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CEFALÉIA SECUNDÁRIA (só falou em aula de AVEHemorrágico... isso eu tirei de um material da Regina) Cefaléia da Hipertensão intracraniana= é, em geral, de inicio insidioso, curso progressivo, contínua porém de intensidade variável não necessariamente de grande porte. Os parâmetros clínicos que definem o diagnóstico de hipertensão intracraniana são: achados fundoscópicos de edema de papila com perda da nitidez do contorno da cabeça do nervo óptico e associação de cefaléia com vômitos freqüentes classicamente descritos como "em jato", porém presentes em muitos pacientes apenas episodicamente ou substituídos por sensação de náuseas ou mal-estar gástrico. Paralisia uni ou bilateral do VI par com diplopia, estrabismo convergente e déficit na abdução do olhar (falso sinal de localização), sonolência e em fases avançadas bradicardia, completam o cortejo sintomatológico. A principal causa de hipertensão intracraniana é representada pelos processos expansivos : tumores primitivos, metastáticos, hematomas ou abcessos. Os processos expansivos , além de ocasionar com o seu crescimento, alteração da pressão intracraniana provocam, habitualmente, compressão direta sobre as estruturas do neuroeixo. Por isto, nestes pacientes, é freqüente a concomitância de alterações deficitárias (paralisias, ataxia ou distúrbios cognitivos) demonstráveis ao exame neurológico, denominadas de sinais de localização, na medida em que interpretadas corretamente orientam para a área do encéfalo onde está situada a lesão. Ao contrário, nas hidrocefalias obstrutivas e na hipertensão intracraniana benigna (idiopática ou pseudo-tumor cerebral) outras causas comuns de hipertensão intracraniana, não se detectam habitualmente sinais de localização. Portanto, fundoscopia e exame neurológico, ainda que sumário, incluindo testagem de nervos cranianos, força, coordenação e orientação, representam etapa obrigatória da avaliação de todo e qualquer paciente com queixa de cefaléia. A segunda síndrome neurológica, de grande morbidade e alto índice de mortalidade, que tem, na cefaléia, um sintoma cardinal é a síndrome meníngea: hemorragias subaracnoideas e infecções do SNC (meningites) são as principais causas desta sindrome . Nos casos de hemorragia subaracnóide o sangue ocasiona irritação química das meninges, instalando-se quadro álgico de grande intensidade, atingindo crânio, nuca e coluna dada a disseminação do processo através da circulação liquórica .É freqüente ocorrer no momento da instalação da hemorragia subaracnóide perda da consciência precedida por cefaléia aguda, intensa e localizada, descrita posteriormente pelos pacientes que sobrevivem ao ictus como uma "sensação de facada" ou "explosão" no crânio. Nas infecções agudas, independente da etiologia (meningoencefalites virais, em geral benignas ou bacterianas que evoluem com alto índice de mortalidade e morbidade), também a cefaléia é de grande intensidade, acompanhada de vômitos e sinais sistêmicos de infecção: febre, mal estar. Nas infecções sub-agudas e crônicas (meningoencefalites tuberculosa ou fúngica) a dor é de menor vulto, porém persistente. Em ambas as eventualidades, o diagnóstico sindrômico é firmado quando se comprovam ao exame neurológico sinais de irritação meníngea caracterizados por resistência à mobilização passiva da nuca (rigidez de nuca) acompanhados ou não de positividade dos sinais de Kernig, Lasegue e Brudzinski. Recém-natos e pacientes em coma podem não exibir sinais objetivos de irritação meníngea. Ao contrário, muitas vezes em idosos, com artrose de coluna cervical, torna-se difícil decidir se a restrição da movimentação passiva da nuca é realmente sinal de irritação meníngea ou apenas dificuldade de mobilização por fator mecânico. Por outro lado, em especial nas crianças, faringites e otites agudas podem se acompanhar de cefaléia com contratura da musculatura cervical (pseudo rigidez de nuca), tendo de ser obrigatoriamente incluído o exame local da orofaringe e a otoscopia para fins de diagnóstico diferencial. Outro fator de dúvida, ao exame da nuca, são os numerosos pacientes com cefaléia de tensão, onde as crises de cefaléia são de grande intensidade e o exame em geral evidencia sinais de contratura muscular, principalmente a nível cervical. Os portadores de cefaléia de tensão são os pacientes mais perigosos para um equívoco ou até mesmo erro diagnóstico. Como apresentam cefaléia crônica e rebelde e procuram com freqüência em suas "crises" ambulatórios, hospitais, emergências, já ficam rotulados de neuróticos. Nada impede que "neuróticos" tenham doenças orgânicas concomitantes que cursem também com dor na cabeça. Portanto, mesmo pacientes com antecedentes de cefaléia de tensão, devem ser cuidadosamente examinados na vigência de crise aguda, para exclusão de outras causas de cefaléia, em especial se referem na história mudanças no padrão da dor. ROTINA DE ATENDIMENTO A PACIENTE COM CEFALÉIA : ANAMNESE: HISTÓRIA: Caracterização da cefaléia : crise atual e episódios anteriores EXAME CLÍNICO: Avaliação do estado geral, Temperatura e pressão arterial EXAME NEUROLÓGICO: PARA IDENTIFICAR OU AFASTAR SÍNDROME DE HIPERTENSÃO INTRA-CRANIANA SÍNDROME DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA SINAIS DE LOCALIZAÇÃO: DÉFICIT NEUROLÓGICOS FOCAIS TESTES: FUNDOSCOPIA PESQUISA DE SINAIS MENINGO-RADICULARES: MOBILIZAÇÃO PASSIVA DA NUCA, KERNIG, LASEGUE E BRUDZINSKI EXAME DA FORÇA, COORDENAÇÃO, SENSIBILIDADE,NERVOS CRANIANOS E ESTADO MENTAL CONDUTA INICIAL DIANTE DE CEFALÉIAS SECUNDÁRIAS HIPERTENSÃO INTRACRANIANA COM OU SEM SINAIS DE LOCALIZAÇÃO SINDROME MENÍNGEA COM SINAIS DE LOCALIZAÇÃO SINDROME MENINGEA SEM SINAIS DE LOCALIZAÇÃO EXAME DE NEURO IMAGEM EXAME DE NEURO IMAGEM SUSPEITA DEHEMORRAGIA: EXAME DE NEURO IMAGEM E EXAME DO LCR SUSPEITA DE PSEUDOTUMOR: RAQUICENTESE E EXAME DO LCR SUSPEITA DE INFECÇÃO: RAQUICEN E EXAME DO LCR SUSPEITA DE INFECÇÃO: RAQUIC E EXAME DO LCR
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