc. T10na mldas e J3.bJoque:.dores poderão ser neces~rios .Hues do tr;atol.mcnto d rtirgic:u d.a mo!J.. ' l)oJ...-C4,PfGRUI\ H.tbttu;;almentc o htperlireoidismo pn.-cede a gr.t\·idcz e r~prcsenta 90 a 95~ das etiologias de hípcrt1reoidismo na gcs- t.ação Tr.U3·S(' de procesw autoimune ~sp«:íhco usua.ln~nte u~ado;~anbcorposanti!l'l"«ploresdeTSH{TR.\h),nasu.ll lõmu $imul3dora da tir~de (TSAb). Es-ses anticorpos m•· rnetiz;~.m a :ttivid~ do TSH tm su.l h.lbilidade de estimular a funç.lo tireoidtana, cooscquentementc, eles p.u{'cem ~~r os aS"ntes ~ni.\wis por :a.mbos: hipc.-rfunçOO r anmcnto dl ti- n.~dc. ~inlcre'.'bntcress:dtJiqueastS.I.nttrorposu~ualmente d...~m m:.u atr.·.d.adcs dur.mteagdt:)Çlo, o queé~~ do com mulheres com doenç;~; Jc Cr.wes que rxpecim..YJt~m remissão cspond ne;~ do.~ $intoma~ no rran.'ICOrrcr da mesm;).l' Caracteriu ·~ pcl.l existência de bócio com sopro e, algu· nw \\."'Ze.S. de oltalmopati:l.. No inmda ~'l..'SUÇl~ ~ ~kv.a.ção do T4 em mulhnts com doenç.a de Gr.t\'CS habitualmente n:kl é associada .1. mudanç;~;s n;;a ati\·idadtdo TSAb, ma.s sim 11 re~po~t.:tcxa~'r.ld;l ao estimulo causado peb go:ru~otro~ na coritinica.J.1 após o parto os ffi{'CJnismm autoimuncs pare· cem J;et"OS rcspoc1~\'ei.1 'lu.mdo OCOTTe a tir1'0to.t.iCOS(, Podem ocorm" dri.u situaÇ'Oc!s· Hrperi:rrDid/SmD ,b,l,gl'osffc.ldo llunmtc a gata~do; sintom.:tS ck hipermetaboltsmo que precedem .:a ge~taç:lo, b&io, exotialm~tia e antfcorpo~ 31\liti· reoKii.UIOS positi\'OS. Pollitrltt1tlb lmlP"' antlllmHd•ana: lle os ní\'l"is de T4 line e T3 livre cncontram-liC norm.us, a daorc lo antrtirtoidtano dC!''t! ser ~u.st.lda p;tl'2 mantt-1~ nos nívcis superiores d.1 normalidack. C:a~o o TSI f e~teja normaL a tloure&a podt ser de.scontinu.leia e te.o;te.s Llbor.ttonJ.is rcfe;tos com seis !ioeffi:\1\M. 11Jf'rtlrroidism!1 t" l rrmi.lsJo após o uso de IWumaJ; muito comumentc há r«orrb'td.t do hipcrtireotdLS- mo,pri~•PJ.lmentc ni primei r..\ metade d~ gr;nidcz., sendo nccc~~ária a rcintroduçlo do antimcoidiano, muttas vne.s por cu no pmodo ~tempo. Hidóna d' hipMlrroidi5mo priwo fr;llado com mdio· todo ou cirut;gia: geralmente h~ ncccssid:Kle de rt· pOSiçiO hormonal com T4, com reajuste consunte da~ d~ durante a ~;estação ou de introdução d.l lcvotiroxma durante 2 mesn~. com o intuito de reduzir nl\"tis de TSH mesmo d•scretamcnteekv:l· do.c:. Na maloria das padentcs, o.~ nívds de TRAb se m;~.ntem ele v~ os. me..~ mo J.pós o controle do hi- pm:trcotdismo. Como sc-ti"J.ta de uma lgG, dbnte de altos Htu1os maternos, h:i passagem placentária c c.stimulo ~ tireokic fetaL produzindo hipc-rtirroi-dU.mo !«ai e neon.1tal. habituJJmcnte tr.ano;;itórios. Em c3da situacão clinic.a, a deci~o tcr.tpéutt<'3 b.t .. w~ia .se t'tn cuidadosa avali.lçio dinka e obstétrica, .tcludos de ex:.J.mt 11siroc de cl:amt.s l.lbomtori;lis.l'·1' ..w O curso natur.ü da doenc:a na gest.a(lo ~ fucom exa cnbaç.io dos smtomu no primeiro trimestre, atribuicb l estimulação da gL1ndttla pela hCG pbcentári-1.~'7"1'~uida de me-lhora, na segunda metade d.Jgcst;w;~,t'mdrcorren cU da imunossupr~-são que se nunife(ta, \'Olt:mdo i se agr.1.v:u no pcrlodo p&.·p:nto. DIAGNÓSTICO J .. \HORA IOiliAL O d;,,gnó~tJCO de hiper!ireoidi!'mo é confirmado pel.l. devJ.çãodo T4 l ivreenr~·cis lncktettá\'tisdc TSH. Ocu)o na I mente, os nr'"'ris de T4ltvre podem estar normais ou no limttc ~uperiorda nonmlidade, se~ necessiri3 a avali.t· ç3o do T3li\'re. t import.linte mencion;u que ~molda· mente IS'Ib du gcnantc.s normais apresentam TSH supri- miJo ou ab:úxo da faiu dJ. txmmlidadc, principalmente no primeiro trimestre d.a gcostaçial; uslm, \-alor subnmmJ.I <k TSH n~ pModo ~oestacional de\\:" st-r intcrprct.tdo com cautela." Doenç.nd a nrecide n.lGestaç~ o 1\'fveis clcv.tdoo; de 3ntlcncpos :lnht~rwidianru (.tntil"· PO} confirmam a presença ele um pnx:esso .:tutoimunc c podem pmiacr o desert\..:.l\'imento de tim>idite pós-par· to. P.:tr..\ 3 pn:dM;lo de tireotor.Ko~ neon:ml_. a dosagem de TRJ\bdcve ser realizado1 no ten.:eiro trimestre. !1:1 CoMI'LICAt,.Ot:~ O diagnóstiCO e tr.lt.l.mento precoces do hípertircoi· di.smo ~lo de (undamcntal ímportJncia p.t.r.l ptC\'tflÍT a morbicbdc c manaluhde (mas c matmtas. As complica· çOcs são ma1s grave~.: e frequentes em pacientes que perma· ntccm htpertircóideas n.t segunda metade d.l gt"l.tç.lo c encontl".lm·x list.ldn no Qu3dro 40.5. N.J(}ucbs pacien- tes sem diagnóstiCo pré·gcstacional. o fato de .serem prc· \"iamcntc hígidas c geralmente jo\'ens fn com que tolerem brm a docnç:t. atê que SC!: :apresente- complkaçio intcrcor· rente {quadro inft"ccioso, anemia, hipertensão, tr3balho de p.uto) que pode descn(':l.dtar uma crise tin.'OCÓ"<ÍC.l, com tan de\·ida de mortalid;adc: nu.t('rn.l e fetal1' 11 O hipertireoidismo neon:nal transitório é complicação incomum.acomttcndofilhosdemulhcruqutapre.scntam títulos clC'\'.ados de TR.A,h no terceiro trtml!$tre (b gcmçilo. Já o htpotireoldiJmo nconatal tran.sitól'io é relat.:tdo qwn- do altas ~s de metlicaçOcs antitueoidianas slo US;ltdaS pcl.a mãe nas ólttmas scm:m.l-~ de g-._"Staç~. Quadro 40.5 I Comphc.1çôe~ \1.a.tcrno FetJ.h do Hiper· tirroidimlO Pré-etram~ --~ Hipertireoidismo neOf'latal Parto pré-termo Hipomeoidi:smo neonatal Insuficiência~ 1Cres~1mentofn-;;;;;ino- congcstiva testnto Crise tueotól.ica _j Pequeno para a idade gcstilcional - - -- - -Aborta~o Prematl.ridade Descolamento prematuro TN';;imo;-- de placenta I -- lnlecç!os 1 Malformações (nlo refacia- nadasllstioureias) 'fR.·\TJ\MENTO Como descrito anteriormente, na gc.~tação a maioriJ dos casos de hipertireoidismo se deve à doenç.1 deGr.n·es As op(Út:S terapêutica~ du rante a ge5taç;"to s.lto ~mit.1das di!vido aos fXltt:nciai ~ efeitos adve rsos sobre o feto. f:ntre- ranto, os bons n,~ultados materno-tet~tis dt>pendem espe- cialml'ntc do bom controle do hipertireoidismo materno. A meta do tratamento é manter os nh-cis de T+ li\'tt: no~ limites superiores da normalidade, usando a mfnima dose possível de antitirC'oidianos. t nccessári<~ :w<~liação fre· quente da fi1nç?lo tin."'idiana a c.1da quatro a seis semana~, tôm ajuste adequado e contínuo da medicação. O tr::ttamt"nto dó hipertireoidismo durante .1 gestaç?lo t qulmico c, cm c::t"rn sele<i<.mad()S .• pode ser cin'Hgico. O mo de rndioiodt> é absoluta mente conuaindicado durante a gestação. Os mcdicanwntos utilizado~ s.io as tioureias: o metimazol (MTZ) ou o propiltiourncil (PTU), ambos com e!Ícâci3 semelhante. Historicamente, cntn- os amc- riçanos, há preferência pelo uro do r'f'Opiltiouracil, poi~ cxi~tem evidências de !lpla.<i!l mtJ.< c.xdusiVJ.mcntc com o usodci\-ITZ.A FDA (Food md DrugAdmúJistmrwn) reco- menda o uso preferencial de propi!tK:mr:1cil na gestaç..lo c lact.lção.l; Tanto o metimazol <Juantoo propi ltiouracil atnvessam a placent.l c podem induzir ao bócio ou hipotireoidismo fe- tal. Para nli nirnizar esses efeitos sobre o feto, é importante manter o T4 livre no lim ite superior da normalidade c o T$1-1 indetecthel. A dose do medicamento milizado é emplric.l c depen- de da grJvidade do::> sintomas, sendo em torno de 300 ,, 4SO mg de dose iniCial p~ra o propiltimmcil, fraó onado em duas a tres wzes ao dia, ou mctimazol, cm tomo de 20 3 30 mg cm dose únkJ dijria.'0 Se ncccs~jrio, e.~.sa~ dow~ podem ser ajust:.tdas a cad.1 quatro a seis scmanao;,, até que a b'eStanlt: permaneça apenas b·emcntc hipcrtireóidca c os nfV('iS de T4 livre permaneçam ligeiramente superlores a normalidade. O hipotireoidismo dt.·ve .ser evitado, reco- mcndando .se que as doses .sej.1m lentamente reduzidas 01.1 descontinuadas até o finill da gcstação.17 No periodo pós- parto pode h~verexa ccrbdç.lo da doença c necessidade dl' rcintroduç~o da medicação. Hâ riscos wnheódos de malformação fetal atribuídos ~o uso de\sas medicaçõe.~ durante a gestação: onfaloce!e c aplr.sia ru!ii cong~nita, 1.'\t.a Ultima relacionada ao uso do metimazol. Entretanto, tem sido demonstr.tdo que o hl- pertirenidil'mo não tratado d\1rame a organog~ncsc é .tsso- ciado a elevad as taxa~ (tí%), enq11anto o uso da medicação .HSOCÍi\· SC a J,7'.'1ó de m~lí0rmJÇÓCS. Amp!Jmcntc di\'ulgada oo passado_. a a~.<:oc iJ:çio de tíroxinJ. .l~ tiourcias ê hoje absolutamente contrnindicJ.da, uma vez q11c os hormônios tircoidianos não atr.we.~~lm a placenta e dificultam J. avaH.tçlo d ínko-laboratori.ll da gt:~tante, sendo associada à 31ta incidêndt de hipot:ircoi.dis- mo teta!, por aument3r 3 ne<essid:;ade de medJC.tções anti- tireoxl.ianas necess.lri:ls ao controle do hipertirooidim10 matemo.1" A administração de propr-.1no!ol (20 a 40 mg, du as a tr~s vezes ao dia) à mulher gr.i\'idíl para melhurar os sin- tomas pode ser utilizada na f.tse inicial do tratamento .• en~ quanto aind.\ não há .tçJ.o adequada das t i oureict..~_. pois tem sido associddo .1 pl.Kenta pequena, crescimento intrauteri- no re~trito, prejuízo nas respost~s 30 strcss anóxico, bradi- cardia pó$-natal e hipoglkemia no recém-nascido. Dest~ fonna, não d~\·e ser utilizado como agente primário de tra· t.1mento ou cômo terapt?utX:a em kmgo pra:zo, porém pode auxiliar no r.\pido controle da tiro>()toxico~_1 :.••~c A tirooidcctomia ~reservada para caso.; espedais nos q1uis o c.ontrol.c com mcdk.Jmentos orais~ incficuou M intolcr.lnd.l ao uso dos mesmos H iprrtnwidi~mo noonatal ~ rcsult.\do d:;a passagem placent<iriadeanticorp05estimulantesdatireoidc{TN\b), qu.1nJo estes são eleva&J.s na mãe, e~pecialmente no ter- cciro trimestrcdegestação. Durante a l.a':tação, caso se faça nece5sá rio, ind ica-se o uso de propiltiour.:td l, por ter excrcçio no leite matemo muito inf'erkar .'1 do metimnol, porém esrc. Ultuno pode ser utilizado em baix.1~ do~ (lO <1 15 mg/di~). Não há con- traindicaçõe:; a l:;actaçao e uso do propiltiour.tcU, desde que tantu a mãe quanto o retém-nucído tenh<! m ~companha mcnto periódico e a dosagem de TSJ-1 e T4 -,;eja reali~ada periodicamcntcnorec~m-nascido.21 1 H tArM,m•JTO o . .~. Omf 'l}f?tOIÚ\iC,.o. A crise tireotóxka é incoomm c considcrolda uma cmergênci.1. N.1 gravidez acomete gestantes 5elll trat.::a men- to .ldcqu.\do ou sem diagnóstico prêv)o. Pode .~guir-se ao parto, cirurgia ou algum processo infeccioso. Caracteriza- se por estado hipcrmcrabólico exagerado. com hipcr- pireJCia, t~quicard ia e .1git,)Çjo, Habi.walmcnte os nivc1s Noções P1áticas de Obstwic~ pres-.óricos tio nQrmais.Podem Qc:orrcr taquiarrilmia e m~uficlêocia ctrdfac.1 congesti\·a grave. O tutJmcnto or.al ou \'t'JlO'iO com propu.nolol dC\"t' :.ff lniC13do e utJ~udo com nuteb. de\-ido ~ ri~ de mru6ca· meia cudfacJ. Hidr.~;to~çio e de fundi.mento~l unportlncia ru recupera< lo c nunutençào da grJ.vidl!z. Redu-ção da pro· duçlo de horz16nios tireoidi:tnos é coo~egu)..·h com rJpidcz .~;pós a introdução de iodetn de sód10 intr:w~nruo (SOO mg dt ller.t 12 horaspor24 hom) ou sduç.\o$J.tur.u!a de 10- dtto ck potissio por ,;a oral (cinco got.u de 6/6 ho~o:). t3. importantesalientarquccssassoluçõt.sJtr:wcuamaplaccn- t.a e podem bloquear o\ sintc~de hormOnios tireoidianos f('· t.us. O proptltiourxil ck,'t $C r inici~ •mecl.ataml·nte. com doscscntre600e I.OOOmg/diae~ustoadoconformccJW caso. Devido a evd.'nciu de ~ução nJ$CCrtÇ~ deACJ'H durJntc.~;crise.ousodeesteroidespacmter.aiststáindicado de:t.lmcta.(tma 2. mg de 6/6 horas. Os gUcoconicokles atu· Jm ~inn-gicamentecomo iodo e o pmpiltiourOKil, inibindo .l labcr.aç:io de 1~ c-:1 rom"mkl periférica dt T4 a ·n.n HlPOTlREOJDISMO E GRAVIDEZ A ptC\'lllênciJ. de hípotireoidismo durante a gest:J.çlo é de 0,3 J O,S% nJ forma manifest-1 c- de 2 .1 3% na formJ. subcllnlc.& (em que h.\ nh·eis pouco clc~dos de TSH e nfveil! oormais de T4 livre) c é hJbitu.~;(mcntc leve, poi.\ 01s forlll .l!i mais grJ.\'CS se a~sociam comumenre à infertilid.,d~ e .l abortamento . .Em regiões iodopri\'2!1 i relatada .tlu ind ~ncí:a. porém faltJm e>~udos coodu~I\'OS. Os .lOIÍCOI'J'O$ Jnlltirroidiarl03 estioprt"entes ('fll$ a 1591íd.~;s mulheres rm idade rcprodutiva e a tircoidite crómc:a .:autoimune C a causa mJ.is cem um tk hipotireoidisn'<):' H O hipotireoidi~mo n~o ~ uma bantir.l compkta l con ctpÇ1o. mash.id•m•nu;çlod.a&rtilid.adt. de taiiOnnaqut>a usoci!ç':lo entre h!pOlirtctdi~mo e gr.:a\'ldn. era cQnsidcrJ<h extremamente r.~.ra. As primcir.a.~ descriçÕ\."S de gmi.-lc-t as- soci.ld.l aohipotireoidismo datam de 194.3.A! ge.~t.:antes sem traumen!o .:apresmtar.lm risco .lull"N:ntado de .abortamento npontlnro, p;arto JX"t·termo. morulid.u:le pcrirut:~l, re-pe:r· CUSSÕf's nocks...'n\'Oivill'ltntomfJntilcux>maliascongtn.tn. A p.artir da déc.Ida de RO surgirJ.m c-~tudos sobre o se· gulmcnto de gest.lntes hipotireóidras. As gestações com· plic:ad.u pelo hipotirroidi~o, além do .1lto riKo <k- abor· tammto. p.t.~~m a ser :as.10Ciadu a outros: resuJtados ad\'el'SOS: desordens h•pertcnsíus, a.ner1\13, descob.mento prematuro de placenta, p<i~·dati\mo, hemorragia pó~ par· to. dio;:funções cardl.lC.l~ e reâm n::a.sddos de- b.l.ixo peso. Atw.IJT)(ntr. grstantes hipntireókteias t~m prt'.'b"nÓS· tico mus fJ\'l>r:ivel, prov.n·drncnte de,·ido à dctC(('lO e lr.tlamcnto prea:x:es do problema. Entretanto, rnc~mo o hlpottreoki.snm ' ubdinico te-m sido associJdo ao :l.umcn· to dessas complicações. Ainda n5u é possfn --1. cst:~.helecer se e.s.s.J.s complinçi~ .«' dC\'\'nl ao hipotireoidumo por si ou iM) fato de qur :a caus:3 m<~is comum do hipotireoidtsmo subdinico ~a doroça autoimune e se a m L'Sm.t se assoe !."I à aumentada mck~ncia de aborta n)('l\tOH O h ipotirt..'Oidi~mo também po~lc ;~.presentar efeito ad- \\.'1'SO sobre o dcscnvolviml!nto nttuopsicomotor li!ul.1~ F..m c-srudos ct'fnpuando 61ho$ de m.~es com hipohreoi- di"fTlo no primcu'O trimestrc de ~~taç.loc- filhos de mies euth--óklcas hml\'e de"ad.:a. incidência de aianÇ.l.\ com atmso no dcscrwtJivimento neurop~ic0mOI'or no prin"'Ciro grupo.ll ' CwsAs O hipotircok.li~mc~ na gcst:açlo é habitualmente di.1S nostica.do .tntl."'i d.a gra,·idc-z c se cJc-,~, geralmente-, 3 t1rl'01 d1tf' de Ha.shunoto, docn;J J;U!Oimune ('m qlX' hJ pro· duçio de :mtirorro.~ flUe inilxm a ~{ntese de hontl~mcx tlrc-oidiano$, b~\ndo .i. de~truiç~o prosrc~~i ~'a da tireoide-; pas.sJdo de tir~01ckcromia,: ou. ainda, com uso ck radioio· do p:tra tr.ll.lmento da doenç.a d~ GrJ\\.'S. Em algumas rtgt. Oes do mundo, uma importante uuu do hrpotireoid1St1\0 ainda é a dclictência d{" iodo alimentar. D tAGNÓS'rtco CLí:o.: tco O diagnóstico clímco do htrot•rt"Oxtismo pode $ff extremamente diflcil, pois 1\a maioria das wzcs é a~Sin · tom:itX:o. Stnal.s c ~intomas inespc-dficos como letargia e fr~ue7.2 podem C'Stu presentrs, assim como ganho cxase r.xlo de: pe'o c tupc!"Semibii!<Udc ao frio, edem.l (mlxcde- ma). qucd.a de c.ll'-clo c- pcle ~a e fria. rclatad~ com nu is frtquénciJ. n:t ge:~taçlo.1'·!.l Dcvt'm se-r :1v:tli.1das quantu ~ íunçlo tircoidiani'l ges· !antes com: • sinaisciintcmlasdchipot•reoidi((tlo: • bócio; passado de doença tireoidi;~na_; em uso de medic<~ções que interferem no me tabolis- rno do iodo, com<..l, pór exempkl, amiodarona e lítio; história (.:uniliar de docr~ça tireoídi.ma; outra docnç:~ JlltOÍr'nllnC como d.i.Jbetcs tipo I, viii- ligo, ani.'mia pcmiciosJ., entre outrJ.s; uso de radioiodo, tiourcias ou tircoidcctomia no passado . ... Ut,\ t;:'\Ó)>I ICOI , I\ 1\0RATOII. IAI. O TSH e o teste mais ~cnsívcl para detectar o hipoti- reoidismo primário. Se dcv.ldo, deve-se determinar o T4 li~-rc. A combinação de TSH clevJdo eT4livre normal ou b.lixo ~ '' irtualmente diagnóstica de hipotircoidismo pri- mário. V;llores limítrofes de T4\ivre e d iscreta eleY.lÇio de ' f'SH podem ser encontr;~dos no hip<JtireoKI.ismo ~uhclíni c:o, no qual também se de~creve intidência aumentadJ. de infertilidade, abortamento e pr~-e<làmpsia T.1lvez esta ~ja a forma mais t omum de apresentação na g r:widez, caracterizado pela f:.1lta de sintomas, níveis ele- vados de TSH c habitualmente nh·cis normais de T3 e T4 livres, m.LS rcposiçlo com tiroxina ére<:omendada. O teste TSH J.póscstímulo com TitH n.l.o é' mais ut ilizJdopara o diagnóstico do hipotireoidismo primãrio, sendo reser..-ado para os raros casos de suspeita hipotireoidi~mo central hi- poh~rio. T RATA.''>IIl:->"TOEA<.:0.\11':\NH.-\.\ti:.NTO As mulheres cQm diagnóstico de hipotireoidismo dur.lnte a gestação, mesmo ~1ue suhclínito, dn·cráo ser tratadas com doses de repo"'jçio de le~·oliroxina (T4). O trat.amelJIO deve str institukio assim qoc realizado o dbg- nóstko, inid .. mdo -se com doses relativamente baius. com aumento gradual da mesma, caso se faça ne~.:e,;sário. Du- r:J.ntc a gestação h..i necessidade de doses muito mais altas de "i'4 do que aquelas empl"egada.~ para mulheres nõ.o grávi- das, assim como aumento significativo nas doses utilizadas fora da gestação. Várias rnõcs explicam e-ssa situação: o rápido aumento da TBG; o .mmento de \'Oiume circulan- te; c o aumento de transporte placentário e metaboli$mo mJtcrnode T4.1..> A doS(' de h ·otin.uina e muito variá..-el e deve ser indi- vidu.Jliz..llia. A dose média na gestaç<io é de 2,0 a 2,4 ~gkg de pe-so ideal, com reajustes, sen1prc que necessário, com o intuito de manter os n(vcis de T.SH dentro dos limites da normalidadc.•·1 Al> mulheres cu,a diagnóstico h~-er sido e~tabele<:ido dumnte a gestaçJ.o deverão iniciJrtlSO de !e- Yotiroxina na JoseJe ISO pg/diaoo2 ~g/kgdepesoatuaV dia.•;:n As conce-ntrações J.eTSH c '1'4 dewrào ser men~u rJdas após quatro semanas do inido do tratamento. Os tes- tes de itu)Ç;\O tircotdiana devem ser normali-..:.adC>'> o mais rapidamente possível C,\ met.'l é manter :IS. C<Jncentraçôes de TSH cm "\o-rtlorcs ,,b,, ixo de 2,5 pü l/ m I. no primeiro tri- mestre da gestação ou 3 uUI/mL no st>gundo c- no tercei- ro tri mestr<!\.~ ' Apú~ as concentrações de "l"SH c T4li\'rt: terem atingido a faixa de normalidJ.dc para .l id,lde gesta· ciona!_. as a\•al i açtlt".~ quanto à funçJ.o tircoidiana deverâo ser r<!ali1.adas a c:~da sc-is a oito semanas.·• O s reajnste.s neccss..i.ríos de\wlo ser implementados com base nas con- cen!r.lç.ôcs de TSH.n Em sua maioria, as mulheres gr.ivi- das são )oYens e livre-s de doença cardkwascular, de modo que, qu.ue sempre, é seguroiniciar o tratamento com dose plena. Recomenda-se administrJ.r a dose de lcvotiroxma no inicio da manhit, cm jejum. Porém, a lgumas mulheres, particularmente no primeiro trimestre, poderão não tole- rar a medicaç<io nessa hora; sendo .usim, deverão ingerir a medicaçJ.o posteriormente, cm horário ma h convenien- te, quando não ,,prcsent,\rem n~~1seas ou vôm ito~. :\1uitJ.s utilizam o $Ul f~to f"erroso e/o u d.!ciu durante .a gestação. Essas subst;inçias podem IÓrm.ar compl~xo~ imol.úwis com a tirol(ina e reduz.ir aa~orçã()do medicamento. Des- sa forma, é importante Ítisar que J. ingcst.lo de.ssa ~ outl"3$ mcdk~lÇÕcs ck\wá ser feita com intervalo de, no mini mo, duas horas As gestantes portador.1s de hip()tireoKI.i ~mo e que cn- gravid.m~ nccessit~m de :~çompanharner1to dos ll Í\'CÍS de T4 1ivrec TSH, poi~ pode ha,·cr ncccssi<:bdc de altc-r.wão nas doses de reposição hormonaL No passado, a{redi- tava-sc que a dose utilizada antes da concepção poderi3. ser mJntid.l até o final da gest<~ç~o, sem necessKI.ade de reajustes nJ ll"K'S!l\3 . Com métodos l ~boratoriai~ cada ve-L m,liS precisos. rem·~e o~ervado que pode haver nel"".CSsi- dade de .allt'r;l.Çúe.; n:u doses de repos)Ç.ã.o hormon .. lL t: comum q ue as doses sejam aumentadas em 50 a \00% a d()S(' inicial. mas, até mesmo rcd~-lo nas doses pode ser nccess .. \ria.17•12 Noções Pr.tticas de Obstetrici.õl A pó.( o ;ajuste da dosc.,.TSH c 141Jvrc de .. -em r.er rt.tli udos 3 coxb seis ;a oito semanas p.lr.l 3 n.':lvalt3çlo d..l do.se lk tiroxma, ;até que os mesmos se cncontn.'m dentro lb ~.u d.1 normalidade_ Depois de ;,.tmpdo o controle tdc.1L ~-st'mantcrare:~;l iz.açãod;,.smens\lraeôcsdcTSHcT4 liv~. com o mesmo internlo descrito. Após o p.uto. .1 dose utili7_..1da antes dJ. grJ.\·idez.dt!'~ ser reintroduzida c o TSH Jo..:~.do por ~!ta ck seis semana~ ;,.pó~.12 BÓCIO, NóDULOS T !REO!DlANOS E CAN CER DA TIREOIDE O b6oo tcmsidolisod.ldo :li gr.a,·ide7 dt\dc:~ Anttgui- (Üdc. O vclume turoidiano:~;ummtJ. cerca de 1096 cm regt- óes nlo Kldopm·.u, rro\-a\"Cimt."'tllC como ~uJudo do .lU. mcnto cb ollivicUde tireoc:rópica. c apro:umad:~mcntc 30~ em rtgiOcs com deficiencia le"e de iodo. onde t:lmbém ~ ~rv.,quco TS!I tendea ser\1m poucomJ.1Scb•ado. A h:~;b! l idadc do TSI I e, proYaYelment<', de outros I;'Siimub.· dores tiT<'oi,1ianos ern promover o c~~dmtnto tlrcoki t.lllO é pcx..:m:iali 7ach diante da dcfici~nci a de iodo. O :mmcnto d.l tin::oitle na gt'5tacão é considcrJ.do :morm:tl em mulhe- rts com inge'itao adequ.ld:~. de X>do. 1'\óduh( tireQidianos W dct«tados com cm01 fre quMcU, cm mulhereJO dur:tnte J. gr.n'idl"l c u to decorre, pnncrp.~lmtntc-,daatcnçiomêdic~m.atsdtt~lh.KiaofM.·d dJlsmulhercsgrJ\'td.u,que,mu.tllsvt.zt~sk>a'·~IJ.Xtaspot médkospeb.prirncira\\."2.. Nam01.ionad.n \'el.t:S.QSnódulos slo bcntgnos e n.k> funaonante1. !4 Tem ... doe~umdo que os carcinoma~ papiliferos ou fohc.ul.u~s :afcum uma em mil gcst.lntcs.. z.• 1\ abordagem da doenç;a nodul.1r tln.~idiana nlo difere d~q11cb empregada nas mulheres náo gr.h·id.ls , As p.lciCn· te\ re<JilC'rcm. pd o nwnos, 2 du~agem de 1'SH c:\ rc:tll~aç.;'io d:t punçãoo1spir:~t iva com agullw firw (PAAF) do nódulo m.1!0r que I cm. A r<"aliMCâo do ultr:~.ssom é de,q~vrl por v.i.ti:J.S razór~ par:~ a orac;tcriuçio do tipo dr: nódulo (só· hdoou nlo, hipoccogtnicoou nlo),p.uo~ :ltdcntific;aç)ode miC."'C3lci6C3çL~ (que sio ~peitas p:arJ n)o.lllgnKI.Kic), para a detecçlo de outros nôduh~e/ou l•nfooodossuspcJ- t~ a~1m como par.1 momtoraro ~mento do nódulo. Métodos <k 1magcm com r:tdioKKio ~o fonn.1lmtnll' contr.1indic~. C.uo a bi.ópsia sugira caxtnl"ma, a dtosao de quando rcalil.ar a tireQide.;::tomi~ dC"'"C ser ind1vlduilli;:a· Ootnças da Tifi!Oidt 1),1 Ge~taçào da. baSC'3da no tipo de c:~rcinoma. período da gmidr-z e o estágio tumorJ.L Os uranomaç d•l'crendados d.11 tireoide não slo afmdos ad.."'tfYmcntc ptla gravKin. .u desta kmna, a menos que h01j01 acdmdo crt"Samcnto do tumor ou evi· Mnda de met~stOIS<', .1. tm."'tdoctomia pock Sl:rp:uteUch ;até o ptkparto oo ser re.~ltzad:l.. pc&renci:almente, no ~.mdJ trimestre da ge~aç..lo. (ÕI.lndo o dL>lgnóstico do nlldulo é c.stabek <:ido no terceiro trimescrc, a .1bordagcm cinírgica dc\'{·d .ser postergada p:mt óperf("lc' pó$ parto. i\ este caso, J. avaliaç.\o c.itológic.t t .J.mb~m puder.i !ler ~iada para depois do p.lrto, umJ. \'d 'Iuc nenhum:1 conduta scr.i adotadJ.. N o caso de trJ.tJ.r-.se de c.:r.rcinuma :~;n :1pl~~ico 0\1 carcinoma me· dubrdatireotde,Jtirroidc<:tomiJnlo~~~rprotebcL.l'll Não há estudos que re\'tkm aumMtO do risco de re- rorn'"nci.l do arcinom;a da tirtetdc dur.tnte ou .1p& a~· Uçio. Mulhen::s que RX<'bcrn d~.s~t\<11~ dr: lt"'<tti !'OX!na p.a.r.a tfllt:.amr:nto do caronoma da titroidcant~da ~.staçlo podct.lo m;,.nti·la, d~ qu<' Ol nl\"t"IS de T4linc não se encontrem .K.ima do lumte $Uperior da nonnalid.!· de. Apesar da .:m~'ncia. de estudo~ neste sentido, p.uccc adequado manter a mesma orienl.tçlo utili1-ada no perio~ Ju pré-conconcepcion.,l.1' AcoNsE LHA M ENTO P R É· CO NCEPC!ON A L Ê. impornnt<' pa.r:1 o m&Lro Slbcr ~n~har .s;u:~ p.a-- CJC:nte sobre o mommto kt~al p.lr.l cngr.avidar r: ~ ru nscos para cl.t., p<l!ll o fdo e par.1 a crLlnça. ~ialmente rm rdacão 3. cxist~iadL• hi~irt01dismo materno c cm cx_atras sinw;ócs espcci.liS; H l P HRT IR I]O I D TSM O SOB T llATA M l!NTO (J..so a mulh~re~tej;p, em uso de medicamentos :mtiti· r<'Oldi:~.~. os cl'ettos d<J!'i mesm(l.5 par.t o feto c RI\' de\'em ser dis,utid~ :mi~ &a ~~t.lÇ.\cl. Ca.so opte-sr pelo uso do iodo radioatn-o, nwtC'"J. f:a&.lo durante ;,. gr.n'idcz. .~pós tngcri-lo, aguardar <'ffi torno SCtS meu..~ J'.lfll engril\·id.u, cv-itanOO-sc !,aiS r:fe1tos ddetérios sob:e o feto. A cirurv;i::l não tra:L séri :~;~ C(XU("quMct.lS parJ. o fcto, mas, como ~as situJ.çócs descrita!. Jnteriormente, .lOOflsclha-sc que a mu- lher este,P. euttrcókle:~. no momenlO da c~ncerção. Estudos 1' bem conduz.dos t~m revelado o dobro de nulform:.u;ms rongénit<~) em mulheres hipert.rWideas no rrimciro tri· mestre di! bresta('lo, assim como tax~ clevr~da de infcrtil id.t· de e abort.amcnto naquelas com TSII de\·Wo. TRATAMENTO PASSADO COM RAD IOIODO PARA DOErjÇA DE GRAVES !'\esta sltuJçlo, dois a.'pectos 3lo Importantes : (I) .1\".1 liu a dO"e de reposição de tirQxin;~ p.lt.l que o TSH estep dentrod.1 romulidadc e (2) a~docuttrroidiun~.lltiX Urula5 de TRAb podem csl:trprt'"Knles, expondo o fctoc o Rt\ a :a.umcnudo riKo ck hipcrtu-coédr~. ape.Y.r d:a. m!e est-ar eutircótdcol. >Je..,tes casos, .1 gcst:~nte deve ser acorn· panh:~da com men5uraçâo dos nh·cis desses antX:orpos, especialmente no rcn:eim trimestre de 8'-"'St.açio. TRATAM ENTO PASSADO COM RADIOIODO PARA CARCINOMA DA TIREOIDE /1. gr.mdcz nãoafeta a história nJ.tural do carcinoma da tireoide. AbortJ.mooto espoot;lm•o pode atingir 40% no prilllC'iro .1no p6$·tr<~l.lmento com radiotodo. 1: ~come,... d:i'<-d que u mulllC"re\ que re«bef";~m radtoiodot~ ~u.1.r&.o:m mal$ ou menos um .;~.no f'J':l conceberem. Ajus- tes de dOSI..' de tiroxina dc\·em ser r~ali7:tdos no início d:1 gr.widcz c pelo menos .1 c .• 1da SCIS ~cm:1na5. O TSH deve ser m.mtid.o ab;aixt' do \-alor mlmmo d:t numulidade. H IPOTIREOIDISMO SOB T RATAMENTO Mulhere~ rm mramcnto p.1r.1 hipot"irroidismo podem necc-s.si!J.t de n:<lju~re d.1 dose de t iroxina IOb"' após a con· cepç:.O. Os re:~Justes de dose van:tm conforme a ctiolasi:t do hirotíreoxir&mo T!REOI DlT13 CRÓNICA E M PACIENTI~ EUTIRBÓIDBA PKientes com tirroidite de H.uhrnlO:.O .apn."Sent.lm risco .1umen1.1do de abortamento ~pontJ.neo. mJ.nil'esu- ç.io de hipol1reoidismo durant<' a },'C!.taçio e tireotdite pós· -parto. T~es d~ full(".\o tirt"OKii.ana sJ.o rndicados antes. durante c .;,pós a s~~tação para dcli:xrarprecocemente a lte- raçõrs nos nh:cis de TS \1 c inkiodc terap~utk:.)Cill t~mpo <Kkquado p;rra prevenir complicaçOO.'; T!REOIDITE Pós-PA RTo Tanto o hipcrti rem:lismo quanto o hipotireoiclismo podem ocorrer no pt.'ricxlo pós-pJrto como rt:\ultu:lo de tirroidite. Esu.é uma IOrm.l ded1sfunç.lo rircoidiana autoi- munc que ocor~entre o terceiro c ~to mcRJ; apó5 o p.u. to. H.1bitnalmrntc, hJ um pericdo imcial de hlp(rtrrooidis· mo tr.rns.itório, seguido por hip<ltireoidismo e recuperação compiL'ta na mouori.l dos casos. lli~tologkamentc, C car:~etcrizada por um.l tircoi.ditc linfocítica ck~truti\'a. Como nlo hi sínt~e hormon.tl au· ment.MJa. não hi rndraçao p31"3 o u.so d;a..1 hoorei.ls. 'ICfldo rndic.xlo o uso de bd~·hkHjueadores quando hJ. &intom;a· tologia mau grave. Ccrc.1 de i0%dessas mulheres evoluem p.lrôll resoluç.ão do procc~S<J e as demais aprcscnt:\m quadro dt: hipotireoldisrno trans.itório tr~~ a oito meses após o quadro inicial. O hipotlreotdismo de\Yd der tratado com tlroxma por prriodo \'..Ui~vcl de três a sei5 ~5. t\Jgunu.s mulhere; poderM:J m:mtcr o quadro de h1potm~o.dumo rndefinidamcnte.lli tendênc:1a à rcrorn.\ncU. da ti~drte pós-partocmgcsta~fUturn.17 H.i ~ignitic.ativa as~i;~.ç5o entre tireoid1te pós·p3rtO e dc>ença~ 3utoinmncs, principalmente o diabete~ tipo l. Por • ~w. as gestantes portador.~~ de diabetes, cspcc.ialmente o tipo l,de\-emserrascread.ucomdos.agemdeTSHdur.ante o primciro.:mo pós·parto.610 Correlação posrtiva tem ~do des<-nt.l entre tireoidite pós parto c dcprcsslo pm·parto, porém nu.is I.'Studos ~o nece,."-.iriospara confarrn are~saafi rmath•a . Scndo:mim, re· coml'nda·se r.rstre;~.mcnto com TSI-I e T41ivrt nc.sSts c.J.Sos. l'ararealrur-se:odugnóstKodcrirroiditt~ parto,os tegumtes critérios dn-em ser ~urdas: .~;) Nó deve h;a,~ hr$fória de- .lnornu\rd;ades trreoidu.nas .antes ou dur.rnte a sestaç:io; h) dc\'t h:l\'c:r um TSH aher:~.do (t:tnto d~·ado quo1nto diminufdo) dur:~ntc o primeiro ano pós·parto; c) nlo dcw haver :rnticorpo antirrcccptor ck TSH positivo ou nódulo tóxico. Q\lando hi su.tpe;ra de cirroi.ditc pós·p~nDj o metodo de r.utre.lmrnro mal\ K!lsi\~1 e barato ~ a doq~m do TSII. Se o TSH é alterado. de\Y·se" ruliz.ar a ~gcm de Noçõts Prátk:.s ele Obmulc~ T4 livre e :mticorpo.~ omtitircotdianos. O TRAb dn1o' l'eT do~~o cm pa~ntc.s com TSH suprimido. C<Jm :t intenção de afastar ~sívd do..-nça de Gra\-es em (.l.w in1cal Se o TSH é norm:~l no rastrcamento Inicial, mas o~ ~int01nas s.lo muito sugcsti\'0$. sugere ~que o mesmo scjl reo~ov.dla do com qu.uro semanas. Rccnmend:t-k a dOS;;Igcm de l SII t"m tod~ a~ mulhc- m. que no p&-parto apresentem smais e 11intom:~s .~ugesti \'OS de dis(unç~ tircoidiana, n:K:judas portadoras& doen Ç3!> :~utouuunes, espcctal~ntc o diabecC1 tipo I, OJqucbs com anticorpos anhTPOtln-ado..' e nu que ;~pr&'tltUlm t1rc01dite pós·p<~rto cm gestação antenor. Ca~o o 'l'S II stj <~ superior a 10 p.U/ ml cm mu\});:r sintonú.tiCõl, introJunr o uso dl' fe\'Qtiroxma e .l<:ompanhar p.1r.1 possl\·d retir:ad a futur.1,pois o hipotireoid1smo ntSsa condição é potenc:i:~l mentc m't!rslvcl. Niveis mfcriores a lO 11U/mL ou mlllhe- rcs ass:mtomiticas d~-er3o Stt acomp-anhadn. desde que os nlve~ s dcT4 lh•rt permaneç.un normais.'' t\'a ausfnci.l de método de r.utreamcnto universal, dnos casos de trreoh.lrtc pós·pJ.rto ptrmaru.:terâo nl\t) d1~gnosticados 3lé que a pr~·alêoci.l e re~l1mportinci.\ da doen<.:~ scj:tm mclhor estudad:~ ~.1 RBFERÍNCIAS 1 G!u~t Cl. De '\':~~r 1', Rooniou.~: 1', IA'moot :0.1, Rcbyt'l C van ~le:nes,hem A.rt t l R.es;u\Jnoo o! mlfrnl~lthymod Õlr ingpregnancy JOin EN!Nrlnol M(!·~b 1990;71; li'6 S7. 2 G!.nn«D. J~regulu.onofrh)-mclfurc.tooln;r.cgn.anq~ r:.thwlp of~Odó<êM(! idlpl.t11C'f\ fro!ll phyo;cologytOJ'Jiho]- Of,Y Endocr Jln·_ 1991.18:-404·11 .l CronJf~ McurbS,Oc Kl)'tt' P,Glrn<XrD. 1he !h)'fOUOf'b: rolt ril':umJn thx!Ooic t"'nldot~'" (\CG} m t!x url) s:~gt~ ('/ twin (~1 5lngk) tyegn.UIOC'S. <.:lin EoJ.xflnd (Or f) 1997; 4.'i:7 192~. " Woftê J-luth O:pniU.tlon.Al.~mmtuflod .. "'t l>eltctt"'C}' Dt!oOn.krs .1nd mol\llunng 1h~lr eli min~1íon. 2• cd . Gtntl'.l: Dt?arlmec.l ol'N~.nrlon Wor'.d lltal!.hOrt;lnln~ícor .. 2001. l :lrn!'ft O \\'hJt h~n'CR~ to r h r normJlthrretd dur<ng pr~g JU.tll:)11byroidi999;~631·S 6. Bunow GN F.shct 0 :\. Rf«< l...l~ p_ 1\frc\.m.sm~ of d.!>CJ'4:;M.):etl""landfetal thyrotd(unct!OO. N l!n,s1J.~d. 1994,11H011-8. 7 L~rliCn PR. SilujE. K:lpl.iJI,\1\-1. Rt);.tk:m~i~ b~l\'1'1'~ m tub:1~ ,nd lntracdkibr th)to.d h~~ ~)~ICll -tnd c;,':lk .. l implic.ttio;,.._linCocr Rh'. 19'8 1;2 87-102 8. Ntno \_.,..._ Cod.i C:O.I, Micw.uilc E. M~mcdc SC N.n.n 1..0, Corrh E.K, d al &tuJoi.Jn.~.tud,:>.:~l do to:ll h,;oótm- Doenç~s dll Tireoide na GHt~ào t11N.!t! dur1:r.~ .a gr~vtc!tz. ,-\f(jl\ril Edl:<' ll'ICI ).·lMJl . 2{)0-l . ..f-4~-:)>+lW.. 9. N1.·~"1\J R, Formt)'l('l G, ~hngi ~ri T, PeaJrt'~'l::. A. Ouz1 O, H-.ln::rn IIIA"'-othpoiin~ llt'l~l io tU.l:yn-rd (lftpunt .... '-~w'Ith Nt( .. mmunt tltym~o.l di~as.e: c5:at o:t oll:'>t<'t· rkliLomrik..ILOIIIo J ClrnEndocriroiMtub 2006:91 •2.\8"'· 91 tO. '111)·""1. tll.ll:o.mii!'O<.Iit' (1'1'0.-"b. Tg.Ab ~n.l TRAb). 11-Y' mid.200l,l3(1) -1'1--56. ~ · IOJ089/ IOSOni0331 108702". li St~gn1to·Gr~oo ~. Ronur1 ~1 1 , Cobin ltC, fl HHUy E, AI· v.un.\b~liryM On"'\TF Dtt«tooocf.xn:W~}' u•m~ high!r I>C'f'1'tl,·e l~»r• .'Ot th~·nttd (lt'lrOlfllrb(xlles JA.\I A 199(U.6A-· Hll·i 12. 1\,&kr,.,•JE. P..-.\onuru (,1\A~I;.n \\'C, Wlllwn,JR, Kmgh~ GJ, (;agJ'\CII'J _1, <'t Jl. h-l~tffr.al !hyrol..l Jeiinenqodum>g prc~ nancy :t."ld ~ut-~ PrU~hcú.p:~l ~*rmfft of thcd·uld.NEnt,IJ Mç,l Jffl,3•41,549.';$. 13. PopV.B-o~rs.EP. V.t.krHL. \lo~l..m:i~T, V.mBurAL,D~ ViJ'dtr Jl. M.otl'tn"'l hy?ldl)'rollt~U:m~ dt.•rlng u rly prt~ naroq a"'l ~u~ucrr:d1I\Jdedopm~f.l •3--).-côlr»:Jo....·-up .rud)· O .n [.:l,kKrir.ol (Orí). 2-00J59:21U·8 14. So~dm OP. Tr,l<:tf:lbctg R E. HoiiO'oOdi JG,Jonk!J~ ,J,Jamci: \J$c.Xd.nSJ l'rtmt1ltrifP«1bccb.lr.gommdc:n.alth,oiJ h0tr.'K,-"te, thp.xn'fin. ~~~d thfroglo;Jlrn wnc~ntnnrcns dtJri~l't"'~~~ioon trmd.~nd~''lwns,(t(l4;Stri!'Mjf'l!ftrn JOdm~'JUlfic~)·lhyrolo.l-l004 1+.1M"'·90. I .S. rrrn.Jl'ldt~-S..,!() ML. Jl)'.'UIOVj.c LC. Cmtak-~Jrntll~l A. Lcoh.>r·l kre:t.'ldo:-r JA, [scob.u-Jtmmn t-, l.cpn·Cot.u I t\, ( t al.11t' rr11d fun.::ttoo durm~ pr~-gn<~ncy and tIre J'O'SI)l..l.tfum pc:!l("l co..lim: R"rto~bciWn 1::a..l Jilt'UC ,l:tts. En&lC Prol( I. 1998.197-IU:.\ \6. Al:o.-.lo~kh ,_.t Arnioo;o.;, 8.1-boout LA CdolnRH.f>cCtOOI lJ. GI.RCJC'rO. t.l<~r.c!d SJ. St.!SN"'-G~:l A.:\-t~ (ithyrC'id.J~<funrtiondurtnj;prtl; tl~nçyandt-t?'l""m · ln E.nJ."lCC'\1'\C' S«.cty U:U:.il Puctkt Gu.&~h"'l'J Clm l:n.!J oiool;\kt:.b. 20(17; 92(8 Suppi).S\.47. 17. Goa..ll'iln Tt.-~ MnA:ONM Mt~!nu:rJII.I'nu.:yAf"H~: ~m.lJI J,\1. 1llt :dt ui cl~11io·hc b""'~&:rtrorõn in t·~n•:nt hyperll•yroidiJ:lt ufiJrptr~mc'" grn·.duurn J Clin bcb,.,.l· nol\ltub. 199l.7SJJ..\.\.7 18. ~1anr H,Amm 1'. Lnaru~Jl l Hn>t!rthyroidiun md prtg r.ancy HMJ-20llti.JJ6(164~!,66}-i. 19 Olõln G\\', Mmdd SJ. 'lh.:;r,lp}' l(biíjht : m:.nabocmCJ1t cl Gra'TS JLJ.e~~ ,l.ldr.iÇpttpuncy N.l: d .!'ll'rad r.n.ioc~nd ~terA1007.3(6}470 8. 2.0 M~ndd.SJ. Ct'C'f'tr. DS. bu~(lr mtíth)nnid~J inprtg l\.l"''1"nJ\r.,r on J 01n r.r.iocnOO: Mte.tbl001,36:!3S4 9 1 1 ,\blh,..ich~-1. Guhc~ra S.Abr1~G. ~1accallin. G. G.:m:u ;.., U:va.llt0.0"'ff" L'kllabdnio::.,lhy?CJ!i-oy~rompl.c.d· inS I"t'Sunr,·.1hymxl.l01>2:12,63-S 21 Amnder EK, Mu~ r., lawknn-j.,Prolun P, F:sc"" GA. f..Jr"'t:l JlR. Tt:n1og a:ld n-...gnb..t& t,(n'<:~aM 1n k YO thyro~1:1<: rcqulrtt~lo::n!~ duri:'t l'rcgru.t'lr::)' in wo:nc-n wch hypo:d:yro.d.lim NL'WJMa:l 200..~1.24-1-9 647 2.3. TJ.n(:II, Gh.aribii,GotllncrJR, v~nH('~êtl'ljA, Bahn RS. hhnlgtnlC!ntof th}roiJ nt'duiH il'l pTtgnllncy. Arch lnt~n .\1 ~d.I996JI56:l)1720. 24. ;\~.\I, Mamkni Cl.. Outcomeof dJffm-nll~tN thymd c.u1Ctr ,l,~lXC'd ln prq:n~n: womrn. J Om E:rw.loainol Meub.l997;322862.·6 15. 'vi.ei.ra }Cl i, Jú.,"lbh•ro /, Ta.::MNna TI, Ghlnnghello M'J , HJ.wchc:0.\1.M;Kjc]R\ ·IB Dtfin ,çlodn.OO~Mnttakdt tiroxina hre (Lnnte a gr.ITidUARj Krl.S EnJo.rriN'II W.~t~b 2004;48.JO.S·9. No ~OesPrâtltu de0bsttt.rk1t
Compartilhar