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cap 59 Assistência ao Recém nascido

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59~ Assistência ao Recém-nascido 
Terminologia Aplicável ao Pe riodo Perinatal 
Instalação de Serviço de Assistência ao 
Recém-nasc ido 
Assistência Pediá trica ao Nasc imento 
&f.ist!nci.1 lmrdiaa. .w RKtm-nascido na Sala de P.a.rto 
E' ind.)('Utf\~1 o ptogrtSSO d~ assist~cla ao re-çCm-ni.~ido (RN}, partk ularn1l"llte p.1.r.1 \JS que nc"'ssitam de cuidados r.spcciai'-Hl nJ.o 
muit~ anos. o ptd1atr~ (rUo rx1sti.1 o n~taogi~a) era 
obrig.a.do lll imprm·i51r e5tufa!;, cercar os R ;\Js prmu .turos 0\1 
de bai.-.:11 pew com algodão, manter .a. tcmpênt\JrJ. Jtr;wi!.'l de 
l:1!mpadu détric::ts c o mi&Cnio atmis de tcncbs rudtmcn--
taresou de cateteres naS3iS. Isto oeorril em loc:ai~ n.i.o mUitO 
longe dos srJ.nde.s ccntro.s, os quo.i~, diga-se de pa.ssa~m, 
também nlo cr.am possuidtwc:s de cxprc:~~i't'OS tl'Cuf\OS IC· 
rapêuticos. A momhdadc d.aqudes rtttm nucidos era J.lu. 
Fdizmemc os tempos mudar.tm c hoje ~t: vê o RN de 
extremo ~ixo pc.so m;mtklo VIVO e podendo ilpt'\'SCntar 
descm'Oiv•mento satisfatõrio, em função das me<hcb§. te 
r:~pêutical> atualmcnte disponfv{!l!'. Há, entretanto, muita 
preoc\lj'\lÇlo com o futuro de t.l.iJ crianç.u, procurólndo-
EnnioLc5o 
Maria Albcrtiru Santiago Rego 
Eduardo Carlos T.1vares 
Luiz Megolc 
Exame do Recém-nascido 
História Gell"taclon3.1 
Hi\1ória do Parto 
Cbsslticaçio do Redm-nucído 
E:ume Fhko do Recém-"ucido 
Particu!arid.ute~ do E.x..mte Fí~ico 
O Recém-nascido Crit icamente Enfermo 
Amamentação e Medicamentos 
-se, o mais pas.d"d, f.ucr com que tcnNm posubthdacle 
de uma \'id.\ \itd. E~tudos ' 'tm sendo dcsenvolvldos para 
proporcion:u n3o .só .u~istl!nda nkt!K.õi :~dcquad.a 2s suas 
5equd.u .. m.õl$ t:ambém i JNnutcnçlo deest.xlo nutnc:ion.!l 
.adequado, que possa .u~egurar bom d~m'Oivirnento n:\o 
só fisM:o, nu~ t.unbem mcntõtl. 
H o\ :algum tempo. também. :a .a~sistêf\Ci:a imedl.at.t ao 
RN era prest:td:l pclo '~tclf'3, muitas \'t.ZCS pelas parteiras 
e outro tanto por ·curios.u' c .amigas.. Com a introdução 
do p.lrtO ho-.pit.alar c d;~s unida~ neon.U.:&L(, surgru :a nc· 
ces:s.~d:1.de d1 usistêncU: ~R. \I pelo~ tntao pediatra,, agora 
nconatologistas. O melhor atend imento gcro\1 elevado nú· 
mero de casos n~i:~ compl~e ode.scnvoh·i~ntodc no-
vos recursos réc01cos. b pn.'<'t.WI ficar bem d~ro, entn.:t;anto1 
que a melhori.l técnica exige, toLmhém, m .. üs cuidado corn a 
hum3nttaçiQ dJ Medicin;:. 
Ho,K-, a J.H1~ténci.1 :ao R..\l de risco exige loc.al que dis-
f'C'nh.l de rct:ur~o' ;zd<'quados. Qu:.nto :ao RI\' normal, 
tmn.t-se ncces~riu :.p~n a s o çonhecimento d.n mcdid.u 
imciaurotint~r.u. 
O .a<:ompomh3mcnto pd-natal requer o trabalho roo-
junto de ~"tdr.l epcdiJ.tr.~,.scmlon«:<'Ssiriõl, muit;u vez<'5, 
3 prescnç.a de o.ttrosproliss.ion.aisd<' SJúdc, princ!p.almente 
nas gestaçix·s de :t lto nsco. Esse: conjunto de profissionai) 
pode ~ert.m1bem imiX)rra.me para a atenção ::~os Rf\s que 
apre~ntem prob!cmil) mais sérios. 
N;cabordagcm pedi.itrica (cita neste c.aplntlo, prttendc-
·.o.e tr.~ur apm.u aqudcs conhecimentcw ~ tnfOrmacões 
julgados neasdllCI$ p.1r:1 o obstetr.~. Qp.ando fOr preciso 
acomp.:mhamento par.l Situações mais complexas do RK, 
o respons:lwl pelo tratamento dever~ procurar cm li\'TO 
espcoali:zado ~ terajXullca indicada p.1r.1 o problcm.1 em 
quesUo. 
TERMINOLOGIA A PLI CÁVBL AO 
PERÍODO PERINATAL 
A p.tdroni;ca.c;lo de conceitos, m(-todos e critérios de 
utiltucão de b.ancM de dados é cond~lo <'SSCnci.ll pan 
.1 anili~ objcti\:.a do\ todk:..-.doresdc :u.úde pe:rlnatal para 
a: tom.ad:~ de d«asõcs ba~adas cm CVI~OCia!i. A utili -
laç.'to de modelos de história chnic;~ codHkadt~ para a 
an:tlisc computadonuda das infÕrm.l(:Õ<'S permite:~ ca-
r.tCtcriza.ç.iu da populaçlo ;~;tendida e o esaudo de fator~ 
de riKO. pos~b.l.tando a melhoria da :t..~•stfflcla intr.a e 
lnt.:-rin'itituCJOOJ.I!l 
lu seguintes d<'finlçóei for~m adot.-.da!t pela A~sem-
blcia Mundial de S:ll1d.:- c enunciadas no CID-10:1 
954 
.\ 'rucu/o WL~); r.11 expulsão complet.l ou cxtraç.io, do 
corpo d.a mX, indcpcndcrucmente da dumç.i.o dJ. 
~\·tdcz. de produto de conccpçlo que, ckpou da 
~raçao.rcsparcou~ntcqu<llqueroutrosinal 
de vida, t.m como Ntime.ntos do coraçw.. puls.t-
ções do cordl\o umbilical ou movhncntm efetivos 
dos rmh culc)S dr contr;\-Ç.âu m lunt:iri111 estando ou 
nkl cortJdo o cord.kt umbilic~l ~ ~\t:mdo ou não 
dt-sprcndida :l pbcenta; 
ótnti' fo.tai: é~ mortt dr: produtod.l conct"pç3o, ant~ 
da expulsão uu d:1 utr:u;:ão complctJ. do corpo da 
ml(', mdq~ndm!cmente dJ. du r.lÇ.\o d.a gr;n•idtt 
tndic:~. o óSito o (J.to de o fctu, depois d:a sepo.raçlo. 
Nó r~r:u nem :aprc.~nt.n qualquer outro sirul 
de vida como b.atinle:nt~do coraçlo, pulsações do 
cordão untbalic.tl ou mu\•imentos rt"etJVOS J~ mUs-
eu lO!. di! contraçlo \'Oiwu.1ria; 
pr.so ao na se a:~ pnmeira m~Jida de pcw do t~to ou 
recêm-nasc1do obtid.a após o n.L.~imento. prefrrtn 
caalmMtc duunte 1 frimcíra hora p.:is-na~mrnto: 
ulatlt gfflllcr,mnl; i a dur.u;-J.o da b-l\!!.tólÇào calcu 
Llda a panar do pnmcuu dia do último pcrk>do 
m~mtmal. t dcfin,da cm dias· ~1 cm scman.u 
complet.ls. Q!.1ando a dat:~ do último pcrfodo 
mcn~trual n.lo é di,ponível, a id.1de- gcst;'Lcion.tl 
d('VC st·r ba~;jda na melhor tm:im.;jth-.1 dtmc.1.. 
qu<' podcri ser ob11cb peb ultr..lSSOnO{;u6a rea 
li7.1d.1 nas primcn;u 20 Jeman:u, cl::~mc dinico-
-obstétnco ou o:~.p<h ("I n.ucimcnto pelu ex:~ me: ck 
maturid.1dc 11siC'a. c neurológk.l do n•cém·na\CÍ• 
do. 0 método m.liS uti\i:t:.ldo p~los pcdi::~tr,\5 é O 
Ntw BaUard (Figur.l59.1A c 59.1 B); 
1vrtoJo r.tiNI.daL corresponde .10~ prime:. r-os 28 dw 
de vatU pós rut.al (tcro~ 27 di:~..-.dc:Vld.a); 
cotju:tNr .1t nmrtalit~'atit ptmrat.11: é o nltn'lti"O ck 
óbito;;; fetaas (a p.1.rtir de 22 S<'manas de b'CSlJçjo) 
:~crcKido dos óbitos neon~tJ i s. precoces (Icro .1 
scis dia:;) por 1.000 ll.lSCimentos totais (óbitos (r--
ta i~ ma i~ nascidos \'ivos) cm determinado pcdodo 
<loco!; 
coif.rurJU. d~ •nortn!ulotdt r.trHU:al: é o número de: 
ób•tos neonataa~ por 1.000 nascidos vi\'0:1 cm de· 
termin.:~do perio.::lo c loca l. As mortes m:unata1S 
p<Kkm ;o;er mlxlivldidas cm mortes ooonalals pre-
coces {do tnomr:nto do 1\a.scimcnto at.E .wois diu, 2J 
hor.u eS9 minuto\) 4! mortes ncon.~.taas t~rd1u (dos 
set~ aos27 dias, 2J hous~ 59 nunw~). 
Outros coetici<l'ntes podcrjo ~c:r cakul.ldos {mtxtaiJ-
dade tX'O!l:llJ.l hospit;~lar, proporcion~l f-'or gmpO\ de c:m-
~!1, por li mites de }'eM' e outras), mdicando ~ freqt~nc:iJ 
de resultados .ld'l-'\c'f"W\ por periodos e gru~ r:.specincos: 
~populaç;io. 
Noçhs P1áticas de Obs utrlci.l 
-I • I I , 3 • 5 :~. 
;~.I ~icQ=:'« i I c?tlcÇt I 
f:~® [ C!t i t t I [ I I 
~~ ~ 112J1t.~ o(} i'{} I 90"1 1\fl" <90" I 
IA...,. ~ ~ lc6 có c:2:> cÓ a6 I ~ÍIOO 
IRO' 160" I IJ!J' ll<l' I~ 
"' 
< ... I 
lSiul <lo~· ~s-- ~ ~l- 8-- - @-
-ª -ª 
I 
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~:..::. L <B' o5' i &9! ®' cxB"' c8, I I 
I r-.-.. -- ..,. I 
---
ll igur~ 59.1 A I Av:ali.tÇlod.a Ki.tde gest•ctD~:U.l pclo método Nrw Ball.ud (malun.bdr- nruromu'><=ul:ar). 
955 
I N STA LAÇÃO DE S ERVIÇO DE 
A SSISTÊNC IA AO R ECÉM-NASCIDO 
A rcduçJ.o d.\ morbimortJ!kiadc pcnnata!, com conse· 
quente redução 1\J.S taxas de mortalidade inf.l nti!, requer o 
controle de fatores que alUam cksfavoravdmcntc n.l gr.wi· 
de"?: e no nascimento, result.lndo em baixo peso ao nascer 
devtdo õl prematuridõlde ~/ou dt'!illlllr iç.lo lêtal, síndromes 
a~lixiantes, infecçôe~ crônicas e aguda~ e :~nmnalias congê-
nita~- r:~~a~ condiçi>es é~t.lo vintub:da.., cm grande pari(', 
Js C:l\lS;'lS preYenívei<:, determ inadas principalmente pdo 
acesso c utili:Zaçi o dos serviç()S de s.ll'td l':, alêm lb quJ.Ikb-
dc da J.ssistCnda a gestante no pré-natal e parto e ao re<:ém 
-nascido. 
Os indicadores epidemiológicos e assistenciais para 
;w.tliaç.ao da s.ulde perinat.d no Rn1sil
ind icam a impm -
tãncia de a~·t>e~ para a melhuri.a d;\ aten~·ão pctil\atal. Os 
último.~ dados oficiais dispomhili2.ados pelo J\·1inistCrio da 
Saúde/ Secretaria de Vtgilância cm S.nkic / Dcp.mamcn· 
to de Análise c Situação da Saúde - SistcmJ de lnforma-
çõcs sobre Mortalidade - SIM referentes ao ano de 200X 
mostram <]llC as afe<çóes perinatais tOram respons:i.veis 
por 58.8% das mortes em menore~ de um ano e que 6R.4% 
dos óbitos inf.mtis ocorreram no período neonata l. As 
rax ~s de mortalidade materna continuam muito alta.'i. na 
maioria das regiôes hra~ikirJS c n.io são compatíw·is com 
o grau de desenvolvimento do pais, rcllc tlndo imatisf-1t6· 
ria prestação de serviços de saúde a cssc gmpo.3 De :lCordo 
com ;a f undação SEADE (Sistema Esta.du~ll de Análise de 
D ados/SP). 71% das mortes noonatais seriam prevenívci~ 
por açôes no pri!·natal, parto, assi\tênci.a 00 período neo· 
natal c parccriJ.s com outros sttorcs 
Também a otim iza~·:io d.1 sobrevida dos cccénHlJSd · 
dos pci·tennos com redução de scqudas requer a avalia-
ç~o d.\ utilil .Kãode tecnologias pertnata is di~poni\·ei~ e de 
comprovada efic:ida, CQm{J 
RegX:malizaçãó e h ierarquização da assist~1lCÍJ. pc-
ri natal, pnmmdo o cuKI.J.do 1\0 nívd de complcx:i-
chde adequado; 
• uso do cortkoidc antl'natal nos c:.1ms de partos pré-
-termos p.1.r.1 indm~ir a matm idade fetal, prevenir 
ou diminuir a gr;n·ld.ad e da doença d a membrana 
hialina c a ocorrência de hemorrag ia peri c intr.1-
ventricular; 
tr.l.t.\mcnto adl'<}uado da corioa mniooite; 
gsG 
• administr.K:ÍO do surfactant~ aos rccêm-nasddos 
prê-tcrmos com a doença cl~ memhrana hialin.1 
imedi ~t~ mente <tf'ÓS ;1 ::.:ua indicaçío clinicao 
Cóntrole de condiçõc.s b.üicas de sJ.tkil': materna no 
prC-n:lta.l pa.rJ prtvcnçJo de C\'Cntos adversos ao 
na.scin'H:nto; 
odequ:~do wntro!e nutricional, atrJ.v~s da nutrição 
cnlt'ral mínima c p~w:ntcral. 
As distor(ócs de quah('b de da <mist~ncia perinatal cle-
\"J.m as t.L'Cls de Jnort 11idade e as sequelas nos recém·nas· 
ckios que sobrc\·iwm, ind u indo as neutop, immotoras, os 
distü rbios de aprendi1.agem, ccgut:irJ., HJrdcz, dcfici~ndas 
de u~scimcnto, distúrbios rcspir.ltórios crónicos, negli-
gt!ncia c maus tr.J.tos, entre outros. A assistênci..1 perinatal 
de\'e ~cr estruturada cm rl'dc com Jntcgra<ão dos c\! i dados 
ob.\t~tricos l' neonatJis, ambu!Jtori.1ls c hospitalares. com 
dt'fi nição de critCrkts de responsabi!i:l_açâ<' ::u.lministrativa 
e té<nica. 
O Progr;1ma de I fllnldnit..ação d t) Pré·natal c Na.s-
c.imento (PHPN), prqx)St() pcb Min i~t~rio da Saúde, é 
im port:m k t>\lratL);ia de rC'Org.lnlt:.lç jo c quali6.caçâo ~ 
J.\\istCncia pcrinatal c tem como objctiYos: 
CJ.pt.lÇ~"kl precoce das gestantes: 
di~ponibilização de, no mínimo, ~eis ('Qmultas de 
pré-natal e oito exames b.hicos.; 
vinCtl \.lÇ~o d.l ge$tante des..1e aatcn~·ãuprimária até 
m nivei ~ ma i ~ dc~'Jdos do.' complcx-id.td ~ de assis-
ti:ncia,de (()rma regionJ.!i:z..1th c hiccarquizad;l. 
Assegura a 111d horia do acesso. da cobcrtma e da quali-
d.ldc do acomp.,nhan){'nto pré·natal1 da ~~~i sti:n<:ia ao par-
to e nasciment<l, da a~;siHência ao periodo nconatJ.l c puer-
pCrio. O SISPR [ :'-1..-\T.I\ l. é o si~tema in!Úrm.:ltizado que-
possibilit~ o cada~tme<) awmpanhamento das gestantes e 
pu~rpt:U.\, tJ.cilitando a gest;\o do progr .. una. 
O Sistema de H.cgistros de lnt(')fmação Amhulatorial 
c Hospitalar e importa nte estratégia dequalitÍCilÇiiO da as· 
sistCnda perin;"~tal. O car tã o pe rinatal que awmpanha a 
gestante dnr.J.nte todo o pn! -nata! incorpora o t'Onccito de 
rede ao di~p;.m ibi l i:~.:ar as mesmas informações ar~lllivMla~ 
no Sl'rviço ambu!J.torial. no lugar c no momento que d ela~ 
se necessita. Durante a mtcrnação hospitalar o partograma 
é instrumento de .Kompanhame-nto ao trabalho de parto, 
dc<amprov.:~d;:J ericáci .l n:t tomada de dt•ci ~úés no trabalho 
c!e partoe p;;rto 
Noc;õe-s Ptátic~ de Obst~tricia 
O Si~tem.t Informático Peru).)b\ (SIP), in.(tru mcnto de-
sen,'Oh·.do no Centro lahoo-Am~nuno de Prruutologia 
(CLAP/OPS), é rom~o do wt:io p<'rinal.1~ hi.(!óna dlnk.t 
pt'flll.ltJI <' de rrogr.1mas pua an ~hsccompuw\oriwbdo.s<fa­
Jos.O~i,tCD\.I&ncluialniOrnuçiomfnim41tOOt.~d\-dp.auo 
:~deqmdo acompanhamento d.J g.rnvkle~. p.<:rt<' e pur.pCrK> de 
bmDno;.:o, alêmdet'ormuUn~compkn'l('ntarrsp3rno:~mm­
p;anh.tmrrXo i ~r:~t.rnte e .ao rr<:ém nascido de ri:sl:o. A .u'\ilase 
dos d~os pennite K'Org~mur continuan-.entc a a.ss&st~nda, a 
dodna3c a pesquisa .a p.arurdo conhecimento da popu!J.çlo 
atendida, da idcntiliação ~ princip.üs probktnucdl. priori· 
t.'\Ç".iod.u açõrsdirigJd.1:s ~ soluç.\o desse-s problemas •J 
A Declaração de Nascido Vivo (DN) e a Oecbra-
çlo de Óbito (DO) ~ão Jocumtntos padronizados nacio-
nalmente e distribuk\os peJo MS, os quais, .alem dn caráter 
legal, allmentoo~m ru \Ístctms de informação de nucímc:n-
tos (SINASC) c de mortes (SI.\tt), rcspe<tivamenlc. 
cn protoco~dt 3.SSI.,\t~ncia pcrinatal fOrmula® com 
a participação ath·a dJ.~.>quipe rtsponsá\'t>l pcL. .a.\5istenci:a 
c b.I5C'.)(Ios n.a5 norm.u I'('<:OTnrnd:~d~s c regub mcnt:Kl as 
pdoMS qu:ali!K.un a J.ss;~ência, .d&n de func.bment:~ras 
dlscussôe~ cl!nicu ~a vigilànda. do óbito fetal, ncon:ual e 
m.tt.:rno, noo: hosprtJ.aS e nos munK:'i~os.. 
O alojamento coníunto mãe-6lho (Port.araa. G~1/ 
MS 1.016 de 26/08/!993) e 1111prcsc:indfvd parot m~~o e 
rtc..."m n.ucidosuudi,~~ ~"<ib1litando a assi.\thlci.l intc· 
gral e (;n'('lrcccndo .açõcs ~ducativas, alem d; prornoçlo d.t 
;ummcn!J.çlo e dCSC0\"01\·imcnto do vínculo afclwo. 
A implenll'flto~çlo <k Unidades de Cuid.:&dos Jn-
tcrrnedl:hios (Port:u i,\ G~-1/MS 1.091 de 25/0S/1999) 
possibil&tJ. 3. fkxihth~ d..1: ..l:Slt~ê:ncia neon;J.ttll-"0111 as 
Unidades de CuXi.ldos lntcmi\'OS cm unu mesma ire:~ A-
si~ dtspensando o transporte ck prematuros extremos e 
de ~cém·nu.c:idos critic.lmmtc ntfcrmos.. 
A JS~isttnci:a intensiva llC'OOatal e matt:ma (Port.a.ria 
GMí~1S .H3l de 12/0X/1998) é ind ~pens.ivd aos servi· 
ço\ que atendtm .a. ~Untes c rKém-n001losde riKO. 
A atcnçlu hurmmzad.t 3.1} recém-na~ddo de baixo 
}'lt.~ a ~n.ir da ímpkmmtaç.io do rnttodo mãe-canguru 
(P<>rtar;, G~l/~!S 693 d<OS/07/2000) ~ te<:nolnsi• p<ri· 
n .. ttotl de b..tixo cu~1ocde (orte llllpa<:to n:~ reduç:\o d;J, nliX-
bimort411idade nconaul. 
Outras inici.ttivas }}J:r:t melhoria da atcnçoi.o pcrin:&tal 
do MS 1"105 üh1m05 ;J.OOS ~olo: 
SistmrUJ f..studm1iJ dl Rcfi7brda llospitillar pot'll 
.A.!rr.c{/m~n.to J Gcsranrt tlt R:fCO: Port.lrias CM/MS 
Auisttncla • o Rtdm-nncido 
3.016 <k 19/06/1998.3.018 de 19/06/ 19!/ft, 3.477 
<k 20/0S/1998. 3.182 d. 20/0~/1998; 
Com:nMNac:iDrwltkMMtaiiC/3rkMatmuJ: l'ort.mas 
GM/.\IS 773 do07/04/1994,256 de 01/10/1997 c 
3.907 de 30/10/ 1998; 
Comitl TéatiteA&<.n.iOronl\.\.~llnaa Ptnnatttlc N«>-
natal: PNtaria C.1-.·-t/MS 1.3S9dc 25/07/2002; 
t:rtimu!od rmtPI(d dj)prd:.1ffll11il Ja!tJ drJMrto: Portati3 
GM/MSS69d<Ol/06/l000; 
Progmmn .Vaclrm.1f d~ Trillgtm Ntomlfaf: Portari ~ 
GM/ MS822d<06/06/ l001; 
utfmulll ti J'rd/:(11 do parlll tJorm.,/; Portari.t MS/CM' 
2.81 s d<l9!US/ 1998; 
mtnçJo um: p..~rlosc~: PortarU MS/GM 2.816 
d<l9/0S/ 199S, 
rtgUlamtntacdo dos BanroJ tlt Ult~ PortariJS GM/ 
~ISJ22 d< 26/05/ 198S,698d. 09/04/2002; 
rtgu!aNUIJtarão do ~m:o Nativtml Projmor Galbtt 
tft:A.rwotip.l)ort;uilGM/ MS 1.406tk IS/12/ 1999; 
inrmlil'o ao Rcgisrro Cn·il de Nru.:mr~nto: Port..1:ria 
CM/MS938 do20/05/2002 
Outros program.\5 contemplam indirctamcnte a S;J.Ü-
de ptrinatal: Progn.nu de: &tixk da f.:~mflta, Program.t 
NJdorul de lmuni:t.'\ÇÕC<t, Progt.\m2 r\'.1cX>n:al de Acr~­
ditaç3.o Hosp1talar, Program>t de Controle de ln fccçõ('~ 
HO$pitaU res, Centros Co~hor.tdores par;( a Q.u~lid.ade de 
Gcst5o c Assist~ncia I lospltõ!lar tlO Ambito do SUS, Co-
míl~ Técnico de I fum.1niz.aç~ de Serv~,,s de Sa(\dc. C.lr-
t3o >Jaciom l d..1 Su"ldc, Prtnüo de QualitLck H~ptblu 
cA!ctl~"ão l ntl::grnd~ ~~ Do~nças Pm·Jit:ntcsn~ lnf.lnd.~. 
Sàot.lmiXm nct"l"l>~rW 11: rq;ulamcntaçio e 3 nornu-
lizJc,;jo., pelo dcpatt.trnento de normas té<:nk:<L~ de t~t..l:bc­
le-cunentO,, de s;~t'1dc do MS, de nh·cis de lumlnoskbde, ru-
ídos c temper.uur~ ttn ulas de p..trtoe unklades ne-MJ.Iii.IS, 
padrõc~ j~ definidos internacionalmente. 
A SSISTANCIA PEDIÁTIUCA 
AO NASCIMENTO 
A usist('nda imr-di:at;J. ao RN nlo dC\-'I.'llitr vista como 
f.'ltn lsobdo na :assishlnci.• perinat.1!, nu.s sim como resul-
t:ado da ;atc:nçlo que :li gest..lnte c o ~to re<chcram n~ gm-
,·idez. c o Início d .. ;J.fCilçào que o Rl\ pass.ui a reccbn . 
957 
Portanto, .além dos .a\.pect(tS mecânictlS e bioquimicos, que 
s.io a base das manobras de reanimilçiio, o tema deve ser 
imerido num oontc.xto maior que enfoque ii t' rgani7.açáô 
integral d:<~ :.nsistenda bi.opskossodal J. mác, ao parto, ;lO 
recém·nilscido e~ família. 
Aproximadamente .S .1 10% dos RNs vão necessitar d~ 
algum t ipo de reanimação ao nascimento~ cm torno de I a 
lO% dos na:.cimento.s hospital:'lrcsvlo evoluir com situações 
d inicasquccxigl!m v~ntibção assi ~tKb. F.mbora frequente· 
mente J rcanimJção possa ser prc\·ista, ,·ári~s circun~lin · 
ci.u que lc't"a.lll à nc-ces.~idade de medidas de reanimação 
surgem repentinamente. t pos~iYel otimi1..ara a"istênc.ia em 
sala de p.uto com ('(jll i}Xlll'K'Illo e pessoal adequadamente 
treinado p~ra aluar na reanimação neonatal. Pelo menos 
uma pessoa habilitada a iniciar a reanimação deve est.u prc· 
~ente .1 cada na~imento e outra também ha.bilna.da deve cs· 
ta r disponiwl para a tu ar em caso de ncccssk!Jdc.u.~ 
Qu.1dro S9.1 I Situaçóês gt'radoras de depre$~io no R N 
A anamJ){'sc prC: c imraparto é útil par~ se prever o nas~ 
cimento de RN deprimido ou asfixiado. Situações potcn~ 
cialmente ger:~ doras de depre~sao no RN estão descritas 
no Quadro 59J . 
ASSIST~NCIA IMEDIATA AO 
RECÉM -NASCIDO NA SALA OE PA RT O 
AN n~s no p,,K'I o 
A equipe dc1·c aprrS\.'O.tar-sc à mãe c à fJmíliJ. antes do par-
toe tomarconhl'i:irnentod:l históriad fnica perinatat p~r.:I.Wil­
liar o grau de risco da. grJxi<ll'""l t! do p:lrt\1. Procura r in&mna r-~e 
sobre: condições dfntcas antes c durante a gcslaçj,o (diabetes, 
hipertensão, dút!nça~ au!óimune~. doenças genética., e doen· 
ças infeccios."\s pJ.SSÍI'Cis de transmissão ao ft!to) ; cau.l:teri~· 
(!dade materna <16 e >35 anos Ces.área de emerg@ocia ou eletiva 
~1abetesmaterno -~------1-A_:p_ro_so_nt_caç:_ão_a_":_"m_a_l _ _ _ ______ -l 
Pré-eclâmpsia ___________ +Tr_aba_~_o_d_e:_pa_rt_o p:_ré_·t_er_m_o ____ _ 
Hipertensão arterial crOnica Rotura de mombranas prolongada 1>18 h) 
lsoimunizaçãoRhou anem ia liquido amnióticomeco:_n.;.ial __ ~------
Nati ou neomortopregres::oo::._ _ ___ ___ f Br:::ad= ica:::rd::"::''::"::.l _ __________ -j 
Sangramento no 'P ou :r' trimestre Parto prolongado (>24 h) 
~materna 1 Perfodo expulsivo prol0ngado{>2 frl 
Po!idrâmoio + Uso de anestesia geral 
Oligoidramnio Hipertonia uterina 
~R.;.".;."'.c-':...P'c.'ma-.:.::tu;.:ra;_:da;.:s:_moc_m_cb!c:a:;_na:;:s ______ ~'_...o'-pio_;d.;.e_s m_inistrados à mãe até 4 horas antes do pa rto 
Pós·maturidade Pro lapso 00 cordào 
Gestação múltipla 
Discordância peso I idade gcstacional 
OopeOO~nci.a do drogas 
r Anomalia fetal 
Oimlluição da atividade fetal 
Ausência de pré-natal 
Uso de modicações como: 
carbonato de lftío, magnésio. bloqueadores adrenérglcos 
958 
Descolamento prematuro da placenta 
Placenta prévia 
Corioamnionite 
Noções Pr~tic;~s deObstetTicb 
tias de~~~ ante:ioreJ; c CV(lluçlo r mtmom..~IJ.S eh 
~;)Ç.lo atw.l (uso de ndic3n'Titru, fumo,J.lcool e tÓliJCOS). 
EmC11sosde l!f'tlCrgéociJ, n.t Jmpossib•lid.tdc de co!ct~ dos 
dJ.doo. complrtos. pdo rn(O~ q~tro informaeões .sio .~. 
pens.h•eis, poispo<ltm alter.tr o plano intc•al dJ..tssisti'flciJ: 
Grrmda.mli!t:pla op;.artomúhrp!ouigequc;acqut-
t"' t:qcp prep;m da parJ. rt posslbil i<bJ~ <k re;anl· 
m.:.r du.u ou ma1scn:u~s srmuh.tnc.amoote; 
prmwl:<rid11dr: no parto pré· termo hJ nu is proba-
bilidade de m;anobras de reammaçâo e, portanto, 
deve-se t<"r di~ponível m::ateri;al adequado p;~r:t re01 
nimação de cri;anç-u de pesos \•::ariávti.~; 
líqr1ido muowal:. o liquido amnlótico com n1rcónio 
exige mai~ curd.:ldo com a aspir.1çiQ de oro(,lringc 
e tr.Ktuaa l'Ob visualiuc;io d•rcta. ~r;a prewnir a 
~intitnn1c d~ :tspir;tÇJo ITI('Con i:tl; 
aso dr JtitnUico~ o uso de mcd".tmentos e drog;a~t 
ilicit.lS dc\'e ser im•c:.ti!t:ldo com cuidado, inclusive 
obtendo.~ infomta~ sobre doM-, (requc!:na:~ de 
uso e tempo decorrklo desde à Ultima ;administr.l· 
cào. Algumas subst.lnci.ts podem ~tr.h1!SS3.r a pb· 
centa c, dependc-ndo do tipo, da f.lrmac()(inCtic:~ e 
do tMnpo tranx:onido d~e.:. Ultima dose. podem 
c.auSJr depre.~o respiratória. distúrbios met.lbó-
licos, sindromes de abstmênci;r e outr.u reptrcu~­
SÕt'~ inckstjadl.$ no conccpto. Alguns des.srs efeitos 
poJem ser minorados ou C\'it.1do~ com ter.apCutic.l 
imediat;a :~dcquado~.. 
A neceuKhdc de rc . .mimJ.çlo pode scr prcVi~ta pchs 
f.lturM: OC nsco. no tnt.ulto, em alguns casos c:ll p~ não 
..;er anl«tpgd.t.. Por 1sto, ambirntc :~quccido com equjpJI· 
mento$ de rcanim~ç:to c- mcd ic.açóh dcwm estar dtSpool-
"'ris tm pt"r(rit.u ronchções, sempre e onde o parto ()(Orrer. 
O funcionamento c a quali dade do marrriJI para o .atendi-
mento ao !'M'êm nasddo de\·em ~ vcrlticadO!I e tcmdos 
previamente (Qu:Klro59.2). 
Dt-R.\;\I'])o o p..._(U'(} 
OC\'C·;:e acomp.:ulhar atentamente todo o proci!\ro do 
parto, ;n-:~lu.ndo·st .u rtpercufSÕcs pu':l o feto c recém· 
n.ucido. Ater)Ç~O especial ao uso de medk::uncntos tu. 
parturiente, tptsódiOS de lupotensão e OU1r.\S con'lf'Jica· 
çõe.s pcrip;trto 
Deve-se ci"cr.:cer .1poioemocional e afcti\'0 à p.l.rturien 
te e f.1mil1a fC-' pn-scntes na ~la de partCl, t~nsrnitindo-lhc.~ 
.scg\lr:tnç.il e tr.anquilid.lck. 
Asp•~r. s..'Tnprc qur po~''''\"1. !I«I"CÇ.i.o de orof'Jringe, 
.:ultes d.1 C:Cimpleta c.xpuls.iodo tronco.p:.ir:J.l'\"itar possjvcl 
sindronu: asprr:1!1'\-"3 no rccenHt:~scKto_ Fssa manobr.\ ~ 
cspeci.J.lmcntc imporl.mtc cm C.tso-. de líqmdo :~mniótic:o 
comm~nio. 
Qu~dro 59.21 Mati!ml ne<:essârio pJ.rJ. o :'ltcndim,·nto .10 
rrcém-na~iJo na SôÚ.il de pano 
FontedooxigConio 
Fome de calor 
Pera do borracha 
Aspirador a vá coo 
Bolsa para fornecimenlo de oxÇênio sob pr1lssão com volv· 
me máxi'no de 750ml !.se autoinf\áve~deve ter resetvatOJio 
paraating•rcorcent~espróx•~P.~%~ ~ _ 
MAscaras faciais de tamarhls 00 e 01 
laril'lgoscOpios com lâminas retas IÚ'Tlero O e 1 
----- ----P~has e IAmpadas sobressalentes 
- ---
Tubos orotraqueais número 2.5, 3.0; 3,5 e4,0 
FIOV'J-!a 
Sonda de Guede! 
SoOOas para asl)lraçâo de ca~btes vamtdos 16,8 .10 e 12) 
- ~-------
Aspirador de mocOnio 
--------
Material para fi):ação dos tubos e sondas 
----- -!eri~~a~de~ada~,\0,~~- __j 
EstetoscóPo PtJdiátlico 
Material para cateterismo um~hcal 
~~Camentosom dilu~s apropriada~ _ _ _ 
Adre~~alina (1:10.00J) 
Bicarbonato do sódio · 4,2% 
~loxana1~g~ 
Expansores de vola.rno 
Água destilad;-
9S9 
.h:-tUI'<,AOJ,.JCJAI... 
Logo após o desprendimento. avaliar o recém-nal>cido 
lenndo·se em conta as seguinte.\ si!uações: 
Allsên<:iademecónlo( 
Respirando ou chorando? 
Bom tônu~ muscular? 
Cor ros...1d.1 ou apenas acrocianosc? 
Gestação a termo? 
Se a !"CSf.-'OSt;l for positiv;"t par-J. tod.as dJ.s, ;lspirar ra-
pidamente orof:-vitlgc c narina s. secar a <riança e dei ~~­
.Ja whr~ o abdome ou<' tóraJt da mie, propmcionando 
o tontato fis ico e vh:ual entre os doi ~, o que é muito im-
portante para o desem'Olvimento d<J vínculo afetivo. Se 
a reSp(lsta for não para uma <JU mais desol>aS pergunta~, 
inici.lr i1tte-,:l.i.1tamente os chamados cuidados iniciais da
reanimação neonat.tl. 
I'RinsrR PFJWA nr C.uoR 
:\ cau~ mlis importante da perdl de caloc no póS·p:tr· 
to irm:diato é a c\·apor<lçdo do liquido <lnuüótico. Lembrar 
que a perda de calor é altamente nociva par.1. os RN, cm 
especial par.a os de bai~opeso, pré-termos e asffxicos, cau-
sando acidose. hipoxemia e hipogliccmia, Ctllrc outras altc-
rações.161 Desta forma. os cuidados iniciais para prevenir J 
perda dec;~1or s.1o 
Co!oc;~ro RN sob tOnte dec.alor r;~d i:~nte; 
secar com compress,1 esterilitadl,sepossh·el aque· 
cida,e remover os campOS úmido::.; apbs ter.;,ido fei-
ta aspiração de orof.uinge c n.1 rinas. 
Deve-se ainda ter o cuidado de evitar a hipertermia. 
l't l;!, .'ill!l/11/t ll:l) 
O RN dc,'e ser col.oc.1do sobre o dorso. cm posição 
nculra, com o pescoço cm discrct,\ c..xtens:io. Hipcrext:cn-
são ou flexão podem produzir obstrução de vias Jêreas e 
devem se~ evit~dJ~. Compressa enroladJ. e colocada ~ob 
os ombros (co~im) é útil para manter a po~)çãõ adequada, 
especialme-nte em prematuros c RN com occipit:tl proe-
mint'nte. * houver secreção copios:t a cJ.hcça deverá ser 
virada parJ: o lado para facilítJ.r a aspiração 
g6o 
A .<pllii(ilO 
Aspirar delicadamente .a ~ secreçQes da orofaringe e na-
rinas, nesta ordem. A aspiração inicial poderá ser fci t.t com 
pera de borroKh<l ou aspirador me<:lnko mont.1do com 
sonda de aspira.~·á.o de calibre adequado {lO a 14). Sondu 
de menor cJ.librc podem ser obstruídas por s...--<reçà.o mais 
~·i scosa. A~pi ração vigoras;\ e prolongada, bem como aspi· 
ração g.hrrica nos primeiros minutos de vída, podem ser 
c.ama de laringoespasmo ou retlero vag~ l, resultando cm 
arritmias cardi~ cas, br~dicardia ou apn~ia, d~wndo, por-
t.lnto,scrcvitad.ts. 
Q!.1.1ndo o liquido amniótko est.i tinto de mecón}O, ~ 
.1spiraçâo da boca, tàringe posterior e narinas deve scr reJ-
lizada assim que haj.J; de~pr ... ndimcnto do polo cef.,!ico (as· 
piração intrJparto). Esse procedimento J;ntes do desprendi· 
mento dos ombros puece diminuir o risco da s.índrome de 
a.~piração ml'"conial. Se o R.. "\J se apresenta vigo:-oso, deve· .se 
!cv.i-1o jXtra a f'ontede ca lm radiante, J:omplementar alSpin-
ção com sonda calibr~a (12ou 14) para retirar a.~ sccrcç!Xs 
e o mr.cônio existente na boca e no nariz, n~o sendo neccs-
~ilria a intubação traquel!. Se o liquido é mcconial e o RN 
tem respiração deprimida ou apneiJ., hipotonia ou frcquên-
ci>l cardlal'J. {FC} ahaixo de lOO bpm, realiz.ar l aringoscopi;~ 
di reta imedia!Jil"K'Jltc após o nascimento para aspiraç~o do 
mccônio rcsklu.tl d,\ hipofaringe e intub.tçà.o traqueal pan 
sucção da traqueia. Aquecimento sob fonte de calor radi~n­
te deve ser providenciado e ~ecagem e e\tinmlação de,·cm 
ser realiz:~da~ ~ornt"nle após a~pinç.\o cuidadosa. ihpiraçào 
traqueal dt:\'t" ser relli~a a partir de iltll1hação trJqucal e 
deve ser rêpe-tida até qut> pequena quantidade de mecônio 
seja aspirada 00 at~ que a rc indique que J. reanimação deve 
ser iniciada imediatamente. Se a FC nu a respiraçãoestádc-
primid;J., pode serne-cessárjo inkiar ventibç.io com pressão 
po:siti\11 (VPP). Sucção de m..'>.Cúnio por .ronda de aspimção 
através do tubo não é recom.::n<hda. Atrasar a aspira.ç.'\o gás-
trica atê que as manobrJ.s li e rNnimaç.\o cstcj.tm term ina· 
das. Re<ém-nascido com )iquldo mec(miaL q11e de:)('nmlve 
.lpncia ou esforço respirat(lrlo deve 5t:r i ntubo~OO pa.~a J~pi­
raçjo da traqueia antes <h ventibçào com pre~~ãn JX'"iti~·.t, 
rnesroo qu e ele esteja inicialmente vi&"()r<JS<J 
A~: ... u Ao:.-AO uo iücL,\1-S.bcwo 
Esses procedimentos in ici;lis de.s<:ritos não devem se 
prolonpr por m.lis de 20 a 30 segundos, quando ent ão se 
dcvc .w.thar o RN. 
NoçõesPratic.a.sdeObstetríci.a. 
O !ndicc de Apg~ r é c.m~tente form.a de documcntaçio 
das comlicOcs do RN a intt'rvalos especl6cos;:.pósoru.'Ki-
mtnto. E!>~ ~valiaç5o dcwri Str feit:a no primc1ro e quinto 
minutosck vida. Caso, no quinto minuto, o indicc persist.l 
.1b:~ixo dr r.cte, rt"a~-ali:IIT pcnodicamcntc ~ 01d.l cmco mi· 
nu tos, anoundo o tempo que demorou a at ingtr C1õta marc.l 
(Quadro59.3). 
Quadro 59.3jlndicedc Apg~r 
Frequência ausoote ~ < 100~ >100bpm 
Cerdiaca L_ 
!espiração ~~;~erne I k!nta. irr~~Choro lorte-
T~nus flacidez 1 a!gvma fedo movimentos 
musaJiar 1 . _ __L <Uivos 
rrritnbi!idade ÇSCflte ~re;- ~~;;--
re~exa 1 espuro 
eo, ~nos;;Jtronco ~óseo, -r;:;;P,;;.-
patídez 
1 
extremidade$ I ;~~te róseo 
I . cianótica$ I 
O índiCe de A~r nlodeve.srr us;~do par.a detmnin.ar 
a n«:~sid:adr de re:uum:aç3o. E~~.l~ manobr.u, quando 
n«:css..iri.as. d("\"em ser iniciad.1s imedi.at.uuente, n:\o $t' es· 
pemldo o tempo de um minuto, qu.1ndo ê fe1t:a a primrir.l 
.waliaç:toduApg:u. 
Os procedimentos sesuintCJ ser lo eondicior\ldos pdo 
esudo d~nico do recém-n;:..sc.ida, ~\·aliado pelos tnl:.\ ~inals 
vttJis: frequ~ncia cardíaca, respiração e cor.u' 
Rat'tlt '·"'.<itd(l<((ll/t Rt.TI>"I'1Çi1v;\dcqu.i.l.;, FC> JOitfWAlt 
L'uNoL~s o:túu•; .Au,'l: ool•ia<t 
i\ào ncces.\il.lmde medkbs especUtsd~ reammaç.10. Se-
guir o procedimento par.\ recém-nascido cm bo.1scondiçõcs. 
A ::~croci;anose é comum c n3o l «-Bem dr: mi-mlgmó\Çio. 
W me st1mi no, com etipecial :Jt~nçãop:~ra ac<tos· 
copt ... (d N"cltO\ e:xtcrnos, malforJNÇóCS múltipl:ts, 
sm11S de mi-nutnçlo fetal e pc:nneabtlic:bde d~ 
onflcios n:~wrais), ausculta pulmonar c c:l.TdíJ.c.t, 
~lp;ação :abdomin.al (abaul;amentos. massu e vis-
ccromeg.tli:a~}, gcn,til1a, sistema ncrvo.so (tónus 
muscular): 
idcnulicarcorTttamente o Rt\; 
• n;\o b .vendo anorm:1lidades lmport~ntCS1 propor· 
ciooar o contato ... iwal c corporal do RN rom ~ua 
Assistência ao Recêm·nascido 
mãe, pelo tcmpu lWIIS longo poss,vcl. RC'con'lCt'ICb-sc 
levar o RN .J.O.WO matl'1TIO,aind.l n<~~sab.dcp:~no.o 
que proron:ion.a vínculo psicolfcttvo mais forte do 
binómio mãe-li lho e C'stímu1a o aleitamento n.\tur.~l; 
pn:mdcnciar o tr.ansportc adequado d., crian(":l 
para .l unkhde de neonatologi ;~ , cuidando p.lt.l não 
ha\-er perda de c<llor. Sempre que pos.m·e~ o R:sl 
dC\o~ •r dirct:~mentc p.ar.a o alopmento conjunto. 
acmnp~nhado de .sua m~; 
av:a.li.u o aspecto macro..<~Córico da plxcnu. mem-
br:mas e cordão umbilical. Caso h~ja alguma :l nor-
nulidadc, crwiar p.~.r.1. c.u mt' .tnatt~opatolósico. $(' 
o R. \I e a pbcent.i nio aprc.sentilnl ~oormal idadn 
imedi:'lt:tmentc kk:ntifidv6s, recomenda-~ gu.a~ 
d.-u :a p!Jcenb em geladetr.'l ou fonnol a 10%, pois: 
o exame anatomopatológico poder.\ .~cr d'e gr.1nde 
~·al io! p.ar.1 o diagnólticode dat:~S ncooatais. cup 
smtoma.tok>gt.:~. pode aparecer m.us t.lrdiamcnte. 
Rl,,·:•~-t•;,.,,I, ,·,.,.'IRo~' til(,!,•.-\ · i~q· .. t.kl-< )o lOi..)f>l',\1 
Administr..u m:ig~n)o inabtócio, sem prcssio positin; 
utihur a:teter de oxistmo conectado 21 unu m~<CQr.t ou 
envolvido pel:t mJo do rçanirnador colocada cm fomu de 
conch.l bem proximo i fuce do RZ\1, com fluxo ck S htros/ 
m.nuto. para of'crccer conccntr.açOc:s d(' m •g&üo próxima.;; 
a 100%. C.1su a criJnça mdhorL", o oxig~niu deve M:r reti-
r~do afastando.c.c o cateter progressivamente d.1 &ce do 
recénHusckio c dJ.r cocuinukbdc l ~equér~U de cuklados 
b.i.s~. Casoi.s.wnaoocorr.a.dc\'C·kinkilr.imedlatõlmen­
tC".~'t'tltilaç~com~opt»itw~oombolsaemiJOCar,\. 
J{r •• r>: n,;,. ;,ra.-o>J•I R.·-;,.r.•,,i:ll•rr~-r/,ir. H WO IW\f, 
{ J III (l.ol~<lx' (;; fitfoJ!i: ,;,/,1 
Es,tímulos Uteis com piparote~ nas ~.l~ dos pés oues-
f~gando um:.a compr~\S<I no dono do RN no miximo por-
Ju~~ vezes podem dc~cmcadcar movi.mentos rcspintórios 
cfctivos. Ofe:rro:r o:xigfnio inal.Jtório dur::~ntccssn proce-
dimentos. 
Rnt ·.~-:0.:-t.\C/f,.l LV'·' I L< ll 'íl IW.\l m· nt. ·~~~F~· Ol· 
((Mil~ I ~a-'<..;(,.·A~t lf\!?.1 (..I' IAR r (1,1-'f).\f(~l:J .V~O 
Xl \1'<) . ...-[)! .'I Af) 0 \ .l ... ~.\/1) 1.-. •LUI,)kJOã: LH 1~!\..'i.O\ li lLI\ 
Caso 0!. bJtmlCntos cudi::~cos cai~m
:1ba.Uo de 100 
by'm, a despeito do fomccinlCnto de maior conccntraç~o 
<k oxigénio e cm OlSOS de apncia ou re.spiraçio irregubr 
961 
qur não respondem :a t'.)timulo t3ul ou, .1tnda, n:a preknç:a 
<k c1.1nosc pcn•stentr,drvt-se lnJCI.lr\'COtib.ç.io com pn-.5 
lclo pos•ti'\-"'3 (V PI') com b:alão e misçara. :\~'Ós 30 scgun 
dos de ventil.açao posit•~·J. a crl:tll<;4 deve ser re:t.,-ah.td:t. 
Ca~o a a ia nç.l mdhort: ( r:C superior a I 00 bpm), .1. 
~.u:io e a frequ~n(IJ. d,\ vcnti!J.ç;lo dcvrrio ser progrl'S~­
VõlmentediminuídJ.s até rt<upcr;)ÇM>da respiraç.io cspon-
t1nca, quando~ f.ná J. rct1r.tda rompida da Vf'P, m~nten­
do-sr oxi~io inalatón(), 
&. apesar das man('lbr.ts de \'trlULlçlo adcqu.o~dammtc 
msrttuidas não houv~r nw:"lhora do qu3dro clinico e :ali-e-
qu~nciJ: cardlacae~li\'er ab.l1xo dc-60 bpm. continuar com 
a \'Cntibç:.o assistida, inkiJ.ndo comprcssõts cstcm:ti\ e 
intubaçãotra<jueal. 
EsSJ cri:1nç;a ne<cssita de Imediata~ e efica-zes m.tno-
bras dí.' reaniJNÇlo. Os objrtivos d\."S."QS manobras são o 
rcst3lx-lccimento de ~rme.lbthdule das ''ias aéreas, d..1 
vmt1l.u;lo adequ.xb. d:a cin::ulJ.<Jo e, finalll'ICnte, tt'r.lpâi 
tica deGnitiYa do processo que desenc:tdrou a .ufixia. 
Após veriiic.ar qlK' .u Vlól~ aért.o~s est.kl ~'C'rntdWL~, 
mantém se a wntliaçào ;J. cm curso com balào c máscJ.rJ 
Ou intuhaçãntl':lqut JI. 
Após \'l'lltib:ç.io adequada por JO scgundus, o próximo 
passo .,~J.i depender da FC. Dura.ue ;~ r~animação. \'O[t;t-
K a wnficar a FC perio<hcamcntc a c.MI:a 30 o:egundos, 
tomando-se o1. deci\io dto fN.Ilt« ou intenom~,. açao: 
f.(. < 6() bp•n: 1n1ciar unedut.o~mente as compm: 
sóes esternats. m:antendo·se <~ VPP; 
Ktt~ftt60r JOO!tpt~•: interromper ascom?fcssões cster· 
mise man!('r J. VPV até J FC atingir 100 bpmou mai5; 
• FC> IOObpm: .. n·JU .. umovi mcnto~ re~piratórios CS· 
pont.ineos. Se prt!~entes ~ rficJ'Zl'S. J prc.uão e ól fre 
qu!ncu da \'l'ntil.tçlo de"~~o ser progressivo~. menti.' 
diminuidas o~.lt <11 sus~nQo completa eh Vl'P. A pó.' 
e.\s.t suspenslo,oftttttr m.:~gênio maL.tóno; 
FC prriillmtttntt:tt 1tbrtixo de 60 bpm Gf'Ól JO stgwn· 
dc'S dr \'tll/;[a;do r tnttCJabfnS mrrffdcti.S if.mzrj; mr:· 
dicam::mos !>6 strlo Utlli7Mios naqueles C3l>OS em 
que, :tfXSJ.r de adequadil vtnrilaç.io com oxigenio 
em concentraçôc~~o próximas de IO~'i> c compre~· 
We!) estemais t«nic:.uncnte bem realn..1d.u, J. fre· 
quo.'oci;~. co~.rdíaca persJ.SUr aba1xo de 60 bpm. 
lYnmmte M'r:l TM"«'o.Jno usar medicamentos ~m rt· 
ammaÇio noonaul. E •mporuntr not3r que :a di.~funçlo 
miocJ.rdiu e o choqlK', no n.'Cém-n.ucido, se devem 1ina· 
962 
drquad.a msufbçio pulmonar 01.1 h1poxemia gra"-e c pro-
longadJ-.0 p.mo mói I ) imfX:'1"t.o~ntr, port.mto,é nuntttbw. 
migenaç.io por meto de ~-mll l~~ ehuz. M~dk.ltnrotos 
~ scr.'io utilind~ naqudcs c.tsos de FC igual a 7ero e nos 
ca:>O~ cm que, apesar de J.dcqu..ida \'éntilação com oxigéniO 
cm conccntra çl.'es pr6x1m:as de 100% e compre)soes toroi 
cica~ tccnK:amenle bem rcJ.IItadas., a frequência c.l.rdíac.a 
pt.TSistir a6ixo de 60 bpm. 
Os mcdcJ.ml'fltos e 0$ exp.o~.nsores de \"'iumc .s...õo uti· 
11-udos para t"Stimulou o CCinç.to, mc-lhorar J. p.."!fu.üo teci· 
dual e n.--st.J.urar ocqu1!ibno ~Cido--b.isico. 
O primeiro fJ.rmacoadmin1strJ.do gcralrnente é .1 J.d~ 
nali n.t. ComcrciJlmcnte encontrada 11 >\ conccntrJ.ç.i.o de 
I: 1.000, deve ser dilu(d.l para 1:10.000 (I mI de ~drenalina 
c 9 mi de ;igua bi<kstilad.J.) c :tdmini~tnda pelo tubo Ira 
quco~.l ou na ~-eia umbihcal nJ &»c de 0.01 a 0,03 mg/kg 
(0,1 a0,.3mlf\:g),podendoac-rrcpetidaa cad...tris:acinco 
mmutos se não hou,-er ~p~:a ;~.dcqu;~.tb (3U~T~Cmto dJ. 
frtqlltncia cardiKo~. J.amól de 100 bpm). Estudos t'-'m Utlh-
~do mrgadOS<' &.- adrcnJ.luu (0,2 01 0,.) mg/k:g) nm C..l~ 
qur nÃo respondem l~ dose' h.o~bituais; no entanto, n.iohi, 
J.incb , e\•KiênCI3S d tnicas que confirmem essn p~Mica nJ 
reanimação neonat:.1l. 
:\13 evKi~ncU. ou suspcit,t de sangr3mento agudo ou 
com sinai' de choque h1povolfmlco (palide7 penistente 
3pós axi~io. pu I~ ff.Kos, m.1-pcrfuua periftOO ~ 
má-l'('sposu i rcanim~So). ck\'t str mdicado o uso de ex· 
p3nsores plasmãtleos:. l::.n1 nos..'O meio. o mais ut11izadoé a 
.solução de d()(clo de sódio a 0,~ (!>Oro ~!>iológko).l n(u· 
di r I O mi/kg. eru cinco J. lO minutos, 'x>dendo ser repet.do 
c.uo persistam os sin,m de hipovolcmia 
Não hi d.ldos sufldentt~ p..1ra recomendar o uso ro-
tineiro do btcarbonato dl' s&J.o na re;~nim.Jçlo ncorwtJ.I. 
Sw ~mprtgo deve .ser tksmc:or<~J.xlo nru pnxcd.imcntos 
de rcammaç.to rá?Jdos. Ut1l1ú lo 10mmte dur.1ntc po~.r.l· 
d.u prulongad;as., nJro rt:SpDRSI\'oi.S às outrM manob:-o~.s de 
rcJ.ninu.çJ.o c ~ certitic:u se de qlK' a \'CiltiLI.ç.i.o c .u 
comprcs5õcs c-stcrr1.1is est.io l'«!ndo rfic.ues. Ccr..llmcntc, t 
encontmdo na coaccntr;)Çao de 8,4%, dc\'cndo ser diluldo 
parJ.4,2% (!Oml(lcbico~.rlxmatode sódioJ. S,4%c !Omldc 
.tgU<~ bidestilad3), antes de ser utili'ndo n.1 reóln imação de 
rtdm-noucidos. A dose ind~e.lda é de 2 ..14 mi C... SQhtç.âol 
kg de ~"-'SO (I <~ 2m f;q/kg) admmutr~ lcnumente em 
no mfmmodoi.~mmutos (I mSq/l::g/min). 
O nakm.ne Sl":'i ut1liudo no c.uo de dcprc.W.o n-Jp1ro1.· 
tóri:a CQill hi5tória de .ldmin1Straçio deopioides à mãe, n.ts 
NoçOts Práticas de Obstl!tricl.a 
Ultimas quatro horas ~nt~ do parta. Encontr.ldc;J c:omcr-
ci:. lmcntc n.3.conccntraç.ão de 0.4 mg/ ml. dC\"1.:" set" llttltzado 
na dose de 0,1 mg!kg (O,lS mil kg) injctadJ ro~pidamcnte 
~tl':lvé~ do tubo traqueal. pd01 Vl3 \o'COOSõ:l ou subcut:11TK'3.. 
Essa dose podcr:1 ~ repcttd.a urTl.l a qwtru hOC'3s ap(>\, se o 
efeito do opioklc :administrado exceder o tempo de açlo do 
:~ntagoni.st:ll. l:Vitar o 'ittl wo Cõi30 a mlc ~a s:tbl.:hmC'ntr-
usl~rla de €1rogasopK>ides, pcl,, ri.KO ck dndroll)(' de aWi-
nência,com crisesconvulsivas no rtcém-n.l.«:idn. 
OurJntc a r~anim3Ç;H,,obscrva-se inidalrnenk expre.;. 
Sl\'3 mob1liz.aç~ de glicogt!nio hepátiCO c pode havtr f"üe 
tr<tmitória de hipc-rgliccmi.l, .segui...1a <k hipog!iccmla. O 
rJS!rt;tmento des~ hipoglicem•a torn.a·se impcrll.th"O .após 
:liS manobras de rtanimaçloou mesmo durante o pmct:SSO 
nos c.a.sO\ muito prolongados. A corrcçlo da hiposliccmia 
~eri f;;-Jta com soro ghco.s.ado a 1 ()% na do!>e de 5 .a R mgl 
~g/min,:após:dosc deat-X)Ut', nos GISOS ma i~ g~ves,de 2()0 
mg/lg (2 ml(kgh<locid><le<k I ml/min). 
N.io ex.i.stcm ev:idCnd:. ~ con\·intentcs de que atropi-
na e cák:io tenham real eficlci.J. JU f...se agud:;z da rcani-
maçlo neonJt:l.l. 
CUI OAOOSA PÓ S A R liA " I ,\ t AÇÃO 
Após as manobrb dt reanim<~ç;\0, o n!Cém-na-.cido 
dever:\ .ser tr.1nsportado p.1r.\ uma s.,l.:a de observação 
onde será awmp:mhado de pe-rto pda t.-quipc reipun-
s.hd. Mesmo ~ue se tenha akanç-2do -a c.st:;zb•lt7acão 
da wntilaçlo e d01 cimllaçlo, o RI'\ continua sob risc.o 
e dcwri ~' monitorizado para que medid.ts pt'-"\'Cnti· 
vas scpm tornada.._ t\ momtorizac-lu pós-res.sU!CIIa(ó\o 
de"'C ser indi\·idualitada c poderá inclUir momtori:(ação 
cudi<Jca e rcspir:~tóri.a, saturimctria, análise de ga.ses .san-
gulncOi, trla~m met."lbóla c infecckJ";:J e RX de tórax, 
a fim de dUCJdar c.ausas subpcentcs do evento ou par:1 
det~Ci lr complit.:õtçóe.s.. 
~acordo com a ewNuç.\o de cad.J rccém-nucido. po· 
dem ser nccc:tQnos, e devem ser pron!.tmrote: disponibi-
l il:~dos, cuidado.~ pós-rc.mimaçlo continuJdos, t;"JiS como 
tr.tt.,mentodc lupotensão,convulsõcs.mftcçlo,d,~úrbu>S 
metabólicos c h•droelctrol•ttc~ 
f; fundament.ll a adequ<.~da documentação, ll<l f(, )h,, 
dL• t'I"Oiuç.io d;~. cnança, de tod.Jl-M obscnraçõe.s e Jtttudes 
rr-:.h:u:W. O ttgJSiro dn'C tncluir ~ tSCOre$ deApg=~r no 
prime1ro c qu•nto minutos c·' cada c.inco minutos :llé a 
t'Stàbili z.aç.lo, w.~o para qu:mtibcu 2 respost:~ do rccém-
nilSCido :lis manobr.u de rean•m:açio. 
Assk.ttncla ao Rtctm -nascido 
L t MITfi.S
DA VtABI I.IOAI)f!. .E: DA DECiSÃO Mf'DtCA 
Regras cl:.r.ls para in1ci."lr, manter ou '>u~pendcr as ma-
nobr;~..~ de reanim~lo em sal:l de parto, princiJ»lmcntcem 
asos cspcci:m, serWn de grande :11uda tinto p;~ra os pro· 
r.~~ionals dcs.aúde qu:1nto para os fo~m1liares, bem como o 
respeito ~s rr.ais ncccssid<Kics c direitos do l't'(~m nascido. 
1\'o ent:mto_ :li compi.CJi(l.ade deLU deds3.o d1ficilmcnte 
permitir.\ ron\efl so uni"'-'f"Sllmcruc aceito, Já \{Ue em-olvc 
.UP'-Xto.s dcntlf~eos, tccnok~gicos, ecOnómicos. rcligXJ.sos e 
morAi~ quc apresentJ.m pecu!iaricbd""' nacion:u~ e loc..Lis. 
M..'"l>mo assim, df:\-'C-st empenhar na elabor..)ÇltJ de pro-
tocolo.~ com .adapta çÕ('S regionais, para facilitar :1 tkâsâo 
médic.l de invt<>tir ou nao na rean1mac;:lo de ada C:1SO h 
f«ial E.ue.~ protoco~ de\'t'm strreVlstos pcdodk..lmcntc:= 
~ luldos avanr.os nas práticas d~ reanim.lç.i.u e tratamento 
intenSI\'0 neonat.ll c de ,ma R.'f"-'1'CUSS.'\o na qu.alkbdc de 
\'1da dos recém nascdos as.s1stidos. 
Com ooc rccuN>ós :~t\l.us, pare(;C ser adequado n:io re~· 
nirnar em sai.J. deputo RN com idade ge.stadonal confir· 
nucb menor que- 23 ~'J.nas oo PN mrenora 400 ~bem 
como criJ.nç;u com di3.g.nósticos confirmados de anom.l· 
lia\ incompJtlve1s com;~. vida (anencefalia, trissomias dos 
CI"Orn(IMOmiX 13 e 18,e:ntR'outra~). Ess:adcci~o~ •n· 
duir dtscusslo com Oi p:~i\ ou lutares .linda m) pré-nat.a11 
b;J,eJndo-sc cm exame~ como ultra,.sc.mografi~ cm amnio· 
centeo;e, opinilo de equipe mullid1..ciplinar c conwlta a 
um ou ma•o,.profis.sMXlals de rctêtiocia. Os Ri\JsdCVt.>m ~­
ceber atcn~·lo elo m{!dko a ssi.~tcnte, na sala de p.trto. tl.lra 
confirmar ou re-futar o diagnóstico pré-tlat:al. ).,JJ Júvida, 
de\<em-sc mmtmr os C\udados neces.s.\rios ~tê :I.IX>Ssibih 
dade de novos d.:tdos dinicos confinnatc:'lrios.2 
Aluai mente, hi te~nci:~ .1 se conMderar a n:.O inicia· 
çlo do suporte ou su:a po.stcrinr mir.tda como eticamente 
eqmvJ.Icntcs, .sendo CJUC' no último caso pode-se g.tnh~r 
tempo par:. melhor :&va i~1C~O dinkA c obtençlo do con-
.sentimeoto ramili<~r. No entanto, d'-"'e f.o.r <bro que J.J'C· 
nu rétardar a morte com ~uportc p;arcial ou gradathu n.io 
trarál't!O('flcios. 
Outra indK:lçk> pa~ (óu .. -pendcr as: m.anolm~ de re-
an•maçio seria J pers1st~nci.:t de :1..ssiuolia por ma is dc 
IS minutos. A experi~nda tem mo\tr.1do que :J sobrevi· 
d.1 de cri.mça.s com m;~is de lO minutos de :.~istoli.t é 
muito rar.t e, <jllando acootccc, qua~ sempre~ assoda 
:\ grave.s S<"qucb~ 
Indeprndcntemf'nte da natun .. lJ oo gravkbde, todos 
os rcclm-n:axJdoç vf\'OS de\'ml .wr Jdmitidos em lool 
963 
:tpropri3do. com conforto e andados (Uii.ati\"()S_ F..sses cu•· 
da~ incluem nutrição, ambient~ tkmko c alivio da dor. 
Os p.tisde\·em ter a oportunidade de tocare lí.car junto elos 
~eus fi lhos durante e~se ~rk>do. 
A Figura 59.2 apresent:~ o fluxograma da reanim3)lO 
nasala de parto. 
.EXAME DO RECÉM-NASCIDO 
O cume flsico do RN ~~ui caractrrlsticas ~~dais 
que devem ser do conhecimento <k todo pcdiatr.;a, mesmo 
que não scj.a neon.;atQiogist.l. Os ob,tetras t.unbêm devem 
dominar;~ téc.nk.1 de c.ume do recém-nascido e conhccC'r 
ColocaroRNsobcalorradlanto 
I'Osidanc. 
Aspirar a boca e depois as na1Ns 
(Aspifar t1'8Ciuéia. se houver 
medlnio cm RN ~mido) 
Sec.'Jr o roiTIOYI!f os campo:, úmidos 
~ .. -
Continuar aVPP 
Iniciar compressões 
Figura S9.2 l FluJogr.ama geral <b rt.animaçáo na ula de pano. 
os sinai-s e sintom.u das pnno~l\ doenç.u que .Komc-
tcm os m>on;atos. po1s, ao :.rompqnhar todo o pré-~t.d c 
realizar o parto, estar.\o capac•t.tdo~ pua mdhor cntcnd!· 
mento do processo de desenvol'l-·imcnto do recém n~sctdo 
n<t\ pmneiros dia'> de ,-ida. O obstetra é ,~.tlioS< J ~ux i!iar do 
neQnatologLSta, seja ii.X'Tlecendo ,15 mform01.ç~s da histórtJ 
obstrtric:a, .seja di~cutindo c3dJ C.lSO c, principa lmentc, n.1 
tran.~miss10 de inform::w;Oe-;: M>brc 3 s.lúdt do reâm nas 
cufo JOS poliS. o;en~ nrssc mommto, o profisüon.tl m;us 
('OVol\iulo com o bin6mto mlc--filhoe a família. 
O exame d fnico deve ser constituido pelos: !Ol'8uintcs 
tópkos: coohecimcnto da história d:. gestação, históna 
det.l l ht~d3 do pilrtO, cl.mi!Íc.l(lo do RN com ;w,11iaçl\o da 
id.tde b'e.StadonJl c do cume fl~ico sistcmatizado.2 
NaçOuPrAtlc.:u df ObstttTicia 
H ISTÓ.RJA GESTAClONAL 
Devem ser regtS\rado.s todo~ os momentos d,, evolu· 
ção. r. importante saber se a gr.1vide-~ tOi pl.tnejad.l c k> foi 
bem xelta. l>e-\.-e -~ conhece-r .l. s:aude matern.a ante.~ dil 
gestação. ~ nccess:irJo ~ber SI.' a gravldc:.t. foi OJ.tural 01.1 
após técnicas de rl"f""'duçioJ.ssisticb. 
Os erames rNbt~dos durlnte o pré·natal <k\•Cr3oestar 
disponíveis no prontuirio para ava liaclo do neon.ltologuta. 
A .,-alta~ di idade ft.tal é imporunte tanto pua o obs· 
tctra quanto parJ o pediatr.l c pode ser feita com certo gr3u 
de preaslo por mcio de av .1li..lç-lodínk:a e ultrassonogrã 6n. 
Algumas s.tlu:aç-oes clínrcas dcst!m'OlvidJ..~ durante a 
evolução dJ gcst;~.çlo mcn:cem atcnç:lo C'S!X'Cial. O cres 
clmento mtrautcrmo ~tritu podct'~Cu usocudo .1 dot.-n 
ças cromossómic.:~ , , infccÇ\~S intr-,mterinu , hipcrtcm~o 
materna, toab:.gtsmo, urdtOJ),,Iias e m3-nutnçlu k:ul. A 
macrosl>Omta fetal tsti, frequcntcmffl tC, rela6onada com 
cli.lhcte~ m~tcrno. 'J'.lnto a restrição quanto a acdcraç3o 
do crcse~mcnto intr.tuterino aumentam o riKO de di~úr­
btos meubóBcu~ d~ gli~, do dkio 1.' do m:~gntsiu n3~ 
primcir.ls horas de vlda do RN. mx:cS.\it,uxio de comrole 
clfnioo e ou bbor.ttorúl. A d•minuiç:3o dos movimentos 
fetais é m:li.ç obscrv.ltia t.'m doenças neuromusculares c 
doenças cromossómicas. O polidrJmnio esU, ger:aJmcn· 
!e, 3~l>oci.ldo a atrts.~as da5 p.1rtcs alu s do tubo diboestivo 
c dcfcit~ de fcrlumento Jo mbo neur;~\, enquanto que o 
oltgoidrimnio .moeu se :a :anom:alw do SIStema rmal 
Jnfccçôes do trato urinJ.rio poJ~m comprom('lcr o 
bt.'m·estar fetal"' dt."'ICnc:adcar p;~rto pré termo. ~5 pre· 
m.l:turoo; podem d<'.scn'" ... ~ver qu.Miros ,nfecciOSOS gene· 
r;thz.Kio\ <'. rtpós o nascimento. de~ ser submctidJ.ç a 
comrolc dintro ngoroso e :avaha~ labor.tton:ais, com 
hcmoculturn, hcmogr.lmas seri.ldos. contagem dt t-.!aque 
t:a t! f'fO!dn.a C rc.lti\'<1 . 
• "-l~>uns fatous podem c;er rclacionildos COOlO sendo de 
risco par~~ gestante c o lêtc~ edc\'t:m ser bem pesquisadrn:: 
Cnradrri.si1{asJ'I!icttsdo1gts!wde .dadcmrnorque 16 
anos c m:~ior que 3S anos, peso ahaü.o de 35 kg e ga· 
nhoinadcquadodcp!nK)C"mc:uJa ei.I.J'~J.dagravidcL 
lotttcaknta "*'stBnror: carurgus o~tétnc.u :~.nte"nO· 
T<'S, nati 01.1 ncomort.l!kbde, parto prem:\tum, apre· 
scntaç,;)es .tnór.lalas,.s.cn~hiltt:a(;\0 pelo r:.uOr Rh. 
AntrudmfN m6rb.-dos: hipertl!nslo, dtabctcs, do-
cnç~ rcn;.\l, ca rdtotl.tti:as. transtornos psiquiátrico\, 
problemas ni.-urológJros,dom~.u: iniKc!O!W. 
Comp!;CWftk<surgM(,lsdurantt wgrall'lda.: pré-«.l.imp· 
si.t, hcmorragaas. doenc.ls anfec:ctOSJ.s adqutridu 
durante ~ gcst;w;lo, ancmiJ., gcstaçnes mUltiplu, 
oligo ou polidrlmmo, tab.lg.islllO, 1.1!10 de ~kool ou 
outra drogas. 
ÜJr.diçM kl(i{)C'cont»n ic~.~J: autêtK~ck a.s.sist~nda pré· 
·n.lt.l~ alimentaçlo deficiente, rredn:a,. condiçõn de 
higiene, tr.thalho CK~st\o"01 analfabcti.~mo, imp<»Si· 
bilidadc de~C'rv.lçio decuidado.s de saúde. 
HISTÓRIA DO PARTO 
Acompanh.i.r o trJ.b.-alho de tnrto ou conhecer &u.l el-"0-
luç;io é fundamC"ntal p.Jra a :ant«:lp3.Çlo 1 asS!Sténci:a. ao 
rt:>cém-nascido t~ nto 11:1. ~.,!a de p::a rtoquanto nos primeiros 
daas ck ,-id.a. O tipo ck p.uto, a.s carncterfsHc.u e ~m que 
~itn.1~.\o ocorreu Uo muito importantes na avali,_ç~o do 
prognóstico do RN. foebre,necessXbde:de an~te.sia8"rale 
hipotc~ poc compttsslo da '"tia Clva slo sitwçoes que: 
podern levar :1. ri~co de infc-cçiX·~ ou hipóxia perin.ltal. nol.-
sa rota prolongada (mat,. de 18 hor:u) aumcota
o risco de 
inrccçio <' ncces.~id~dc de inws\lgJ.çio no rcâm-nascKio. 
com o objc-th'O de dctcct:;~.r se prcC<)(emcntc qualqu\'rsinal 
de scpc:ictmi.l neonatal. 
Ccstant«""s çoloni7adas no tmto gcni!:ll pdos e'crcpto-
cocosdogrupoiJou~ tri:uLudurantc:agr.:a\'XkLdn'em 
se-r ~ubm~C"tadu a mcdid.ls rrofil~ckas durante o trabalho 
de JXI.TtO c o ~'mo St."gundo ~YOtnc:olos l'l>peciais. ~R N~ a 
termo usintomáticos c.IC"\-em 6Gr sob obsen-:~çlo clinK.a 
durante +R horJ.s c- o.~ R>-is pré·termo, também :1 .. ~.~ intomá· 
tico(. dc~·cm ~submetidos ~ cri:~gcm l.:.boratorial para 
seps<'. ~os R.Ns sintomin:~ o 1r.11amento ant lmlcro-
bi•no deve ser iniciado após l"olct,l de hemogram:., PCR, 
hc-nlocultura .urocultur•, eumc bioquínucoe cultura de 
liquor c R X de tórax. 
Protocolos espt•ciais rxistem também p.ara gr:st.J.n· 
tes HlV pos:nivo e portador:as do vírus d:a hepatite 8. 
Recérn-nasckfo.sdc m.,es HIV positivo devem mmcçar 
a n.-c:eber n.uo primcin.\ horas de ,.ki.J. údovudtna or;~l 
na dOS(! de 2 mg!kg de peso a cada seis horas. A medi· 
caç1o deve ser rnantidol pelo mcrlos durante scis sema-
nas. Recim·nJ.sc:idoi de mães f-lb.sAg poMtNo dC'\'enl 
serV,\Cinados logo após o na.~ci mcnto e devêm recclx:r 
dose de irnunoglobulina .mti·hep.u itc B nas primeiras 
12honsdcvkia. 
965 
O aspecto do líquido amn iótico t\."\'ela dadrulmpor-
tantes .sobre o frlo c. o rcttm-naKido c dC\-e ~do conhe 
ciml-nto de todos que rio dar asshtblcia ao recém-nasci-
do. Uqukio mccon i~l ~ugerc sofrimento fctal com risco 
de aspíraçlo e hipóxia LJquido com odor f~ido SUg<'!C 
corioamn100ite. 
A cK~b de Apg.ar f(lfnecc dados acerca das condiç.õcs 
do rcc~m·na~ido nos primeiros minutos de vida c deve es-
t.ar presenlc cm tocb papdct;). 
O ~l.llr<~ que dN usistênc;:i~ ao recém·nascdo em 
s.1la d~ pJ.rtodewrá fazer relatório detalhado sobre o parto 
c as condtçõcs do recém-nascido que deveci 3oC'rconsulta· 
do antt:~ dt sr inicYr o uamc fisico 
CLASSIFICAÇÃO DO R.BCÉl'ol•NASCJDO 
Os rKém-nasd dos 1llo constitue-m grupo homogê· 
neo: ,, d;~~~ificação permite definir rhcos de morbimorra-
lid..ldc lll'On.ual p.~.r• açôts pn."\'CnttViiS. Os critérios uttli-
7.ldos s.io peso .lO na!oeer, Ktadc ~t.tciona.L rclaçio pno c 
id.'l<lc s~-su.cion.li c e.mdo nutricional. 
Ql'ANI'ü.\O Pr~o \ONA'>ON. 
Rn. ú: V.'.~I..'WOnr llii.\VPt:->o(R..\•JWj 
Aprestnt-:~m pno ao nilsamcnto infmor a 2.500 g. in-
dependentemente dJ. 1J:ack gest.aCIOnal. A CI0-10, 1995, 
dassihc:t dois subgrupos: 
P07.0: RN de peso extrem.ttnc-nte b:aixo ao nascer 
(P~ < I.OOOg); 
P07,1: outros Rt\'s dC' b.:ai.ko ptso ao na~cr (Pr\ 
entre \.000 c 2.499 g}. 
Emboot a CID-lO não sep~rc o subgrupo de RN de 
PN <. l.SOOg.muito b~ 1xopcso ao nascc-r (RN MD I'N), n.1 
pr.l.tica ;,to ( feito porque é um rt'fertncialimport;ante pan 
ruco .:au~t.ldo de morbmtoruhcbdc quando compa.n-
do ao grupo 51.tuado t!ntrt 1.500 l' 2A99 g, cmhor<1 nlo t.ío 
~ lto qual\tu no grupo abaixo de 1.000 g. 
R.:c!'""' ... \.~cmoo ... 1 •. ,t ,,,,m r.,, ·F ... ~IulJL\'1t c;~ ~xl).!. 
S;ão os rccé-m·n.ucidos com pe-so .lO nascimento 
igual otl superior a 4.500 g. Na CIO-lO :l códihca(1\.o ~ 
POS.O. 
966 
I{JlJ.\:·.\' ·~'rtPI l'tt! -n~<.'. ~(l 
A o que tem a idJ.de gtstacional (IC.) menor que 37 
~an.lscomplct.u.A p!(:TUiuridadc é fatorde fiSCO par .:a 
.~ofndromes as:~xbntes, amaturkbdc pulmonllr, hc-morragU 
peri t lnlraventnrul.lr. encd:,!opatia b1hmlbit~mica, in· 
fecções. distúrbi~ met.lbólicos e nutricionais. retinüp'lti.l, 
atraso do descO\'Ol~imento OCUJ"Op5icomotorc outros. 
A CJD.IO cW,.,ifica dois subt,'fllpos: 
P07.2: unaturida<k cxtr~m a , dctcrrn in<tda por !(; 
< 2~scmarusde8'-~l~~o; 
P07.3 outM:RNs dcpn.4ermo.ou.scja.RNde28 
a 36 scman:nlk gcst~io. 
Rfl"f~l·.\:.\'>{ li h H "lt ~ \"(1 
$)oosqUCN.\Cmt~ntrt37e41 smuna.._ 
RH'I .\f·.\'.\~l "l/101'li\·HJI..',~! ) 
São os que nascem com IG ~ 42 semanas de Klade ges· 
ucr.onal. Os ~'mlos irxk~t~ávtts assoa~dos .lO nascm'ltn 
to pós-tcrmo decorr<'m da poss!bihdaJ,. da ocorr~nci:t de 
ln.suiíc1énda ploc~ntári<t. principalmente :>índronx's asfi· 
xiantcs.l\codtfKaç;io na CID· lO é P08.2. 
Qu .. \NToA RI'U.<.;.Ao p , , c, r IDA DI <: .. .\IACION.\1 
Pau c..Kia êpno da g~aç.io. existe \'.iri;l(.io de l>f!.~, 
(OII~id erada tlormal entre os pm:entis 10 c 90 parJ. umJ. 
d.lda pupulaçio. A partird3i, o RN podc.sc:rdu.<rihc.ldocm: 
Gnnde p3raa idadeg«t:tcional (GIG}, scacimll do 
DC'tCCntil90; 
;propriado pata õll Kbdegest.K:ion;~, l (AlG). St! entre 
opc«mtiiiOe-90; 
pequeno tnra a •d.ldc b<estacioo.ll (PIG) , se .lbatxo 
do pcrcrntil tO (Figura ..S9.J). 
O RN podesn-PIG em conscquéncl.lldccon..t•tu~ 
genêtica.. infL'CÇÔCS crón ic::l~ dur.lnlc a sr.wide:l, hiper 
tcn~:i.o matcrn:•, di ~funçócs pkcent.\tiJS, maltOrm.l<;ôcS 
congcnit.o~s, sindromes crom<U~mic.o~s, esurc outr.u. O 
grupo de RI'\ PIG, confornl(' dt'1'10011T1llçio do CIO 10, 
compreende dois subgrupos: 
POS.O: RN PIG. com 1'2\1 abaix(l do pt.'(((•ntil lO, 
porém com estatur.~ acimadopcm.~tillO ~naiC.; 
Noçil~s P1ãtlcM de Obsutrkla 
POS.l: RN l'IC, com peso e C''Siatu ra ao nascer 
ahaixodopcn::cntii iO. 
O R~ pode ser GIC por constituiçio genética ou cm 
conscquCnci;~ de dt.Jbetcs mati.>':TIO. O filho ck m3.c di.:I.IX-
tK.l J.;:'TeWlt-3 nsco J.umcnt;~do de mortahdadc pcnnab.l, 
prcnuturidade, :.,fixja, hipogliccmil prt!COCe e outro~ dis-
túrbio.~ metabólkos, di~túrhXJ.s respir.uófios, tOCütrauma· 
ti~mos. in(ccçô...""SC anumalia.s congênitas. 
A CID-IOsubdtvideo srupo cm: 
P08.1: outn'~ Rt\sGIG (cxdu1 RN > 4..SOOg); 
P70.0 RNs de m;ie~ com d1abcte$ ~staoonal; 
P70.1: R~)dtm.\csdiab...~•cas. 
5~,-------------~--~----. 
Gr.Jr!de~ l j.:Jda -;tSia:ic<la 
Prt-termo ; Termo . Plis.tcrmo 
kla-Jegestac~l tTI KTIDI'IES 
Figura S9.3l CUs~if'gçlodoRNde-:KOI"docomopl-'SOC a 
td~C~.lOJ\1Kim\'lltO(lubche~l966). 
Q UA.'H O .\O l·.\l'AUO NUTR ICIO\.'\L 
Os principal!! ~in ab cf(nicos Ja m:i.·nutri.;:J.o fetal s.lo 
perd:~ de ''trnix, pel~ k<:õll e a~rgamlnh:.td.l, ccJm descr 
m.açd.o r fissur.u, d1minutç~ do teodo subcutànro e do 
turgrn- d;~ pele, conferindo.) cnanç.l o aspecto de d~u­
trtdo :~gudo. Podem csu.r urociados sma•s de sofrimt,to 
0(.'1Jrológico. A m:.i nutrição é qu.1ntificada ~m gr.ms I, 11 
~ III, de acordo com J intensidade das m.lnife\tações. Os 
dist\ubios nutricionais maternos, as stndronll"S iliperterui-
''aS e outras situ:~çi.le.~ que le\-am i insufic~nci;, pbcentiria 
c:s:t~ associados~ dcsnut~ fml 
t impomnte mcnci01ur que 110!> p:~ÍS<l'S d<'SM'""'Ovido.( 
ess...t llOilll.'lld.ttu ra vem sendo modilic.tda c complemcnt.l-
Assistência .to ~edm·nascido 
d~ dC'\·ido .\ maior .«>bre\'id.1 <I e Rt\s c:.,da \ 'l"'Z mcnore~. As· 
~im é que a prcmatundadc extr~ma p.tssa .l ter COI I\ O ponto 
de corte o PK' .lbaixod-.-650 gc.t IG <tluixo de25sem:.tnas. 
c NO como a ..-spedik:...l.d:a anteriormente. de 1.000 g c 2S 
\Cm:an;aç, «'specti\.'amtnlc.. 
EXAME F íSICO 0 0 REC ÉM-NASCIDO 
.4, ap.trffici:a ~r01l do R.l'\,o .upc-ctu d01 ~lc, a cor, J. <~li­
v.d..de, o tónus. o ntmo respuatório (rcgulu cu com csfor-
\0) slo obc:n·~ fe.cu antc-s do inicio du ~:~me $1JIC· 
mati1.ado. Ocorr&lda.s durante o p;arto que repercutem no 
recém na5ddo, como imprcgno~ç~o pelo JU('(;Ón)O.locotrom· 
mati ~mo~, in(ecçbo..~ c o c~lado nutridonlll, s~ t:.tmbem ob-
,\Ot:T\'.td.u logo no inkiodoexame. Atenc:.O\"Spcci.ll c:k\-e ..er 
d.lda p3r.t a detecç~ de qwlqucr nulhr~oco~nna. 
Oaamcfi.~ico.•)tO(,U .l\':thaçõ..."Sdcnuturl(bdeneu· 
rocuuscub r c iisic.t c•tadu na tcrnunciogU (Figun. 59.1), 
dc\'Cri !M.'r realizado ent re SC'lS c 12 horas de ,·id-1. de prde-
nlnci:l qtwuio o RN estiver ~m estado de alerta. Sl'm estar 
sonolento ou chorarklO nwito. O RN devcrj cst.lt total-
ln~'rltC dKpidc.J e, se nâo rsti\'1.'1' sub calor radi:mrc.o c:um-.-
nlo pt)derj ser mmto dcmor.~do, pelo risrodc
h;potcrmiA.. 
A corda pele é prO'I'll\'tlmmte o indK"c ma i$ oi>JetivoJ'.o 
bom funcionamento c~rdll'lf'f'e.~piratório. Rrcé:n·N\cido 
rosJ.do e com ritmo r~r.uóno R."gular dil;cilmenre ;aprc-
$t"Otar.i qualqucr problrnu ardKlpuimDn.lr. A cian~ pe-
rifCrita, chamada de acrodano.sc. acontece pelo frio e n~ é 
ind1cativo de sofrimentn ca rdiorr-.-sr iralóriu. A tr~quénda 
rc~J'lltória é dr.- 40 .l 60 incursõe~ por minuto. A maioria 
dos RN apresent01 o mmo pcriódiw de rc$plra.çlo, que 
consiste em incur:sóC'i r.irdu •nterC';llad:ucom pe-querw 
p:.tUS:.\S respiratórias, com durJ.çlo inferior ;a Clr'K"O segun-
dos e nlo :.tcomp.1nhoadas de brJ.dic-J.rdia. 
Sop:m n.u pnmeuu hon.s <k .. -Kb em R. \1 rorado, 
aciamXko c sem cdOrço TC$J~r:HÓrKl niodevcm !lerindkr t 
ti\'{! <le c~rdK:lp.ltJ:.l congênita gr~ve, as qu.tis qua.~e ,~emprc 
967 
:apresentam ~ltet.lções \igni6C1tiV2s nJ função cmhopu).. 
monJ.r. A freqttmru. urdbu é norm:almente entre 120c 
160 batimento por minuto. Alguns rectm-no..~Klos" ter-
mo apresentam frequências card!acas alxlixo de 100 bpm. 
t\orm;almmtc, quando csllmubdos, esses recém-n:lscido.s 
,·obm a aprescnm fmturocus aama de 100 bpm e, nes-
tes ca~os, nlo h~ r1ecesskladl.' de profunda~ invcstigaçõe~. 
Os pulsos (cmorais dC\'tm ser palp.l<.kn. Se homw .1l· 
guma dúvida, a preuãu :artC"rW nos ~mbros wpenor c 
mferiordc\'C!>ef'\"eflfic:Kh. 
AIUX).\tE 
Inicia-se o exame ftSico 00 abdome pela obscrv:l.Ç~o. 
\'('rificando-sc se estã .1baubdo ou rsc2~do. se é s1mE 
trico. se está distcnd.ãdo e com circulaçio colatenl ou se 
apres<'nta hérn ia umbilical ou inguinal. A palpação ~uper­
f.c ial deve ser delicada c ~lpo.-sc o ff~do com f:~.cilicl.lde 
cerca de 2 cm abaím do rebordo ~ui dircito. O baço 
oonnalmcntc não e palp:~.do nos recém-nascidos. A palpa-
ção profunda é po~srvcl cm funç;lo da dd icadeza da p;t· 
rede abdomin~l e os rins sio normalmente palpados nos 
pnmciros d1u de v~. podendo-se avab.lr seu l.lm.lnho. 
su.l forma e sua posJçio. 
Gt-NITÁLI:\ 
O exame d.\ gcnitilia masculiru inclui a .i\'llli..t-çlo do 
fO«"mato c tam.anho do pbu<, :a posição do orificio urma.l. 
o Nroto e.;~ ~lpação dos testículos, .mthando-sc seu t~ 
rmnho e consist~ncla. Na gcnitáli,, feminin ~ obscrv.un·se 
os gr.1ndes c pequenos lábios, oorif~eio himenial, o aspecto 
d.:am~''1gmllecorrrmcntosouclStOS. 
(j[R.o\1, 
Rotineir.uncntc anotam-se peso .. estJIUTJ c perlmctros 
cef.ilko, toridco c abàominal. 
O.s linfonodos podem ~r p;tlpad001 em cerca de 3CW 
dos R~s. geralmente pequenos e nas n..·wões inguin.:ais f 
cervica l 
A~ articulações devem .ser todas pcsquiudas e, na ma· 
nobra. d~ Ortobm positiw, o llN dn"et.\ scrcncuninfudo 
968 
ao ortopcdisu. A p3lpilÇio dos OSS01 é ~ida rohneir:1 
~r.;~ .tf.ut;u .111 p<XSibrl.dade de fr.ltur:ts prinopalnx:nte nu 
davkul.u. 
O relhas c condutos auditivos dc..-tm ~er ci.:aminôl· 
dos com rigor. A boca e a muC'OSll. or.tl umbnn c:ko.ocm ~ 
deta!Ndamcnteex.tmiru.da.,.. 
A forma c o aspecto do crlnio são obs~rv~dos c o ta· 
m.mho e a terulo dv: fontaocla.,. deverão .ser anoto~dos no 
prontu.l:rio .. ~,·ab.tro pescoço c a glinduU tireotde. 
Os olhossãocnminados~ra detedarqualquer anor· 
m,,\idade do tipo mancha branca no crist3lino, ~ngramcn· 
to COOJunti\'al.suspcrt.a de glaucoma e mW:rofia.lmU. 
O exame neurológico ê 1nioado pd;a :waliaçio d;a 
postura, do tónus :1th-o e p..1SSI\'U e, fin:tlmcntc, dos reflexos. 
Pauli'lias por lcsôc~ de pl.c.'ro'S ncrYOsos também prccis:~.m 
scra~liad.as. 
l'A RT ICULARi l)A DES DO E XAM E Fi SICO 
Na a\·aliaçio d.a pele p:xkm ser detect.1dos: 
E.nft~r.a tdxkD: é les.\o entematosa, m.kuk:l ·papu· 
lar, -.emelh.1ntc à picada de lnseto .• podendo conter 
pcqul'na '~kul:t cm ).11;1 p.trtc- cent r.1l. ~de c:~.ri· 
ter migratóno. apuc-ccndo em .iJgum.u putes do 
corpo enquanto se d~v:tnece em outra ... Pode 
coolesccr c. :L~ \'ens;, estender-se por todo o corpo. 
A ctiologi01 é di.':'IConhecKia, prt>va,-dm~'OIC relõiciO· 
nad.i .J. irrluçlo por mupu c ~e<e:s. LÀ,·s.tpue 
ce espontaneamente :10 final de alguns dias, não 
necessitando de cuidados espe-ci.lis. 
Mamha5 mongóf•c,:u.: slo milnchas de color.tçlo 
.lfT'O~as que --e loc:ahum pnnc1p.:.lmente n.l 
região s;~cr;,l c nas nádtsas. Não tem s!gnifKado 
clínko c des..1parcccm e'pontJ.Jl(':uncntc nos pri· 
meiros:anos 
,\1andta 1..1lmán: caractl'ri~-se por birs planas, 
ró\eas ou .wcrmelhadas, muit.:u ve:z.cs tdanb'Xtási· 
cas. de loc.al!z.)Ção preferencl.\1. na nuca, pálpebr.u, 
gb.bcla c ~ào n.'lsoMli.al. f.s.s.u k~ôes s.'\o prcsu· 
mi\'clmcnte oomposus de capila~s dérmkos ccU-
sicos. que r4!gridem cspont.lneamcnh: no prumiro 
ano de vKU. A.~ le.sócs loc11li1:ad~s n:l nuca podem 
pctsi'>tir ;at~ a vkb adult3.. 
1 hpcrp!asi.'l stM:.ta: .sio pequenos pont~ esbran-
quiç.adas ou anu.ttlados loalizado.s comumente 
no dorso do ruriL Ocotn.'ITI pcb h1~asi.l de 
glindul~~ ubictas c niio dtvtm S<"r e.spremcdos. 
Dciaparc~ nas primciras ~--rnanas de vida à me· 
dida que dimi nui a taxa de hormónkl materno ci r· 
culantc no recém n01sddo. 
Míf:o: s:io pLK.u br.mas perobdas de I ;r. 2 mm de 
diâmetro localrucbs ~uentcmentc na bce, prln· 
Cip.llmc'nte nas boche<:hu, qudxo, rulco narolabial 
e fronte. Nlo l~m signiJlc~do clínico c de~~pareccm 
n:LSprimeir:~sscman.u.. 
MJidri.t: é c:nttrna pápulo-\UICUIOSO cam.ldo pdo 
.lUfll('nto de ~lo de gl1ndulu sudorfparas. 
Ocorre pnnciJ»Imentc no ~!.COÇO e f.tcc, dorso 
e stlpcrfldc de Ae.do dos me-mbros. O tratamen-
to consute Clll uS<J.r roup.u levts. dar knhos p:tr:-t 
refrcsc.1r e enxug;u bem a criançl. e usar pa.stas re· 
(re.sClnte:lo. 
AdipotttCfO!.l': manifL•su.-se por nódulos oo pi:Kas 
endurecidas., :moxc.Kia.s., !l<)rmalmentc sobre ~a­
liêncías óssea~ (face, ombro, nádeg;r.), de t..1manho 
e formato variados, não aderentes .ws. pl01nos pro-
fundos. Ccr3lmente C'Stá usociado a feto grande c 
p:iirtolaboril»o. .sendo sua etiologia dcKQI'l hcoado~.. 
::-.lãt> neceSSII.l •lc tratamento, dcup:u·c~t>ndo em 
gcrJ.! ati! o ~xto m~s. São contn indicadJ..s m:1~Sa · 
gens, fricç,)es ou pomada..\. 
Tr.aumalumos tk p..uto: cscomções, l.aCtrJ.ÇÓCS. cde-
m.u, hcm:atom.;~s e lesões corto-contuus podem 
ocorrer como CO!l.S("quêncca tr.uunâtiC<"t do p;r.rto 
natural ou instnmxntal. Q\1ando não associadOil a 
iin;:&i:; neurológicos, são de bom prognóstico, ~ces 
.sitando ~pmas de cu.dadCK: loca1s. 
Orecém-ruscidopodc~ntu~ 
Cm.'l4.)1mmlo de 5Ulur..ts: superpm:içio de bord.u 
ósseas com Jc:Up~recimcnto d:t sutura corres.pon· 
dente. e. devido :\ molda.gcm da cabeça fet.a1 . .o CS· 
paço intrJ.utcrinu e;}() c:anal de fX!. TIO. Não necessita 
de tr.at.amtnto e-special, um.l \'t'l que rcgridr com o 
ctesrifll('ntodoC'Ilcéf.l!o. 
Ani'SUn tl~ ao R.edm-nucido 
& <((! !irotsangulnta: tumcfaç.io difuSJ. edcm.lto.Q, 
loc.tlitula no subcut1nco do rouro cabdudo ou 
outru rcgaõcs ~pon<kntC's à apmmt-;r.çio ~­
tknc.A.O ·s.~nalêe~· está prcscntc,atumrhç.\o 
tem Umitcs imprecisos. ultrapasiando :~os sutm.1S. 
Nlo ncccs(ita de tratamento, dcsap:mecendo em 
poucosdw 
Cifolo buo:oma: tumcfaçio de conSJst&lCioJ.. dúti· 
c-.a. bem del1mitada_nlo uhr.ip:!"$3ndo 3 sutuu. ÓS· 
-.ea, JX"T sercolcç.\o .ungufneJ !iubpcrióHea.l! mais 
fre<Juentc sobre os p.o~ri~tai~, uni ou bi1Jtcr.llmcnte. 
Geralmente é rcabsorvidu, p0~em em tempo mais 
Jon~ que a bo.\..u. ~ngufnca... A~ \T'I:C$ pcxk 
ulafic..tr. Pode .ser causa de anemia~ iC(e.ric:la. 
Ü LI IOS 
Na .n·.ll·~ dos olhos é possh-'el encontnr: 
Coupmfw:tt nronafal (ophtabma ntonator:ml): te· 
,1ç~o c:onjuntival de origem quimic:~., com poucJ 
se! C TC( lo c cdem.J di~reto, pelo efeito irritativo do 
nitrato de pr.ata que $t usa no método di! Crede. 
Hmuwmgaa Cl»tj:m!:ral: con~c na pre$l'nç;r. <k i re· 
a~ hemorrágicas n;r.hderótcca.Apa.rccc cm alb"llns 
rl'cém na!õeidos cm (O!Hcquência .lo tr:1b.1lho d~: 
p.1rto. Jl reabsor,.id.l
cspontanc.~;mente, nJ:o O('('CS· 
sitando de cuidados cspooais. 
AoClUmt,oRNpode~pn.~tJ.r: 
Os tos na ctMJ.adroml: slociii:tos de cor<'sbr3nqui· 
Ç.ldJ., encontr:ado'> no palato c n:a ~>engh";l. Quan· 
dnse loc.1lizam na linha média do pa.IJ.to, recebem 
o nome de pérol.ls de Epsüm; e qu.uxio lucali-
za.do~ nas gengiv:l.S, s.;k, cham.1do.s de dsto!> de 
&J.,, Des.apareccniCSponnneamentccmpoucu 
s~rna.nu. 
Caim d~ srtcç.r/11: ~on.si'-tem cm placa:; bem demarC.J-
das, clevo.d.1s, de-epit~lkl cornific.td.o, que ~parecem 
nos Ubios durante as primc1rJJ scma~Y..~. ~o acha-
dos normau. disp."n~m tr.n;~mroto cregndem ~­
pont~nc:amenre. 
969 
O e:x~mr do umbigo pode re"'el.tr. 
Gtut:ll1om.7 umWical_· ron-;istt" em t«ido de gr.tnub-
çlo .m·mtdhado qlh"" se locJ!ru ru. profundid~dcda 
CICollrit umbilical c mantém .~creç3o serosa, às\'('· 
zeo: hemorr.~Ka. duranlt> ~primeiros di.\5 de vida. 
O !t;ll:lmcnto é- cauterizaçào com Hpis de nitr:~to de 
pt.,t:t tr~Jo véze:. ao dia, até scu d~sap:trccimcnto. 
Ot~fi•lrtc é caracterizada pd.t pre~nç.a de sin . .ils no-
~ístie()!; ''a regiãn umbilical. principalmL'tltc odor 
fétKkl, hipt.Tcmia e edenu pcriumbilical, podendo 
;aprc.~nt.:u secreçlo rurulcnta. Os agent~ teKM6g1 
CU" Uo emeptococos, csta61orocos t rnttrobxte 
nict3<t. De\.-e-se colher matcri;al p;ar;a Ncteriosco· 
pta e culttuol r uucur trJ.tJmcnto com a õi(S()Ciolç.io 
dcJ.mmoglicoskkoe o,;aolina.. O lr.tiJ.mcnto loal 
de\--e ~r fctto com sOlução anti~~Kol e pontad.ls à 
bol\e dt' ncomküt.:t c bacitn.rina. 
G~N JTAI S 
l'odcm cn:tr pre~entes: 
L'ommmlu l'ilg't:.1l: J ~nitilia d.1 m.1ioru d.u mcni 
n.u pode apn:sentar-w- com edema de gro~ndcs U-
b.os r corrime-nto leitoso. mõb r<~;nmmte htmorri-
g,co.lstoSC'de\-eipa.s.sagcmdcw~Ymomolttmo 
p;ara o feto nas úlnmas srou.na~ de b'CSI3çio. Dc:sa 
p3receem ;~lguns poucos dias c n.io há nCCK<idade 
deculdados~iais 
Tr5tku!os Jom da broot: se a gest:~.ç.io nio Jlingiu o t('f· 
mo, os testiculos podcrjo c~ ta r no ;~.1xlon1e 0\1 no c:a· 
n ~l inS'-1inal e o escroto liso e pouw pigment~do. AI· 
gun\ RN~ a t<:rmo .1prescnt.1m criph>rquiJ c dcv~:m 
ser acomp.l!lh.tdos durante o primeiro ano de vkb. 
P.\11.'\11\l .\\ 
Em IJtuaçõcs cs:periai!o) o R_ "\J pode o1prrsrnt.ar: 
970 
PamhnnJrcir.l: o dUt,'flÓ5tico e ~1to pd.1 us.mctri.t 
f.Ki31 durante o choro, com desvio da ronus.sura Ll· 
blal p.tr.lolado n.io lesado e dihculd~edcoclu~o 
du piilrebns e enrugamento da tnl:a do \:~do le~a 
do. Dc\'\!·~c à (:omprt:..'!5~ ou ao esmag:uncnto Jo 
nen-o bcial no $('\J traJctO esterno do crlnio. ~-er.al­
mente pd:a cclhn-do l"órc-cps ou por $.lh~cíu ós-
sc.u noc.1nal de ~rta.O prosn6flicorg«almcnte 
bom e ;a recupm~çioi knt:tegr.td3.tt\'a, 
P.1r11liga bro1q1,:al: o di:agnóstico 6 fc•no pd.t postu-
ra do recém-nascidÚ) pc"rma necendo com o braço 
estendido o.>m mt;aç.in i nttrna AO longo do corpo 
e, ass1m, m:~ntcndo reflexo de Moru a~simétrlco. 1?. 
c:msJ.da pelo cstiramcnto do pl1!xo braguial em m;t· 
nobras obstrtrk:ts quc Cn l'ol~·.::m tr.u,"io exageHd:t 
do br:tço ou d.t c.lbCÇ:l, m:1.1S frequente em partos 
pél"icos ou d·~óci.l de ombro. 
Ü~\US E t\RTICliLU,'Óf\ 
Ao exame. pode·5e detectar: 
Lu:míoio co:~:of.J"~PfU~ ,1 suspetta é IC\'J.ntada quando s.c 
cncontr;~re<J:riçJoiabduçJoda anla.llaçlocoxokmo­
ral_ A ultraswnografia confirmar~ o dtagn~tico. !'\0§ 
casos lt-\'6-ou quJndo~l! tl!n1 dthidJ.s de q11c a artiCll· 
b çlo cstcj.l :rnorm:ll, o quadril dcv~:rã M:r mantido em 
po5l!;ao \ic ~ex~ c J.bdtiÇlO, com o ~uxlho de tTaldas 
dobradas entre aJ coxa!.~ importan!e o controle clini· 
co periódlropdoortop..•t.bst.a. Nu! ca.~ maisgr;r.T5,J 
:artirulaç:ao t •mob•ln.ad.t COill~$$0 ou :.t-wdhoort:o-
pOOico,.scndo amurgu :~Jsumu \'tltS n«ess.ina. 
Fr.ltum àtcLn.'ltZ,/a: i tnuma t»~ rel.auvo~mente fre. 
quente, que se man1 lesta por choro~ manirultçao 
da d..ni cuLI., cdcm.t na ~g1io wpradavKular e cre· 
pit:J.çoes .l m an •ptli3(,\o. O l'rognósliro ~muito born 
c cm pouc~ di;u ii se nou a tormac:.o do cakl óssro. 
Fratura ,:fc fônur c de timtm: :.3o traumas raros c de 
f.iCJI diag!x'l~t iCo de\·id() 1 dor. JO edema, ~s dcformi· 
d:~de.s e a l!l( .• lp.acid.l.Jc luncional dn memhn-J le~.1do. 
Em todos os casos d..,..,wj ~t fcit:t a r;~.JK.>gro~fla para 
mclhoc J,oa]iaç;)().. O tratamento dcl.wJ s..•r oricnt!:ldo 
pelo ortopedi.st~. 
0 RECÉM-NASCIDO 
CRITICAMENTE ENFERMO 
O dugnóstlco ptt:·natal de domça fet.1l CJUC:: requer 
;mistêncill neonatalde altJ. complexidade \'incub ó na'ici· 
Noç&u Pr.1J tiç~s de Obstet!ícia 
menro à instiluiçjo de salíc!e qlK" responda. aquú deman-
cb. Q.1ando nlo for p<Nivel prc\WO nh•d de complexida-
de d::~. ;u!>istênt la, J. tran:.fer{'flcia é feita após o n.lS<:imento, 
em condiçôc.s arleqwdas. por pessoal tre~nado c habilrud.o 
cmrcanimaç.'oclr.lnsportee~nte.lpósõlcst.lbiliJ..aÇio 
clínica da cri;m(.3. Mesmo as matemidadn de baíxu rUco 
dc\'Cm ter condjçõcs de y're!it.lr a~sisténc.ia de qualidade a 
reârn-nascidu d~nie ~té a sua t r.ms!Crtnci:a. 
A q\Jalld .. dc d .. así!i1téncia ao rccém·na~cido premJ.-
turo ou do..·nte n.a ~la de parto c n:~s pmntiras horas de 
\'Xb é fator ampOrUnte no prognóstico dl'-.QS c:runç:.s. As 
.aher.~çor-s hcmodmimic:a.s, a hipotrrmLl e h1pertermiJ., os 
dtsnlrbios hidrodecroUtiCos c mctabóhcos e as infe<:çõcs 
agr.tvam o prognrn.iko neurológico. 
Após os cuid.tdos da salJ. de parto e a estabili'zaçii.o ini-
cial, re«-m-na~ido com b.mmcntosc:~rdi~cosesri..-cis c co-
lor:lção rosada. mesmo i c:ustJ. dc\'cntibçlo manwl ou me· 
únQ. pode sa-tr.lnspor~ em inc:uNdon de lr.lnsporte 
pua a Unld.tck l\'«wwaul sur.~.a continuidadcdl.usistl!ncia 
ou até ser referenciado ól .st:n•iço de mats complc.xidade 
AMAMEN TAÇÃO E M EDICAMENTOS 
O uso de ll'!ei.hc:.~.mcnlos pd2 nutri2. pode trner pro-
blemu par3 o b.ctcnte. A p.a~~sem de mcdic.ame:ntos e: 
polu('ntcs atra\'6 00 Iene vai dcp~nder de vi nos facorcs, fa· 
zeodocom qut: a concemr.\çlo de)~es elementos possa ou 
não uazC'r riscos paról a crunça.13 Nas ~tuacõcs nas quai~ a 
nue t<5tá cm uso ck :.lguma medk.tÇlo, ~ 1mporunt~ cui-
dados ~1a1s, a ~bcr. 
Prcscrt>\-e:r ~ptnas o mdispenú~l; 
avaliar~ o tr.1.t;uncnto pode~r a<li.tdo; 
usar a rn fnima dose e pelo mfnimo tempo possível; 
uiar mcdiC::llmento com o qu.JI ).i ~c tenha npedên· 
ci01 e: que srja mai.i seguropu.lacriaoç.l; 
o u~ do mtd~eJ.mento logo ~pôs a mamada (prin· 
cipllmnue qu:ando se sabe qUC" o pcriodo de .~oono 
d.t criança StYJ. longo) pode diminuir .t pam.gem 
do mcdkamento pelo !cite, poi~ é po..~slvel qllC a 
cooccntr.lçlo do rne~mo esteja menor no tim do in· 
tervalo. Q)JJndo a amamentação é frequente e irre· 
gular.essa tCcniu. poden.iofuncionu,.us.imc:omo 
~ra subsUnC&U de açioe liber~ prolongadas_; 
outra tecnica que pode ser ernpr~gada r colctar o 
leite materno p.lrJ,\ !Uamada.~ui nte anl<'s dc U$J.T 
o m\'dicamento; 
o k-itc do fim da anumenta<;ão c;cntém 0131\ sordu 
r.1 r rodi." cuncentr.ar me-dicamentos l'fX"-"-llt'J\~S: 
$<'mrre que .t nutnt est~r $<'ndo ml>thc.uU., e con· 
\'Cnicntc manter a m1'1r e acnançJ. sob obscrv.1çao. O 
f::~.to de o medK'amc1110 poder ser usado n;lo Sig1\iflca 
que K T.f. l llÓCUO i);l!J. tO<JJ.:o; J.~ ~!>(}ilSj 
ormprego~tópil~(cmnn.,!f'rMJnau.louinalan~) 
peb m,â(. poJC' umbánll""t.:rminuriKosp.u.a.a etb.n. 
ÇL Emborlll h3,.a mti'IC)S«mcrntnçio e tr.~nsfCtl'nci.l 
do mediC3!TK'IU.o, é reromtndãvc-1 m.tntcr cbscrv:.çio; 
rm algumas situaçúc:,, é convenicmc J.Yaliar .a COfl • 
C('ntração,no ~angue d:~ cri:~tl{a.do fJrm~co que Ná 
~ndo us.1.do pcl.& m)e. 
i';tf;l m.:tis informações sobre o UID de medu;amcntos. 
o kltorpodcrJ. con.~uharo Co1p{tulo 9 - ~icdinmentos.. 
RJlFJJRÊNCIAS 
I Orpniuçic<M.mJ1a: Je~ CWiinçio ll:t~'1n.J;:acaJI 
Jt!JotT,fu- 10"~\ t S)ohuhOMS,I99S 
l F1na!OOA,:\.Mutr:11\J ~t't~Joi-P.-rmt~itJxuw lhea~ 
of:hçr'dl>5~cd1~9«1.~• '-('lll'''"~Ywf««J201
1 
.} 1\ra 'QI. Ministklo J~ SJü&::. Jn~r,.~ç~~ Ct ~. UATA-
SUS. D1~:xmhd çn'· htt;- //wv.·w.dó su.•·t-'l'd"' 
4 CI..-'IP.S.:.h"lP(til).:.ul Solct:nd:l(mtroU:iOOAn~k.a­
nct~er .. nn~r~~tlÀ'lo.lro!lollun.:~nodt ';. OPASIOM\ 
199.S.l:2~JO 
C, CI..AP.S<.r.UUPtrinoll;ll.~:.tenulnli:orruuroPf:rll'.wl(\11'). 
Dn?Onho-dcm.bt:p.//w'WW.cUp.('('S-C'ItlS.lY,S 
6. Ame.ka:'> Hc;,rt A~se<:b;io:~, At~k'::c~n Ac~· c{J'tJnt 
ric5. lnt!'Tnaticrul C....r..d~l illC• riu Noo~tal R"'-S.::.I~tklfl' An 
r:l(n"pt Írom .'\c-"'"1~1 Rc~·J:K!I~"kl'l · 2:1J]1) An~~.::,un I k.ut 
Awx.atic>rtC"' .Jdi llQWÇ~r,I "Y,'Ulffl(\t\J.t~.r.clllllo"~)ri 
~enc:,·C..n!:1l'I'~OICUI~rCur.D-'f'l'~'~idrn~ hff?'/1--w 
pnl:;~t~"&~kontm/!uQJI26!S/cl400 
1. Bloom R$, Cto*r c. T~•t~{'{KtoWIUI kcM..c:•IIIM 
[hlbi:Arecn~nHeJ~Aitocil~ 199-4. 
3 .-'ulk'!Klri Ac.~<kn')' c(Pf.dl~l1k'. Cumm1tt.-r (ln On.1~ .'lht 
T l;~ns!\:r of(lrugs nn d othtrch('lll io:ll~ intn hum~ n milk Pedi 
Jtn;~.200UOS(.J):776 !!9. 
9 Ara.sil Minit:bio.Lio~UJt.Amuntnta.;;ãot u..otk~K; 
n\~r: n-.r.n~ or.J~Iinci.u.. Br-.~or.~a: Sccre-~rw; & Pottic.u 
dt.~ A~:.aTkn.ndr:~ttCoaCNr.çJ..~hnutEno dJ 
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