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Gestão Integrada de Treinamento e Competências Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento Profa. Ms. Dália Denner UnP - Universidade Potiguar2 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento • Apresentar os conceitos que fundamentam a avaliação de resultados em T&D. • Fornecer ferramentas e técnicas para planejar e realizar avaliações de treinamento. Tópicos da Unidade • Introdução • Avaliação de resultados em treinamento: alguns conceitos e modelos • O processo de avaliação de retorno do investimento • Roteiro para a avaliação do treinamento Introdução Do mesmo modo que é preciso identificar as necessidades e realizar o planejamento das ações de treinamento, é necessário também avaliar seus resultados. Para Castro (2001) todas as empresas que investem em treinamento e desenvolvimento buscam maximizar as competências de seus colaboradores. Para o autor, os programas de avaliação e validação de T&D constituem-se em ferramenta para a tomada de decisão estratégica por parte dos dirigentes da organização, uma vez que na atualidade reter talentos e o conhecimento que possuem torna-se essencial. De acordo com Pomi e Navarro (2006:52) uma das questões essenciais que se refere à mensuração dos investimentos em aprendizagem e desenvolvimento é o que se chama de auto-sustentação empresarial. Para os autores, no Brasil, ainda permanece a crença de que não é possível mensurar o retorno dos investimentos ou os benefícios de uma ação de T&D e de que não é possível relacioná-los Objetivos da Unidade UnP - Universidade Potiguar3 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento quantitativamente aos resultados de uma empresa, em termos de qualidade, produtividade, vendas ou serviços. Avaliação de Resultados em Treinamento: Alguns Conceitos e Modelos Kirkpatrick (1975 apud PALMEIRA, 2006) é considerado o introdutor do processo de análise de retorno do investimento em treinamento. Desenvolveu um modelo de avaliação de treinamento realizado em quatro níveis, conforme a Figura 1: Figura 1. Modelo de avaliação de treinamento de Kirkpatrick (1975) Fonte: Palmeira, 2006:41 • No nível 1 se avalia se os treinandos gostaram do treinamento. É uma avaliação de reação na qual são avaliados o conteúdo, o programa, o material didático, o local, a carga horária e o instrutor do treinamento. • No nível 2 avalia-se a aprendizagem, ou seja, o que os treinandos aprenderam após o treinamento. • No nível 3 verifica-se mudanças de comportamento, isto é, se o treinamento gerou mudanças no comportamento do treinando no seu cotidiano de trabalho. UnP - Universidade Potiguar4 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento • Já no nível 4 verificam-se os resultados gerados na organização a partir do treinamento, por exemplo, se houve aumento de vendas ou produção, se o índice de satisfação do cliente aumentou, etc. Foi com a avaliação do nível 4, do modelo de Kirkpatrick, que Phillips (1997 apud PALMEIRA, 2006) identificou a possibilidade de converter estes dados em valores monetários, comparando os benefícios gerados com os programas de treinamento e os seus custos, o que gerou o ROI, Return on Investment (retorno do investimento). A formula para a avaliação do retorno do investimento é: ROI = Benefícios líquidos (benefícios – custos) x 100 Custos Uma observação importante a ser feita com relação ao ROI é que tudo aquilo que não puder ser convertido ou calculado com esta formula é considerado como beneficio intangível. Em 1993, nos Estados Unidos, Jac Fitz-enz, apoiado por 26 empresas, criou um método de mensuração do retorno do investimento em treinamento, denominado TVS – Training Value System (Sistema de Avaliação de Treinamento), que usa um processo de quatro fases, conforme a figura 2: Figura 2. Training Value System (TVS) - Ciclo do valor em Treinamento e Desenvolvimento Fonte: Pomi e Navarro, 2006:54 Impacto (%Mudança) Fase 3 Intervenção Fase 2 Situação Fase 1 Valor ($Agregado) Fase 4 UnP - Universidade Potiguar5 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento Fase 1 – Situação. Fase similar ao levantamento de necessidades, que corresponde à identificação do problema ou oportunidade (desempenho de alguém, por exemplo) com a qual se está preocupado antes do treinamento. A análise da situação começa com perguntas aos gestores acerca do que as pessoas fazem (e como fazem) de importante para a empresa. Com base nisto são estabelecidos parâmetros para os níveis de desempenho atuais, aceitáveis e desejados. De acordo com Paim e Navarro (2006:53) esta etapa é a mais importante do processo; começa e termina com enfoque de valor. Quando executada adequadamente, fica evidente o valor potencial mensurável do treinamento. Fase 2 – Intervenção: Esta etapa compreende dois elementos: diagnóstico do problema e descrição do treinamento. No diagnóstico avalia-se a queda no desempenho para identificar a causa e provável solução, que pode ou não ser treinamento. Caso se opte pelo treinamento será desenvolvido um curso que promova as habilidades especificas de que as pessoas precisam. Fase 3 – Impacto: Fase em que se avaliadas as mudanças em relação à antiga situação encontrada. De acordo com Fitz-enz (2003) um relatório sobre impacto descreve: as variáveis que podem ter causado a diferença de desempenho; o efeito relativo de cada variável; de que forma o comportamento do treinando após o treinamento mudou ou afetou o desempenho e por que o treinamento afetou (ou não) o desempenho. Fase 4 – Valor monetário: Nesta fase são observados os efeitos da mudança de desempenho que podem ser expressos em termos financeiros. São avaliadas as diferenças em qualidade, produtividade e serviço. De acordo com Fitz-enz (2003), às vezes o valor monetário é imediatamente evidente, como por exemplo, margem de lucro e participação no mercado. Outros resultados desejáveis, tais como aumento da satisfação do cliente, redução e tempo de comercialização podem ser convertidos em dinheiro. O Processo de Avaliação de Retorno do Investimento De acordo com Castro (2001) algumas das razões para se efetuar uma avaliação de treinamento é determinar se os benefícios de um programa de treinamento justificam os seus custos, identificar em UnP - Universidade Potiguar6 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento que medida os treinandos dominaram o conteúdo do treinamento após a sua realização, verificar se os métodos e os meios de treinamento ajudaram os treinandos a atingir os objetivos do aprendizado além de determinar se os resultados do treinamento contribuíram para o cumprimento das metas da organização. Para o autor, não realizar avaliações de treinamento pode levar a algumas situações indesejadas, como, por exemplo, ter participantes que continuam a realizar cursos, mas que, no entanto, não conseguem aprender. Para decidir o nível de profundidade que deve ser utilizado na avaliação do treinamento, Castro (2001) indica os benefícios e custos potenciais de cada um dos níveis de avaliação (Quadro 1), que devem ser ponderados para que se decida por uma forma de avaliação. Quadro 1. Custos e Benefícios da Avaliação de Acordo com os Diferentes Níveis Fonte: Adaptado pela autora com base em Castro (2001:52-6) AVALIAÇÃO DE REAÇÃO (1º NIVEL) • Identifica forças e fraquezas do conteúdo, materiais, instrutores do treinamento etc. • Fornece indicador de satisfação do cliente. • Tempo durante o treinamento para concluir a avaliação • Falta de parâmetro dos treinandos para avaliar adequadamenteo programa AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO (2º NÍVEL) • Identifica o conhecimento (e/ou habilidades) obtido como resultado do treinamento •Motiva os treinandos a continuar aprendendo •Tempo durante o treinamento para concluir os pré e pós-testes de conhecimento •Tempo durante o treinamento para fazer testes com base no desempenho •Tempo no treinamento para rever e pontuar os resultados dos testes com os treinandos • Problemas para garantir que os testes estejam avaliando o conhecimento ou habilidades corretas. AVALIAÇÃO DOS COMPORTA- MENTOS NO TRABALHO (3º NÍVEL) • Identifica mudanças no comportamento que geram desempenho no trabalho • Mostra o impacto dos programas de treinamento em termos comportamentais • Dificuldades na coleta e definição de medidas de desempenho no trabalho relacionadas aos novos comportamentos • Envolvimento e apoio do pessoal de supervisão na definição e coleta de medidas de desempenho no trabalho. • Tempo relacionado com o relato e análise dos resultados. AVALIAÇÃO DOS RESULTA- DOS ORGANIZACIONAIS (4º NÍVEL) •Identifica o que a organização ganhou. •Determina o custo do ganho •Permite verificar a relação ente os investimentos e os benefícios obtidos. •Tempo relacionado com a definição, coleta de medidas e análise de resultados. •Envolvimento e apoio dos dirigentes na determinação do valor dos resultados. •Dificuldade para isolar os efeitos específicos do programa de treinamento. BENEFÍCIOS CUSTOS POTENCIAIS UnP - Universidade Potiguar7 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento Para estabelecer os benefícios, o processo de avaliação deve considerar, de acordo com Castro (2001), alguns aspectos, dentre os quais se destacam: resultados mensuráveis (impactos quantificáveis nos indicadores operacionais), período de retorno (benefícios prolongados além dos 12 meses geralmente avaliados), custos da não intervenção (pode se avaliar o custo para a empresa se os problemas diagnosticados continuarem aumentando). Ainda, Castro (2001:59) alerta que é importante que se estabeleça uma análise de valor antes e depois do treinamento. Antes do treinamento, é necessário esclarecer os benefícios esperados e quantidade de recursos que a empresa está disposta a investir para obter esses benefícios. Após o treinamento é importante comparar o valor previsto com o real. Depois de se determinar o que mudou no desempenho no trabalho como resultado do treinamento é possível se fazer a pergunta de “como a organização se beneficiou com as mudanças do desempenho no trabalho?”; a resposta a esta questão pode ser traduzida em termos de alguns benefícios, tais como: aumento de produtividade, economia de tempo, melhora da qualidade, abstenção de erro. Alguns indicadores associados a esses benefícios podem ser observados no Quadro 2: Quadro 2. Exemplos de Indicadores Associados aos Benefícios do Treinamento Fonte: Castro (2001:60) Após a identificação dos benefícios do treinamento é preciso selecionar indicadores para sua UnP - Universidade Potiguar8 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento mensuração. Por exemplo, se queixa de clientes for um indicador escolhido é preciso calcular a diferença entre o número de queixas antes e após o treinamento. É necessário também converter a mudança do benefício para um valor monetário indicando seu valor. Para tal finalidade duas fórmulas são usuais: Relação custo benefício (divide-se o total de benefícios pelos custos) e o Retorno do investimento (ROI). Por exemplo: Um programa de treinamento produziu benefícios de R$3.557.000,00 com o custo de R$1.176.200,00. A relação custo benefício é 3,02, ou seja, para cada R$1,00 investido houve o retorno de R$3,02 em benefícios. Os benefícios líquidos são calculados da seguinte forma: R$3.557.000,00 - R$1.176.200,00.= R$2.380.800,00. Por sua vez, o ROI é calculado: R$2.380.800,00 : R$1.176.200,00 x 100, o que dá o ROI de 202%, ou seja, para cada R$1,00 investido houve um retorno de R$ 2,02 Roteiro para Avaliação do Treinamento Palmeira (2006:42-5) sugere um roteiro para se avaliar os resultados de um treinamento: 1) Escolha do Programa de Treinamento É necessário escolher um programa que possua objetivos descritos e relacionados a uma ou mais estratégias organizacionais, como, por exemplo, aumento de lucro. Ainda, é preciso que o treinamento seja relevante para a organização (por ser muitas vezes repetido ou porque requer altos investimentos) e que seja possível de se obter resultados numéricos, ou seja, que existam relatórios ou dados disponíveis. UnP - Universidade Potiguar9 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento 2) Determinar os Custos do Treinamento Os custos envolvem despesas com: • Instrutor: Se interno é preciso dividir o salário do instrutor pelo numero de horas mensal e multiplicar pelo numero de horas envolvidas no treinamento (tanto em sala de aula como no planejamento e desenvolvimento do curso). Caso seja externo é necessário calcular os honorários pagos ao(s) profissional(is) contratado(s). • Salário de outros envolvidos nos treinamentos: Inclui gastos com salário proporcional às horas trabalhadas de recepcionistas, motoristas e demais profissionais de apoio envolvidos no treinamento e contratados para o evento. • Ambiente físico: Caso seja usado um espaço dentro da empresa, o custo é zero. Se externo à empresa, é preciso incluir o custo do ambiente pelo período do treinamento. • Hospedagem e transporte: Caso sejam usados, incluem gastos com: avião, taxi, ônibus, reembolso de gasolina, estacionamento e despesas com hotel. •Alimentação: Inclui despesas com coffee breaks, almoços e outros eventos para a integração dos participantes (por exemplo, coquetel, café da manhã de boas vindas, etc.). • Material didático, equipamentos e tecnologia: Envolve gastos com: equipamentos locados (computadores, projetor, multimídia, etc.); material a ser distribuído aos participantes (canetas, camisetas, pastas, livros, etc.). No caso de treinamento a distancia incluem-se linha de telefone, tempo de uso de satélite e internet. 3) Avaliação de Resultados de Treinamento por Nível • Nível 1- Reação. Quase a totalidade dos treinamentos é avaliada neste nível, dada à facilidade de se avaliar a reação dos treinandos, entretanto, alguns cuidados precisam ser tomados. É aconselhável não incluir em mesmo questionário aspectos operacionais do treinamento (ambiente, hospedagem, alimentação) e aspectos da parte cognitiva (instrutor, conteúdo, duração). Recomenda-se UnP - Universidade Potiguar10 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento também que o questionário não seja aplicado no final do treinamento, quando os participantes podem estar eufóricos e “contaminados” para realizar uma avaliação de eventuais melhorias que poderiam ser incluídas em próximo treinamento; o mais adequado seria realizar a avaliação uma semana após o término do treinamento. • Nível 2 – Aprendizagem Phillips (2002 apud PALMEIRA, 2006) sugere que 70% dos programas de treinamento deveriam ser avaliados neste nível. No Brasil, no entanto, provas geralmente estão associadas a punições e recompensas, o que talvez justifique a baixa frequência de avaliações neste nível. No treinamento com enfoque em competências é possível realizar teste de múltipla escolha ou discursivo com questões que avaliem se o treinando aprendeu o conteúdo transmitido. Também são adequadas avaliações antes e depois do treinamento para se comparar e conhecer o que foi aprendido. • Nível 3 – Mudança de comportamento De acordo com Castro (2001), este nívelenvolve mais tempo e despesas para conduzir o processo, por isso sugere que o alvo de avaliações seja menor, em torno de 50% dos programas de treinamento. Na avaliação deste nível é interessante observar se os objetivos do treinamento são aplicados no dia a dia do participante no trabalho, após o treinamento. A primeira avaliação deste nível deve ser realizada em torno de um mês após o término do treinamento. A tendência, com o passar dos meses, é a curva de aprendizado decrescer e a aplicação no trabalho ter seu impacto diminuído, daí a necessidade de nova avaliação. É preciso reciclar as competências ou relembrar o que foi discutido no treinamento. • Nível 4 – Resultados Este nível é o mais difícil de ser avaliado, por isso, nos congressos de T&D sugere-se que de 5 a 10% dos programas deveriam ser avaliados neste nível. Para avaliar o impacto do treinamento nos resultados da organização é possível se obter dados, entrevistando o supervisor do treinando, ou obtendo dados em alguns relatórios, quanto à: - quantidade: por exemplo, produtos ou serviços concluídos, número de clientes, pedidos atendidos etc. Você Sabia ? Para saber mais sobre o ROI e outros modelos de avaliação, leia o artigo “ROI – uma análise comparativa entre os métodos de avaliação sobre o retorno do investimento em treinamento” de Andrade e Silva, no link. http://www.convibra.com. br/upload/paper/adm/adm_1357.pdf “Uma questão a ser discutida”, artigo de Adriana Schneider, na revista “T&D -Inteligência Corporativa”, nr 164, de 2010, traz a ferramenta Retorno sobre Investimento (ROI) e seu uso na avaliação de treinamento. O artigo pode ser aces- sado através do link http://www.rtd.com. br/Revista/Revista164/ “Mensurar resultados em treinamento”, artigo de Sandra Santos, na revista “T&D -Inteligência Corporativa”, nr 167, de 2011 discute a importância de se mensu- rar os resultados em treinamento. O link de acesso para a revista é http://www.rtd. com.br/Revista/Revista167/ UnP - Universidade Potiguar11 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento - economia: por exemplo, diminuição de horas extras, atrasos, afastamentos por motivos de saúde etc. - qualidade: por exemplo, diminuição de queixas, menos erros e retrabalho etc. 4) Cálculo do Roi de Treinamento Aplica-se o valor na fórmula de ROI, e reporta-se como benefício adicional o que for intangível. 5) Comunicar os Resultados Todo resultado deve ser comunicado, tanto a Administração como aos participantes do treinamento. O modo de apresentar os dados e a sua profundidade varia de acordo com o público (se operários ou dirigentes). UnP - Universidade Potiguar12 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento CASTRO, Alfredo Pires de. Validação e avaliação do treinamento. In: BOOG, Gustavo G. (Coord). Manual de treinamento e desenvolvimento: um guia de operações. São Paulo: Makron Books, 2001. FITZ-ENZ, Jac. Sim, você pode mensurar o valor de um treinamento. 2003. Disponível em <http://www.mettodo.com.br/pdf/como%20mensurar%20o%20valor%20de%20um%20 treinamento.pdf>. Acesso em 10 out 2011. PALMEIRA, Cristina Gomes. Avaliação de resultados – retorno do investimento. In: BOOG, Gustavo G.; BOOG, Magdalena T. (Coord). Manual de treinamento e desenvolvim- ento: processos e operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. POMI, Rugenia Maria; NAVARRO,Raul da Costa. Indicadores em educação e aprendiza- gem. In: BOOG, Gustavo G.; BOOG, Magdalena T. (Coord). Manual de treinamento e desenvolvimento: processos e operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. Bibliografia UnP - Universidade Potiguar13 Avaliação de Resultados e Retorno do Investimento em Treinamento
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